Pedrão: Homem tido como morto há mais de 3 anos tenta provar que está vivo

Um agricultor da zona rural de Pedrão, distante 95 quilômetros de Serrinha, está há pelo menos três anos tentando provar aos  órgãos do governo federal que está vivo. A confusão do ‘morto-vivo’, como ficou conhecido na cidade, é resultado de uma confusão no registro do CPF do agricultor. Conforme divulgou o portal G1, o nome de José Raimundo Damasceno Costa está inserido no Sistema Informatizado de Controle de Óbitos (Sisobi) do governo desde 2017. “Eu chego na rua e as pessoas brincam. É ‘morto-vivo’, ‘já morreu’, ‘finado’, ‘defunto’. Agora, até que eu já me acostumei, só me chamam assim mesmo. Brigar com ninguém eu não vou, aí eu levo na graça”, conta.

Damasceno explica que descobriu em 2017 que estava ‘morto’. “De lá para cá, só correria para ver se eu ressuscito”, disse. De acordo com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), o erro se deu porque o CPF do agricultor foi colocado na Certidão de Óbito da mãe dele, e que só depois que o documento fosse atualizado o problema poderia ser resolvido. No entanto, o agricultor contesta a informação e afirma que não há esse registro no documento da mãe dele. “Me falaram que tinham colocado meu CPF na Certidão de Óbito da minha mãe, só que não. Na Certidão de Óbito da minha mãe não tem CPF, nem o meu e nem o dela. O que eu podia fazer, eu já fiz. Agora, só estou dependendo da lei, da Justiça. Não posso fazer mais nada, só esperar. Mas até quando, eu não sei”, disse.

Por conta da situação, José Raimundo não consegue receber benefícios sociais, já que  também está “morto” para os bancos. Ainda de acordo com o site, José Raimundo já fez todos os procedimentos requeridos pelo governo, para tentar regularizar a situação e aguarda, desde então, a normalização dos documentos. “Eu não aguento mais essa situação, é difícil Estou contando com a ajuda de Deus e minha família. É muito difícil, não é brincadeira. E só Deus sabe a minha situação, o que eu estou passando. Me sinto um inútil, sem valor nenhum. Porque um morto, que valor tem? O morto está esquecido, não é?”, finalizou.

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