Maior fabricante de carros elétricos do mundo, BYD vai instalar três fábricas na Bahia

A BYD, maior fabricante de carros elétricos do mundo, irá investir R$ 3 bilhões para instalar três fábricas na Bahia, gerando 1.200 empregos diretos durante o período de implantação. As unidades irão produzir chassis de ônibus e caminhões elétricos e veículos de passeio elétricos e híbridos e processar lítio e ferro fosfato, de acordo com o protocolo de intenções assinado nesta quinta-feira (27) entre a BYD do Brasil, subsidiária da empresa chinesa no país, e o Estado da Bahia.

Pelo Estado, assinaram o documento o governador Rui Costa e os secretários estaduais de Desenvolvimento Econômico, José Nunes Soares, e da Fazenda, Manoel Vitório. Já o Diretor Presidente da BYD do Brasil, Tie Li, assinou o protocolo de intenções em nome da empresa. Conforme o cronograma, todas as unidades começam a ser implantadas em junho de 2023. Duas delas devem estar concluídas em setembro de 2024, com início de operação em outubro. A terceira tem conclusão prevista para dezembro do mesmo ano, com início de operação em janeiro de 2025.

ETAPAS

A implantação de uma indústria química para processamento de lítio e ferro fosfato constitui, de acordo com o protocolo, a primeira fase do empreendimento. Esta unidade utilizará como insumos o lítio extraído no Brasil. A produção desta unidade será exportada para a China. Em paralelo com a indústria química, será implantada a fábrica de chassis para produção de ônibus e caminhões elétricos, sendo que a produção de ônibus elétrico será para abastecer o mercado das regiões Norte e Nordeste do Brasil. A produção de veículos de passeio elétricos e híbridos compreende a terceira fase do acordo. O protocolo prevê ainda que a BYD também analisará a viabilidade da importação de veículos acabados pelo porto de Salvador.

INCENTIVOS

A contribuição do Estado da Bahia para viabilização do empreendimento inclui a concessão de incentivos fiscais até 31 de dezembro de 2032, de acordo com a legislação tributária estadual. Os benefícios baseiam-se na Lei nº 7.537/99 que institui o Programa Especial de Incentivo ao Setor Automotivo da Bahia (Proauto), e na Lei nº 7.980/2001 e Decreto n.º 8.205/2002, estaduais, que institui o Programa de Desenvolvimento Industrial e de Integração Econômica (Desenvolve). A implantação na Bahia de planta industrial dotada com a mais avançada tecnologia global do setor automotivo trará benefícios como o desenvolvimento social do Estado da Bahia, em decorrência do incremento da base produtiva e circulatória de bens, e a geração de novos empregos e renda. Ainda de acordo com o protocolo, os incentivos se justificam por ser indispensável que o Estado, visando ao incremento do desenvolvimento industrial e comercial, propicie condições para a realização de investimentos no setor produtivo, mediante a formação de parcerias com o setor privado.

COMPROMISSOS DA BYD

Entre as contrapartidas assumidas pela BYD estão a elaboração de um plano de negócios detalhado, que deverá ser aprovado pelo Estado. A empresa deverá promover o treinamento e a capacitação de mão de obra especializada, prioritariamente local, a ser aproveitada no processo fabril. Deverá ainda, a cada seis meses após a assinatura do protocolo e até a entrada em operação das unidades industriais, informar à Secretaria de Desenvolvimento Econômico sobre o estágio do empreendimento e a previsão de implantação. A BYD também deverá priorizar a contratação de empresas estabelecidas na Bahia para a realização das obras civis, contratação dos serviços e aquisição dos insumos necessários à implantação e operação do empreendimento, priorizando fornecedores locais e obrigando-se a disponibilizar a lista completa dos serviços a contratar e dos insumos a adquirir, o que contribuirá para o adensamento da cadeia produtiva dentro do estado. Outra contrapartida estabelecida é a adesão da empresa ao Projeto Estadual de Incentivo à Primeira Experiência Profissional – Estágio, Aprendizagem e Ocupação Formal (Projeto Primeiro Emprego).

Félix Mendonça apresenta projeto que pune candidatos que faltem a debates no segundo turno

O deputado federal Félix Mendonça Júnior (PDT) apresentou na Câmara um projeto de lei que altera a legislação eleitoral para determinar a realização de ao menos dois debates oficiais nos locais em que houver disputa de segundo turno, em quaisquer das esferas federativas (União, estados e municípios). A medida visa fortalecer o processo democrático e facilitar a escolha do eleitor.

Pela proposta, as rádios e TVs, que são concessão pública, terão que realizar dois debates onde houver segundo turno, em sistema de pool de emissoras, cada um com uma hora e meia de duração. Esse tempo será extraído da propaganda eleitoral que esses veículos exibem durante as eleições. O projeto prevê ainda punição para o candidato que não comparecer aos debates oficiais.

“Quem fugir dos debates previstos na nova legislação, caso o texto seja aprovado, perderá o tempo equivalente na propaganda eleitoral”, explicou Félix. “O objetivo do projeto é justamente estimular que os concorrentes debatam e confrontem suas ideias para que o eleitor tenha instrumentos para fazer bem a sua escolha nas urnas”, acrescentou.

Félix explicou o motivo da proposta prever a realização dos debates oficiais apenas no segundo turno. “No primeiro turno, tem muito candidato que faz jogo combinado com outro. Já no segundo, isso não pode acontecer porque o confronto é direto. Além disso, quando o pleito não é definido no primeiro, o nível de indecisão da população tende a ser maior, e o debate se torna mais fundamental até para ajudar a reduzir as abstenções”.

O parlamentar afirmou ainda que o projeto não impede que outros meios de comunicação, inclusive de concessão pública, promovam seus debates. “O que queremos é só garantir que os candidatos participem ao menos de dois confrontos definidos pela Justiça Eleitoral, com regras definidas pelas campanhas e as emissoras. Claro, quanto mais debates, melhor”, frisou.

“Na Bahia, por exemplo, é muito triste ver o que está acontecendo, com o candidato do PT, Jerônimo Rodrigues, se recusando a dar ao eleitor uma oportunidade de comparar as duas propostas nos veículos de comunicação. Acho que essa não deve ser a postura de alguém que almeja ser governador”, complementou.

Vitória encaminha empréstimo de jogador teofilandense ao Itabuna

O lateral-esquerdo Elivelton, do Vitória, que é teofilandense, está próximo de ser emprestado ao Itabuna para a disputa do Campeonato Baiano 2023. O Bahia Notícias apurou que as conversas estão adiantadas e faltam pequenos detalhes para o martelo ser batido.

Revelado pelo Vitória, Elivelton tem 22 anos. Nesta temporada, ele foi cedido por empréstimo ao Águia de Marabá-PA.

O contrato de Elivelton com o Vitória é válido até julho de 2023.

O Campeonato Baiano começa no dia 10 de janeiro e termina em 9 de abril.

Real Time: Jerônimo mantém liderança e aparece com 53% dos votos válidos; Neto tem 47%

Um novo levantamento eleitoral para o governo da Bahia foi divulgado nesta quinta-feira (27) e aponta a manutenção da liderança de Jerônimo Rodrigues, candidato do PT, na disputa com ACM Neto (União). Na pesquisa Real Time Big Data, o ex-secretário de Educação da Bahia aparece com 53% dos votos válidos e o ex-prefeito de Salvador tem 47%.

O levantamento ouviu 1.200 pessoas, presencialmente, entre os dias 24 e 25 de outubro e está registrado sob o nº TRE-BA BA-03758/2022. A pesquisa tem margem de erro de três pontos percentuais para mais ou para menos e 95% de nível de confiança.

Na Bahia, Lula cresce em aprovação; Bolsonaro continua com alto índice de rejeição

A pesquisa AtlasIntel, divulgada nesta quarta-feira (26), indica que Lula (PT) conseguiu crescer o seu índice de aprovação na Bahia, saltando de 70,9% para 71,2% se compararmos com o último levantamento do Instituto. Enquanto isso, Bolsonaro (PL) oscilou para baixo, de 29,1% para 28,8%. Quando o questionamento foi rejeição, o atua presidente segue à frente, tendo um desempenho reprovado por 68,4% e aprovado por apenas 28,3%. Na avaliação, 64,3% consideram o governo federal ruim/péssimo, 18,5% acham ótimo/bom e 16,1% entendem ser regular.

Para O CEO da AtlasIntel, Andrei Roman, os votos na Bahia se mantêm estáveis mesmo em meio a tantos casos de repercussão. “Uma eleição altamente polarizada, difícil para ter qualquer tipo de impacto de última hora, mesmo com esses eventos negativos para o Bolsonaro, caso Roberto Jefferson, a acusação de pedofilia, salário mínimo, apesar disso, ele segue resiliente, até porque a base dele é muito sólida. É difícil, no entanto, ele conseguir os votos que faltam [na Bahia] para virar a eleição”, ponderou.

Brasil passa a Rússia e vira 3º país com mais mulheres presas no mundo

Desde o ano 2000, o número de mulheres presas no Brasil quadruplicou enquanto, no mundo, a população prisional feminina cresceu 60%, somando 740 mil mulheres. 

Com o aumento desproporcional, o Brasil bateu a marca das 42 mil presas, ultrapassou a Rússia (37 mil) e assumiu a terceira posição no ranking dos países com mais mulheres atrás das grades. A lista é encabeçada por EUA (211 mil) e China (145 mil). 

Os dados são da quinta edição do World Female Imprisonment List, levantamento global sobre mulheres presas realizado pelo ICPR (sigla em inglês para Instituto de Pesquisa em Políticas Criminal e de Justiça) de Birkbeck College (Universidade de Londres), no Reino Unido. 

Para comparação, considerando homens presos, o Brasil ocupa desde 2017 a mesma terceira posição no ranking global, também atrás de EUA e China. Desde 2000, essa população aumentou 22% no globo —quase um terço do crescimento entre mulheres. 

A taxa de encarceramento feminino no Brasil, que em 2000 era de 6 presas para cada 100 mil mulheres, agora é de 20, o que coloca o país em 15º lugar no ranking proporcional —liderado por EUA (64), Tailândia (47), El Salvador (42), Turcomenistão (38), Brunei (36), Macau, na China, (32), Belarus (30), Uruguai (29), Ruanda (28) e Rússia (27). 

O documento britânico compila dados prisionais de fontes oficiais e destaca tanto o fornecimento incompleto de dados pelo governo da China quanto a indisponibilidade total de informações de outros cinco países: Cuba, Etiópia, Coreia do Norte, Somália e Uzbequistão. As informações sobre o Brasil são de dezembro de 2021. 

Os dados consideram tanto presas provisórias (aquelas que ainda não foram julgadas) quanto condenadas. No Brasil, 45% das mulheres encarceradas são presas provisórias. 

Para Catherine Heard, diretora do projeto no ICPR, é preocupante o aumento de mulheres presas porque as evidências mostram que a prisão é particularmente prejudicial para elas. “Seus impactos adversos continuam por muito mais tempo e podem causar danos irreparáveis, não apenas às mulheres, individualmente, mas também a seus filhos.” 

No Brasil, 74% das mulheres presas são mães e 56% têm dois ou mais filhos, segundo dados do Ministério da Justiça e Segurança Pública de 2018. 

“Muitas mulheres presas são mães que têm sido a principal ou a única cuidadora de seus filhos. Portanto, as consequências de cada vez mais mulheres serem presas são sérias para famílias, comunidades e para a sociedade como um todo”, afirma Heard. 

Segundo ela, observar o sistema prisional através de um recorte de gênero é importante porque “mulheres presas, em geral, vêm de um contexto de privação e desigualdade”. 

Entre as presas brasileiras, 63,5% são mulheres negras, 47,3% são jovens e 51,9% têm apenas o ensino fundamental incompleto. Além disso, dados de 2018 do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) a partir do registro no CadÚnico mostram que a mediana da renda familiar mensal per capita de mulheres presas era de R$ 40 enquanto a de mulheres não presas era de R$ 100. 

Para Karine Vieira, que passou pelo sistema carcerário de São Paulo antes de criar a ONG Responsa, em que auxilia egressas de presídios numa nova jornada fora do crime, as mulheres entram na criminalidade por fatores diversos, mas uma parte considerável é por questão de sobrevivência e de autonomia. 

“Há um crescimento enorme de mulheres que buscam gerar renda para manter sua vida, seus lares, seus filhos e, por falta de oportunidade, encontram na criminalidade uma maneira de sobrevivência”, avalia ela.
 “São mães solos, mulheres que romperam relacionamentos, entre outras. É importante enxergarmos que boa parte delas são mulheres periféricas, com baixa escolaridade e pouco acesso.” 

Heard, a diretora do programa de dados prisionais do ICPR, aponta que o aumento exponencial de mulheres presas no Brasil teve como motores o “uso praticamente automático da prisão preventiva nos casos de acusação de crimes ligados a drogas e as altas penas aplicadas a esses casos”. 

No Brasil, 3 a cada 5 mulheres presas respondem por crimes relacionados à Lei de Drogas (11.343), de acordo com o Infopen 2018. 

“Os países que apresentaram os maiores crescimentos [de mulheres presas] tiveram ‘guerra às drogas’ muito duras nos anos recentes, o que envolve políticas de tolerância zero até para práticas menores, como posse para uso pessoal”, diz Heard. “Essas são políticas exportadas dos EUA para a América Latina e também para alguns países da Ásia, como a Tailândia”, explica. 

Para a pesquisadora britânica, é importante observar que as mulheres presas “têm histórias anteriores de traumas, problemas de saúde mental, desamparo, abuso de drogas ou álcool e violência sexual ou doméstica”. 

No Brasil, a maioria das mulheres presas relata uma trajetória de violências. Estudos no Rio de Janeiro e em Santa Catarina apontaram que a cada 4 presas 3 sofreram violência na infância ou adolescência e que os casos de violência doméstica praticada por parceiro têm proporção ainda maior. 

Segundo Heard, “a prisão traumatiza novamente essas mulheres e as distancia ainda mais dos mecanismos de apoio, aumentando o estigma aos olhos da sociedade”, o que dificulta a retomada da vida fora do crime. 

Heard aponta para o fato de mulheres serem majoritariamente acusadas por crimes não violentos e de muitas ficarem presas porque não têm como pagar multas e fiança ou, em alguns casos, terem dificuldade em obter representação legal.
 
“A prisão muitas vezes só perpetua a violência estrutural e de Estado”, avalia.

Bahia tem mais de 17 mil empresas criadas em julho e lidera estatística no Nordeste

A Bahia registrou 17.588 novas empresas apenas no mês de julho, segundo levantamento realizado pelo Indicador de Nascimento de Empresas da Serasa Experian divulgado nesta terça-feira (25). A Bahia foi o estado com maior criação de companhias do Nordeste e ficou em sétimo lugar no ranking nacional.

A região Nordeste, no geral, criou 55.940 negócios. No comparativo com o mesmo mês do ano passado, o índice revelou queda de 16,8%. A região fica em terceiro lugar, atrás da Sul (61.741) e Sudeste (168.993), em relação ao número de novas empresas, sendo que a Centro-Oeste (30.621) e Norte (15.903) tiveram os menores destaques registrados.

Para o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, mesmo assim, a quantidade de novos empreendimentos é expressiva.

“O empreendedorismo, principalmente durante a pandemia, foi uma ótima ferramenta para criar ou complementar rendas. Agora, aos poucos as pessoas têm conseguido voltar a trabalhar sem ter que abrir o próprio negócio, como mostra a queda nos níveis de desemprego do país. De todo modo, empreender ainda é um objetivo para muitos”.

Segundo o estudo, o segmento de Serviços é a principal escolha dos empreendedores e contempla 231.796 novas empresas dentro do total registrado. O setor do Comércio é responsável pela abertura de 75.484 negócios e o de Indústria 22.362, restando 3.556 empresas em categorias variadas. No Brasil, em geral, foram geradas 333.198 empresas em julho.

Traficantes gravam execução e queimam homem dentro de carro em Salvador; vítima pode ser de Serrinha

Um homem, que ainda não teve a identidade confirmada, foi executado a tiros dentro de um carro, na noite desta quarta-feira (19), no bairro de Cassange, em Salvador. O crime aconteceu por volta das 19h, na Rua Raposo, altura da Fazenda Angico, localidade conhecida como Beriberi. Após a execução, os criminosos incendiaram o veículo, modelo Golf, de cor cinza, placa JPJ-7462.

Apuração da reportagem aponta que o carro está em nome de um sargento aposentado da Polícia Militar da Bahia, que já foi lotado na 10ª Companhia Independente (CIPM/Candeias), que tem como sede a mesma cidade onde o automóvel é registrado.

As informações iniciais indicam que a vítima pode ser um ex-presidiário, que reside na Avenida Getúlio Vargas, no bairro da Bomba, em Serrinha. Porém, a identificação da vítima só poderá ser comprovada  após realização de exames no Instituto Médico Legal (IML) de Salvador. O homem acumula passagens por tráfico de drogas.

Um vídeo gravado pelos autores, obtido pela reportagem, mostra o momento da execução. Nele, um dos criminosos faz uma narrativa insinuando que o homem estaria praticando assaltos na região. Além disso, ele exalta a facção criminosa Bonde do Maluco (BDM), enquanto dá diversos tiros na vítima, no banco do motorista.

Em outro vídeo, narrado por uma mulher, é mostrado o momento em que o Golf está pegando fogo com a vítima em seu interior. De forma irônica, ela diz: “churrasquinho’ de ladrão!”.

Segundo informações da Polícia Militar, na manhã desta quinta-feira (20), por volta das 8h10, agentes da 49ª Companhia Independente (CIPM/São Cristóvão) foram acionados pelo Centro Integrado de Comunicação das Polícias (Cicom) para averiguar denúncia sobre a situação, onde constataram a ocorrência.

Ainda de acordo com a PM, os militares acionaram o Corpo de Bombeiros, que dissipou as chamas, sendo visualizado um corpo carbonizado no interior do veículo. Os PMs isolaram o local e acionaram o Departamento de Polícia Técnica (DPT) para a remoção do corpo e a realização da perícia.

O caso está sendo investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

Com estoque abaixo do mínimo necessário, HGRS convoca baianos a doarem sangue

O Hospital Geral Roberto Santos (HGRS) precisa de doações de sangue, em especial de grupos de RH negativo. Nesta quinta-feira (20), a Agência Transfusional (AT-HGRS) contabiliza número de bolsas de sangue inferior ao estoque mínimo necessário para realização de procedimentos.

O HGRS possui 640 leitos de internação, portanto, a manutenção do estoque de sangue – através da doação voluntária – é essencial. Além de pacientes que precisam de transfusão sanguínea, os hemocomponentes são utilizados na hemodiálise e há a necessidade de reserva de sangue para realização de cirurgias. Para uso dos grupos sanguíneos com estoque mais baixo, a prioridade tem sido pacientes com quadros mais graves.

Para doar sangue, é necessário procurar uma das unidades da Fundação de Hematologia e Hemoterapia da Bahia (Hemoba). O doador voluntário que tem interesse em ajudar o HGRS pode informar o cadastro de número 0106, que leva o nome “Amigos do Roberto Santos”.

O candidato à doação de sangue deve estar em boas condições de saúde, sem sintomas virais; pesar mais de 50 quilos; estar bem alimentado; ter dormido pelo menos 6h; não ter ingerido bebida alcoólica nas últimas 12h; não fumar por, pelo menos, duas horas; e ter entre 16 e 69 anos incompletos. É necessário apresentar documento original com foto. Menores de 18 anos precisam estar acompanhados de um responsável legal.

BA registrou 1,6 mil casos de violência sexual e violações de direitos contra menores em 2022

Mais de 1,6 mil crianças e adolescentes foram vítimas de abusos na Bahia este ano. O quantitativo, que pode ser ainda maior, é o extrato de um levantamento realizado pela área técnica da Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SJDHDS) do governo estadual junto aos registros do Disque 100.

O número geral de ocorrências considera apenas os seis primeiros meses de 2022 – de janeiro a junho. Neste período, 611 denúncias foram de violência sexual e 992 foram de outras violações de direitos. De acordo com a SJDHDS, estão nesse universo casos de estupro, tentativa de estupro, abuso sexual, pedofilia, entre outras situações.

O saldo total de queixas deste ano, de 1603 casos, é 40.1% maior que todo o quantitativo de denúncias recebidas em todo o ano passado. Em 2021, o call center responsável por receber esse tipo de denúncia no estado registrou 421 relatos de violência sexual e 723 referentes a violações de direitos. 

Segundo o Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA), é considerado como abuso toda violência sexual praticada por um adulto ou alguém mais velho com o objetivo de satisfação sexual, deixando prevalecer o poder ou autoridade sobre a criança. Já a exploração sexual é caracterizada pela obtenção de lucro, troca ou vantagem, a exemplo de prostituição, pornografia, tráfico e turismo sexual.

Os sinais desse tipo de violência podem ser percebidos através de manifestações físicas e psicológicas. O impacto negativo desse tipo de sofrimento pode se prolongar para toda a vida, podendo ocasionar em dificuldades no desenvolvimento afetivo e sexual e desvios do comportamento sexual.

Atitudes sexuais que não condizem com a idade, demonstração de conhecimento sobre atividades sexuais superiores à sua fase de desenvolvimento, mudanças no comportamento, queda no rendimento escolar e agitações no sono são algumas delas.

As vítimas também podem apresentar lesões na área genital e nos dentes, infecções urinárias em repetição, sangramento vaginal ou anal, fissuras ou flacidez anal, rompimento himenal ou até mesmo doenças sexualmente transmissíveis. 

RETRATO DO BRASIL
Em todo o Brasil, nos cinco primeiros meses de 2022, a Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos (ONDH) contabilizou 5.881 denúncias de estupros contra crianças ou adolescentes. Conforme explicou o órgão, vinculado ao Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH), a parcela representa quase 79% do somatório de casos. 

No ano passado, 47 mil casos de violência sexual contra menores foram registrados no país. Dados do Ministério da Saúde (MS) mostram que 84% dessas vítimas eram mulheres, 56% delas eram negras e 71% dos casos ocorreram dentro da própria casa da vítima.

Uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) expôs que um em cada sete adolescentes já sofreu algum tipo de violência sexual. 

Outro estudo, organizado pelo Fórum de Segurança, encontrou dados que dão conta de um público bastante vulnerável. Pelo menos quatro meninas menores de 13 anos são vítimas de estupros por hora no país. A cada ano, mais de 21 mil ficam grávidas antes dos 14 anos. A maioria dos autores tem algum tipo de vínculo com a vítima.

O último Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado em 2021, analisou os crimes cometidos contra crianças e adolescentes em todo o território brasileiro e observou que, em média, 130 casos deste tipo foram identificados diariamente. 

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