Ciro acusa Lula e Bolsonaro de mentirem sobre preço do combustível

O presidenciável Ciro Gomes acusou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente Jair Bolsonaro (PL), nesta segunda-feira (28), de mentirem sobre o preço do combustível e sobre questões que envolvem a Petrobrás.

Em contato com o Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias, o candidato do PDT disse que irá fazer um seminário para mostrar “as mentiras do presidente e de Lula”. Nesta quarta-feira (29), na sede do PDT no Rio de Janeiro, Ciro fará o seminário “Petrobrás não é problema, é solução”.

Segundo ele, todo mundo da sociedade precisa entender como funciona a política de preços do combustível no Brasil. “No final, quem sai ganhando são os grandes acionistas, e o povo se lasca. As pessoas não entendem e por isso não obrigam os candidatos a apresentarem propostas sobre a questão que se tornou um distúrbio para o povo brasileiro”, disse Ciro, no evento de filiação do deputado David Miranda.

75% dos brasileiros responsabilizam governo Bolsonaro por alta da inflação

Apesar de o governo ter reforçado o discurso de que a inflação é consequência de crises globais e ações de terceiros, como governadores que impuseram o distanciamento social contra a Covid-19, é grande a parcela de brasileiros que atribuem à gestão de Jair Bolsonaro responsabilidade pela alta de preços.
 

O descontentamento foi identificado pelo Datafolha. Tanto numa pesquisa realizada em setembro do ano passado quanto no levantamento mais recente, em março, 75% apontam que o governo Bolsonaro tem responsabilidade pela inflação.
 

A pesquisa Datafolha foi realizada na terça (22) e na quarta-feira (23) com 2.556 eleitores em 181 cidades de todo o país. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou menos.
 

A comparação das duas pesquisas mostra que caiu o número de brasileiros que atribuem muita responsabilidade ao governo. Essa parcela foi de 41% para 36%. Em contrapartida, aumentou, de 34% para 39%, a fatia que atribui um pouco de responsabilidade. Houve uma ligeira queda, de 23% para 21%, no contingente que não via nenhuma responsabilidade.
 

Entre eleitores que declaram avaliar votar em candidatos da chamada terceira via estão os mais críticos ao governo Bolsonaro. Segundo o levantamento, 87% dos que declaram intenção de votar em Ciro Gomes (PDT) consideram que o governo tem responsabilidade pela alta da inflação, sendo que 50% dizem que a gestão bolsonarista tem muita responsabilidade.
 

Entre os que declaram intenção de votar em Sergio Moro (Podemos), 82% têm a avaliação de que o governo tem responsabilidade, sendo que 42% consideram ele tem muita responsabilidade. No caso de eleitores de André Janones (Avante), 80% dizem que o governo tem responsabilidade, e a metade avalia como um pouco.
 

Mesmo quem está na base de apoio de Bolsonaro acredita que o governo tem responsabilidade pela inflação, nem que seja um pouco. Essa percepção é compartilhada até por eleitores declarados. O levantamento mostra que 75% deles acreditam que o governo tem responsabilidade pelo descontrole dos preços.
 

Essa avaliação também é feita por 72% dos evangélicos, 75% dos moradores do Centro-Oeste, região que concentra o agronegócio, e 79% dos moradores da região Sul, que votaram em peso para eleger Bolsonaro.
 

A inflação começou a subir durante a pandemia, mas disparou mesmo no ano passado. Em 2019, por exemplo, o IPCA, que mede a inflação oficial, fechou ano com alta de 4,31%. Em 2020, passou para 4,52%. Mas fechou 2021 acumulando alta de 10,06%.
 

Uma confluência de fatores críticos eleva os preços. Secas no Sul, chuvas torrenciais no Sudeste, ruptura da cadeia global de fornecimento de peças industriais, aumento do frete marítimo e disputa por contêineres. Recentemente, o cenário piorou com a invasão da Ucrânia pela Rússia e uma escalada de sanções de países ocidentais contra o governo de Vladimir Putin.
 

Dois itens essenciais estão entre os mais afetados por esse múltiplo desarranjo e encarem mês após mês. De um lado, os alimentos, como o trigo do pãozinho, hortaliças, frutas. De outro, a energia, incluindo gasolina, diesel e gás de cozinha. Como ambos são básicos na economia, eles não apenas puxam o custo de vida para cima como também ajudam a disseminar a inflação por outros setores.
 

O ministro da Economia, Paulo Guedes, não perde a oportunidade para falar em público que a alta de preços é um fenômeno global e que o Brasil uma vítima de circunstâncias que estão acima do poder de intervenção do Estado. No entanto, outros segmentos do governo, incluindo o próprio Bolsonaro, tentam demonstrar diligência para aliviar os baques inflacionários.
 

Segundo economistas, as intervenções açodadas podem ter o efeito inverso, tornar os mercados disfuncionais e elevar os preços, mas o governo tem insistido, corroborando a visão popular de que ele tem responsabilidade em calibrar a inflação.
 

Em 2020, no repique do preço do arroz, chegou a dizer que os ministérios da Economia e da Agricultura tomariam providências para baixar o preço e ainda pediu aos supermercados para que reduzissem as margens de lucro com grão.
 

Neste início de ano, a pressão altista segue firme. Na sexta-feira (25), foi divulgado o IPCA-15 de março, prévia da inflação mensal. O indicador teve alta de 0,95%, maior taxa para o período desde 2015 (1,24%) e acima das projeções.
 

Com esse dado, o IPCA-15 acumulou inflação de 10,79% em 12 meses até março. A inflação acumulada em 12 meses está acima de 10% desde setembro de 2021.
 

Desde março de 2021, o Banco Central vem elevando a Selic, taxa básica de juros, para tentar arrefecer a escalada dos preços. Na reunião mais recente, em fevereiro, ela foi de 9,25% para 10,75%, voltando ao terreno dos dois dígitos, o que não ocorria havia cinco anos.

Dados do Ministério da Saúde apontam que apenas metade da população tomou 3ª dose

Nem metade da população brasileira apta a receber a terceira dose teve o reforço em questão aplicado. Isso é o que afirmam os dados do Ministério da Saúde, apesar da pasta recomendar a segunda dose de reforço para idosos com mais de 80 anos.

A plataforma Localiza SUS, do governo federal, indica ainda que a procura pelo reforço tem caído. No mês de janeiro, houve um pico, com mais de 17 milhões de pessoas que receberam a terceira dose. Em fevereiro, o número caiu para pouco mais de 12,5 milhões de cidadãos e, até o momento, março registra perto de 4,5 milhões.

À CNN Brasil, o médico Renato Kfouri, integrante da diretoria da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), ressaltou que o esquema vacinal só é considerado completo com as três doses aplicadas. “Nós trabalhamos com o esquema dois mais um. Quem está vacinado apenas com as duas não está completamente imunizado”, afirmou.

“Ainda precisamos nos preocupar com os números de vacinação. Temos vacinas o suficiente e estamos bem em relação aos outros países, mas ainda temos que ter mais informação disponibilizada, busca ativa e campanhas”, defende o especialista.

A reportagem mostrou que em vários pontos do país, a terceira dose é vista como um desafio. Em Palmas, no Tocantins, apenas 26,52% da população conta com o reforço no cartão de imunização, enquanto em Rondônia a cobertura é de 28,5%. O índice que sobe para 37,62% no Distrito Federal.

Ministério Público pede condenação de Bolsonaro por manter funcionária fantasma

O Ministério Público Federal apresentou à Justiça uma ação de improbidade administrativa contra o presidente Jair Bolsonaro (PL) e a ex-secretária parlamentar da Câmara dos Deputados Walderice Santos da Conceição, conhecida como “Wal do Açaí”.

O MPF pede a condenação dos dois por improbidade e solicita o ressarcimento dos recursos públicos indevidamente desviados.

As suspeitas sobre Wal surgiram em 2018 em reportagem do jornal Folha de S.Paulo. Em janeiro daquele ano, o jornal revelou que a ex-assessora trabalhava em um comércio de açaí na mesma rua onde fica a casa de veraneio de Jair Bolsonaro, à época deputado federal, na pequena Vila Histórica de Mambucaba. 

Segundo moradores da região, Wal também prestava serviços particulares na casa de Bolsonaro. De acordo com moradores da região ouvidos à época, o marido dela, Edenilson, era caseiro do presidente. 

Em agosto de 2018, em horário de expediente, a reportagem voltou ao estabelecimento e encontrou Wal, com quem comprou um açaí e um suco de cupuaçu. Nesse mesmo dia, ela pediu demissão do cargo. 

Desde a primeira reportagem da Folha de S.Paulo, Bolsonaro deu diferentes e conflitantes versões sobre a assessora para tentar negar irregularidades, todas elas não condizentes com a realidade.

Pesquisa aponta que racismo no transporte já foi presenciado por 72% dos brasileiros

Pesquisa do Instituto Locomotiva mostra que 72% das pessoas dizem já ter presenciado situação de racismo em seu transporte do dia a dia e 39% foram vítimas do crime, ou seja, uma em cada três pessoas negras já sofreu preconceito em seus deslocamentos. Entre trabalhadores negros que atuam no setor, esse número é ainda maior: 65% dos entrevistados já enfrentaram alguma situação de racismo durante o expediente. 

O estudo ouviu 1.200 pessoas e mais de mil profissionais do setor de transporte. As informações são da Agência Brasil. 

Quando questionados sobre situações de preconceito vividas, a população negra relatou ter sido menosprezada (24%), abordada de maneira desrespeitosa (17%), sofrido agressões verbais e ter sido alvo de expressões racistas (14%). 

“Entre profissionais negros do transporte que enfrentaram situações de preconceito, embora as agressões verbais (47%) e o menosprezo (46%) tenham sido mais frequentes, eles foram três vezes mais alvo de expressões racistas e sofreram três vezes mais ameaça do que a população negra vítima de preconceito racial em geral”, diz o levantamento. 

A pesquisa, divulgada nesta segunda-feira (21) no Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial, foi encomendada pela Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia (Amobitec) com o apoio da Uber, em parceria com o Instituto Identidade Brasil (ID_BR). 

“Muito embora algumas pessoas possam ter a leitura de que ações como ‘ser menosprezada’ sejam atos imperceptíveis ou menos importantes, as microagressões são frequentes no cotidiano da população negra e afetam psicologicamente quem vive essa relação todos os dias. Por outro lado, imaginar que, ainda hoje, uma em cada quatro pessoas já sofreu violência física em consequência do racismo nos transportes públicos só reforça a noção de que a adoção de ações de combate ao racismo se fazem cada vez mais urgentes e necessárias.” afirmou, em nota, a especialista em Diversidade e Inclusão do ID_BR, Roberta Calixto. 

O estudo mostra ainda que 71% das pessoas negras que trabalham no trânsito sentem medo de sofrer racismo ou preconceito por sua cor. Entre a população negra em geral, esse número cai para 41%, o que mostra que quem está na rua por mais tempo sente mais medo de sofrer esse tipo de discriminação.

Os números também revelam que motoristas de ônibus e cobradores são os profissionais que mais observam casos de racismo no seu trabalho (75%), seguidos de motoristas de aplicativo (73%) e taxistas (65%). 

Segundo a pesquisa, o número de casos acaba causando impacto no comportamento das pessoas negras ao planejar seu deslocamento: 29% dos negros declararam que já mudaram a forma de se locomover pela cidade devido a situações de preconceito ou discriminação. Entre mulheres negras, o número chega a 31%. As mulheres negras também são as que mais se sentem vulneráveis nos deslocamentos: 72% delas temem sofrer algum tipo de assédio sexual, 64% agressão física e 47% sofrer algum tipo de racismo.

A pesquisa também incluiu duas imagens para comparar a percepção dos profissionais de transporte sobre as diferenças entre um homem negro e um branco: seis em cada dez profissionais acreditam que uma pessoa negra tem mais chance de causar medo nos passageiros que uma pessoa branca. A chance de motoristas não pararem no embarque para um passageiro negro também é bem maior (61% contra 7%).
 

Para a maioria da população (69%), o racismo é comum no dia a dia e 25% consideram que as pessoas que cometem racismo nunca são devidamente punidas. Entre profissionais de transporte, essa crença na inadequação da punição vai a 38%. Com isso, entre profissionais que foram vítimas de racismo, apenas 17% já realizaram algum tipo de denúncia, seja para a empresa ou para a polícia.

Para o presidente do Instituto Locomotiva, Renato Meirelles, os resultados da pesquisa mostram o quanto o racismo acaba prejudicando a mobilidade dos brasileiros pela cor da sua pele. “É como se o direito de ir e vir fosse prejudicado de acordo com a cor da pele do passageiro. E essa limitação faz com que as oportunidades que as pessoas têm, seja no mercado de trabalho, no acesso à educação e no lazer, se tornem reduzidas”, disse Meirelles.
 

A pesquisa com a população em geral foi realizada de forma quantitativa online com 1.200 pessoas, com idade a partir de 18 anos, em todo o Brasil. A coleta de dados foi feita em janeiro deste ano e a margem de erro é de 2.8 pontos percentuais.
 
O estudo com profissionais da mobilidade também foi feito em janeiro de forma quantitativa presencial com 1.050 pessoas, com idade a partir de 18 anos nas dez principais regiões metropolitanas do país. A margem de erro é de 3 pontos percentuais.

‘Não defino preço da Petrobras’, diz Bolsonaro sobre aumento

Após o anúncio no preço da gasolina e do gás feito pela Petrobras nesta quinta-feira, 10, o presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou  não define preço de combustível da estatal.

“No mundo todo aumentou [preço dos combustíveis]. Eu não defino preço na Petrobras. Eu não decido nada, não. Só quando tem problema cai no meu colo”, disse Bolsonaro a apoiadores no cercadinho do Palácio da Alvorada.

A declaração foi divulgada no final da manhã, às 11h, pelo canal bolsonarista Foco do Brasil, mas foi concedida mais cedo a apoiadores.

“Lula e Dilma interferiram nos preços da Petrobras, entre outras coisas. Endividaram a empresa em R$ 900 bilhões. A tendência é melhorar lá fora, mas vai ter problema de combustível no Brasil. Não vai demorar”, afirmou.

Polícia Federal abre inquérito contra Bolsonaro por associação de vacina à AIDS

A Polícia Federal abriu um inquérito para investigar as declarações falsas do presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre uma relação entre a vacina contra a Covid-19 e infecções pelo HIV (relembre aqui).

Segundo a coluna de Fausto Macedo no Estadão, em ofício endereçado ao ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, a PF determinou a abertura da apuração e solicitou o o compartilhamento de uma apuração feita pela Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre o caso.

Outro ponto do pedido, protocolado pela delegada Lorena Lima Nascimento, da Coordenação de Inquéritos nos Tribunais Superiores, a polícia pede também o acesso aos autos da investigação em que a PF atribuiu a Bolsonaro violação de sigilo funcional após o compartilhamento de inquérito sigiloso sobre ataque hacker aos sistemas internos do Tribunal Superior Eleitoral nas eleições 2018. A Procuradoria-Geral da República defende o arquivamento da apuração. 

Em dezembro, Moraes proferiu duas decisões sobre o caso, a primeira determinando a abertura da investigação sobre as falas de Jair Bolsonaro. Depois, determinou o trancamento de uma notícia de fato que tramitava na PGR sobre o caso, para a regularização do procedimento, com o devido “controle judicial” pela corte.

Assembleia-Geral da ONU aprova resolução contra a Rússia; Brasil vota a favor

A Assembleia-Geral da ONU aprovou nesta quarta-feira (2) uma resolução condenando a invasão da Ucrânia pela Rússia, por 141 votos a favor, 5 contra e 35 abstenções.

A resolução foi proposta conjuntamente por 95 dos 193 países do colegiado. O Brasil não se juntou ao grupo dos proponentes, mas votou a favor da proposta.

O documento condena a invasão da Ucrânia pela Rússia, reafirma que nenhuma aquisição de território por ameaça ou uso da força deve ser reconhecida como legal e expressa grave preocupação com os relatos de ataques a civis.

A resolução também reafirma a independência da Ucrânia e sua integridade territorial, deplora nos termos mais fortes a agressão da Rússia contra o país vizinho e demanda que Moscou retire suas forças da Ucrânia imediatamente. E deplora o envolvimento de Belarus no conflito.

A Assembleia-Geral, no entanto, não pode aplicar medidas, como sanções ou envio de missões de paz. Só o Conselho de Segurança tem autoridade para tal. Essa instância das Nações Unidas é formada por 15 países, cinco dos quais com assentos permanentes e com poder de veto e outros dez em vagas rotativas —o Brasil atualmente ocupa uma posição temporária. Como a Rússia é membro fixo do órgão, pode barrar medidas contra si mesma.

Assim, a resolução tem como principal função deixar claro como os demais países veem as ações da Rússia e mostrar seu isolamento internacional, bem maior do que em casos anteriores.

Em 2014, a Assembleia-Geral também aprovou uma resolução condenando a anexação da Crimeia, até então parte da Ucrânia, pela Rússia. Naquele ano, 100 países apoiaram a medida, 11 foram contra e 58 se abstiveram.

A resolução atual foi aprovada em uma reunião emergencial da Assembleia-Geral, a 11ª convocada desde a criação da ONU, em 1945. O encontro começou na segunda (28) e teve discursos de mais de 120 representantes.

Em um último apelo antes da votação, Sergei Kislitsia, representante da Ucrânia na ONU, voltou a comparar as ações da Rússia com as da Alemanha nazista. “Eles [soldados russos] vieram resolver o que chamam de ‘problema ucraniano’. Há mais de 80 anos, outro ditador tentou resolver de forma final o ‘problema’ de outro povo. Ele falou quando o mundo respondeu de forma unida”, disse Kislitsia.
 
Ao pedir voto contra a resolução, o representante russo disse que a maioria dos países sofrem pressão de potências do Ocidente para se posicionar contra a Rússia, e voltou a acusar o governo ucraniano de usar civis como escudo e de perseguir a própria população.
 
“Votar contra a resolução é votar por uma Ucrânia livre do radicalismo e do neonazismo”, disse o embaixador russo Vasili Nebenzia.
 
Em discurso na segunda (28), o representante do Brasil na ONU, Ronaldo Costa Filho, condenou a invasão e criticou o envio de mais armas para a Ucrânia. “Nos últimos anos, temos visto uma deterioração progressiva da situação de segurança e do balanço de poder na Europa Oriental. O enfraquecimento dos Acordos de Minsk por todas as partes e o descrédito das preocupações com a segurança vocalizadas pela Rússia prepararam o terreno para a crise que estamos vendo. Deixe-me ser claro, no entanto: esta situação não justifica o uso da força contra o território de um Estado membro.”
 
“Convocamos os atores envolvidos para reavaliarem suas decisões em relação ao suprimento de armas, ao uso de ataques digitais e à aplicação de sanções seletivas, incluindo na importante área de segurança alimentar. Precisamos de soluções construtivas, não de ações que vão prolongar hostilidades e espalhar o conflito, com efeitos na economia e na segurança mundial”, afirmou.
 
Na ocasião, Costa Filho pediu que os órgãos das Nações Unidas trabalhem conjuntamente em busca de soluções, pois a crise pode ter impacto muito mais amplo se não for contida. “Estamos sob uma rápida escalada de tensões que pode colocar toda a humanidade em risco. Mas ainda temos tempo para parar isso.”

Abono do PIS e Pasep tem novo lote liberado; veja calendário

A Caixa e o Banco do Brasil liberam nesta quinta (24) novo lote do abono salarial. É a vez de funcionários de empresas privadas nascidos em junho e servidores com número de inscrição com final 5 sacarem o benefício.

O pagamento do abono de até um salário mínimo (R$ 1.212) começou em 8 de fevereiro para os inscritos no PIS (Programa de Integração Social) e no dia 15 para os inscritos no Pasep (Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público). Os primeiros recebem pela Caixa e os servidores públicos têm o valor depositado no Banco do Brasil.

VEJA AS DATAS:

O calendário de pagamento do PIS varia conforme o mês de nascimento do beneficiário

Nascidos em – Recebem a partir de – Recebem até

Janeiro – 08/02/2022 – 29/12/2022
Fevereiro – 10/02/2022 – 29/12/2022
Março – 15/02/2022 – 29/12/2022
Abril – 17/02/2022 – 29/12/2022
Maio – 22/02/2022 – 29/12/2022
Junho – 24/02/2022 – 29/12/2022
Julho – 15/03/2022 – 29/12/2022
Agosto – 17/03/2022 – 29/12/2022
Setembro – 22/03/2022 – 29/12/2022
Outubro – 24/03/2022 – 29/12/2022
Novembro – 29/03/2022 – 29/12/2022
Dezembro – 31/03/2022 – 29/12/2022

O calendário de pagamento do Pasep varia de acordo com o número final de inscrição do trabalhador:

Final da inscrição – Recebem a partir de – Recebem até

0 – 15/02/2022 – 29/12/2022
1 – 15/02/2022 – 29/12/2022
2 – 17/02/2022 – 29/12/2022
3 – 17/02/2022 – 29/12/2022
4 – 22/02/2022 – 29/12/2022
5 – 24/02/2022 – 29/12/2022
6 – 15/03/2022 – 29/12/2022
7 – 17/03/2022 – 29/12/2022
8 – 22/03/2022 – 29/12/2022
9 – 24/03/2022 – 29/12/2022
 

Pode receber quem trabalhou com carteira assinada por no mínimo 30 dias, consecutivos ou não, em 2020. Também é preciso estar cadastrado no programa PIS ou no Cnis (Cadastro Nacional de Informações Sociais) há pelo menos cinco anos —ou seja, o primeiro emprego com carteira assinada deve ter ocorrido em 2015 ou antes.

Além disso, é necessário ter recebido até dois salários mínimos médios de remuneração mensal no período trabalhado, que correspondem a R$ 2.090, considerando-se o salário mínimo de R$ 1.045 vigente em 2020, e ter seus dados informados pelo empregador (pessoa jurídica ou governo) corretamente na Rais ou no eSocial do ano-base considerado para apuração, que é 2020.

O valor pago depende do número de meses em que o beneficiário trabalhou em 2020

Meses trabalhados no ano-base
Valor do abono
1 – R$ 101,00
2 – R$ 202,00
3 – R$ 303,00
4 – R$ 404,00
5 – R$ 505,00
6 – R$ 606,00
7 – R$ 707,00
8 – R$ 808,00
9 – R$ 909,00
10 – R$ 1.010,00
 11 – R$ 1.111,00
 12 – R$ 1.212,00
 

Erros nos cadastros enviados por empregadores levaram a Dataprev (Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência) a fazer uma nova análise dos dados de 1,9 milhão de trabalhadores, que podem ter sido excluídos do pagamento neste ano por falha nas informações prestadas pelas empresas. A consulta para saber se foi incluído no novo lote de pagamentos sai a partir de 16 de março, no aplicativo “Carteira de Trabalho Digital” e pela plataforma de serviços do trabalho no portal Gov.br. 

SAQUE DO ABONO SALARIAL 

Trabalhadores que possuem conta-corrente ou poupança na Caixa e tiveram o valor depositado podem sacá-lo com o cartão magnético e documento de identificação nas agências da Caixa, casas lotéricas, terminais eletrônicos e correspondentes Caixa Aqui.

Quem recebeu pela Poupança Social Digital pode movimentar o valor no aplicativo Caixa Tem. Para fazer saques, é necessário selecionar no aplicativo Caixa Tem a opção “Saque sem cartão”, gerar o código para retirada do dinheiro e utilizá-lo em terminais de autoatendimento da Caixa, unidades lotéricas e postos de correspondentes Caixa Aqui.
 
Caso o trabalhador não tenha conta na Caixa e o banco não tenha conseguido abrir a poupança digital em seu nome, o saque pode ser realizado presencialmente na agência com apresentação do número do PIS e um documento oficial com foto, como RG ou carteira de motorista.

Também é possível sacar usando o Cartão do Cidadão com a senha nos terminais de autoatendimento, unidades lotéricas e postos Caixa Aqui, de acordo com o calendário de pagamento.

SAQUE E CONSULTA DO PASEP

O dinheiro é destinado a quem é inscrito no Pasep como servidor público federal, estadual ou municipal ou empregado de empresas públicas e sociedades de economia mista. A consulta para saber se tem direito pode ser feita no site do Banco do Brasil, em consulte seu Pasep, na central de atendimento telefônico do banco, nos números 4004-0001 ou 0800-7290001, ou pelo Alô Trabalhador, no telefone 158.

O servidor deverá informar o número de inscrição no Pasep ou o CPF e a data de nascimento. O benefício é depositado em conta-corrente e poupança do titular, no Banco do Brasil. Correntistas de outras instituições podem transferir os valores via TED. O saque também pode ser feito nas agências do BB, com apresentação de documento oficial de identificação.

Último adeus: Corpo de Paulinha Abelha é velado em Sergipe com presença dos fãs

Os fãs da cantora Paulinha Abelha terão a chance de se despedir da cantora em dois momentos entre esta quinta-feira (24) e a sexta-feira (25) em Sergipe.

Em anúncio feito por Silvania Aquino, ex-companheira de banda da artista na Calcinha Preta, foi informado que a cantora terá dois velórios, um em Aracaju e outro em Simão Dias, interior de Sergipe. 

“O velório será liberado para visitação dos fãs a partir das 7h de amanhã, quinta-feira (24), no Ginásio Constância Vieira (Aracaju/Sergipe) e das 9h às 14h, sexta-feira (25), no Ginásio de Esportes José Maria (Simão Dias/Sergipe). O sepultamento contará apenas com a presença dos familiares”, escreveu.

A artista teve a morte confirmada pelo Hospital Primavera às 19h26 em um quadro de comprometimento multissistêmico. Paulinha deu entrada em uma outra unidade do estado com problemas renais, no entanto, o diagnóstico final da cantora ainda não foi divulgado.

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