O estudo que rebate ideia de que ‘mundo está cada vez mais desonesto’

  • Paula Adamo Idoeta*
  • Role,Da BBC News Brasil em Londres
  • Há 4 horas

“No meu tempo dava para confiar nas pessoas”

“O mundo ficou mais desonesto”

“A moral coletiva está em declínio”

Frases do tipo refletem um sentimento comum, de que valores sociais importantes se corromperam ao longo do tempo.

No entanto, dois pesquisadores americanos acham que essa percepção parece ser, na verdade, uma ilusão coletiva, que acaba tendo efeitos nocivos para a sociedade e até para a política.

“Por toda a minha vida, escutei as pessoas falando sobre o declínio da bondade humana”, diz o psicólogo experimental americano Adam Mastroianni, ao explicar por que decidiu colocar isso à prova em uma pesquisa científica para seu pós-doutorado na Universidade Columbia (EUA).

Os resultados, coletados por Mastroianni em conjunto com o também psicólogo Daniel Gilbert, da Universidade Harvard, foram publicados em junho na revista Nature.

A dupla de pesquisadores começou analisando 177 pesquisas de opinião feitas entre 1949 e 2019, nos Estados Unidos, com uma amostra de 220 mil respondentes.

Na ampla maioria dessas pesquisas, os americanos responderam que os valores morais estavam se perdendo.

Depois, os pesquisadores decidiram observar se o mesmo comportamento se repetia no mundo. Analisaram 58 pesquisas com 354 mil participantes em 59 países, incluindo duas no Brasil, realizadas em 2002 e 2006.

Em uma, conduzida pelo instituto Pew, 94% dos participantes brasileiros afirmaram que o declínio moral era um problema grande ou muito grande, índice acima da média (na casa dos 80%) geral dos demais países pesquisados.

Mastroianni destaca que a percepção de que os valores sociais estão corroídos em comparação com o passado é sentida tanto entre jovens quanto idosos, e entre pessoas alinhadas a variados espectros políticos.

Nos EUA, por exemplo, pesquisas apontam que tanto conservadores quanto progressistas concordavam, mesmo que em graus diferentes, que a sociedade estava pior do que era antes.

Ou seja, essa percepção independe do conceito subjetivo que cada indivíduo tem sobre a própria moralidade e sobre a quais valores sociais elas dão importância.

Agora, eis o ponto interessante: a segunda etapa da pesquisa de Mastroianni e Gilbert coloca em xeque essa percepção de piora.

Leia a matéria completa da BBC News Brasil clicando aqui.

Daniel Alves tem recurso negado pela Justiça espanhola; jogador seguirá preso

Daniel Alves teve um recurso negado pela Justiça espanhola nesta terça-feira (21). Com isso, o jogador seguirá em prisão preventiva por risco de fuga.

A defesa de Daniel Alves alegou que o jogador tem residência fixa em Barcelona e que não haveria risco de fuga. Os advogados do atleta ainda oferecem entregar os passaportes de Daniel, além dele se apresentar diariamente à Justiça. No entanto, esses argumentos não foram suficientes para convencerem os juízes.

De acordo com o g1.globo, os juízes alegaram que existe o risco de Daniel Alves, em razão dos seguintes fatores: a residência principal de Daniel Alves é no Brasil; ele tem uma série de negócios em território brasileiro; ele possui ainda condições financeiras de alugar um avião para deixar a Espanha sem os controles tradicionais dos aeroportos.

A prisão de Daniel Alves aconteceu no dia 20 de janeiro. Ele foi acusado estuprar uma mulher dentro de um banheiro em uma boate na Espanha no fim do ano passado.

População mundial chega a 8 bilhões em novembro e ONU faz alerta

A população mundial deve atingir a marca de 8 bilhões de pessoas em novembro e a ONU adverte que o mundo não se envolva em um “alarmismo populacional”. Esse crescimento impacta em problemas já existentes como a desigualdade social, crise climática, deslocamento e migração alimentadas por conflitos, afirmam analistas.

“Sei que este momento não pode ser celebrado por todos. Alguns expressam preocupações de que o nosso mundo está superpovoado, com muitas pessoas e recursos insuficientes para sustentar todas as vidas. Mas eu estou aqui para dizer claramente que o grande número de vidas humanas não é motivo de medo”, defendeu Natalia Kanem, diretora executiva do Fundo de População da ONU (UNFPA). 

Natalia Kanem alerta que a tentativa de controle populacional por governantes é “ineficaz e perigosa” e os países devem se concentrar em ajudar mulheres, crianças e pessoas marginalizadas, que são as mais vulneráveis às mudanças demográficas.

Número de casos e de mortes por covid-19 continua caindo nas Américas

Com o avanço da vacinação, o número de mortes e de casos de covid-19 continua caindo no continente americano, segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). 

Conforme publicação da Agência Brasil, a Opas afirma que mais de dois terços dos latino-americanos e caribenhos já receberam duas doses de vacinas contra a doença, e muitos países da região têm algumas das taxas de cobertura mais altas do mundo. 

Além disso, segundo o relatório, 14 países latinos-americanos já atingiram a meta da Organização Mundial da Saúde (OMS) de vacinar totalmente 70% de suas populações. 

A Opas, no entanto, acrescenta que, na última semana, a doença avançou no Canadá, que registrou 11,2% a mais de casos e 20% de alta nas hospitalizações. Segundo a entidade, “a alta na América do Norte é causada pela subvariante da Ômicron, o tipo BA.2”.

“A vacinação é um assunto de família e cabe a todos nós garantir que nossos entes queridos estejam protegidos. Se você ou um familiar ainda não se vacinaram contra a COVID-19, converse com um profissional de saúde sobre suas questões e dúvidas”, acrescentou a diretora da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), Carissa F. Etienne.

Ucrânia e Rússia voltam à mesa de negociação e sinalizam possível cessar-fogo

O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, será o anfitrião da reunião político-diplomática entre representantes da Rússia e da Ucrânia tentarão mais uma vez selar um acordo de cessar-fogo nesta segunda-feira (28).

De acordo com o portal Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias a retomada ocorre após dias de estagnação, com direito a queixas públicas dos dois lados. Paralelamente ao acordo empacado, mísseis cada vez mais potentes foram usados pelos russos em focos pontuais.

O encontro ocorrerá com mais um sinal de Zelensky de que pode ceder a uma das principais reivindicações da Rússia. Em entrevista dada a jornalistas independentes russos e revelada nesse domingo (27), ele declarou que a Ucrânia está aberta a discutir a adoção de uma política de neutralidade como parte do acordo de paz, e que considera fazer concessões sobre o domínio da região de Donbass – situada no leste do país e considerada separatista pró-Rússia.

O país comandado por Erdogan tem defendido uma solução pacífica para o conflito e se oferecido para mediar a construção de uma alternativa à guerra. Os turcos tentam se equilibrar entre seus compromissos com a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), da qual fazem parte, e a amizade com o presidente Vladimir Putin.

Assembleia-Geral da ONU aprova resolução contra a Rússia; Brasil vota a favor

A Assembleia-Geral da ONU aprovou nesta quarta-feira (2) uma resolução condenando a invasão da Ucrânia pela Rússia, por 141 votos a favor, 5 contra e 35 abstenções.

A resolução foi proposta conjuntamente por 95 dos 193 países do colegiado. O Brasil não se juntou ao grupo dos proponentes, mas votou a favor da proposta.

O documento condena a invasão da Ucrânia pela Rússia, reafirma que nenhuma aquisição de território por ameaça ou uso da força deve ser reconhecida como legal e expressa grave preocupação com os relatos de ataques a civis.

A resolução também reafirma a independência da Ucrânia e sua integridade territorial, deplora nos termos mais fortes a agressão da Rússia contra o país vizinho e demanda que Moscou retire suas forças da Ucrânia imediatamente. E deplora o envolvimento de Belarus no conflito.

A Assembleia-Geral, no entanto, não pode aplicar medidas, como sanções ou envio de missões de paz. Só o Conselho de Segurança tem autoridade para tal. Essa instância das Nações Unidas é formada por 15 países, cinco dos quais com assentos permanentes e com poder de veto e outros dez em vagas rotativas —o Brasil atualmente ocupa uma posição temporária. Como a Rússia é membro fixo do órgão, pode barrar medidas contra si mesma.

Assim, a resolução tem como principal função deixar claro como os demais países veem as ações da Rússia e mostrar seu isolamento internacional, bem maior do que em casos anteriores.

Em 2014, a Assembleia-Geral também aprovou uma resolução condenando a anexação da Crimeia, até então parte da Ucrânia, pela Rússia. Naquele ano, 100 países apoiaram a medida, 11 foram contra e 58 se abstiveram.

A resolução atual foi aprovada em uma reunião emergencial da Assembleia-Geral, a 11ª convocada desde a criação da ONU, em 1945. O encontro começou na segunda (28) e teve discursos de mais de 120 representantes.

Em um último apelo antes da votação, Sergei Kislitsia, representante da Ucrânia na ONU, voltou a comparar as ações da Rússia com as da Alemanha nazista. “Eles [soldados russos] vieram resolver o que chamam de ‘problema ucraniano’. Há mais de 80 anos, outro ditador tentou resolver de forma final o ‘problema’ de outro povo. Ele falou quando o mundo respondeu de forma unida”, disse Kislitsia.
 
Ao pedir voto contra a resolução, o representante russo disse que a maioria dos países sofrem pressão de potências do Ocidente para se posicionar contra a Rússia, e voltou a acusar o governo ucraniano de usar civis como escudo e de perseguir a própria população.
 
“Votar contra a resolução é votar por uma Ucrânia livre do radicalismo e do neonazismo”, disse o embaixador russo Vasili Nebenzia.
 
Em discurso na segunda (28), o representante do Brasil na ONU, Ronaldo Costa Filho, condenou a invasão e criticou o envio de mais armas para a Ucrânia. “Nos últimos anos, temos visto uma deterioração progressiva da situação de segurança e do balanço de poder na Europa Oriental. O enfraquecimento dos Acordos de Minsk por todas as partes e o descrédito das preocupações com a segurança vocalizadas pela Rússia prepararam o terreno para a crise que estamos vendo. Deixe-me ser claro, no entanto: esta situação não justifica o uso da força contra o território de um Estado membro.”
 
“Convocamos os atores envolvidos para reavaliarem suas decisões em relação ao suprimento de armas, ao uso de ataques digitais e à aplicação de sanções seletivas, incluindo na importante área de segurança alimentar. Precisamos de soluções construtivas, não de ações que vão prolongar hostilidades e espalhar o conflito, com efeitos na economia e na segurança mundial”, afirmou.
 
Na ocasião, Costa Filho pediu que os órgãos das Nações Unidas trabalhem conjuntamente em busca de soluções, pois a crise pode ter impacto muito mais amplo se não for contida. “Estamos sob uma rápida escalada de tensões que pode colocar toda a humanidade em risco. Mas ainda temos tempo para parar isso.”

Rússia é proibida pela Fifa de disputar a Copa do Mundo de 2022

A Rússia está proibida de disputar a Copa do Mundo do Catar, marcada para começar no dia 21 de novembro de 2022. O anúncio foi feito nesta segunda-feira (28) pela Fifa, que suspendeu a Federação de Futebol do país. Sendo assim, os russos também não jogarão a repescagem das eliminatorias europeias do Mundial. 

De acordo com o ge.globo, a medida, realizada em conjunto com a Uefa. envolve todas as seleções russas, incluindo base, time masculino e time feminino. A Rússia pode recorrer no Tribunal Arbitral do Esporte. O motivo da suspensão é a invasão russa à Ucrânia. 

Também nesta segunda, o Comitê Olímpico Internacional (COI) recomendou a expulsão de atletas da Rússia e de Belarus das competições internacionais (veja aqui). 

O adversário da Rússia na repescagem das eliminatórias seria a Polônia, no dia 24 de março. A Uefa ainda não decidiu se os poloneses avançarão direto à próxima fase. O grupo, que possui Polônia, Suécia e República Tcheca, já havia comunicado que não disputariam partidas em solo russo. 

Delegações de Ucrânia e Rússia se reúnem nesta segunda para negociar cessar-fogo

Delegações de Ucrânia e Rússia se reúnem nesta segunda-feira (28) na fronteira ucraniana com Belarus para negociar a interrupção nos ataques liderados pelas tropas de Vladmir Putin. As informações são do G1.

Para os ucranianos, os principais objetivos da negociação são um cessar-fogo imediato e uma saída das tropas russas que invadiram seu país. Já o governo russo disse que espera que as conversas comecem imediatamente, mas não quis abrir quais são os objetivos.

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, deu indicações de que não acredita que o encontro entre as comitivas pode ser frutífero: “Eu não acredito realmente no resultado desse encontro. Deixe eles tentarem para que, mais tarde, nenhum cidadão da Ucrânia possa ter nenhuma dúvida de que eu, como presidente, tentei parar a guerra”, afirmou o ucraniano.

É a primeira vez que representantes dos dois países se reúnem desde o começo da invasão, no dia 24 de fevereiro. De acordo com o Ministério do Interior da Ucrânia, até o domingo (27), o número de pessoas mortas no país após a invasão russa é de 352 civis. Pelo menos 14 dos mortos são crianças, segundo o ministério. Outras 1.684 pessoas, incluindo 116 crianças, ficaram feridas.

Covid-19: OMS espera que vacinação chegue a 40% da população mundial até o fim do ano

A Organização Mundial da Saúde (OMS) espera vacinar 40% da população mundial contra a Covid-19 até o fim de 2021. Foi o que afirmou, nesta sexta-feira (18), o diretor geral da entidade, Tedros Adhanom, durante entrevista coletiva.

A expectativa do gestor é que 10% dos indivíduos sejam imunizados até setembro, e outros 70% até o meio do ano que vem. Para que isso ocorra, os países com mais acesso a vacinas precisam compartilhar mais doses com aqueles que possuem menos.

A “falha”, disse ele, nesse sistema está criando uma “pandemia de duas vidas”. Isso porque a Covid segue em alta em regiões como a América Latina e a África.

Segundo o portal Viva Bem, do Uol, o consultor sênior da OMS, Bruce Alyward, afirmou que cerca de 30 a 40 países precisaram pausar a distribuição da segunda dose das vacinas a grupos prioritários por falta de suprimento.

Um dos principais motivos para isso foi a recente onda local de infecções na Índia, que paralisou as exportações do país para outras nações.

Para a vice-diretora geral da entidade, Mariângela Simão, a situação no Brasil é de “muita tristeza”, já que o país está próximo de atingir as 500 mil mortes por Covid-19 de forma oficial. Brasileira, a médica lembrou que as infecções nas Américas ainda estão em patamares “muito altos”, apesar da desaceleração recente.

Em condição rara causada pela Covid-19, paciente tem dedos amputados na Itália

Em rara reação à doença, ma paciente de 86 anos infectada pela Covid-19 teve três dedos amputados após a doença deixá-los necrosados. 

De acordo com o portal Extra, do jornal O Globo, a idosa testou positivo para o coronavírus em abril do ano passado. Os médicos, que publicaram relatório na revista médica “European Journal of Vascular and Endovascular Surgery”, afirmaram que essa necrose é uma condição que faz com que o tecido corporal morra e fique preto. 

A mulher tinha histórico de problemas com coagulação. Ela sofreu de síndrome coronariana aguda, doença que bloqueia repentinamente o sangue fornecido ao músculo cardíaco, em março de 2020. Para tratar isso, profissionais prescreveram terapia antiplaquetária dupla. 

Contudo, outros testes revelaram que a responsável por causar o bloqueio do sangue para os seus dedos foi a Covid-19. A amputação foi feita para evitar complicações futuras. Responsáveis pelo relatório, os médicos Giuseppe P. Martino e Giuseppina Bitti classificaram a condição como “dedos covidais” e uma “manifestação vascular severa”.

Em dezzembro, um morador de Bournemouth, na Inglaterra, também alegou ter sofrido com situação semelhante. Ele teve de amputar a perna por causa de um coágulo sanguíneo com risco de vida, e diz que isso foi causado pelo coronavírus. 

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