Morador de Conceição de Coité, município localizado a cerca de 200 km de Salvador, o baiano Josevaldo de Almeida Thomé, de 45 anos, possui seis dedos na mãos e sonha em celebrar a conquista do hexa do Brasil na Copa do Catar, este ano.
“Todos que me conhecem e sabem que tenho seis dedos em cada mão me chamam de hexa. Sempre que tem uma copa eu fico ansioso. A expectativa é de poder fazer o hexa usando uma mão só com o título conquistado”, disse ele em entrevista ao site G1 Bahia.
O técnico de manutenção e equipamentos hospitalares nasceu com polidactilia, mais conhecido dedo estranumérico. Ele conta que a mãe descobriu a anomalia durante um dos seus primeiros banhos. “São seis dedos em cada mão, perfeitos. Movimento bem eles, mas alguns são interligados”, disse.
Josevaldo também contou uma história inusitada acerca do sexto dedo. Ele foi até um dos postos do Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC) fazer o registro de identidade e saiu de lá com o dedo batizado de “aparecido”.
“Fui tirar a identidade, foi difícil, porque o rapaz começou a colocar os dedos para marcar as digitais, e, quando chegou ao sexto, ele tomou um susto. Aí chamou um coordenador e colocou o nome de ‘aparecido’ no sexto dedo, porque precisava fazer o registro de todos”, relembrou ele.
Polidactilia
Segundo uma publicação da coluna do Dr Drauzio Varela, no UOL, os dedos extras podem ser pequenos e não funcionais, sem a parte óssea, contendo apenas a pele, ou então totalmente formados, com ossos e articulações. É uma das alterações genéticas pediátricas mais comuns, e em geral a criança não sente dor ou nenhuma outra queixa.
Em relação ao tratamento, a coluna destacou que o tratamento é cirúrgico e frequentemente aconselhado, para evitar a limitação funcional, além da questão estética.