Caruru de São Cosme e Damião é reconhecido como patrimônio imaterial da Bahia

O tradicional caruru de São Cosme e Damião foi reconhecido como patrimônio cultural imaterial da Bahia. A aprovação unânime pelo Conselho Estadual de Cultura (CEC) garantiu o registro, que será publicado no Diário Oficial do Estado em 27 de setembro, dia em que os irmãos santos, considerados protetores das crianças, dos gêmeos e padroeiros dos médicos, são homenageados.

Celebrado durante todo o mês de setembro, o caruru é oferecido em homenagem a santos católicos e orixás do candomblé. O prato, preparado com quiabo, camarão seco e azeite de dendê, é servido inicialmente às crianças em um ritual conhecido como ‘caruru de sete meninos’. De acordo com a tradição, quem encontra um quiabo inteiro no prato deve preparar o caruru no ano seguinte.

Emocionado com a aprovação, Táta Ricardo, presidente da Câmara de Patrimônio e autor do processo de patrimonialização, destacou a importância do reconhecimento oficial. “O princípio do patrimônio é de fato pertencimento, a gente não aprende na academia, na universidade… patrimônio é algo que a gente herda”, afirmou. Ele ressaltou que o caruru de São Cosme e Damião é uma das maiores manifestações populares de origem sacra da Bahia, preservada por pessoas, famílias e comunidades religiosas e culturais em todo o estado.

Criado em 1967, o CEC é um órgão que contribui para a formulação de políticas culturais na Bahia, atuando na análise e registro de patrimônios imateriais e tombamentos de bens materiais.

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