Aumentou o número de doações de órgãos e tecidos na Bahia. Segundo informações da Secretaria de Saúde do Estado (SESAB), a alta foi de 24% no primeiro semestre de 2024, se comparado com o mesmo período do ano anterior. Entretanto, esse avanço poderia ser ainda maior se não fosse o índice elevado de famílias que recusam a doar de órgãos de parentes com morte cerebral, cerca de 60%.
No momento, 3.488 pacientes aguardando por transplantes no estado, destes 1.942 deles esperam por um rim e as outras centenas aguardam por fígado, córnea e coração.
Transplante de rim: quem pode ser um doador e como funciona o procedimento
Existem algumas restrições para quem pode ser um doador de órgãos de rim. Algumas das principais considerações incluem:
– Idade: é recomendado que doador possua menos de 60 anos;
– Saúde geral: o doador deve estar em boas condições de saúde e não ter nenhuma doença que possa afetar o funcionamento do rim transplantado;
– Peso: o doador deve ter um peso adequado para a altura;
– Histórico familiar: o doador não pode ter histórico familiar de doenças genéticas que possam afetar o rim transplantado;
– Tamanho do rim: o rim do doador deve ser compatível com o tamanho do receptor
Um transplante renal sem complicações dura em torno de três a quatro horas. Os rins do paciente não são retirados, ou seja, ele fica com três rins, porém somente o novo funciona normalmente. Além disso, a uretra do paciente é conectada ao rim para que seja possível a eliminação da urina.
Após o procedimento, a recuperação é simples e relativamente rápida. O paciente volta para casa depois de uma semana e, três meses depois, já pode retomar o ritmo normal com algumas restrições de alimentação e tomando medicamentos, que serão utilizados durante toda a vida.