Bahia fica em 3º no número de pessoas em extrema pobreza e sem auxílio

Dados da Síntese de Indicadores Sociais (SIS) 2023, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 22,2% da população baiana em extrema pobreza não recebe nenhum auxílio de programas sociais. Este é o 3° maior índice do Brasil.

Ainda segundo o SIS 2023, isso quer dizer que essas pessoas têm uma renda domiciliar per capita abaixo de R$ 200 reais mensais e não recebe nenhum apoio financeiro.

O número registrado na Bahia ficou abaixo apenas do Maranhão (23,9%) e do Ceará (22,2%). Em todo o Brasil, cerca de 10,6% da população em extrema pobreza vive sem nenhum benefício.

Apesar do número alto, esse índice diminuiu na Bahia. Em 2020, 25,8% dos baianos viviam sem ajuda financeira e, em 2021, a taxa correspondia a 24,2% da população do estado.

População com maior rendimento per capita – A pesquisa realizada pelo SIS 2023 também destacou que os 10% da população baiana com maior rendimento domiciliar per capita se autodeclara negro ou pardo.

Isso que dizer que a 7 a cada 10, ou seja 71,5%, se autodeclara preto e pardos. Outras 27,9% se autodeclaravam brancos.

O cenário na Bahia é praticamente o inverso do nacional. No Brasil, apenas 27,6% entre os 10% com maiores rendimentos era preta ou parda, enquanto que 70,7% era branca.

Ainda segundo o IBGE, um dos motivos para essa disparidade entre os resultados da Bahia e do Brasil é que pretos representam 81,2% da população do estado, enquanto que correspondem a 55,7% dos brasileiros.

Em contrapartida, da mesma forma que a proporção de pretos e pardos entre os 10% com maiores rendimentos é maior na Bahia, os 10% com menores rendimentos possui a mesma característica.

Em 2022, a Bahia era o 4º estado do Brasil com a maior proporção de pretos e pardos entre os 10% com menores rendimentos domiciliares per capita do país. Isso quer dizer que com 84% das pessoas nessa situação se autodeclararam pretos e pardos.

O estado fica atrás apenas do Maranhão (87,8%), Amapá (86,3%) e Amazonas (85,3%), empatando com o Acre (84%).

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