Crime ocorreu em Salvador, em 2007. Mesmo já tendo sido condenado, em 2014, suspeito estava foragido desde março de 2018, quando teve novo mandado de prisão expedido.
Um homem acusado de assassinar a facadas a namorada e ser flagrado com o corpo da vítima dentro de um carro, no ano de 2007, em Salvador, foi preso por equipes da Polícia Interestadual (Polinter), na manhã desta segunda-feira (13), quase 12 anos após o crime.
De acordo com informações da Polícia Civil, Jardel da Pureza Souza, que estava foragido desde março de 2018, quando teve um mandado de prisão expedido pela Justiça, está na sede da Polinter, onde aguarda transferência para o sistema prisional.
A nova ordem de prisão contra o acusado, que na época do crime era estudante de direito e tinha 26 anos, foi expedido pelo 2º Juízo da 1ª Vara do Tribunal do Júri e encaminhado à Polinter.
A vítima foi Milena Bittencourt Pontes, que também tinha 26 anos e era estudante de psicologia. O crime ocorreu dentro do apartamento onde ela morava, na Avenida Paralela.
Segundo a polícia, após o crime, o acusado ficou preso por pouco mais de um ano e, depois, ficou em liberdade por força de um habeas corpus. Em 2014, Jardel, hoje com 37 anos, foi condenado a mais de 14 anos de prisão, por homicídio duplamente qualificado, por meio cruel e impossibilidade de defesa da vítima, além de ocultação de cadáver, mas não foi preso em virtude de uma sequência de recursos interpostos pela defesa.
Um irmão de Jardel, suspeito de ajudá-lo a tentar se desfazer do corpo da vítima, ficou preso por dois meses e, dois anos depois do crime, foi morto a tiros na porta da casa onde morava, no bairro de Roma, na capital baiana. Não há informações sobre autoria e motivação do assassinato.
O crime contra Milena Bittencourt Pontes aconteceu na tarde do dia 15 de setembro de 2007. Jardel confessou o homicídio ao ser preso, mas disse, na época, que a vítima, Milena, havia tentado esfaqueá-lo, durante uma discussão provocada pela desconfiança de que estaria sendo traído, e que ele agiu em legítima defesa.
As investigações apontaram, no entanto, que Milena teria ameaçado denunciar o companheiro por ter simulado o roubo de carro de sua propriedade, na CIA-Aeroporto, para receber o dinheiro do seguro.
Segundo a polícia, o namorado da estudante enrolou o corpo da vítima em uma colcha, colocou-o no porta-malas do carro dela e seguiu para o terminal marítimo de Salvador, onde pegaria o ferry boat, que faz a travessia entre a capital baiana e a Ilha de Itaparica, para ir a outra cidade, onde deixaria o cadáver.
Pouco depois, porém, ele mudou de ideia e foi para a casa de uma ex-namorada. Lá, com a ajuda do irmão, Josafá Pureza de Souza, teria passado o corpo de Milena para o porta-malas de outro carro, com o qual iria para o interior do Estado. Ele, no entanto, acabou sendo flagrado pela polícia e foi preso.