Cerca de 74,8% dos municípios da Bahia ainda utilizam lixões para o descarte de resíduos sólidos, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O levantamento, que analisou informações até o final de 2023, revelou que 312 das 417 cidades baianas possuem sistemas inadequados de gestão de resíduos.
O índice coloca a Bahia como o nono estado brasileiro com maior número de lixões, superando a média nacional. Em todo o país, cerca de 31,9% dos municípios, ou 1.775 das 5.570 cidades avaliadas pelo Suplemento de Saneamento Básico da Pesquisa de Informações Básicas Municipais (Munic), ainda mantêm essa prática.
Apesar do cenário preocupante, dois municípios baianos se destacaram positivamente na pesquisa: Feira de Santana, no centro-norte do estado, e Cruz das Almas, no Recôncavo Baiano. Essas cidades foram classificadas como “exemplares” devido à execução de políticas e ações eficientes no manejo de resíduos sólidos.
Segundo o IBGE, os dois municípios apresentaram características que os diferenciam:
• Implementação de uma política municipal de resíduos;
• Elaboração de um plano de gestão integrada;
• Coleta seletiva e de resíduos especiais;
• Sistema de logística reversa;
• Ausência de lixões;
• Programas de educação ambiental voltados para o tema.
Em contrapartida, 27 municípios baianos foram classificados como “precários” em termos de gestão de resíduos. A maioria dessas cidades possui menos de 20 mil habitantes, com exceção de Barra da Estiva, Nova Soure e Queimadas, que também enfrentam sérias dificuldades na administração do lixo.
O cenário exposto reforça a necessidade de políticas públicas mais efetivas e investimentos para a erradicação dos lix