Soldada é a primeira policial feminina a integrar a CIPE Nordeste

A soldada Tamiles Carvalho da Silva acaba de assumir um novo desafio em sua carreira. A policial militar tornou-se a primeira policial feminina a integrar a Companhia Independente de Policiamento Especializado (CIPE/Nordeste), sediada em Ribeira do Pombal. A profissional passará, após a pandemia, por uma Instrução de Nivelamento de Conhecimento para vestir a farda rajada, símbolo da unidade.

Integrante da corporação há quatro anos, a praça já passou pela 26ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM/ Brotas), e pelo Batalhão de Choque (BPChq) da Polícia Militar, na Companhia de Patrulhamento Tático Móvel (Patamo), unidade que atua em situações e áreas sensíveis na capital, além de reforçar ações de companhias do interior.

Foi também a terceira Pfem a concluir o curso de Operações de Choque, formação que exige grande preparo físico e psicológico dos alunos. “Sessenta alunos integraram a turma e apenas 30 terminaram as aulas”, contou Tamiles, hoje instrutora apta a transmitir o conhecimento para os policiais da CIPE Nordeste.

Para ela, a presença das mulheres nas ações de combate ao tráfico, crimes contra instituições financeiras e outros delitos coíbem o uso de parceiras na tentativa de fugir do flagrante. “Muitos criminosos passam os ilícitos para as companheiras como estratégia. A mulher já tem participação efetiva no mundo do crime”, argumentou. Ela também virou exemplo para colegas que desejam ocupar espaços na corporação, pensamento reforçado pelo seu novo comandante, major Wellington Morais, “a mulher deve estar no lugar que quiser”, reforçou.

Nas 37 cidades monitoradas pela CIPE Nordeste, o bioma é bem diferente do encontrado na capital e isso anima a soldada, que se mostra feliz com a nova oportunidade e experiência. “No nivelamento ela terá contato com disciplinas necessárias para exercer a atividade no ambiente rural” reforçou Morais.

Tamiles ressalta que nunca esteve na zona de conforto e que, para evoluir, é necessário o apoio da família e dos seus superiores. “Fui muito bem recebida pelo major Wellington Morais e agradeço ao meu antigo comandante, tenente-coronel Guerra. Um bom comando nos incentiva”, concluiu a soldada, que exerce também os papéis de mãe, esposa e filha.

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