No primeiro trimestre de 2019, foi registrado 1,282 milhão de pessoas desocupadas, 71 mil a mais que no último trimestre de 2018.
A Bahia tem a segunda maior taxa de desocupação do país, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada pelo IBGE nesta quinta-feira (16).
É considerada desocupação quando a pessoa não está trabalhando e procurou trabalho. Os dados são referentes aos três primeiros meses de 2019.
Com 18,3%, a Bahia fica atrás apenas do Amapá, que tem 20,2% de pessoas desocupadas. Depois do estado, vem o Acre, com 18%.
De acordo com os dados, no primeiro trimestre de 2019, foi registrado 1,282 milhão de pessoas desocupadas, 71 mil a mais que no último trimestre de 2018, equivalente a 5,8% a mais.
Em relação ao 1º trimestre do ano passado, quando havia 1,237 milhão de desocupados, o aumento foi de 45 mil desocupados, 3,7% a mais.
O número de pessoas que não estão trabalhando nem procuraram trabalho (ou seja, estão fora da força de trabalho) ficou em 5,003 milhões, na Bahia, no 1º trimestre de 2019.
Segundo o IBGE, o número também mostrou um discreto viés de alta tanto frente o 4º trimestre de 2018 (quando eram 4,961 milhões) quanto na comparação com o 1º trimestre do ano passado (4,948 milhões).
Dentre esses que estão fora da força de trabalho, os desalentados somaram 768 mil pessoas, na Bahia, no 1º trimestre de 2019. Embora o estado continue com a maior população de desalentados do país, houve pequenas reduções desse contingente tanto frente ao 4º trimestre (quando havia 772 mil pessoas nessa situação) quanto em relação ao 1º trimestre de 2018 (quando eram 774 mil pessoas).
A população desalentada é aquela que está fora da força de trabalho por uma das seguintes razões: não conseguia trabalho, ou não tinha experiência, ou era muito jovem ou idosa, ou não encontrou trabalho na localidade, mas se tivesse conseguido trabalho, estaria disponível para assumir a vaga.
No Brasil como um todo, os desalentados chegaram a 4,843 milhões no 1º trimestre do ano, um contingente recorde na série histórica.
No 1º trimestre de 2019, tanto o município de Salvador quanto a região metropolitana da capital apresentaram movimentos semelhantes no mercado de trabalho.
O número de trabalhadores, em ambos os casos, ficou menor do que no 4º trimestre de 2018, mas cresceu frente ao 1º trimestre do ano passado, enquanto os que procuram trabalho (desocupados) aumentaram nas duas comparações.
Nos dois casos, as variações, para cima ou para baixo, também são bem pequenas, o que indica certa estabilidade no mercado de trabalho, de acordo com o IBGE.
Matéria: G1/BA