Contratos do ‘Mais Médicos’ que encerrariam em abril serão prorrogados por um ano

O tempo de vigência do contrato de profissionais do 19º ciclo do programa Mais Médicos pelo Brasil, previsto para acabar em abril, foi prorrogado pelo Ministério da Saúde por mais um ano. A decisão aconteceu devido ao momento crítico vivenciado por municípios de todo o Brasil, que passam atualmente pelo período mais grave da pandemia da Covid-19.

A situação preocupava médicos do programa em Salvador, que até a semana passada, não sabiam se teriam o contrato prorrogado. Esses profissionais estão atuando nas Unidades Básicas de Saúde da cidade, e ponderavam que a substituição em meio à pandemia poderia gerar desassistência.

O temor era compartilhado pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de Salvador. Em nota, a pasta informou que através do edital de adesão aos municípios, aderiu ao décimo nono ciclo, que estava com processo de vigência até abril de 2021, o que gerava a insegurança não só dos profissionais de saúde atualmente vinculados aos municípios, como para a gestão municipal. “Por estarmos no momento mais crítico da pandemia, o que geraria a desassistência nas comunidades mais carentes da capital baiana”, diz o texto enviado pela pasta ao BN .

“Através de mobilização dos gestores municipais, o Ministério da Saúde, publicou edital de prorrogação do referido ciclo, que indica a renovação automática dos contratos vigentes”, ressaltou a SMS.

A Secretaria da Saúde ainda destaca que cabe ao médico informar o desinteresse na permanência no projeto ou ao gestor municipal o desinteresse em médicos que ao logo do ciclo apresentaram conduta não condizente com a PNAB.

Equipes da CETO flagram motorista de aplicativo com 40kg de maconha em Serrinha

Quarenta quilos de maconha, divididos em quatro sacos de nylon, foram apreendidos, na madrugada deste domingo (28), por equipes da Companhia de Emprego Tático Operacional (CETO) do 16º Batalhão de Polícia Militar (BPM), com um motorista de aplicativo. O flagrante ocorreu na BR-116, nas proximidades do entroncamento de Biritinga, em Serrinha.

Conforme apurou a reportagem do PCS, equipes do tático realizavam abordagens durante a “Operação Itinerante”, quando um carro, modelo Renault Kiwd, de cor cinza, placa RCZ 5I13, não respeitou a ordem de parada dos policiais.

O condutor do carro, Rodrigo Santos Silveira, 35 anos, acelerou e seguiu sentido Feira de Santana, mas, como estava em alta velocidade, perdeu o controle da direção e colidiu contra uma calçada. Ele ainda tentou fugir correndo, mas foi alcançado pelos agentes.

Ao ser questionado, o suspeito informou que era motorista de aplicativo em Salvador e que recebeu o entorpecente no município de Euclides da Cunha. A entrega seria realizada nas imediações do Shopping da Bahia, em Salvador.

Acompanhado da droga e do veículo, o suspeito seguiu para a Delegacia Territorial (DT) de Serrinha onde foi autuado por tráfico de drogas. O motorista, que reside no bairro Nordeste de Amaralina, em Salvador, permanece custodiado na unidade à disposição da Justiça.

Eleições 2022: Neto derrota Wagner em todos os cenários, diz pesquisa

O ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), lidera todos os cenários estimados em pesquisa eleitoral feita pelo Instituto Paraná Pesquisas, em parceria com o site Bahia Notícias. Cotado como principal concorrente do democrata, Jaques Wagner (PT) aparece em segundo lugar nas intenções de votos, mas acaba sendo derrotado em todos os cenários, inclusive na disputa direta.

A primeira situação testada foi com as opções de voto pulverizadas, contando com nomes como o senador Otto Alencar (PSD) e o vice-governador João Leão (PP), que atualmente fazem parte da base do governador Rui Costa (PT). ACM Neto aparece nesse cenário com 49,3%, contra 21,4% de Wagner.

Ficam empatados na terceira colocação a secretária de Saúde de Porto Seguro, Raíssa Soares, e Otto Alencar, com 3,9% cada. João Leão, o vereador Alexandre Aleluia e o ex-vereador Marcos Mendes não ultrapassam a casa dos 3% neste cenários. 12,5% dos entrevistados foram brancos e nulos e 5,3% não sabe ou não respondeu.

No segundo cenário, sem as candidaturas de Otto, Leão e Aleluia, Neto acumula um total de 51,9%, ante 24,2% de Wagner. Raissa Soares, possível nome do bolsonarismo na corrida ao governo estadual, aparece com 4,2%. Marcos Mendes tem 0,8% das intenções de voto. Brancos e nulos somam 13,8% e 5% dos entrevistados não sabem ou não responderam.

Na disputa direta entre ACM Neto e Jaques Wagner, o ex-prefeito de Salvador soma 56,5%, contra 25,8% do ex-governador da Bahia. O número de brancos e nulos fica em 13,7% e 4% não souberam ou não responderam. A pesquisa ouviu 2002 eleitores em 186 municípios da Bahia entre os dias 20 e 24 de março de 2020. A margem de erro é de 2% e o levantamento foi realizado por telefone com baianos com mais de 16 anos.

Ministério da Saúde fecha com 3 empresas aquisição de medicamentos do kit intubação

O Ministério da Saúde anunciou a compra de 2,8 milhões de medicamentos do “kit intubação”. A demanda pelas drogas tem crescido com o agravamento da pandemia. Elas são utilizadas no tratamento de pacientes graves com a Covid-19 internados em Unidades de Terapia Intensiva (UTI).

“Os medicamentos começaram a ser distribuídos pelo Ministério da Saúde para todo o Brasil, em parceria com três empresas fabricantes”, disse o governo, em nota publicada no site do Ministério na noite desta terça-feira (23). 

Uma das empresas, a Cristália, se comprometeu a fornecer 1,26 milhão de unidades dos medicamentos, informou o governo ao acrescentar que as entregas já foram iniciadas e que devem continuar ao longo dos próximos sete dias. 

A empresa Eurofarma entregará 212 mil ampolas em todo território nacional. A empresa União Química enviará, até 30 de março, 1,4 milhão de unidades de medicamentos. 

“A logística híbrida com a integração pública e privada permitirá que os medicamentos estejam nos estabelecimentos de saúde em menos de 72 horas”, ressaltou a pasta.

Chefes de UTIs ligam ‘kit Covid’ a maior risco de morte no Brasil

Defendido pelo presidente Jair Bolsonaro como estratégia de combate ao coronavírus, o chamado “kit covid” ou “tratamento precoce”, na verdade, contribui para aumentar o número de mortes de pacientes graves, disseram à BBC News Brasil diretores de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) de hospitais de referência.

Mais de um ano depois de a pandemia chegar ao Brasil, Bolsonaro continua defendendo a prescrição de medicamentos como hidroxicloroquina e ivermectina, embora diversas pesquisas científicas apontem que esses remédios não têm eficácia no tratamento de covid-19.

“Muitos têm sido salvos no Brasil com esse atendimento imediato. Neste prédio mesmo (Palácio do Planalto), mais de 200 pessoas contraíram a Covid e quase todas, pelo que eu tenha conhecimento, inclusive eu, buscaram esse tratamento imediato com uma cesta de produtos como a ivermectina, a hidroxicloroquina, a Azitromicina”, disse o presidente no início do mês.

Mas evidências científicas apontam que esses remédios não têm efeito de prevenção ou tratamento precoce de covid. E médicos de hospitais de referência ouvidos pela BBC News Brasil afirmam que a defesa e o uso do “kit covid” contribuem de diferentes maneiras para aumentar as mortes no país.

Leia a matéria completa clicando aqui.

Cresce parcela da população que pretende se vacinar contra a Covid-19

Com a vacinação em curso no Brasil, mas ainda a passos lentos, cresceu o contingente da população brasileira que pretende se vacinar. Segundo a pesquisa Datafolha divulgada neste domingo (21), 84% das pessoas querem se vacinar contra o coronavírus, um aumento de cinco pontos percentuais em comparação com a pesquisa de janeiro, quando 79% dos entrevistados tinham essa posição.

De acordo com a pesquisa atual, 5% dos entrevistados disseram já ter recebido pelo menos uma dose do imunizante e 9% da população insistem em não querer se vacinar. Em janeiro, esse grupo era composto por 17% das pessoas.

O instituto ouviu 2.023 brasileiros, por telefone, nas últimas segunda (15) e terça-feira (16). A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

EUA: Biden cumpre promessa de aplicar 100 milhões de vacinas 41 dias antes do prazo

O presidente Joe Biden cumpriu nesta sexta-feira (19) -41 dias antes do prazo previsto- a promessa de administrar 100 milhões de doses das vacinas contra o coronavírus nos Estados Unidos, mostram os dados do CDC (Centros de Controle e Prevenção de Doenças).

Em 14 de janeiro, seis dias antes de assumir a Casa Branca, o democrata havia prometido colocar “100 milhões de doses de vacina contra a Covid nos braços da população americana” até seu centésimo dia no cargo. A campanha de imunização nos EUA, porém, ultrapassou a marca nesta sexta, o 59º dia de Biden na Presidência.

O último balanço divulgado pelo CDC mostra que, no total, 118,3 milhões de doses foram aplicadas desde que a primeira equipe de profissionais de saúde de Nova York foi vacinada em 14 de dezembro, ainda no governo de Donald Trump.

Até agora, 77,2 milhões de pessoas receberam ao menos uma dose do imunizante e 41,9 estão completamente vacinadas -porque receberam as duas aplicações da vacina da Pfizer ou da Moderna ou a dose única da vacina da Johnson & Johnson.

Em média, o país tem aplicado 2,46 milhões de vacinas por dia e ocupa a nona posição entre as nações que administraram mais doses em relação ao tamanho da sua população -são 349,6 a cada mil habitantes. O primeiro do ranking é Israel (1.112,7), e o Brasil é o 60º, com índice de 61,2.

Quando Biden fez a promessa, em janeiro, menos de um mês depois do início da campanha de imunização, a média móvel de casos confirmados nos EUA ainda estava próxima do pico de mais de 250 mil infecções diárias. Desde então, a queda foi bastante acentuada, de modo que o índice registrado nesta quinta-feira (18) foi de 54,6 mil novos casos -redução de mais de 78%.

Os EUA ainda ocupam, porém, o primeiro lugar na lista nada honrosa de países com os maiores números de contaminados e mortos pela Covid-19. Desde o início da pandemia, foram mais de 29,7 milhões de casos confirmados e quase 541 mil óbitos, de acordo com os dados compilados pela Universidade Johns Hopkins.

Na Bahia, dia mais letal desde o início da pandemia foi em março de 2021

No dia 4 de março de 2021, a dois dias de completar um ano desde o início da pandemia, a Bahia enfrentou as 24 horas mais letais por consequência da Covid-19, tendo ocorrido 91 óbitos. Naquela data, o boletim epidemiológico registrou 111 novas mortes, ocorridas em datas diversas, mais contabilizadas nas últimas 24h.  O dado já confirmava que o estado mergulhava no momento mais crítico da pandemia. 

Na contabilidade por data da morte, o recorde diário anterior é de 83, quantidade identificada duas vezes na primeira quinzena de março deste ano, nos dias 3 e 7. Em 2020, o recorde diário foi registrado em 18 de julho. À época, a Bahia convivia com o momento mais intenso da primeira onda da Covid-19 e registrou 82 óbitos naquelas 24h. 

O número de óbitos ocorridos dia 4, no entanto, pode ser maior, já que a atualização dos números divulgados diariamente pela Sesab costuma identificar a ocorrência de notificações tardias. 

A pandemia no novo coronavírus já tirou a vida de 13.459 pessoas em território baiano. O boletim desta terça-feira (16) registrou mais um crescimento das notificações de óbitos ao destacar 118 novas ocorrências.  Este é o segundo maior dado para o período de um dia desde o início da pandemia, atrás apenas dos 137 registrados no dia 26 de fevereiro de 2021 (reveja).

Dentre os óbitos totais, 56,04% ocorreram no sexo masculino e 43,96% no sexo feminino. Em relação ao quesito raça e cor, 54,98% corresponderam a parda, seguidos por branca com 21,00%, preta com 14,97%, amarela com 0,52%, indígena com 0,14% e não há informação em 8,38% dos óbitos. O percentual de casos com comorbidade foi de 69,27%, com maior percentual de doenças cardíacas e crônicas (74,10%).

Segundo a Sesab, a existência de registros tardios e/ou acúmulo de casos deve-se a sobrecarga das equipes de investigação, pois há doenças de notificação compulsória para além da Covid-19. Outro motivo é o aprofundamento das investigações epidemiológicas por parte das vigilâncias municipais e estadual a fim de evitar distorções ou equívocos, como desconsiderar a causa do óbito um traumatismo craniano ou um câncer em estágio terminal, ainda que a pessoa esteja infectada pelo coronavírus.

Apenas nove municípios baianos não registraram nenhuma morte por Covid-19

Desde a chegada da pandemia do novo coronavírus à Bahia, registrada no dia 6 de março de 2020, apenas nove municípios baianos não registraram a morte de nenhum de seus moradores em decorrência da Covid-19: Antas, Catolândia, Cipó, Cravolândia, Gavião, Ibiassucê, Irajuba, Novo Horizonte e Tanque Novo.

Entre eles, o município de Antas, localizado no território de identidade do Semiárido Nordeste II, é o que registra o maior número de casos confirmados da doença, com 777. Entre esses, 26 continuam ativos. 

Por outro lado, a cidade de Catolândia, na Bacia do Rio Grande, teve apenas 65 casos confirmados nos últimos 12 meses e apenas um deles se encontra com o vírus ativo no corpo.

Na mesma lógica, encontra-se o município de Cravolândia, no Vale do Jiquiriçá, que não possui nenhum caso ativo neste momento.

Ministério da Saúde prevê ‘tempestade perfeita’ com mais de 3 mil mortes diárias em março

Diante do caos visto no Brasil, a cúpula do Ministério da Saúde acredita que o país vai atravessar seu pior momento da pandemia nas duas próximas semanas. Os servidores no entorno do ministro Eduardo Pazuello estimam que ocorra uma explosão de casos e mortes no período, com os óbitos ultrapassando a marca de 3 mil registros por dia.

Segundo informações do Valor, que apurou as previsões, esse diagnóstico vem do que classificam como “tempestade perfeita”: o aumento da taxa de transmissão, com o vírus alastrado em todo o país, a circulação de novas variantes mais contagiosas e com maior carga viral, a iminência de um colapso no sistema de saúde de vários estados, de forma simultânea, e a falta de vacinas.

Na avaliação do ministério, a região Sul é a mais preocupante. No Rio Grande do Sul, por exemplo, a ocupação de leitos de UTI por vezes passou de 100% durante essa semana. A equipe de Pazuello teme que São Paulo, na região Sudeste, também enfrente um colapso. Se ocorrer, eles dizem que os números dessa “tragédia anunciada” podem subir exponencialmente.

Enquanto isso, o presidente da República segue em posicionamento contrário às restrições defendidas pelos governadores, que têm imposto medidas como toque de recolher nas cidades.

Top