Remédio mais caro do mundo, avaliado em R$ 6 milhões, é incorporado ao SUS para tratar AME

O Ministério da Saúde anunciou a incorporação do remédio Zolgensma ao Sistema Único de Saúde (SUS). O medicamento é considerado um dos mais caros do mundo, que pode chegar a R$ 6 milhões, e é utilizado para tratamento da Atrofia Muscular Espinhal (AME) do tipo 1. Ele é utilizado em crianças com até seis meses de idade diagnosticadas com a doença.

O anúncio ocorre cinco dias após a  Comissão Nacional de Incorporação de Novas Tecnologias em Saúde (Conitec) se manifestar favoravelmente à distribuição, pela rede pública, do medicamento.Também conhecido pelo nome científico onasemnogeno abeparvoveque – deverá estar disponível na rede pública em até 180 dias – prazo estipulado na portaria que o ministério publicou nesta quarta-feira  (7), no Diário Oficial da União.


Segundo o Ministério da Saúde, o período de ajuste é necessário para que o governo possa elaborar um protocolo de orientação sobre o uso do produto, bem como negociar preço de aquisição e prazos de entrega com o laboratório fabricante, a Novartis.

No Twitter, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga destacou que o medicamento deverá ser aplicado exclusivamente em crianças de até seis meses de idade que estejam tratando os efeitos da atrofia muscular espinhal sem o emprego de ventilação invasiva por mais de 16 horas diárias. A prescrição segue o protocolo inicial estabelecido pelo ministério.

Queiroga também anunciou que, conforme estabelece a Lei 14.307, de março deste ano, o medicamento também deverá ser incluído no rol da Agência Nacional de Saúde Suplementar, obrigando os planos de saúde a também cobrirem o tratamento quando prescrito a seus clientes. “Os planos de saúde devem oferecer o tratamento aos seus beneficiários no prazo máximo de até 60 dias, como regulamenta a Lei nº 14.307, de março de 2022, fruto de uma medida provisória editada pelo governo [federal] e sancionada pelo presidente [da República] Jair Bolsonaro”, escreveu Queiroga.

A AME é uma doença rara, degenerativa, transmitida de pais para filhos e que interfere na capacidade do corpo de produzir uma proteína essencial para a sobrevivência dos neurônios motores (responsáveis pelos gestos voluntários vitais simples do corpo, como respirar, engolir e se mover). Varia do tipo 0 (antes do nascimento) ao 4 (segunda ou terceira década de vida), dependendo do grau de comprometimento dos músculos e da idade em que surgem os primeiros sintomas.

Os principais sinais da doença incluem perda do controle e de forças musculares e incapacidade e/ou dificuldade de movimentos e locomoção; de engolir; de manter a cabeça ereta e de respirar. A incorporação do Zolgensma ao SUS foi objeto de uma consulta pública que recebeu sugestões/contribuições de mais de 1,2 mil pessoas. Além do Zolgensma, outros dois medicamentos que afetam o neurônio motor espinhal já estão incorporados ao SUS: o nusinersena e o risdiplam, ambos de uso contínuo.

Estudo da USP indica que consumo de alimentos ultraprocessados acelera declínio cerebral

A maioria das pessoas evita comer alimentos ultraprocessados como biscoitos recheados, batata frita, sorvetes e guloseimas por medo de engordar, mas esse não deveria ser o único motivo para fugir dessas refeições.

Segundo uma pesquisa da Universidade de São Paulo (USP), publicada na revista científica Jama Neurology, envolvendo mais de 10 mil pessoas, comer muitos lanches industrializados pode afetar as funções cerebrais. O estudo mostrou que adultos de 50 anos que ingeriram muitos alimentos ultraprocessados (até três quartos da dieta), tiveram um declínio neurológico 28% mais rápido do que aqueles que comiam menos.

A equipe responsável pela pesquisa acredita que as citocinas, proteínas inflamatórias produzidas pelo corpo que podem ser estimuladas por alimentos açucarados, sejam responsáveis por acelerar a queda cognitiva. Comidas ultraprocessadas têm quantidades exageradas de açúcar, sal e gordura saturada.

Foram recrutados 10.775 voluntários entre 2008 e 2019, e os candidatos tinham entre 35 e 74 anos. Durante o período do estudo, os participantes foram testados inúmeras vezes para avaliar a mudança de suas faculdades

Número de infectados por covid-19 sobe em Teofilândia

De acordo com o último boletim epidemiológico divulgado pela Prefeitura Municipal de Teofilândia, nesta quinta-feira, 1º de dezembro, o número de casos ativos subiu em relação ao penúltimo. O divulgado nesta quinta-feira conta com 54 casos ativos da doença, já o de uma semana atrás, em novembro, contava com 15 casos ativos de covid-19.

No geral, quase 50 mil doses da vacina contra a covid-19 já foram aplicadas em Teofiândia; 19.173 para a primeira dose, 16.179 para a segunda dose, 10.993 para a terceira, 3.077 para a quarta, e 196 para as doses adicionais que estão sendo administradas em imunossuprimidos. As informações são da Secretaria Municipal de Saúde, divulgadas no dia 23 de novembro deste ano.

Paciente morre na entrada do Hospital Municipal de Teofilândia após suposta demora no atendimento

Um vídeo viralizou recentemente em Teofilândia, nas imagens gravadas por familiares, um idoso está caído no chão, enquanto uma mulher segura-o pela cabeça, próximo a um carro, dentro do Hospital Municipal de Teofilândia, na Vila, centro da cidade. Ainda no vídeo, um homem reclama da demora do atendimento. Em um áudio vazado nas redes sociais, um familiar informou que o homem esperou 40 minutos para ser atendido.

O fato ocorreu no último domingo, 27 de novembro. O idoso veio a óbito, porém, de acordo com a nota de esclarecimento da Prefeitura Municipal de Teofilândia, publicada nesta terça-feira, 29, o idoso já teria chegado morto ao hospital.

Leia a nota de esclarecimento na íntegra clicando aqui.

Assista ao vídeo completo:

Governo da BA anuncia decreto que restabelece obrigatoriedade do uso de máscaras

Um decreto estadual que determina as novas regras de obrigatoriedade do uso de máscaras foi publicado no Diário Oficial do Estado (DOE), na edição desta terça-feira (29). A medida, autorizada pelo governador Rui Costa, já está em vigor em todo o território baiano e tem objetivo de conter a disseminação do coronavírus após o aumento dos casos de Covid-19.

O uso de máscaras voltará a ser obrigatório em transportes públicos, tais como trens, metrô, ônibus, lanchas e ferry boat, e seus respectivos locais de acesso, como estações de embarque; em salões de beleza e centros de estética; em bares, restaurantes, lanchonetes e demais estabelecimentos similares; em templos para atos religiosos litúrgicos; em escolas e universidades; em ambientes fechados, tais como teatros, cinemas, museus, parques de exposições e espaços congêneres. 

Eventos de diversas modalidades seguem com realização autorizada. No entanto, volta a ser exigido o uso de máscara e comprovação de vacina naqueles em que haja controle de acesso e venda de ingressos. A comprovação de vacinação, em todos os casos em que é solicitada, será feita mediante apresentação do documento fornecido no momento da imunização ou do Certificado Covid, obtido por meio do aplicativo “CONECT SUS”.

A necessidade da demonstração de vacinação será obrigatória também para o acesso a quaisquer prédios públicos, nos quais se situem órgãos, entidades e unidades administrativas. Os atendimentos presenciais no Departamento Estadual de Trânsito (DETRAN) e no Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC) ficam condicionados à comprovação da vacinação e à obrigatoriedade do uso de máscaras de proteção.

De acordo com a secretária da Saúde do Estado, Adélia Pinheiro, as medidas contidas no decreto visam reduzir o avanço da Covid-19 no estado. “Essas ações, que poderão ser juntadas a outras a depender da evolução da pandemia, são importantes para que a população esteja melhor protegida e para que possamos deixar todos assistidos”, afirma.

Foto: Prefeitura Municipal de Feira de Santana

Covid-19: Bahia tem ocupação de 100% nos 20 leitos clínicos pediátricos disponíveis

Todos os 20 leitos clínicos pediátricos destinados ao tratamento da Covid-19 na Bahia estão ocupados. Os 100% foram atingidos na quinta-feira (24), de acordo com o boletim epidemiológico disponível  no site da Secretaria de Saúde do Estado (Sesab).

O boletim também mostra que oito dos 20 leitos de UTI pediátrica estão ocupados, o que corresponde a uma taxa de 40%. Ainda segundo os dados da Sesab, com 125 leitos disponíveis, a ocupação de UTI para adultos é de 48%.

A Bahia tem enfrentado um aumento significativo de casos de Covid-19 nos últimos dias. Em 1º de novembro a Sesab contabilizou 371 diagnósticos  positivos para a doença, e ontem foram registrados1.684 casos.

Bolsonaro entra com recurso no TSE e pede invalidação das urnas por ‘mau funcionamento’

O presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), derrotado nas eleições deste ano, entrou com representação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para pedir a anulação do pleito. A defesa de Bolsonaro pede pela invalidação das urnas eletrônicas utilizadas nas eleições e argumenta que elas estavam com “mau funcionamento”. As informações são da CNN.

Na ocasião, a defesa pede pela anulação dos votos realizados em urnas produzidas em 2009, 2010, 2011, 2013 e 2015. A alegação é de que houve “desconformidades irreparáveis de mau funcionamento”. 

Mais cedo, o presidente do partido, Valdemar Costa Neto, anunciou que faria a movimentação. O representante da legenda já havia sinalizado que, segundo ele,  todas as urnas anteriores a 2020 têm o mesmo número de patrimônio, o que impediria o controle e a fiscalização dos equipamentos.

“Nada de ter nova eleição, nada de tumultuar a vida do país. Mas tem umas urnas que têm que ser revistas e nós vamos aí propor para o Tribunal Superior Eleitoral até terça-feira essa nossa nova proposta. Pelo estudo que nós fizemos, tem várias urnas que não podem ser consideradas”, afirmou Valdemar.

Bahia participa do desenvolvimento de vacina contra dengue a ser disponibilizada pelo SUS

De janeiro a outubro deste ano, 1,4 milhão de pessoas foram diagnosticadas com a dengue e outras 900 morreram no Brasil em decorrência da doença, uma arbovirose conhecida da população desde o século XVIII. O aumento registrado foi de 400%.

O alto número de ocorrências não dá conta das histórias únicas de cada um dos brasileiros vitimados pelo mal. A fim de evitar a interrupção dessas trajetórias, uma pesquisa encabeçada pelo Instituto Butantan, de São Paulo, busca desenvolver um imunizante para combater infecções pelo vírus causador da dengue.

O estudo, que está na fase 3, está sendo tocado em 16 centros espalhados pelo Brasil. E um deles é o Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz, unidade da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) na Bahia.

Na etapa de teste clínico em que se encontra, última antes da submissão do imunizante para a solicitação de uso comercial junto a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), é observada a proteção em humanos.

Pesquisadora envolvida no estudo, a médica imunologista Viviane Boaventura conta que, atualmente, o país conta com um imunizante contra a doença, mas ele só é indicado para quem já teve dengue e não foi incorporado ao Sistema Único de Saúde (SUS). 

O novo fármaco em desenvolvimento, explica Boaventura, deve ser aplicado justamente para que o paciente, de forma gratuita, não seja submetido ao risco de ser infectado por nenhuma forma do agravo.

Ao Bahia Notícias, a profissional comenta que o estágio atual da pesquisa é avançado. Nela, os voluntários que se colocaram à disposição da ciência recebem uma injeção – que pode ser o imunizante ou o placebo – e são acompanhados por cinco anos para que seja testada a eficácia do produto.

“É ume estudo cego. A gente não sabe quem tomou a vacina ou o placebo, assim como quem se voluntaria também não tem essa informação”, descreve a médica, detalhando também o grande número de pessoas que se dispuseram.

O estudo está em curso desde 2016 e ainda não há uma data para que a vacina desenvolvida possa estar nos centros de distribuição da rede pública de saúde. De acordo com Boaventura, o prazo limite para que seja concluído o período de observação do último grupo de voltuntários que entrou no estudo é em 2024. A partir desse marco, a equipe ainda deve esperar para entrar com o pedido de análise final na Anvisa.

O prazo é diferente do visto durante a produção do imunizante contra o coronavírus, por exemplo. “O processo todo foi acelerado para a [vacina] da Covid-19 porque o número de casos, obviamente, ‘facilitou’ a aprovação. Você rapidamente consegue, com o número alto de pessoas infectadas, mostrar se houve ou não uma proteção com a vacina. Com a dengue não há a mesma velocidade, já que a dengue ocorre, de maneira mais incidente, durante ciclos de infecção”, esclarece a cientista.

Na etapa anterior, a fase 2, a vacina em desenvolvimento se mostrou segura e eficaz. O que possibilitou aos pesquisadoes o avanço para o passo seguinte. “Ainda não temos dados preliminares da terceira etapa porque geralmente não se faz essa análise com muita antecedência [durante essa fase]. A gente tem que esperar o número de eventos e análises pré-programadas para essa avaliação”, acrescentou Viviane Boaventura.

Espera-se que os indivíduos que tomaram a vacina estejam protegidos dos quatro tipos de dengue, inclusive a forma mais grave dela, a hemorrágica – causada quando o paciente já foi acometido por múltiplas infecções.

As regiões em que a dengue é endêmica, ou seja, ocorre de maneira habitual e com uma incidência significativa, são consideradas como vetores prioritários de aplicação para a vacina estudada pelo Butantan.

“Temos regiões do Brasil que há uma frequência da dengue. A gente já sabe, por exemplo, que no período do verão vai ter uma epidemia de dengue. Às vezes a força da epidemia muda, de acordo com os anos, mas geralmente acontece. É clássico, porque você tem ali a chuva, depois o período de sol e ficam os ovos do Aedes aegypti”, descreveu.

O mecanismo de ação dela é o vírus atenuado. Assim que é injetada no corpo do indivíduo, o agente patogênico enfraquecido, incapaz de causar infecção, age para que seja dado um estímulo ao sistema imunológico para que ele possa se defender. Se comprovada a proteção efetiva, ela será uma resposta de grande aplicabilidade, acreditam os pesquisadores envolvidos. 

Apesar de promissora, a vacina ainda não será capaz de tornar o país uma zona livre da dengue. “A expectativa não é de erradicar a dengue, porque ela é endêmica no nosso meio e tem uma série de características que dificilmente a gente conseguiria erradicá-la, mas o grande foco da vacina é, primeiro, reduzir o número de infecções e, assim, diminuir a mortalidade causada pela dengue hemorrágica”, finalizou a imunologista entrevistada.

Imagem ilustrativa.

Diagnóstico precoce possibilita tratamentos pouco invasivos contra o câncer de próstata

Com a evolução do protocolo de rastreamento do câncer de próstata e dos recursos terapêuticos disponíveis, atualmente já é possível identificar quais casos devem ser tratados e realizar operações pouco invasivas.
 
“Se o diagnóstico é feito em fase inicial, há cura com qualidade de vida, preserva-se a função erétil e o controle urinário. Quando é tardio, o tratamento envolve bloqueio hormonal e tem efeitos colaterais como perda de libido, piora do colesterol e da glicemia e aumento do risco de diabetes e doenças cardiovasculares”, diz Rafael Ferreira Coelho, urologista do Hospital Nove de Julho, da Dasa. 

Os desafios para detectar precocemente a doença foram debatidos durante o seminário Câncer de Próstata, promovido pela Folha de S.Paulo na terça-feira (8), com patrocínio da Dasa Oncologia e mediação da jornalista Carolina Marcelino. 

Além da dosagem de PSA (proteína relacionada a alterações na próstata) e do exame de toque retal, a ressonância magnética da glândula permite confirmar se o quadro exige biópsia. Se sim, o exame de imagem contribui para um diagnóstico mais preciso, pois serve como guia para se chegar aos pontos afetados. 

“Muitos tumores na próstata são indolentes, têm baixa agressividade, e não precisam ser tratados, porque demoram anos para progredir e as pessoas vão morrer de outras causas”, afirma Coelho. 

Nesses casos, há a vigilância ativa. Um especialista acompanha o câncer com exames de imagem e biópsias. Só há tratamento se houver avanço.
 

Assista ao evento completo: 

Se o tumor é um pouco mais agressivo, mas ainda está restrito à próstata, é possível tratá-lo com radioterapia ou com a remoção da glândula. 

Hoje, o procedimento pode ser feito com uma plataforma robótica, de forma minimamente invasiva, para evitar lesões nos tecidos próximos. 

Essa cirurgia não é coberta pelo SUS, mas o equipamento está disponível em alguns hospitais públicos, como o Icesp (Instituto do Câncer do Estado de São Paulo), para projetos de pesquisa, diz Coelho, que também chefia a equipe de urologia da instituição. 

Houve uma grande evolução, mas ainda há o estigma de tratamentos que eram feitos há 30 anos e tinham uma série de efeitos colaterais. 

urologista do Hospital Nove de Julho 

O industrial Jairo Savastano, 65, começou a frequentar o urologista depois dos 50, mas não levou a sério quando o primeiro médico com quem se consultou, um amigo de bairro, o alertou para alterações que havia identificado. 

O diagnóstico de câncer foi feito apenas em 2017, com outro especialista, que recomendou a cirurgia robótica. 

“Entrei no hospital em pânico e me surpreendi ao ver que a parte mais desconfortável durou só uma semana, enquanto usei uma sonda. O dia da retirada foi uma maravilha, fiquei muito bem. No dia seguinte, retomei a rotina normal, sem incontinência.” 

Muitos dos seus amigos, conta Savastano, desconhecem os avanços dos tratamentos e mantêm a memória de sequelas sofridas por quem passou por cirurgias invasivas. 

Para aproximar os homens dos consultórios, Coelho diz que campanhas como a do Novembro Azul precisam expandir seu enfoque para além da divulgação do exame de toque retal, abordando aspectos como saúde mental e cultivo de hábitos como atividades físicas e alimentação saudável. 

“Procure um profissional para fazer exames indicados para diagnóstico precoce de cânceres de intestino e de pulmão, de doenças cardiovasculares, de diabetes e de tudo que precisa ser rastreado.” 

Não podemos ter vergonha de falar sobre o tema. Eu evitava dizer que fiz cirurgia, mas preciso, pois, com diagnóstico tardio, a doença mata. 

industrial, teve câncer de próstata em 2017 

É preciso ainda tratar de novos exames, diz, como testes genéticos que detectam mutações no genes BRCA1 e BRCA2, também relacionados ao câncer de mama, capazes de provocar casos mais agressivos de tumor na próstata.

Os testes beneficiam pacientes com histórico familiar da doença. Nesses casos, a recomendação é iniciar o acompanhamento a partir dos 45, cinco anos antes da população geral. O ideal é, no entanto, que o começo do rastreamento e sua periodicidade sejam definidos caso a caso, com a avaliação de um especialista.

Hospitalização de bebês por desnutrição atinge o pior nível em 14 anos

Em 2021, o Brasil atingiu o pior índice de desnutrição infantil dos últimos 14 anos. Foram registradas 113 internações a cada 100 mil nascimentos de bebês de até 1 ano com insuficiência de nutrientes, desidratados e com quadros de infecção. 

As informações são do Observatório de Saúde na Infância, da Fundação Oswaldo Cruz, e divulgados em primeira mão pelo jornal O Estado de S. Paulo. Desde o início do período monitorado, em 2008, houve um aumento de 10,9% de hospitalização no período de 12 meses referentes a 2021.  

Os dados apontam que a maioria dos bebês em situação de vulnerabilidade está no Nordeste e Centro-Oeste do País, regiões mais afetadas pela baixa taxa de saneamento e a pouca disponibilidade de água potável, que aumenta a suscetibilidade para doenças. 

É no Nordeste, em especial, se concentra a taxa mais preocupante. Nesta região do país, o número de hospitalizações de bebês é 51% maior do que a taxa nacional. No ano passado, foram 171,5 hospitalizações nessa faixa etária para cada 100 mil nascimentos.

A região também concentra o maior número de crianças em condições de insegurança alimentar, conforme levantamento da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional, a Rede Penssan. 

Apesar da grande produção agrícola no Centro-Oeste, a população de baixa renda continua desassistida, visto que as grandes indústrias dominaram as terras locais e a maioria da produção é exportada. 

Os estudo da Fiocruz ainda aponta que os dados com relação à região Norte podem estar subnotificados, mascarando a realidade local, já que por lá a rede hospitalar é a mais frágil do país. 

Segundo a Organização Mundial da Saúde, os quadros de desnutrição refletem em deficiências na evolução das crianças, tanto em questões de crescimento, quanto prejuízos no sistema imunológico e maior vulnerabilidade para doenças infecciosas e crônicas na fase adulta. 

De acordo com o que publicou o Estadão, apesar do aumento dos casos de hospitalização causado pela desnutrição, os casos de mortalidade continuam em queda desde 2008. A diminuição constante é um resultado de um sistema de saúde eficiente, que consegue reverter os casos de desnutrição evitando que os quadros evoluam. 

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