Varíola dos macacos: ministro da Saúde anuncia compra de antiviral

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou em uma rede social, nesta segunda-feira (1), que o Brasil receberá o antiviral tecovirimat, medicamento usado contra a varíola dos macacos. A compra será realizada por intermédio da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas).

De acordo com Queiroga, as primeiras remessas serão destinadas a “casos mais graves” da doença. O objetivo é reforçar o enfrentamento ao surto que ocorre no Brasil. O último boletim registrado aponta 1.066 casos no Brasil.

Apesar de ter divulgado a aquisição, o ministro não informou quantas doses serão compradas nem o prazo para que o remédio chegue ao Brasil.

Em maio deste ano, a revista Lancet divulgou resultados de testes com dois antivirais: tecovirimat e brincidofovir. Em ambos os casos, houve redução no tempo dos sintomas, assim como no período em que o infectado transmitia a doença para outras pessoas.

Na sexta-feira (29), o governo federal confirmou a primeira morte por varíola dos macacos no Brasil. O óbito foi registrado na quinta-feira (28/7), e a vítima era um homem de 41 anos, que faleceu em Belo Horizonte (Minas Gerais).

O paciente tinha câncer e baixa imunidade, quadro que foi agravado pela varíola dos macacos. Ao Metrópoles o secretário de Vigilância em Saúde da pasta, Arnaldo Medeiros, informou que não há outros óbitos em investigação.

Na última semana, o governo também divulgou que negocia a compra das vacinas. Atualmente, apenas um laboratório fabrica o imunizante no mundo, a empresa dinamarquesa Bavarian Nordic, que não tem representante no Brasil.

“A OMS coordena junto ao fabricante, de forma global, ampliar o acesso ao imunizante nos países com casos confirmados da doença”, informou o ministério.

O último boletim divulgado pelo Ministério da Saúde mostra que o Brasil registrou, até o momento, 1.066 casos da doença.

Com a escalada de casos em diversos estados brasileiros, a pasta inaugurou, na sexta (29), um Centro de Operações de Emergência (COE) com objetivo de acompanhar o desenvolvimento da doença. De acordo com a pasta, há casos confirmados em 16 unidades da Federação.

‘Situação no Brasil é preocupante’, afirma OMS sobre varíola dos macacos

A líder técnica para varíola dos macacos da OMS (Organização Mundial da Saúde), Rosamund Lewis, disse em uma coletiva de imprensa nesta terça-feira (26) que “a situação do Brasil [para a doença] é preocupante”.
 

“É muito preocupante para países como o Brasil […] reportando um número significativo de casos”, afirmou. Até o momento, o país conta com 813 casos confirmados da doença, segundo o Ministério da Saúde. O saldo representa um incremento de 33% em comparação com a última sexta (22), quando havia 607 diagnósticos confirmados em todo o país.
 

A maior parte dos casos se concentram no estado de São Paulo. A Secretaria de Estado da Saúde informou nesta segunda (25) que o estado já registrou 590 diagnósticos da doença. Comparando com a última sexta, houve o aumento de 26% nos casos da doença.
 

A líder técnica da OMS também chamou atenção para problemas de testagem que podem afetar o país. “O que é […] importante é o acesso aos testes.”
 

A organização declarou neste sábado (23) que a doença é considerada como emergência pública de preocupação global.
 

“Nós acreditamos ser o momento deste anúncio, considerando que, dia após dia, mais países e pessoas têm sido afetados pela doença. Precisamos de coordenação e solidariedade para controlar esse surto”, disse Tedros Adhanom, diretor-geral da OMS.
 

A varíola dos macacos é causada pelo monkeypox, um vírus do gênero orthopoxvirus. Outro patógeno que também é desse gênero é o que acarreta a varíola comum, doença erradicada em 1980.
 

Os principais sintomas da doença são febre, mal-estar e dores no corpo. Então, o quadro evolui para o surgimento de lesões na pele, sendo o contato com essas feridas a principal forma de transmissão do vírus.
 

No entanto, pesquisas já reportam que alguns pacientes desenvolvem essas lesões nas regiões genitais, anais ou orais. A hipótese é que isso aconteça porque a disseminação da doença está ocorrendo principalmente por contato sexual e na comunidade de homens que fazem sexo com outros homens. A OMS, por exemplo, já indicou que cerca de 90% dos diagnósticos se concentram nessa população.
 

Um receio é que este cenário cause estigma a esses homens. “Estigma e discriminação podem ser mais perigosos que qualquer vírus”, afirmou Adhanom.
 

A vacinação de populações chaves e pessoas que tiveram contato com pacientes é uma forma eficaz de evitar a transmissão, mas a expectativa é de que a vacina demore para chegar ao Brasil.

Teofilândia tem 38 casos ativos de Covid-19; maioria é no centro da cidade

A Prefeitura Municipal de Teofilândia, através da Secretaria de Saúde do município, divulgou na noite desta quinta-feira, 21, mais um boletim epidemiológico. A cidade conta com 38 casos ativos de Covid-19, 8 suspeitos e 58 monitorados. Não há ninguém internado em estado grave.

Já foram registrados mais de 1400 casos confirmados, de acordo com o boletim. O primeiro caso confirmado pela secretaria foi em maio de 2020.

Anestesista: Giovanni é investigado por 30 possíveis casos de estupro no RJ

A Polícia Civil do Rio de Janeiro informou, nesta quinta-feira (14), que está investigando 30 possíveis casos de estupro de pacientes do médico anestesista Giovanni Quintella Bezerra, preso em flagrante por estupro durante uma cesariana no Hospital Heloneida Studart, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense.

A delegada Bárbara Lomba, titular da Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de São João de Meriti,  ressaltou que é necessário ouvir os depoimentos das grávidas que podem ter sido estupradas por anestesista. “São relatos ainda. Precisamos investigar. São 30 já identificadas como possíveis”, apontou. 

Ainda de acordo com a delegada Bárbara Lomba, o Hospital Estadual da Mãe de Mesquita, também na Baixada Fluminense, informou que Giovannie acompanhou mais de 20 cirurgias, sendo necesssário investigar se ele também teria usado medicamentos desnecessários ou em excesso. “Toda essa ação criminosa é repugnante, é algo que não imaginávamos que pudesse acontecer’, pontuou a delegada.

Duas dessas possíveis vítimas são esperadas para prestar depoimento nesta quinta-feira (14).

Dados apontam que 6 em cada 10 mortos por Covid não tomaram 3 dose da vacina

Seis em cada dez mortos no Brasil, entre março e junho deste ano, não tomaram a terceira dose da vacina. Os dados são do Info Tracker, plataforma de monitoramento da pandemia ligada às universidades estaduais paulistas USP (Universidade de São Paulo) e Unesp (Universidade Estadual Paulista), que apontou ainda que entre números contam também mais da metade dos internados em decorrência do coronavírus. 

De acordo com o Uol, a maior parcela das vítimas tem comorbidades e é idosa. Apesar da vacinação contra a doença ter evitado óbitos desde o último ano, muitas pessoas precisaram procurar um hospital após o aumento do número de casos nos últimos meses.

Entre março e 20 de junho, segundo último registro atualizado pelo governo federal, 30 mil pessoas precisaram ser internadas por causa da infecção or Covid-19. Do total, 17 mil pessoas, o que corresponde a 56% dos casos, não haviam tomado a terceira dose da vacina contra a doença. 

Do somatório, 34,7% foram internados mesmo após a terceira dose, sendo que a vacina de reforço havia sido aplicada ainda em 2021, o que significa que a proteção contra o coronavírus já era menor, já que após dois meses o nível de proteção do imunizante cai. Diante disso, o estudo indica que 90,7% dos internados não tiveram a dose de reforço ou a tomaram no ano passado.  

Entre os internados, 2.278 pessoas (9,3%) tomaram a terceira dose do imunizante contra a Covid-19 em 2022. 

Defensoria cria normas para atender mulheres que desejam entregar bebês para adoção

A Defensoria Pública da Bahia (DP-BA) institui uma portaria administrativa para aprimorar o atendimento social, psicológico e jurídico dirigido às mulheres grávidas que visam encaminhar seus bebês para adoção. A portaria foi publicada no dia 15 de junho no Diário Eletrônico da instituição. A medida ganha mais força depois da repercussão do caso envolvendo a atriz Klara Castanho. 

A entrega de bebês para adoção é um procedimento legal no Brasil e está prevista no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), a lei nº 8.069/1990 garante que mulheres que engravidaram e não têm condições ou não desejam ficar com as crianças possam encaminhá-las para a adoção. Em janeiro deste ano, o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) já havia editado uma portaria estabelecendo o fluxo do atendimento de mulheres que desejam fazer a entrega voluntária de crianças (saiba mais).

De acordo com a defensora pública e coordenadora da Especializada dos Direitos da Criança e do Adolescente da DP-BA, Gisele Aguiar, a regulamentação administrativa se fazia necessária para inscrever e difundir dentro da própria Instituição as orientações de atenção humanizada, evitando e impedindo situações de discriminação. “Abandonar é crime, mas a entrega voluntária não. A entrega voluntária é um direito da mulher. E esta mulher precisa de acolhimento e não de julgamento. Ela não pode sofrer nenhum tipo de discriminação em virtude de sua decisão. Já a criança tem o direito a ter família, seja no seio da família desta mulher, seja em uma família substituta”, assinala Gisele Aguiar.

Pelo estabelecido na portaria, a assistência prestada pela Defensoria à gestante ou parturiente deve ser marcada por escuta qualificada, entrevista psicossocial, modelo e sigilo quanto às informações recebidas. A Defensoria reforça que, confirmado o desejo de entrega da mulher, as [principais] audiências com o juiz devem contar obrigatoriamente com a presença de representantes do Ministério Público e da Defensoria Pública, estes últimos nos casos onde não há advogado constituído ou nomeado. As genitoras devem ainda estar cientes de que, após a conclusão dos processos e prazos para adoção, a entrega se torna irrevogável, ao tempo que podem se arrepender da entrega voluntária enquanto não houver decisão judicial final.

MP representa contra UB, PL, Avante e PT por propagandas partidárias irregulares na Bahia

O Ministério Público (MP) Eleitoral, por meio da Procuradoria Regional Eleitoral na Bahia (PRE/BA) ajuizou, entre 7 e 15 de junho, quatro representações em face dos diretórios regionais dos partidos União Brasil, Liberal (PL), Avante e dos Trabalhadores (PT), por propaganda partidária irregular em favor da exposição de seus respectivos pré-candidatos nas eleições gerais de 2022.

De acordo com o procurador Regional Eleitoral da Bahia, Fernando Túlio da Silva, os partidos utilizaram seus horários de propaganda partidária gratuita em televisão e rádio para a promoção pessoal de seus pré-candidatos ao governo ou ao legislativo federal.

A prática é vedada pela Lei nº 9.096/96 que determina que, ao contrário da propaganda política, o tempo de exibição no rádio e na TV reservado para propaganda partidária deve ser utilizado pelos partidos para: difundir os programas partidários; transmitir mensagens aos filiados sobre a execução do programa partidário, eventos e atividades do partido; divulgar a posição do partido em relação a temas políticos e ações da sociedade civil; incentivar a filiação partidária e esclarecer o papel dos partidos na democracia brasileira; e promover e difundir a participação política das mulheres, dos jovens e dos negros.

Aos partidos políticos que descumprem esses termos, a lei prevê a pena de cassação do horário de exibição gratuita previsto para o semestre seguinte, podendo o partido perder de duas a cinco vezes a soma do tempo (calculado em minutos) de propaganda que foi utilizado de forma irregular. O MP Eleitoral pode ajuizar representações por propagandas partidárias irregulares até o último dia do semestre em que foi utilizada a inserção impugnada, salvo se a veiculação ocorrer nos últimos 30 dias desse período, hipótese em que o prazo se findará no 15º dia do semestre seguinte.

UNIÃO BRASIL
Na representação ajuizada em 7 de junho, a PRE/BA aponta inserções em emissoras de TV e rádio do estado, nos dias 1, 3 e 6 de junho, para a promoção pessoal, notadamente, de Antônio Carlos de Magalhães Neto (ACM Neto), pré-candidato a governador pelo partido. O órgão requer a cassação de oito minutos em televisão e rádio no tempo de propaganda partidária gratuita previsto para o partido para o segundo semestre.

PL
De acordo com a representação de 9 de junho, o partido desvirtuou o espaço de propaganda partidária em emissoras de TV e rádio da Bahia nos dias 2, 4, 6, 9, 11, 13, 18, 20, 23, 25 e 27 de maio, para a promoção pessoal, notadamente, de João Inácio Ribeiro Roma Neto (João Roma) e de Raíssa Oliveira Azevedo de Melo Soares (dra. Raíssa Soares), pré-candidatos a governador e senadora pelo partido. O órgão requer a cassação de 40 minutos em televisão e rádio no tempo de propaganda partidária gratuita previsto para o partido para o segundo semestre.

AVANTE
A PRE/BA relata, na representação ajuizada em 10 de junho, que o partido desvirtuou o espaço de propaganda partidária em emissoras de TV e rádio no estado, nos dias 7, 9, 11, 14 e 16 de março, para a promoção pessoal, notadamente, de André Luis Gaspar Janones (André Janones), pré-candidato a presidente da república pelo partido. O órgão requer a cassação de dez minutos em televisão e rádio no tempo de propaganda partidária gratuita previsto para o partido para o segundo semestre.

PT
Na representação, ajuizada em 15 de junho, a PRE/BA aponta inserções em emissoras de TV e rádio do estado nos dias 13, 16, 18, 20, 23, 25, 27 e 30 de maio, para a promoção pessoal, notadamente, do governador Rui Costa dos Santos (Rui Costa) e de Jerônimo Rodrigues Souza (Jerônimo Rodrigues), pré-candidato a governador pelo partido. O órgão requer a cassação de 28 minutos em televisão e rádio no tempo de propaganda partidária gratuita previsto para o partido para o segundo semestre.

Petrobras propõe trégua de 45 dias ao governo para não aumentar combustíveis

O conselheiro da Petrobras Francisco Petros, eleito pelos acionistas privados da estatal, enviou nesta sexta-feira (17) uma carta a ministros de Jair Bolsonaro (PL) e à diretoria da empresa propondo uma trégua de 45 dias nos reajustes dos preços dos combustíveis.
 

Uma das condições fundamentais para que o acordo ocorra, no entanto, dependeria do compromisso do governo federal em manter a atual governança da companhia.
 

Petros afirma que as mudanças recentes no comando da Petrobras representam “um fator de enorme instabilidade para a gestão da empresa e para a própria solução do tema dos aumentos dos preços de combustíveis”.
 

O documento foi disparado com cópia para outros conselheiros horas após a Petrobras anunciar reajustes de 5,2% no preço da gasolina e de 14,2% no preço do diesel, afirmando que o mercado de petróleo passou por mudança estrutural e que é necessário buscar convergência com os preços internacionais.
 

Na carta enviada aos ministros de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, e da Casa Civil, Ciro Nogueira, o conselheiro diz que o ambiente turbulento envolvendo a empresa se deve, para além dos efeitos da guerra entre Rússia e Ucrânia, à comunicação do governo e às medidas adotadas em relação à Petrobras.
 

A segunda condição sugerida para a trégua está na formação de “um grupo de trabalho com todos os agentes do mercado de combustíveis e membros do governo” para formular estratégias que “permitam o funcionamento do mercado em bases sustentáveis para o país e as empresas”.
 

O colegiado se comprometeria a apresentar resultados no prazo de 45 dias —e, durante esse período, os preços ficariam congelados.
 

“Acreditamos que o que aqui se propõe pode restabelecer o ambiente saudável de relacionamento institucional da Petrobras com seu principal acionista, bem como, restabelece a normalidade da gestão na busca de soluções úteis ao Brasil, suas instituições e a sociedade, as empresas e todos os stakeholders da Petrobras”, escreve.
 

Segundo Petros, a iniciativa de reduzir a carga tributária sobre os combustíveis é louvável, mas “infelizmente não soluciona os efeitos da elevação dos preços do petróleo sobre a cadeia produtiva e de negócios da Petrobras”.
 

“Em vista desta difícil situação, estamos verificando que há uma notável incompreensão sobre a necessidade concreta de a Petrobras praticar preços que permitam a manutenção do abastecimento em um ambiente de higidez do funcionamento do mercado, a rentabilidade de seus ativos, o pagamento de tributos e a obtenção de seus resultados”, afirma o conselheiro.
 

Petros ainda destaca que a situação do país é desafiadora e seus impactos sobre os preços dos combustíveis, enormes, principalmente para a parcela mais vulnerável da população. “Espalha-se pela economia perigosa escalada da inflação, cujos efeitos não são passíveis de ser cessados em prazo relativamente curto”, afirma.
 

“Acreditamos que o que aqui se propõe pode restabelecer o ambiente saudável de relacionamento institucional da Petrobras com seu principal acionista, bem como, restabelece a normalidade da gestão na busca de soluções úteis ao Brasil”, diz, finalizando o documento.
 

Após o anúncio dos aumentos, as ações da Petrobras caíam cerca de 9,17% por volta das 14h desta sexta, empurrando a Bolsa de Valores para o fundo e piorando o fechamento de uma semana já negativa para o mercado de ações diante da alta histórica dos juros nos Estados Unidos.
 

Críticas de políticos ao aumento nos preços dos combustíveis aplicado pela companhia pesam no desempenho dos papéis da empresa nesta sessão.
 

Nesta sexta, o presidente Jair Bolsonaro chamou o novo reajuste da Petrobras de “traição com o povo brasileiro” e afirmou que está articulando com a cúpula da Câmara dos Deputados a criação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar a direção da empresa.
 

O atual presidente da estatal, José Mauro Coelho, foi indicado para o cargo pelo governo para suceder Joaquim Silva e Luna —demitido por Bolsonaro por reajustar os preços da empresa.
 

Após 99 dias sem aumentos, o preço médio da gasolina nas refinarias da estatal passará de R$ 3,86 para R$ 4,06 por litro. Já o preço do diesel passará de R$ 4,91 para R$ 5,61 por litro. O último ajuste ocorreu há 39 dias.
 

Na quinta (16), o conselho de administração da companhia rejeitou pedido do governo para evitar reajustes, defendendo que a definição de preços é atribuição da diretoria executiva. A reunião havia sido convocada a pedido do ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira.
 

A solicitação foi a última cartada do governo para tentar evitar o aumento em meio ao esforço para aprovar um pacote de medidas para tentar reduzir os preços, que, segundo o presidente Bolsonaro, poderia baixar os preços da gasolina e do diesel em R$ 2 e R$ 1 por litro, respectivamente.
 

Bolsonaro também afirmou nesta sexta que a Petrobras “pode mergulhar o Brasil num caos”. “Seu presidente, diretores e conselheiros bem sabem o que aconteceu com a greve dos caminhoneiros em 2018, e as consequências nefastas para a economia do Brasil e a vida do nosso povo.”
 

Já o presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), afirmou à Folha que “vai para o pau” para “rever tudo de preços” de combustíveis. Ele também defendeu a demissão do presidente da Petrobras e disse que vai trabalhar para taxar o lucro da petroleira.
 

“Eu liguei para Zé Mauro [presidente da Petrobras] ontem [quinta, 16]. Pedi para ele não dar aumento, [disse]: ‘você está trabalhando contra, o que se espera da Petrobras é outra coisa’; e falei que ia fazer um trabalho para demitir ele, vou propor com o governo para taxar o lucro da Petrobras. Ele [respondeu]: ‘não é bem assim, é o conselho [de administração], não estou postergando a minha saída'”, disse Lira.

Bahia vive ‘boom’ de casos ativos e volta ao mesmo patamar da liberação das máscaras

O número de casos ativos na Bahia voltou a superar o patamar usado anteriormente pelo governo estadual para a flexibilização do uso de máscaras. Dados do boletim epidemiológico mais recente, publicado na noite desta quarta-feira (8), 1772 pessoas estão infectados com a doença.

O crescimento da Covid-19 segue um gráfico ascendente. Na semana quarta (1) da semana passada, eram 860 casos ativos. A marca não era alcançada desde o dia 11 de abril deste ano.

Entre terça-feira (6) e quarta (7), 791 novos casos foram identificados e 2 óbitos foram registrados, segundo a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab).

Desde 6 de março de 2020, data em que o primeiro paciente com o coronavírus foi confirmado, 29.950 mortes foram contabilizadas em território baiano por conta de complicações causadas pela infecção.


A taxa de ocupação de leitos de UTI adulto exclusivos para a Covid-19 era de 14% nesta quinta-feira (9). As unidades pediátricas, no entanto, apresentavam uma taxa de 83%.

Entenda quando e como utilizar o autoteste para Covid

Aprovados para venda no Brasil no final de janeiro, os autotestes começaram a ser comercializados em um período de alta de casos de Covid-19. Desde então, 32 produtos do tipo foram autorizados pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

Mesmo que sejam importantes, os autotestes não devem ser considerados como únicos dispositivos para o diagnóstico da Covid-19 porque podem ter um falso negativo. Além disso, parte da população ainda tem dúvida sobre quando optar por outros exames, como o RT-PCR.

Abaixo, veja as respostas a essas e a outras dúvidas.

O autoteste é a mesma coisa que testes rápidos?

O autoteste e testes rápidos de antígenos utilizam tecnologias parecidas que procuram partes da proteína do Sars-CoV-2 na pessoa suspeita de infecção.

No entanto, a Anvisa reitera que os testes rápidos não devem ser utilizados por leigos porque eles podem ter diferenças nas orientações de uso e em como fazer a coleta do material, sendo necessária a atuação de um profissional qualificado.

No caso de autotestes, a Anvisa também afirma que é importante observar se o produto foi aprovado –essa informação pode ser consultada no site oficial da agência.

Quando o autoteste é recomendado?

O autoteste deve ser utilizado quando alguém teve contato com uma pessoa que recebeu resultado positivo para Covid ou quando uma pessoa sente alguns sintomas comuns da doença, como febre, tosse, dor de garganta e perda do olfato ou paladar.

O instrumento, no entanto, não é recomendado para casos em que os sintomas já estão mais críticos. Segundo a Anvisa, em situações em que a pessoa já apresenta sintomas mais graves, como falta de ar ou saturação do oxigênio abaixo de 95%,recomenda-se que procure um serviço de saúde.

Para Raquel Stucchi, infectologista e professora da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), o autoteste é um produto para situações em que a pessoa precisa obter rapidamente a resposta de uma suspeita para Covid.

“Você tem uma reunião e está na dúvida se está com Covid porque o nariz começou a escorrer. Então, você faz um autoteste. Se ele vier negativo, significa que naquele local a que você vai não estará transmitindo para outras pessoas”, exemplifica.

Em qual dia, a partir do começo dos sintomas, deve-se fazer o autoteste?

A Anvisa recomenda que o autoteste seja feito entre o 1º e o 7º dia a partir do início dos sintomas. Caso não tenha sintomas, a agência diz que o autoteste deve ser feito a partir do quinto dia de exposição a pessoa que estava infectada pelo Sars-CoV-2.

Leia o texto completo clicando aqui.

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