Orçamento do governo para militares deve ter R$ 5,8 bi a mais que o da Educação em 2021

O presidente Jair Bolsonaro pretende gastar R$ 5,8 bilhões a mais com militares do que com eduçação no Brasil em 2021. Caso seja aceita a proposta de divisão de recursos entre os ministérios que está nas mãos do ministro da Economia, Paulo Gudes, está será a primeira vez em dez anos que o Ministério da Defesa terá orçamento maior que a pasta da Educação, segundo o jornal O Estado de S. Paulo.

Em live nas redes sociais na semana passada, Bolsonaro afirmou ser pressionado para elevar os recursos destinados às Forças Armadas – vale lembrar que os militares fizeram parte da base que o elegeu presidente e são um dos maiores sustentáculos do governo. Ele ainda reclamou que “o cobertor está curto” e disse que a Defesa pode ter “o menor orçamento da história”.

Apesar da fala, a Defesa terá um acréscimo de 48,8% em relação ao orçamento deste ano, passando de R$ 73 bilhões para R$ 108,56 bilhões em 2021, conforme previsão do texto que está no Ministério da Economia e será encaminhado ao Congresso Nacional.

Enquanto isso, a verba do Ministério da Educação (MEC) deve cair de R$ 103,1 bilhões para R$ 102,9 bilhões. Na semana passada, reitores de universidades federais alertaram que o corte pode inviabilizar atividades nas instituições. 

Os valores, não corrigidos pela inflação, consideram todos os gastos das duas pastas, desde o pagamento de salários, compra de equipamentos e projetos em andamento, o que inclui, no caso dos militares, a construção de submarinos nucleares e compra de aeronaves.

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