Roma defende descentralização dos serviços públicos de saúde

O candidato a governador, ex-ministro da Cidadania e deputado federal, João Roma (PL), entende que o problema da atenção à saúde na Bahia vai muito além dos problemas da chamada “fila da morte” do Sistema de Regulação. “A regulação é apenas um sistema para tentar direcionar as pessoas, mas o que está faltando na Bahia é justamente a assistência médica. A população não tem conseguido acesso ao serviço”, explicou Roma, em entrevista à Rádio Sauípe FM, de Mata de São João, na noite de terça-feira (26).

Para Roma, o cidadão consegue a consulta, mas, se precisa de uma ultrassonografia, por exemplo, leva até seis meses para conseguir o exame. “Então, isso é a falência da assistência à saúde pública. O governador fica fazendo espetáculo, fazendo mutirão de cirurgia quando poderia realizar cirurgias de forma descentralizada em todo o estado a um custo muito menor”, comentou o ex-ministro da Cidadania. Ele reforçou a necessidade de dar suporte aos médicos para realizar essa descentralização.

“Muitos médicos gostariam de ir para o interior onde têm seus laços familiares, mas não têm o menor suporte do governo pra fazer isso. Por acaso um juiz ou um promotor iriam para o interior se não tivesse suporte do estado?”, questionou o candidato a governador do PL.

Essa falta de descentralização efetiva dos serviços acaba obrigando os pacientes a se deslocaram para Salvador em busca de melhor atendimento. “Hoje, quem precisa fazer um tratamento de câncer, por exemplo, em qualquer um dos 417 municípios da Bahia, obrigatoriamente tem que ir para Salvador”, exemplificou.

João Roma disse que não faltam recursos, mas um boa gestão da verba proveniente dos impostos pagos pelos contribuintes baianos. O deputado federal reforça que, se eleito governador, diminuirá os impostos. “Quando diminui as alíquotas, o estado arrecada mais, pois aumenta a produtividade, a competitividade. Mas é preciso gastar bem estes recursos e não mais pendurando o estado no pescoço de quem produz”, disse João Roma.

‘Situação no Brasil é preocupante’, afirma OMS sobre varíola dos macacos

A líder técnica para varíola dos macacos da OMS (Organização Mundial da Saúde), Rosamund Lewis, disse em uma coletiva de imprensa nesta terça-feira (26) que “a situação do Brasil [para a doença] é preocupante”.
 

“É muito preocupante para países como o Brasil […] reportando um número significativo de casos”, afirmou. Até o momento, o país conta com 813 casos confirmados da doença, segundo o Ministério da Saúde. O saldo representa um incremento de 33% em comparação com a última sexta (22), quando havia 607 diagnósticos confirmados em todo o país.
 

A maior parte dos casos se concentram no estado de São Paulo. A Secretaria de Estado da Saúde informou nesta segunda (25) que o estado já registrou 590 diagnósticos da doença. Comparando com a última sexta, houve o aumento de 26% nos casos da doença.
 

A líder técnica da OMS também chamou atenção para problemas de testagem que podem afetar o país. “O que é […] importante é o acesso aos testes.”
 

A organização declarou neste sábado (23) que a doença é considerada como emergência pública de preocupação global.
 

“Nós acreditamos ser o momento deste anúncio, considerando que, dia após dia, mais países e pessoas têm sido afetados pela doença. Precisamos de coordenação e solidariedade para controlar esse surto”, disse Tedros Adhanom, diretor-geral da OMS.
 

A varíola dos macacos é causada pelo monkeypox, um vírus do gênero orthopoxvirus. Outro patógeno que também é desse gênero é o que acarreta a varíola comum, doença erradicada em 1980.
 

Os principais sintomas da doença são febre, mal-estar e dores no corpo. Então, o quadro evolui para o surgimento de lesões na pele, sendo o contato com essas feridas a principal forma de transmissão do vírus.
 

No entanto, pesquisas já reportam que alguns pacientes desenvolvem essas lesões nas regiões genitais, anais ou orais. A hipótese é que isso aconteça porque a disseminação da doença está ocorrendo principalmente por contato sexual e na comunidade de homens que fazem sexo com outros homens. A OMS, por exemplo, já indicou que cerca de 90% dos diagnósticos se concentram nessa população.
 

Um receio é que este cenário cause estigma a esses homens. “Estigma e discriminação podem ser mais perigosos que qualquer vírus”, afirmou Adhanom.
 

A vacinação de populações chaves e pessoas que tiveram contato com pacientes é uma forma eficaz de evitar a transmissão, mas a expectativa é de que a vacina demore para chegar ao Brasil.

Edir Macedo sugere que fiéis doem seus bens à Igreja Universal antes de morrer

Edir Macedo, de 77 anos, líder da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), sugeriu que fiéis doem os próprios bens e propriedades para a instituição religiosa antes de morrerem. Segundo o proprietário do Grupo Record, seria uma forma de agradar a Deus.

“Você meu amigo, minha amiga, senhor, senhora, pessoas que tenham bens, propriedades, que tenham riquezas, preste atenção, se você quer fazer algo que agrade a Deus, que vá beneficiar outras pessoas, antes de você morrer, antes de você passar para a eternidade, deixe o que você tem para a igreja”, disse Edir, em vídeo publicado nas redes sociais.

“Envolver, ou melhor estimular ou avançar o trabalho de evangelização com essa missão de levar o Evangelho para outras criaturas. Tudo que supostamente é meu, não é meu, não tenho nada. Já está preparado para dar continuidade nesse trabalho de evangelização… Deus se agrada dessa oferta”, concluiu.

A fala do veterano repercutiu nas redes sociais. Alguns internautas detonaram o religioso, dizendo que ele é um oportunista.

Tremores de terra são registrados em dois municípios no interior da Bahia

Nove tremores de terra foram registrados nas cidades de Jacobina e Jaguarari, no norte da Bahia, entre esta segunda-feira (25) e o sábado (23). As informações são do Laboratório Sismológico (LabSis) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Nesta segunda-feira, um tremor de terra, de magnitude preliminar calculada em 1.8 mR, foi registrado pelo LabSis no município de Jacobina.

Não há informações de moradores que tenham escutado ou sentido o tremor até a última atualização desta reportagem. De acordo com informações da Universidade de São Paulo (USP), a magnitude é uma medida quantitativa do tamanho do tremor. Ela está relacionada com a energia sísmica liberada no foco e também com a amplitude das ondas registradas pelos sismógrafos. Já a intensidade do tremor é calculada pela escala Richter (mR), conforme a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). A escala Richter é pontuada de um a nove; cada grau corresponde a ondas dez vezes mais “fortes”, a uma potência 30 vezes superior. Um tremor de menos de 3,5 graus é apenas registrado pelos sismógrafos. No entanto, outro entre 3,5 e 5,4 pode produzir danos.

No último domingo (24), um tremor de terra foi registrado na cidade de Jaguarari. Conforme o LabSis, a magnitude preliminar calculada é de 1.7 mR. Também não há informações de moradores que tenham escutado ou sentido o tremor. Já no sábado, foram registrados sete tremores de terra em Jacobina. Os dois tremores de maior magnitude preliminar, 2.5 mR e 1.8 mR, ocorreram por volta das 10h57 e 11h04, respectivamente. Já os outros cinco tremores, foram tiveram magnitudes preliminares inferiores a 1.0 mR. O técnico Eduardo Menezes, do LabSis, recebeu informações de que um dos tremores teria sido escutado por um morador da região.

O Laboratório Sismológico da UFRN segue monitorando e divulgando toda atividade sísmica que ocorra no estado da Bahia e na região Nordeste do país.

Salvador confirma mais 2 casos de ‘varíola dos macacos’

Mais dois casos da “Monkeypox”, doença conhecida como “varíola dos macacos”, foram confirmados em Salvador nesta segunda-feira (25) pela Secretaria Municipal. Com isso, agora são cinco pessoas com a doença na capital baiana. Os pacientes, ambos do sexo masculino, têm 29 e 34 anos, e tiveram o início dos sintomas no dia 04 de julho.

O órgão informou ainda que os pacientes não necessitaram de hospitalização, e seguem em isolamento, com boa evolução em domicílio, sendo que tiveram contato próximo, e apresentaram febre de início súbito, dor lombar, erupção cutânea e dor de cabeça.

Conforme disse a pasta, dentre os casos suspeitos residentes em Salvador, 5 (22,7%) casos foram confirmados para Monkeypox (4 por critério laboratorial e 1 por critério clínico-epidemiológico). Todos os casos confirmados são do sexo masculino e mediana de idade de 29 (min-max 29-34) anos.

A varíola do macaco pode ser transmitida pelo contato com fluidos corporais, secreções respiratórias, lesões na pele ou mucosas de pessoas infectadas. Há também o risco de contaminação pela utilização de materiais contaminados, como toalhas, roupas de cama e utensílios domésticos contaminados e/ou contato com animais infectados pelo vírus. E os principais sintomas observados nos indivíduos infectados são febre, dor de cabeça, dores nas costas ou musculares, inflamações nos nódulos linfáticos, lesões na pele, que começam no rosto e se espalham pelo corpo, atingindo principalmente as mãos e os pés.

A organização Mundial de Saúde (OMS) diz que os sintomas duram de 16 a 21 dias.

Governo do estado conclui compra das ações da Gaspetro na Bahiagás

O governo estadual oficializou, nesta segunda-feira (25), a compra das ações da Gaspetro na Bahiagás por R$ 540 milhões. Com isso, o estado passa a ter 75,5% das ações da companhia (anteriormente eram 51%) e o capital total sai de 17% para 58,5%.

A previsão é de que a liquidação do processo seja concluída no mês de agosto. Mesmo com a maior participação do governo na empresa, a gestão estadual afirma que não se trata de uma estatização. Para o secretário de Infraestrutura da Bahia, Marcus Cavalcanti, também conselheiro da Bahiagás, a operação é uma forma de valorizar a empresa baiana.

“A Bahiagás é a companhia estadual com o maior portfólio de supridores de gás natural do país. Além disso, a empresa vem crescendo em número de clientes e registrou lucro de mais de R$ 110 milhões somente em 2021”, afirmou Cavalcanti.

A contribuição da companhia para o desenvolvimento socioeconômico do estado foi destacada pelo diretor-presidente da Bahiagás, Luiz Gavazza.

“A visão e tomada de posição do Governo do Estado reforçam a tarefa dada à Companhia, para continuar ampliando o seu Plano de Investimentos, desenvolvendo o seu Plano Diretor de Expansão e cumprindo com uma das premissas da concessão, que é a de levar o gás natural para todas as regiões do estado”, pontuou Gavazza.

Teofilândia tem 38 casos ativos de Covid-19; maioria é no centro da cidade

A Prefeitura Municipal de Teofilândia, através da Secretaria de Saúde do município, divulgou na noite desta quinta-feira, 21, mais um boletim epidemiológico. A cidade conta com 38 casos ativos de Covid-19, 8 suspeitos e 58 monitorados. Não há ninguém internado em estado grave.

Já foram registrados mais de 1400 casos confirmados, de acordo com o boletim. O primeiro caso confirmado pela secretaria foi em maio de 2020.

Bahia é o estado do Nordeste com maior nº de atendidos pelo Auxílio Brasil em julho

A Bahia terá mais de 2,26 milhões de famílias atendidas pelo Auxílio Brasil em julho. O estado é o representante da região Nordeste com maior número de beneficiários do programa.

Os dados fazem parte de um levantamento do Ministério da Cidadania, que coordena o Auxílio Brasil. A Bahia receberá repasses neste mês que ultrapassam os R$ 912,72 milhões e o programa atenderá famílias em todos os 417 municípios baianos. O valor médio do benefício em julho no estado é de R$ 407,77.

Segundo a pasta, responsável pelo gerenciamento e pelo envio de recursos para os pagamentos, o Nordeste terá mais de 8,59 milhões de famílias atendidas pelo Auxílio Brasil neste mês. Os recursos destinados ultrapassam R? 3,45 bilhões e o valor médio do benefício na região é de R$ 408,78. Um total de 1.794 municípios nordestinos terão famílias contempladas pelo programa em julho.

O Auxílio Brasil integra várias políticas públicas de assistência social, saúde, educação, emprego e renda. Trata-se de um programa social de transferência direta e indireta de renda, destinado às famílias em situação de pobreza e de extrema pobreza em todo o país. Além de garantir uma renda básica, o programa busca estimular a emancipação dessas famílias para que alcancem autonomia e superem situações de vulnerabilidade social.

Mais de 18,13 milhões de famílias serão atendidas em julho pelo Auxílio Brasil. O valor dos repasses para todos os 5.570 municípios das 27 unidades da Federação supera a marca de R$ 7,3 bilhões.

Bahia é o clube com maior torcida fora do eixo Sul-Sudeste, aponta pesquisa

As torcidas de Bahia e Vitória estão entre as 20 maiores do Brasil. Foi o que apontou uma pesquisa feita pelo jornal O Globo em parceria com o instituto Ipec. O tricolor aparece em 11º lugar no ranking geral, com 1,7% das respostas espontâneas. O rubro-negro está na 18ª colocação, com 0,7%.

O Flamengo ocupa o topo da lista (21,8%) e o Corinthians ficou com o segundo lugar (15,5%).

Os 10 primeiros clubes do ranking pertencem ao eixo Sul-Sudeste. Fora dele, a liderança é do Bahia. O Esquadrão supera, por exemplo, Fortaleza, Sport, Ceará e o próprio rival Vitória. Está à frente também dos cariocas Botafogo e Fluminense. 

A pesquisa entrevistou de forma presencial 2 mil pessoas, entre os dias 1º e 5 de julho, em 126 cidades brasileiras. O índice de confiança é de 95%. A margem de erro total é de dois pontos para mais ou para menos.

Confira os primeiros 20 colocados do ranking:

1) Flamengo: 21,8%

2) Corinthians: 15,5%

3) São Paulo: 8,2%

4) Palmeiras: 7,4%

5) Vasco: 4,2%

6) Grêmio: 3,2%

7) Cruzeiro: 3,1%

8) Inter: 2,2%

9) Santos: 2,2%

10) Atlético-MG: 2,1%

11) Bahia: 1,7%

12) Botafogo: 1,3%

13) Fortaleza: 1,3%

14) Sport: 1,2%

15) Fluminense: 1,1%

16) Paysandu: 0,9%

17) Ceará: 0,8%

18) Vitória: 0,7%

19) Seleção brasileira: 0,7%

20) Santa Cruz: 0,6%

Defasagem no IR faz quem ganha menos pagar quase 2.000% a mais

A falta de correção da tabela do IR (Imposto de Renda), combinada com o aumento da inflação no Brasil, tem gerado um aumento histórico da tributação sobre a população com menor poder aquisitivo. Essa é a conclusão tirada de um estudo feito pelo Sindifisco Nacional, que representa os auditores fiscais da Receita Federal.
 
De acordo com uma simulação feita pela entidade, uma pessoa que recebe R$ 5.000, após deduções, paga atualmente R$ 505,64 de IR. Se toda a defasagem da tabela fosse corrigida, esse valor cairia para R$ 24,73 –uma diferença de quase 2.000%.
 
Em caso de reajuste, apenas pessoas que ganham acima de R$ 4.670,23 ficariam obrigadas a pagar Imposto de Renda. Isso significa que mais 12,75 milhões de brasileiros estariam isentos do pagamento do tributo, chegando a 23,84 milhões ao todo. Hoje, a isenção é dada ao trabalhador que ganha até R$ 1.903,98.
 
No topo da pirâmide, entre os contribuintes que ganham R$ 100 mil ao mês, a diferença percentual entre corrigir ou não a tabela seria bem menor, de cerca de 5%. A diminuição do imposto pago seria dos atuais R$ 26.630,64 para R$ 25.352,85, segundo a simulação do Sindifisco.
 
“Não corrigir a tabela é uma forma de aumentar o imposto para essa numerosa parcela da população, que, além de arcar com o Imposto de Renda, precisa também lidar com os tributos indiretos, que incidem sobre o consumo”, disse presidente do Sindifisco Nacional, Isac Falcão.
 

Mauro Rochlin, economista e professor da FGV (Fundação Getulio Vargas), destaca que, na medida em que o Imposto de Renda não é reajustado, a inflação acaba onerando mais as pessoas de menor renda porque são as que menos poupam e que menos têm condições de se defender da alta de preços.
 
“A renda dessa pessoa é praticamente toda voltada para consumo e, na medida em que a receita não está acompanhando a inflação, ela é relativamente mais punida do que aquelas que têm maior renda, que podem com o restante de sua renda fazer aplicações financeiras e escapar da alta de preços”, afirma.
 
No acumulado de 12 meses até junho, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), índice oficial de inflação no país, chegou a 11,89%. No mês, a inflação subiu 0,67% com alta de alimentos fora de casa e plano de saúde, segundo informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
 
A inflação de cada período faz uma grande diferença no cálculo da defasagem. Entre especialistas, o congelamento da tabela é visto como uma estratégia política.
 

“A não correção da tabela progressiva do Imposto de Renda é uma forma de aumentar a arrecadação sem que o Poder Executivo tenha custo político associado à majoração de alíquota, por exemplo”, disse o vice-presidente do Sindifisco Nacional, Tiago Barbosa.
 
“É só deixar a inflação agir sem mexer nas faixas que a correção monetária da renda auferida pelos contribuintes causa aumento no tributo pago. Ou seja, trata-se de um tributo oculto de que o governo não quer abrir mão”, acrescentou.
 
O levantamento feito pelos auditores da Receita mostra que a defasagem da tabela do Imposto de Renda chegou a 147,37%, considerando o período de 1996 –ano em que deixou de sofrer reajustes anuais– a junho deste ano. Antes, nos anos de inflação descontrolada, a tabela sofria reajuste automático por um indexador, a Ufir (Unidade Fiscal de Referência).
 
Foi no segundo ano do governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB) que a atualização anual deixou de ser feita. A partir da gestão tucana, a correção passou a ser feita de maneira inconstante, como em 2002 e, nos governos do PT, entre 2005 e 2015 –ano mais recente em que houve reajuste.
 
Durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), a defasagem está acumulada em 26,6% até junho, de acordo com dados do Sindifisco. O valor está acima de qualquer outro presidente desde a implementação do Plano Real. Segundo a entidade, nenhum outro chefe do Executivo realizou a correção integral da tabela do Imposto de Renda.
 
A tabela de cobrança do Imposto de Renda é a mesma há sete anos, quando o salário mínimo era de R$ 788. Com a previsão de um salário mínimo de R$ 1.294 em 2023, em texto aprovado da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias), os brasileiros que receberem R$ 1.941 (1,5 salário mínimo) terão de pagar IR a partir do ano que vem, caso a tabela não seja corrigida.
 
A defasagem faz também com que muitos contribuintes mudem de faixa de renda após reajustes salariais, ainda que abaixo da inflação, e passem a pagar uma alíquota mais elevada em relação ao ano anterior.
 
“O imposto se torna mais regressivo, porque a pessoa muda de faixa salarial sem que tenha tido ganho real de renda. Com isso, ela está sendo mais onerada por força do imposto. Esse é mais um motivo pelo qual a não-correção do Imposto de Renda penaliza as pessoas de menor renda”, disse Rochlin.

Promover a correção da tabela do IR foi um compromisso assumido por Bolsonaro durante a campanha eleitoral de 2018, ainda não concretizado.
 

O projeto de lei da reforma do Imposto de Renda, o PL 2.337 de 2021, defendido pelo ministro Paulo Guedes (Economia), previa a correção da tabela, mas a proposta tinha itens polêmicos, como a taxação de lucros e dividendos. O texto está parado no Congresso. Neste ano, o governo não vê mais espaço para implementar a medida, dizendo haver entraves da lei eleitoral.

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