Bahia é o clube com maior torcida fora do eixo Sul-Sudeste, aponta pesquisa

As torcidas de Bahia e Vitória estão entre as 20 maiores do Brasil. Foi o que apontou uma pesquisa feita pelo jornal O Globo em parceria com o instituto Ipec. O tricolor aparece em 11º lugar no ranking geral, com 1,7% das respostas espontâneas. O rubro-negro está na 18ª colocação, com 0,7%.

O Flamengo ocupa o topo da lista (21,8%) e o Corinthians ficou com o segundo lugar (15,5%).

Os 10 primeiros clubes do ranking pertencem ao eixo Sul-Sudeste. Fora dele, a liderança é do Bahia. O Esquadrão supera, por exemplo, Fortaleza, Sport, Ceará e o próprio rival Vitória. Está à frente também dos cariocas Botafogo e Fluminense. 

A pesquisa entrevistou de forma presencial 2 mil pessoas, entre os dias 1º e 5 de julho, em 126 cidades brasileiras. O índice de confiança é de 95%. A margem de erro total é de dois pontos para mais ou para menos.

Confira os primeiros 20 colocados do ranking:

1) Flamengo: 21,8%

2) Corinthians: 15,5%

3) São Paulo: 8,2%

4) Palmeiras: 7,4%

5) Vasco: 4,2%

6) Grêmio: 3,2%

7) Cruzeiro: 3,1%

8) Inter: 2,2%

9) Santos: 2,2%

10) Atlético-MG: 2,1%

11) Bahia: 1,7%

12) Botafogo: 1,3%

13) Fortaleza: 1,3%

14) Sport: 1,2%

15) Fluminense: 1,1%

16) Paysandu: 0,9%

17) Ceará: 0,8%

18) Vitória: 0,7%

19) Seleção brasileira: 0,7%

20) Santa Cruz: 0,6%

Defasagem no IR faz quem ganha menos pagar quase 2.000% a mais

A falta de correção da tabela do IR (Imposto de Renda), combinada com o aumento da inflação no Brasil, tem gerado um aumento histórico da tributação sobre a população com menor poder aquisitivo. Essa é a conclusão tirada de um estudo feito pelo Sindifisco Nacional, que representa os auditores fiscais da Receita Federal.
 
De acordo com uma simulação feita pela entidade, uma pessoa que recebe R$ 5.000, após deduções, paga atualmente R$ 505,64 de IR. Se toda a defasagem da tabela fosse corrigida, esse valor cairia para R$ 24,73 –uma diferença de quase 2.000%.
 
Em caso de reajuste, apenas pessoas que ganham acima de R$ 4.670,23 ficariam obrigadas a pagar Imposto de Renda. Isso significa que mais 12,75 milhões de brasileiros estariam isentos do pagamento do tributo, chegando a 23,84 milhões ao todo. Hoje, a isenção é dada ao trabalhador que ganha até R$ 1.903,98.
 
No topo da pirâmide, entre os contribuintes que ganham R$ 100 mil ao mês, a diferença percentual entre corrigir ou não a tabela seria bem menor, de cerca de 5%. A diminuição do imposto pago seria dos atuais R$ 26.630,64 para R$ 25.352,85, segundo a simulação do Sindifisco.
 
“Não corrigir a tabela é uma forma de aumentar o imposto para essa numerosa parcela da população, que, além de arcar com o Imposto de Renda, precisa também lidar com os tributos indiretos, que incidem sobre o consumo”, disse presidente do Sindifisco Nacional, Isac Falcão.
 

Mauro Rochlin, economista e professor da FGV (Fundação Getulio Vargas), destaca que, na medida em que o Imposto de Renda não é reajustado, a inflação acaba onerando mais as pessoas de menor renda porque são as que menos poupam e que menos têm condições de se defender da alta de preços.
 
“A renda dessa pessoa é praticamente toda voltada para consumo e, na medida em que a receita não está acompanhando a inflação, ela é relativamente mais punida do que aquelas que têm maior renda, que podem com o restante de sua renda fazer aplicações financeiras e escapar da alta de preços”, afirma.
 
No acumulado de 12 meses até junho, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), índice oficial de inflação no país, chegou a 11,89%. No mês, a inflação subiu 0,67% com alta de alimentos fora de casa e plano de saúde, segundo informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
 
A inflação de cada período faz uma grande diferença no cálculo da defasagem. Entre especialistas, o congelamento da tabela é visto como uma estratégia política.
 

“A não correção da tabela progressiva do Imposto de Renda é uma forma de aumentar a arrecadação sem que o Poder Executivo tenha custo político associado à majoração de alíquota, por exemplo”, disse o vice-presidente do Sindifisco Nacional, Tiago Barbosa.
 
“É só deixar a inflação agir sem mexer nas faixas que a correção monetária da renda auferida pelos contribuintes causa aumento no tributo pago. Ou seja, trata-se de um tributo oculto de que o governo não quer abrir mão”, acrescentou.
 
O levantamento feito pelos auditores da Receita mostra que a defasagem da tabela do Imposto de Renda chegou a 147,37%, considerando o período de 1996 –ano em que deixou de sofrer reajustes anuais– a junho deste ano. Antes, nos anos de inflação descontrolada, a tabela sofria reajuste automático por um indexador, a Ufir (Unidade Fiscal de Referência).
 
Foi no segundo ano do governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB) que a atualização anual deixou de ser feita. A partir da gestão tucana, a correção passou a ser feita de maneira inconstante, como em 2002 e, nos governos do PT, entre 2005 e 2015 –ano mais recente em que houve reajuste.
 
Durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), a defasagem está acumulada em 26,6% até junho, de acordo com dados do Sindifisco. O valor está acima de qualquer outro presidente desde a implementação do Plano Real. Segundo a entidade, nenhum outro chefe do Executivo realizou a correção integral da tabela do Imposto de Renda.
 
A tabela de cobrança do Imposto de Renda é a mesma há sete anos, quando o salário mínimo era de R$ 788. Com a previsão de um salário mínimo de R$ 1.294 em 2023, em texto aprovado da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias), os brasileiros que receberem R$ 1.941 (1,5 salário mínimo) terão de pagar IR a partir do ano que vem, caso a tabela não seja corrigida.
 
A defasagem faz também com que muitos contribuintes mudem de faixa de renda após reajustes salariais, ainda que abaixo da inflação, e passem a pagar uma alíquota mais elevada em relação ao ano anterior.
 
“O imposto se torna mais regressivo, porque a pessoa muda de faixa salarial sem que tenha tido ganho real de renda. Com isso, ela está sendo mais onerada por força do imposto. Esse é mais um motivo pelo qual a não-correção do Imposto de Renda penaliza as pessoas de menor renda”, disse Rochlin.

Promover a correção da tabela do IR foi um compromisso assumido por Bolsonaro durante a campanha eleitoral de 2018, ainda não concretizado.
 

O projeto de lei da reforma do Imposto de Renda, o PL 2.337 de 2021, defendido pelo ministro Paulo Guedes (Economia), previa a correção da tabela, mas a proposta tinha itens polêmicos, como a taxação de lucros e dividendos. O texto está parado no Congresso. Neste ano, o governo não vê mais espaço para implementar a medida, dizendo haver entraves da lei eleitoral.

YouTube derruba live de Bolsonaro sobre urnas de 2021 e analisa mentiras a embaixadores

O YouTube derrubou na segunda-feira (18) uma live de julho de 2021 em que o presidente Jair Bolsonaro (PL) faz conspirações e afirmações infundadas sobre a segurança das urnas eletrônicas. O conteúdo da live derrubada embasou parte do que foi apresentado no evento desta segunda-feira (18) com embaixadores. A empresa também avalia se vai manter no ar a transmissão desta segunda.
 
Procurado, o YouTube ainda não se manifestou. Desde março, a plataforma de vídeos do Google tem uma política que garante a remoção de conteúdos que contenham alegações falsas de fraudes, erros ou problemas técnicos na eleição de 2018.
 
Nesta segunda, Bolsonaro fez uma apresentação a dezenas de embaixadores estrangeiros no Palácio da Alvorada para repetir teorias da conspiração sobre urnas eletrônicas, desacreditar o sistema eleitoral, promover novas ameaças golpistas e atacar ministros do STF (Supremo Tribunal Federal).
 
O chefe do Executivo concentrou suas críticas nos ministros Alexandre de Moraes, Edson Fachin e Luís Roberto Barroso.
 
Fachin é o atual presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Barroso presidiu a corte eleitoral, e Moraes deve comandar o tribunal durante as eleições.
 
Em mais de um momento, Bolsonaro tentou desacreditar os ministros, relacionando especialmente Fachin e Barroso ao PT e ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
 
O petista lidera as pesquisas de intenção de voto, a menos de 80 dias do pleito. Bolsonaro está em segundo lugar, com 19 pontos de diferença, segundo o Datafolha.

Na fala aos embaixadores, Bolsonaro adotou um tom manso, como se buscasse dar um verniz de seriedade a mais um punhado de ilações sem provas ou indícios ao sistema eleitoral, no momento em que aparece distante do ex-presidente Lula nas pesquisas de intenção de voto.

No Brasil, nunca houve registro de fraude nas urnas eletrônicas, em uso desde 1996.

Nova pesquisa indica possível virada nas eleições da Bahia

Apenas sete pontos percentuais separam os pré-candidatos ao Governo da Bahia ACM Neto (União Brasil) e Jerônimo Rodrigues (PT). É o que revela a primeira pesquisa eleitoral da AtlasIntel sobre cenário baiano, contratada pelo Grupo A TARDE. A distância pode ser ainda menor considerando que a margem de erro é de 2 pontos percentuais.

O ex-prefeito de Salvador tem 39,7% das intenções de votos, seguido de perto pelo petista, com 32,6%. João Roma (PL) aparece em terceiro lugar, com 10,5%. Kleber Rosa (PSOL) e Giovani Damico (PCB) obtiveram, respectivamente, 2,1% e 0,2% da preferência. Votos brancos e nulos somaram 6,8%. Já os entrevistados que não souberam responder representam 8,2%.

O questionário aplicado pela AtlasIntel foi feito de forma estimulada, quando são mostrados os nomes dos pré-candidatos. A proximidade entre Neto e Jerônimo pode ser explicada, segundo o CEO da empresa, o cientista político Andrei Roman, pelo fato de a pesquisa apresentar o partido de cada político.

“Jerônimo tem um desempenho bastante estimulado pela transferência de votos do Lula e do Rui Costa, duas figuras políticas com muito boa aprovação na Bahia. Ocorre uma associação direta ao PT. Ele [Jerônimo] é menos conhecido do que ACM Neto, por exemplo. Mas você saber que ele é do PT ou não pode fazer uma diferença maior do que para o ACM Neto você saber se ele é ou não do União Brasil, porque o PT tem um nível de preferência partidária que o União Brasil não tem”, explica Roman.

Por outro lado, ele avalia que ACM Neto pode se beneficiar pelo “voto útil” dos eleitores de Bolsonaro. “Por mais que João Roma esteja mais alinhado com Bolsonaro, ele não consegue ser associado diretamente a Bolsonaro por causa do nome do partido, que não é conhecido. Então, essa rivalidade entre o grupo de Neto e o PT pode fazer os eleitores bolsonaristas, do ponto de vista estratégico, enxergarem mais chances de Neto se eleger governador”.

Roman acrescenta que a eleição ao Governo da Bahia guarda diferentes motivações em relação ao plano nacional. “É bastante interessante no contexto da Bahia, diferente de outros estados, porque estamos falando não tanto de uma briga de rejeições. No caso nacional, entre Lula e Bolsonaro quem tiver menos rejeição vai ganhar. Mas, no caso da Bahia, é mais uma briga de níveis altos de aprovação. ACM Neto tem uma boa imagem, é conhecido e o fato de ter uma rejeição baixa é muito bom para ele. Mas o Rui Costa e o Lula também têm uma boa imagem e vão tentar ao longo da campanha transferir votos para o Jerônimo. Nesse processo, a tendência é essa transferência andar bem e Jerônimo crescer cada vez mais”, pondera.

Segundo turno – A pesquisa também fez uma simulação de segundo turno entre os três pré-candidatos mais bem colocados. Num primeiro cenário, Neto venceria Jerônimo por 47% a 33,7%. Contra Roma, a diferença seria maior, de 51,5% a 17%. No terceiro cenário, entre Jerônimo e Roma, a pesquisa aponta vitória do petista, com 40,7%, contra 19,7% dos votos de Roma.

Na avaliação do CEO da AtlasIntel,  ACM Neto tem uma grande vantagem, mas não a maioria dos eleitores. “É um vantagem construída com alto nível de indecisos.  No momento em que esses indecisos vão se decidindo pela frente, essa vantagem que ele tem pode se manter, se ele fizer uma excelente campanha, ou pode diminuir. Eu diria que, mesmo ele fazendo uma bela campanha, a tendência é essa vantagem diminuir por conta desse nível muito grande de desconhecimento dos outros candidatos. Então, provavelmente, o que a gente vai ver é uma diminuição dele tanto no primeiro quanto num eventual segundo turno. Mas, é muito importante pontuar que ele tem amplo espaço para continuar na frente mesmo que os outros candidatos melhorem o desempenho”, destaca.

O AtlasIntel também sondou os eleitores sobre a disputa presidencial. O pré-candidato do  PT, Luiz Inácio Lula da Silva, vence com folga na Bahia, com 64,8% dos votos, contra 23,1% que preferem o presidente Jair Bolsonaro (PL).

“A hegemonia de Lula na Bahia deve se manter. Ele deve vencer no estado com uma grande diferença de votos para Bolsonaro. Agora, o eleitor que compõe com Neto tem chance maior de mudar de voto de Lula para Bolsonaro. Do mesmo jeito que Lula ajuda o Jerônimo, o ACM Neto pode ajudar o Bolsonaro. Mas, provavelmente, o Lula ajuda mais o Jerônimo porque a rejeição de Bolsonaro é muito maior”, avalia Roman.

Na terceira posição da disputa pela presidência da República aparece Ciro Gomes (PDT), com 4,1%; seguido por Pablo Marçal (PROS), com 2,3%; Simone Tebet (MDB), 2,1%; André Janones (Avante), 1,1%. Já Sofia Manzano (PCB) e Felipe d’Avila (Novo) obtiveram apenas 0,5% das intenções de voto. Luciano Bivar (União Brasil), José Maria Eymael (Democracia Cristã), Leonardo Péricles (Unidade Popular) e Vera Lúcia (PSTU) não pontuaram. Votos brancos e nulos somaram 0,9%. As pessoas que não souberam responder são 0,6%.  

Senado – Já a corrida eleitoral pelo Senado é liderada por Otto Alencar (PSD), com 31,9% da preferência do eleitor, seguido por Raíssa Soares (PL), que tem 15,8%. Em terceiro lugar está Cacá Leão (PP), que obteve 5,8%, quase a mesma porcentagem conquistada por Tâmara Azevedo (PSOL), que foi de 5,7%. Na quinta posição, Marcelo Nilo (Republicanos) somou 3,3%. Votos brancos e nulos foram 14,3%. Aqueles que não souberam responder representam 23,3%.

Avaliação – A pesquisa ainda perguntou aos entrevistados se aprovam o desempenho do governador Rui Costa (PT). A maioria disse sim, 58,5%, contra 35,7% que desaprovam. Não souberam responder somaram 5,7%. Já sobre o nível de avaliação do governo Rui Costa, 48,2% consideram ótimo/bom, 25,1% acham regular e 24% ruim/péssimo. As pessoas que não souberam responder somam 2,7%.

A pesquisa ainda traçou um perfil do eleitorado participante do levantamento na Bahia. 52,3% das pessoas que responderam os questionários são mulheres, contra 47,7% de homens. A renda familiar também é computada. A maioria dos eleitores (53,1%) ganha até dois salários mínimos. A faixa etária tem números equilibrados. As pessoas entre 16 e 24 anos representam 16,6%; entre 25 e 34 anos são 19,9%; entre 35 e 44 anos representam 22,5%; eleitores dos 45 aos 59 anos somam 24,1%. Já o grupo com mais de 60 anos representa 16,9%.

A escolaridade também foi medida pela AtlasIntel. 34,2% dos eleitores ouvidos têm apenas o ensino fundamental; 51,9% possuem o secundário; e apenas 13,9% conseguiram  alcançar o ensino superior. A religião também foi objeto da pesquisa, com 47,9% se declarando católicos, enquanto 25,7% dizem ser evangélicos. Crentes sem religião somam 13,2%. Outras religiões reúnem 11% dos entrevistados. Agnósticos ou ateus somaram 2,2%.

A pesquisa ouviu 1.683 pessoas na Bahia, entre  8 e 14 de julho, com coleta via recrutamento digital aleatório (Atlas RDR) está registrada junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número 02664/2022 . A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos e o nível de confiança é de 95%.

Trotes na Regional Serrinha atrapalham serviço do SAMU

Uma prática sem graça e que prejudica o serviço segue acontecendo no SAMU Regional Serrinha: os trotes. A ação feita pode levar ao não-atendimento de uma pessoa que esteja realmente necessitando da urgência médica.

O Info Serrinha entrou em contato com a coordenação do SAMU Regional Serrinha para coletar informações sobre as chamadas recebidas e quantas foram identificadas como trotes no período de janeiro a junho de 2022.

De acordo com dados do SAMU Regional Serrinha, que atende aos chamados de 19 municípios da região do Sisal, foram recebidos no primeiro semestre o total de 6.863 chamados, sendo que deste total 2.935 foram feitos por residentes em Serrinha.

O número de ligações falsas, conhecidas como trotes, teve uma redução, mas ainda é alarmante: 969. O curioso dentro deste número é que 868 partiram de moradores de Serrinha, ou seja, 89,58% das falsas comunicações partiram de pessoas que residem no município.

“Isso tem um impacto muito grande no atendimento, além de ocupar a linha no momento que alguém pode estar precisando realmente do serviço”, disse a coordenadora técnica do SAMU Regional Serrinha, Valéria Lima, ao Info Serrinha.

A coordenadora técnica reforça que trote é prejudicial e pede mais conscientização para as pessoas que cometem este tipo de ato. “Trote não é divertido, não é uma brincadeira. Trote é crime. Ao realizar um chamado falso para o SAMU 192 você pode estar ocupando a linha de alguém que realmente está precisando. E se esse alguém for um familiar seu, alguém que você ama? E se for você que estiver precisando e ficar em espera porque alguém está brincando com o serviço? Pense nisso, seja consciente”.

Confira situações que podem enquadrar trote como ato criminoso:

Art. 266 – Interromper ou perturbar serviço telegráfico, radiotelegráfico ou telefônico, impedir ou dificultar-lhe o restabelecimento. Pena: detenção de um a três anos e multa.

Art. 265 – Atentar contra a segurança ou o funcionamento de serviço de água, luz, força ou calor, ou qualquer outro de utilidade pública. Pena: reclusão de um a cinco anos e multa.

Art. 340 – Provocar a ação de autoridade, comunicando-lhe a ocorrência de crime ou de contravenção que sabe não se ter verificado. Pena: detenção de um a seis meses ou multa.

Art. 339. Dar causa a instauração de investigação policial ou de processo judicial contra alguém, imputando-lhe crime de que o sabe inocente. Reclusão de dois a oito anos e multa.

Anestesista: Giovanni é investigado por 30 possíveis casos de estupro no RJ

A Polícia Civil do Rio de Janeiro informou, nesta quinta-feira (14), que está investigando 30 possíveis casos de estupro de pacientes do médico anestesista Giovanni Quintella Bezerra, preso em flagrante por estupro durante uma cesariana no Hospital Heloneida Studart, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense.

A delegada Bárbara Lomba, titular da Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de São João de Meriti,  ressaltou que é necessário ouvir os depoimentos das grávidas que podem ter sido estupradas por anestesista. “São relatos ainda. Precisamos investigar. São 30 já identificadas como possíveis”, apontou. 

Ainda de acordo com a delegada Bárbara Lomba, o Hospital Estadual da Mãe de Mesquita, também na Baixada Fluminense, informou que Giovannie acompanhou mais de 20 cirurgias, sendo necesssário investigar se ele também teria usado medicamentos desnecessários ou em excesso. “Toda essa ação criminosa é repugnante, é algo que não imaginávamos que pudesse acontecer’, pontuou a delegada.

Duas dessas possíveis vítimas são esperadas para prestar depoimento nesta quinta-feira (14).

Apesar de redução, preço médio da gasolina na Bahia ainda é o mais caro do Brasil

As recentes reduções no preço da gasolina não foram suficientes para tirar da Bahia o título do combustível mais caro do Brasil. Segundo levantamento semanal da Agência Nacional de Petróleo (ANP), o valor médio do litro da gasolina no estado é vendido por R$ 7,34, o maior do país. Os dados foram colhidos entre os dias 3 e 7 de julho.

O levantamento anterior, feito entre os dias 26 de junho e 2 de julho, mostrava que o preço médio da gasolina na Bahia era de R$ 7,92, também o maior do país.

O preço da gasolina foi reajustado para baixo no estado há poucos dias. No início deste mês, o governo estadual reduziu as bases de cálculo do ICMS. A Secretaria da Fazenda do Estado (Sefaz-Ba) ressaltou que, com a medida, os preços ao consumidor final seriam reduzidos pelo mercado em R$ 0,46 na Gasolina, R$ 0,25 no Óleo Diesel e R$ 0,78 no botijão de gás de cozinha (veja mais).

Alguns dias depois a Acelen, empresa que administra a Refinaria Mataripe (ex-RLAM), anunciou a redução no valor do diesel vendido pela refinaria em 9% e da gasolina em 5,2% (reveja aqui). 

Pré-candidatos ao governo da BA disputam apoios de prefeitos; ACM Neto tem mais apoiadores entre as 30 maiores cidades do estado

A movimentação no período da pré-campanha na Bahia tem sido marcada pelas caminhadas e eventos, no melhor estilo corpo a corpo, e por movimentações políticas dos pré-candidatos ao governo em busca de apoio de prefeitos. Entre as 30 maiores cidades baianas, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), dezoito são comandadas por prefeitos que apoiam a pré-candidatura de ACM Neto (União). Gestores de outras doze cidades da relação apoiam Jerônimo Rodrigues (PT), enquanto duas contam com prefeitos que apoiam João Roma (PL).

Outros dois pré-candidatos ao governo da Bahia, Kleber Rosa (Psol) e Giovani Damico (PCB), seguem na disputa sem apoio declarado de prefeitos de municípios com grande concentração de votos. Os apoios, que nem sempre refletem o arco de alianças das coligações, são considerados importantes por especialistas para a disputa que vai definir o novo governador do estado em outubro.

Ainda que os apoios não representem transferência direto de votos, juntos, os 18 municípios cujos prefeitos apoiam ACM Neto (União) possuem mais de 5,7 milhões de habitantes, o representa quase 40% da população baiana. Entre os maiores municípios baianos, o ex-prefeito de Salvador conta com apoio de prefeitos das cinco principais cidades do estado: Bruno Reis (Salvador), Colbert Martins (Feira de Santana), Sheila Lemos (Vitória da Conquista), Elinaldo Araújo (Camaçari) e Suzana Ramos (Juazeiro).

Em comparação com 2018, apenas a prefeitura de Juazeiro saiu da base governista para a oposição, ainda assim, o atual governador, Rui Costa (PT), venceu em quatro destas cinco, com votação superior a 60% em todas as quatro. Na ocasião, o petista só não venceu em Feira de Santana, cidade natal do então adversário José Ronaldo (União).

Além das cinco maiores cidades, ACM Neto ainda conta com os apoios dos prefeitos de Teixeira de Freitas, Jequié, Barreiras, Simões Filho, Eunápolis, Santo Antônio de Jesus, Luís Eduardo Magalhães, Candeias, Guanambi, Dias D’Ávila, Senhor do Bonfim, Itapetinga e Campo Formoso. Jerônimo Rodrigues conta com o apoio dos prefeitos de Itabuna, Ilhéus, Lauro de Freitas, Alagoinhas, Paulo Afonso, Valença, Jacobina, Irecê, Casa Nova e Bom Jesus da Lapa. Enquanto a pré-candidatura de João Roma conta com apoio dos prefeitos de Porto Seguro e Serrinha.

Outro ponto de atenção na movimentação eleitoral da Bahia tem sido a disputa pelo apoio de prefeitos que não integram a base de apoio dos partidos do pré-candidato. Mesmo após o rompimento de uma aliança que durou quase 14 anos, entre 2009 e 2022, a candidatura do PT tem mirado prefeitos do antigo aliado PP, que agora apoia a chapa liderada pelo União Brasil.

Em 2020, o PP elegeu 92 prefeitos na Bahia. O partido só ficou atrás do PSD, que elegeu 107. Por isso mesmo, a cada encontro com gestores da sigla, pré-candidato Jerônimo Rodrigues destaca em suas redes, a aliança para além de sua base. Prefeitos do PP das cidades de Caravelas, Vereda, Ibirapuã, Cabaceiras do Paraguaçu, Cícero Dantas, Jeremoabo, Novo Triunfo, Pilão Arcado, Itapebi e Ipiaú, por exemplo, já declararam apoio ao candidato do PT. Oficialmente, a chapa petista para o governo da Bahia conta com oito partidos: PT, PSD, MBD, PSB, PC do B, PV, Avante e Patriota.

O primeiro turno da eleição para o governo da Bahia, marcado para 2 de outubro de 2022, deve ter cinco candidatos ao governo do estado. A partir de sexta-feira (15), os partidos terão até o dia 5 de agosto para definir seus representantes na disputa, o que ocorre nas convenções partidárias. *Matéria publicada originalmente no site G1/Bahia

Inadimplência bate recorde com 66,6 milhões de pessoas, diz Serasa

Em um cenário de juros e inflação rodando em níveis elevados no país, e com uma atividade econômica com dificuldades para engatar, as pessoas com as contas em atraso têm alcançado patamares recordes.
 

Dados do Indicador Serasa Experian de Inadimplência do Consumidor divulgados nesta segunda-feira (11) mostram que o Brasil bateu o recorde com 66,6 milhões de inadimplentes em maio, o maior número desde o início da série histórica, em 2016.
 

Ainda segundo os dados da Serasa, na comparação com maio de 2021, houve um acréscimo de 4 milhões de nomes negativados.
 

No balanço de resultados referente ao primeiro trimestre do ano, os grandes bancos já haviam sido unânimes em sinalizar que um aumento da inadimplência dos clientes era esperado para o restante do ano.
 

Segundo o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, apesar do aumento da inadimplência ser esperado, é possível melhorar a situação. “Os consumidores precisam continuar se organizando financeiramente e utilizando ferramentas disponíveis, como o saque do FGTS, para tentar tirar o nome do vermelho.”
 

Bancos e cartões lideram volume de dívidas negativadas A análise setorial da Serasa registrou ainda que o maior volume de dívidas negativadas está no segmento de bancos e cartões, com 28,2% do total.
 

Em seguida estão as contas básicas como água, luz e gás, agrupadas na área de “utilities”, com 22,7%. Em terceiro lugar, ficam os setores de varejo e financeiras, com 12,5% cada um.
 

Na quebra regional entre os Estados brasileiros, São Paulo concentra o maior número de inadimplentes (15,6 milhões), seguido pelo Rio de Janeiro (6,7 milhões), Minas Gerais (6,3 milhões), Bahia (4,1 milhões) e Paraná (3,5 milhões).

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