Tremores de terra são registrados em dois municípios no interior da Bahia

Nove tremores de terra foram registrados nas cidades de Jacobina e Jaguarari, no norte da Bahia, entre esta segunda-feira (25) e o sábado (23). As informações são do Laboratório Sismológico (LabSis) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Nesta segunda-feira, um tremor de terra, de magnitude preliminar calculada em 1.8 mR, foi registrado pelo LabSis no município de Jacobina.

Não há informações de moradores que tenham escutado ou sentido o tremor até a última atualização desta reportagem. De acordo com informações da Universidade de São Paulo (USP), a magnitude é uma medida quantitativa do tamanho do tremor. Ela está relacionada com a energia sísmica liberada no foco e também com a amplitude das ondas registradas pelos sismógrafos. Já a intensidade do tremor é calculada pela escala Richter (mR), conforme a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). A escala Richter é pontuada de um a nove; cada grau corresponde a ondas dez vezes mais “fortes”, a uma potência 30 vezes superior. Um tremor de menos de 3,5 graus é apenas registrado pelos sismógrafos. No entanto, outro entre 3,5 e 5,4 pode produzir danos.

No último domingo (24), um tremor de terra foi registrado na cidade de Jaguarari. Conforme o LabSis, a magnitude preliminar calculada é de 1.7 mR. Também não há informações de moradores que tenham escutado ou sentido o tremor. Já no sábado, foram registrados sete tremores de terra em Jacobina. Os dois tremores de maior magnitude preliminar, 2.5 mR e 1.8 mR, ocorreram por volta das 10h57 e 11h04, respectivamente. Já os outros cinco tremores, foram tiveram magnitudes preliminares inferiores a 1.0 mR. O técnico Eduardo Menezes, do LabSis, recebeu informações de que um dos tremores teria sido escutado por um morador da região.

O Laboratório Sismológico da UFRN segue monitorando e divulgando toda atividade sísmica que ocorra no estado da Bahia e na região Nordeste do país.

Salvador confirma mais 2 casos de ‘varíola dos macacos’

Mais dois casos da “Monkeypox”, doença conhecida como “varíola dos macacos”, foram confirmados em Salvador nesta segunda-feira (25) pela Secretaria Municipal. Com isso, agora são cinco pessoas com a doença na capital baiana. Os pacientes, ambos do sexo masculino, têm 29 e 34 anos, e tiveram o início dos sintomas no dia 04 de julho.

O órgão informou ainda que os pacientes não necessitaram de hospitalização, e seguem em isolamento, com boa evolução em domicílio, sendo que tiveram contato próximo, e apresentaram febre de início súbito, dor lombar, erupção cutânea e dor de cabeça.

Conforme disse a pasta, dentre os casos suspeitos residentes em Salvador, 5 (22,7%) casos foram confirmados para Monkeypox (4 por critério laboratorial e 1 por critério clínico-epidemiológico). Todos os casos confirmados são do sexo masculino e mediana de idade de 29 (min-max 29-34) anos.

A varíola do macaco pode ser transmitida pelo contato com fluidos corporais, secreções respiratórias, lesões na pele ou mucosas de pessoas infectadas. Há também o risco de contaminação pela utilização de materiais contaminados, como toalhas, roupas de cama e utensílios domésticos contaminados e/ou contato com animais infectados pelo vírus. E os principais sintomas observados nos indivíduos infectados são febre, dor de cabeça, dores nas costas ou musculares, inflamações nos nódulos linfáticos, lesões na pele, que começam no rosto e se espalham pelo corpo, atingindo principalmente as mãos e os pés.

A organização Mundial de Saúde (OMS) diz que os sintomas duram de 16 a 21 dias.

Governo do estado conclui compra das ações da Gaspetro na Bahiagás

O governo estadual oficializou, nesta segunda-feira (25), a compra das ações da Gaspetro na Bahiagás por R$ 540 milhões. Com isso, o estado passa a ter 75,5% das ações da companhia (anteriormente eram 51%) e o capital total sai de 17% para 58,5%.

A previsão é de que a liquidação do processo seja concluída no mês de agosto. Mesmo com a maior participação do governo na empresa, a gestão estadual afirma que não se trata de uma estatização. Para o secretário de Infraestrutura da Bahia, Marcus Cavalcanti, também conselheiro da Bahiagás, a operação é uma forma de valorizar a empresa baiana.

“A Bahiagás é a companhia estadual com o maior portfólio de supridores de gás natural do país. Além disso, a empresa vem crescendo em número de clientes e registrou lucro de mais de R$ 110 milhões somente em 2021”, afirmou Cavalcanti.

A contribuição da companhia para o desenvolvimento socioeconômico do estado foi destacada pelo diretor-presidente da Bahiagás, Luiz Gavazza.

“A visão e tomada de posição do Governo do Estado reforçam a tarefa dada à Companhia, para continuar ampliando o seu Plano de Investimentos, desenvolvendo o seu Plano Diretor de Expansão e cumprindo com uma das premissas da concessão, que é a de levar o gás natural para todas as regiões do estado”, pontuou Gavazza.

Teofilândia tem 38 casos ativos de Covid-19; maioria é no centro da cidade

A Prefeitura Municipal de Teofilândia, através da Secretaria de Saúde do município, divulgou na noite desta quinta-feira, 21, mais um boletim epidemiológico. A cidade conta com 38 casos ativos de Covid-19, 8 suspeitos e 58 monitorados. Não há ninguém internado em estado grave.

Já foram registrados mais de 1400 casos confirmados, de acordo com o boletim. O primeiro caso confirmado pela secretaria foi em maio de 2020.

Bahia é o estado do Nordeste com maior nº de atendidos pelo Auxílio Brasil em julho

A Bahia terá mais de 2,26 milhões de famílias atendidas pelo Auxílio Brasil em julho. O estado é o representante da região Nordeste com maior número de beneficiários do programa.

Os dados fazem parte de um levantamento do Ministério da Cidadania, que coordena o Auxílio Brasil. A Bahia receberá repasses neste mês que ultrapassam os R$ 912,72 milhões e o programa atenderá famílias em todos os 417 municípios baianos. O valor médio do benefício em julho no estado é de R$ 407,77.

Segundo a pasta, responsável pelo gerenciamento e pelo envio de recursos para os pagamentos, o Nordeste terá mais de 8,59 milhões de famílias atendidas pelo Auxílio Brasil neste mês. Os recursos destinados ultrapassam R? 3,45 bilhões e o valor médio do benefício na região é de R$ 408,78. Um total de 1.794 municípios nordestinos terão famílias contempladas pelo programa em julho.

O Auxílio Brasil integra várias políticas públicas de assistência social, saúde, educação, emprego e renda. Trata-se de um programa social de transferência direta e indireta de renda, destinado às famílias em situação de pobreza e de extrema pobreza em todo o país. Além de garantir uma renda básica, o programa busca estimular a emancipação dessas famílias para que alcancem autonomia e superem situações de vulnerabilidade social.

Mais de 18,13 milhões de famílias serão atendidas em julho pelo Auxílio Brasil. O valor dos repasses para todos os 5.570 municípios das 27 unidades da Federação supera a marca de R$ 7,3 bilhões.

Bahia é o clube com maior torcida fora do eixo Sul-Sudeste, aponta pesquisa

As torcidas de Bahia e Vitória estão entre as 20 maiores do Brasil. Foi o que apontou uma pesquisa feita pelo jornal O Globo em parceria com o instituto Ipec. O tricolor aparece em 11º lugar no ranking geral, com 1,7% das respostas espontâneas. O rubro-negro está na 18ª colocação, com 0,7%.

O Flamengo ocupa o topo da lista (21,8%) e o Corinthians ficou com o segundo lugar (15,5%).

Os 10 primeiros clubes do ranking pertencem ao eixo Sul-Sudeste. Fora dele, a liderança é do Bahia. O Esquadrão supera, por exemplo, Fortaleza, Sport, Ceará e o próprio rival Vitória. Está à frente também dos cariocas Botafogo e Fluminense. 

A pesquisa entrevistou de forma presencial 2 mil pessoas, entre os dias 1º e 5 de julho, em 126 cidades brasileiras. O índice de confiança é de 95%. A margem de erro total é de dois pontos para mais ou para menos.

Confira os primeiros 20 colocados do ranking:

1) Flamengo: 21,8%

2) Corinthians: 15,5%

3) São Paulo: 8,2%

4) Palmeiras: 7,4%

5) Vasco: 4,2%

6) Grêmio: 3,2%

7) Cruzeiro: 3,1%

8) Inter: 2,2%

9) Santos: 2,2%

10) Atlético-MG: 2,1%

11) Bahia: 1,7%

12) Botafogo: 1,3%

13) Fortaleza: 1,3%

14) Sport: 1,2%

15) Fluminense: 1,1%

16) Paysandu: 0,9%

17) Ceará: 0,8%

18) Vitória: 0,7%

19) Seleção brasileira: 0,7%

20) Santa Cruz: 0,6%

Defasagem no IR faz quem ganha menos pagar quase 2.000% a mais

A falta de correção da tabela do IR (Imposto de Renda), combinada com o aumento da inflação no Brasil, tem gerado um aumento histórico da tributação sobre a população com menor poder aquisitivo. Essa é a conclusão tirada de um estudo feito pelo Sindifisco Nacional, que representa os auditores fiscais da Receita Federal.
 
De acordo com uma simulação feita pela entidade, uma pessoa que recebe R$ 5.000, após deduções, paga atualmente R$ 505,64 de IR. Se toda a defasagem da tabela fosse corrigida, esse valor cairia para R$ 24,73 –uma diferença de quase 2.000%.
 
Em caso de reajuste, apenas pessoas que ganham acima de R$ 4.670,23 ficariam obrigadas a pagar Imposto de Renda. Isso significa que mais 12,75 milhões de brasileiros estariam isentos do pagamento do tributo, chegando a 23,84 milhões ao todo. Hoje, a isenção é dada ao trabalhador que ganha até R$ 1.903,98.
 
No topo da pirâmide, entre os contribuintes que ganham R$ 100 mil ao mês, a diferença percentual entre corrigir ou não a tabela seria bem menor, de cerca de 5%. A diminuição do imposto pago seria dos atuais R$ 26.630,64 para R$ 25.352,85, segundo a simulação do Sindifisco.
 
“Não corrigir a tabela é uma forma de aumentar o imposto para essa numerosa parcela da população, que, além de arcar com o Imposto de Renda, precisa também lidar com os tributos indiretos, que incidem sobre o consumo”, disse presidente do Sindifisco Nacional, Isac Falcão.
 

Mauro Rochlin, economista e professor da FGV (Fundação Getulio Vargas), destaca que, na medida em que o Imposto de Renda não é reajustado, a inflação acaba onerando mais as pessoas de menor renda porque são as que menos poupam e que menos têm condições de se defender da alta de preços.
 
“A renda dessa pessoa é praticamente toda voltada para consumo e, na medida em que a receita não está acompanhando a inflação, ela é relativamente mais punida do que aquelas que têm maior renda, que podem com o restante de sua renda fazer aplicações financeiras e escapar da alta de preços”, afirma.
 
No acumulado de 12 meses até junho, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), índice oficial de inflação no país, chegou a 11,89%. No mês, a inflação subiu 0,67% com alta de alimentos fora de casa e plano de saúde, segundo informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
 
A inflação de cada período faz uma grande diferença no cálculo da defasagem. Entre especialistas, o congelamento da tabela é visto como uma estratégia política.
 

“A não correção da tabela progressiva do Imposto de Renda é uma forma de aumentar a arrecadação sem que o Poder Executivo tenha custo político associado à majoração de alíquota, por exemplo”, disse o vice-presidente do Sindifisco Nacional, Tiago Barbosa.
 
“É só deixar a inflação agir sem mexer nas faixas que a correção monetária da renda auferida pelos contribuintes causa aumento no tributo pago. Ou seja, trata-se de um tributo oculto de que o governo não quer abrir mão”, acrescentou.
 
O levantamento feito pelos auditores da Receita mostra que a defasagem da tabela do Imposto de Renda chegou a 147,37%, considerando o período de 1996 –ano em que deixou de sofrer reajustes anuais– a junho deste ano. Antes, nos anos de inflação descontrolada, a tabela sofria reajuste automático por um indexador, a Ufir (Unidade Fiscal de Referência).
 
Foi no segundo ano do governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB) que a atualização anual deixou de ser feita. A partir da gestão tucana, a correção passou a ser feita de maneira inconstante, como em 2002 e, nos governos do PT, entre 2005 e 2015 –ano mais recente em que houve reajuste.
 
Durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), a defasagem está acumulada em 26,6% até junho, de acordo com dados do Sindifisco. O valor está acima de qualquer outro presidente desde a implementação do Plano Real. Segundo a entidade, nenhum outro chefe do Executivo realizou a correção integral da tabela do Imposto de Renda.
 
A tabela de cobrança do Imposto de Renda é a mesma há sete anos, quando o salário mínimo era de R$ 788. Com a previsão de um salário mínimo de R$ 1.294 em 2023, em texto aprovado da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias), os brasileiros que receberem R$ 1.941 (1,5 salário mínimo) terão de pagar IR a partir do ano que vem, caso a tabela não seja corrigida.
 
A defasagem faz também com que muitos contribuintes mudem de faixa de renda após reajustes salariais, ainda que abaixo da inflação, e passem a pagar uma alíquota mais elevada em relação ao ano anterior.
 
“O imposto se torna mais regressivo, porque a pessoa muda de faixa salarial sem que tenha tido ganho real de renda. Com isso, ela está sendo mais onerada por força do imposto. Esse é mais um motivo pelo qual a não-correção do Imposto de Renda penaliza as pessoas de menor renda”, disse Rochlin.

Promover a correção da tabela do IR foi um compromisso assumido por Bolsonaro durante a campanha eleitoral de 2018, ainda não concretizado.
 

O projeto de lei da reforma do Imposto de Renda, o PL 2.337 de 2021, defendido pelo ministro Paulo Guedes (Economia), previa a correção da tabela, mas a proposta tinha itens polêmicos, como a taxação de lucros e dividendos. O texto está parado no Congresso. Neste ano, o governo não vê mais espaço para implementar a medida, dizendo haver entraves da lei eleitoral.

YouTube derruba live de Bolsonaro sobre urnas de 2021 e analisa mentiras a embaixadores

O YouTube derrubou na segunda-feira (18) uma live de julho de 2021 em que o presidente Jair Bolsonaro (PL) faz conspirações e afirmações infundadas sobre a segurança das urnas eletrônicas. O conteúdo da live derrubada embasou parte do que foi apresentado no evento desta segunda-feira (18) com embaixadores. A empresa também avalia se vai manter no ar a transmissão desta segunda.
 
Procurado, o YouTube ainda não se manifestou. Desde março, a plataforma de vídeos do Google tem uma política que garante a remoção de conteúdos que contenham alegações falsas de fraudes, erros ou problemas técnicos na eleição de 2018.
 
Nesta segunda, Bolsonaro fez uma apresentação a dezenas de embaixadores estrangeiros no Palácio da Alvorada para repetir teorias da conspiração sobre urnas eletrônicas, desacreditar o sistema eleitoral, promover novas ameaças golpistas e atacar ministros do STF (Supremo Tribunal Federal).
 
O chefe do Executivo concentrou suas críticas nos ministros Alexandre de Moraes, Edson Fachin e Luís Roberto Barroso.
 
Fachin é o atual presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Barroso presidiu a corte eleitoral, e Moraes deve comandar o tribunal durante as eleições.
 
Em mais de um momento, Bolsonaro tentou desacreditar os ministros, relacionando especialmente Fachin e Barroso ao PT e ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
 
O petista lidera as pesquisas de intenção de voto, a menos de 80 dias do pleito. Bolsonaro está em segundo lugar, com 19 pontos de diferença, segundo o Datafolha.

Na fala aos embaixadores, Bolsonaro adotou um tom manso, como se buscasse dar um verniz de seriedade a mais um punhado de ilações sem provas ou indícios ao sistema eleitoral, no momento em que aparece distante do ex-presidente Lula nas pesquisas de intenção de voto.

No Brasil, nunca houve registro de fraude nas urnas eletrônicas, em uso desde 1996.

Nova pesquisa indica possível virada nas eleições da Bahia

Apenas sete pontos percentuais separam os pré-candidatos ao Governo da Bahia ACM Neto (União Brasil) e Jerônimo Rodrigues (PT). É o que revela a primeira pesquisa eleitoral da AtlasIntel sobre cenário baiano, contratada pelo Grupo A TARDE. A distância pode ser ainda menor considerando que a margem de erro é de 2 pontos percentuais.

O ex-prefeito de Salvador tem 39,7% das intenções de votos, seguido de perto pelo petista, com 32,6%. João Roma (PL) aparece em terceiro lugar, com 10,5%. Kleber Rosa (PSOL) e Giovani Damico (PCB) obtiveram, respectivamente, 2,1% e 0,2% da preferência. Votos brancos e nulos somaram 6,8%. Já os entrevistados que não souberam responder representam 8,2%.

O questionário aplicado pela AtlasIntel foi feito de forma estimulada, quando são mostrados os nomes dos pré-candidatos. A proximidade entre Neto e Jerônimo pode ser explicada, segundo o CEO da empresa, o cientista político Andrei Roman, pelo fato de a pesquisa apresentar o partido de cada político.

“Jerônimo tem um desempenho bastante estimulado pela transferência de votos do Lula e do Rui Costa, duas figuras políticas com muito boa aprovação na Bahia. Ocorre uma associação direta ao PT. Ele [Jerônimo] é menos conhecido do que ACM Neto, por exemplo. Mas você saber que ele é do PT ou não pode fazer uma diferença maior do que para o ACM Neto você saber se ele é ou não do União Brasil, porque o PT tem um nível de preferência partidária que o União Brasil não tem”, explica Roman.

Por outro lado, ele avalia que ACM Neto pode se beneficiar pelo “voto útil” dos eleitores de Bolsonaro. “Por mais que João Roma esteja mais alinhado com Bolsonaro, ele não consegue ser associado diretamente a Bolsonaro por causa do nome do partido, que não é conhecido. Então, essa rivalidade entre o grupo de Neto e o PT pode fazer os eleitores bolsonaristas, do ponto de vista estratégico, enxergarem mais chances de Neto se eleger governador”.

Roman acrescenta que a eleição ao Governo da Bahia guarda diferentes motivações em relação ao plano nacional. “É bastante interessante no contexto da Bahia, diferente de outros estados, porque estamos falando não tanto de uma briga de rejeições. No caso nacional, entre Lula e Bolsonaro quem tiver menos rejeição vai ganhar. Mas, no caso da Bahia, é mais uma briga de níveis altos de aprovação. ACM Neto tem uma boa imagem, é conhecido e o fato de ter uma rejeição baixa é muito bom para ele. Mas o Rui Costa e o Lula também têm uma boa imagem e vão tentar ao longo da campanha transferir votos para o Jerônimo. Nesse processo, a tendência é essa transferência andar bem e Jerônimo crescer cada vez mais”, pondera.

Segundo turno – A pesquisa também fez uma simulação de segundo turno entre os três pré-candidatos mais bem colocados. Num primeiro cenário, Neto venceria Jerônimo por 47% a 33,7%. Contra Roma, a diferença seria maior, de 51,5% a 17%. No terceiro cenário, entre Jerônimo e Roma, a pesquisa aponta vitória do petista, com 40,7%, contra 19,7% dos votos de Roma.

Na avaliação do CEO da AtlasIntel,  ACM Neto tem uma grande vantagem, mas não a maioria dos eleitores. “É um vantagem construída com alto nível de indecisos.  No momento em que esses indecisos vão se decidindo pela frente, essa vantagem que ele tem pode se manter, se ele fizer uma excelente campanha, ou pode diminuir. Eu diria que, mesmo ele fazendo uma bela campanha, a tendência é essa vantagem diminuir por conta desse nível muito grande de desconhecimento dos outros candidatos. Então, provavelmente, o que a gente vai ver é uma diminuição dele tanto no primeiro quanto num eventual segundo turno. Mas, é muito importante pontuar que ele tem amplo espaço para continuar na frente mesmo que os outros candidatos melhorem o desempenho”, destaca.

O AtlasIntel também sondou os eleitores sobre a disputa presidencial. O pré-candidato do  PT, Luiz Inácio Lula da Silva, vence com folga na Bahia, com 64,8% dos votos, contra 23,1% que preferem o presidente Jair Bolsonaro (PL).

“A hegemonia de Lula na Bahia deve se manter. Ele deve vencer no estado com uma grande diferença de votos para Bolsonaro. Agora, o eleitor que compõe com Neto tem chance maior de mudar de voto de Lula para Bolsonaro. Do mesmo jeito que Lula ajuda o Jerônimo, o ACM Neto pode ajudar o Bolsonaro. Mas, provavelmente, o Lula ajuda mais o Jerônimo porque a rejeição de Bolsonaro é muito maior”, avalia Roman.

Na terceira posição da disputa pela presidência da República aparece Ciro Gomes (PDT), com 4,1%; seguido por Pablo Marçal (PROS), com 2,3%; Simone Tebet (MDB), 2,1%; André Janones (Avante), 1,1%. Já Sofia Manzano (PCB) e Felipe d’Avila (Novo) obtiveram apenas 0,5% das intenções de voto. Luciano Bivar (União Brasil), José Maria Eymael (Democracia Cristã), Leonardo Péricles (Unidade Popular) e Vera Lúcia (PSTU) não pontuaram. Votos brancos e nulos somaram 0,9%. As pessoas que não souberam responder são 0,6%.  

Senado – Já a corrida eleitoral pelo Senado é liderada por Otto Alencar (PSD), com 31,9% da preferência do eleitor, seguido por Raíssa Soares (PL), que tem 15,8%. Em terceiro lugar está Cacá Leão (PP), que obteve 5,8%, quase a mesma porcentagem conquistada por Tâmara Azevedo (PSOL), que foi de 5,7%. Na quinta posição, Marcelo Nilo (Republicanos) somou 3,3%. Votos brancos e nulos foram 14,3%. Aqueles que não souberam responder representam 23,3%.

Avaliação – A pesquisa ainda perguntou aos entrevistados se aprovam o desempenho do governador Rui Costa (PT). A maioria disse sim, 58,5%, contra 35,7% que desaprovam. Não souberam responder somaram 5,7%. Já sobre o nível de avaliação do governo Rui Costa, 48,2% consideram ótimo/bom, 25,1% acham regular e 24% ruim/péssimo. As pessoas que não souberam responder somam 2,7%.

A pesquisa ainda traçou um perfil do eleitorado participante do levantamento na Bahia. 52,3% das pessoas que responderam os questionários são mulheres, contra 47,7% de homens. A renda familiar também é computada. A maioria dos eleitores (53,1%) ganha até dois salários mínimos. A faixa etária tem números equilibrados. As pessoas entre 16 e 24 anos representam 16,6%; entre 25 e 34 anos são 19,9%; entre 35 e 44 anos representam 22,5%; eleitores dos 45 aos 59 anos somam 24,1%. Já o grupo com mais de 60 anos representa 16,9%.

A escolaridade também foi medida pela AtlasIntel. 34,2% dos eleitores ouvidos têm apenas o ensino fundamental; 51,9% possuem o secundário; e apenas 13,9% conseguiram  alcançar o ensino superior. A religião também foi objeto da pesquisa, com 47,9% se declarando católicos, enquanto 25,7% dizem ser evangélicos. Crentes sem religião somam 13,2%. Outras religiões reúnem 11% dos entrevistados. Agnósticos ou ateus somaram 2,2%.

A pesquisa ouviu 1.683 pessoas na Bahia, entre  8 e 14 de julho, com coleta via recrutamento digital aleatório (Atlas RDR) está registrada junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número 02664/2022 . A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos e o nível de confiança é de 95%.

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