Bolsonaro associa analfabetismo no Nordeste a vitória de Lula na região

O presidente Jair Bolsonaro (PL) citou nesta quarta-feira (5) o analfabetismo no Nordeste para tentar explicar a derrota sofrida para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na região.

“Lula venceu em 9 dos 10 estados com maior taxa de analfabetismo. Você sabe quais são esses estados? No nosso Nordeste. Não é só taxa de analfabetismo alta ou mais grave nesses estados. Outros dados econômicos agora também são inferiores na região”, disse. O mandatário culpou as gestões petistas na região pelos baixos índices de desenvolvimento.

“Esses estados do Nordeste estão há 20 anos sendo administrados pelo PT. Onde a esquerda entra, leva o analfabetismo, leva a falta de cultura, leva o desemprego, leva a falta de esperança. É assim que age a esquerda no mundo todo”, afirmou em transmissão ao vivo nas redes sociais.

O Nordeste foi a região em que os dois principais candidatos tiveram a maior diferença de votos. Lula fez 67%, contra 26,8% de Bolsonaro. O petista também venceu no Norte, mas no Sul, Sudeste e Centro-Oeste o atual presidente saiu vencedor.

A avaliação da campanha de Bolsonaro é que ele precisa reduzir a diferença para Lula no Nordeste para ter mais chance de ganhar as eleições. Para isso, aliados do presidente já começaram a elaborar materiais voltados exclusivamente à região. O presidente pretende dar mais ênfase às realizações do governo para os nordestinos e acredita que pode melhorar o desempenho nesses estados.

Para isso, o próprio presidente já tentou se descolar dos ataques feitos por alguns de seus apoiadores nas redes sociais ao Nordeste devido à vitória de Lula. Em entrevista na terça-feira (4), Bolsonaro disse que o Brasil é um só e que tentar culpar os nordestinos por não ter vencido o pleito não é correto.

FHC declara apoio formal a Lula no segundo turno: ‘Luta pela democracia e inclusão social’

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) anunciou, nesta quarta-feira (5), o apoio ao também ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno das eleições de 2022. FHC tinha sinalizado um endosso ainda no primeiro turno contra a reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL), mas sem citar nominalmente o petista (lembre aqui). “Neste segundo turno voto por uma história de luta pela democracia e inclusão social. Voto em Luiz Inácio Lula da Silva”, anunciou FHC.

Cardoso e Lula se enfrentaram nas urnas em 1994 e 1998, quando o tucano venceu ambos os pleitos no primeiro turno. Relativamente próximos nas décadas de 1970 e 1980 – estiveram no mesmo campo político contra a ditadura militar -, os ex-presidentes tiveram relações cordiais após a vitória do petista em 2002, contra o então candidato de FHC à sucessão, o ex-ministro da Saúde, José Serra.

Além de Fernando Henrique, outros tucanos também já declararam apoio a Lula, como os senadores Tasso Jereissati e José Serra – este último derrotado na tentativa de ser deputado federal. Parte dos membros do PSDB, todavia, migaram o apoio para Bolsonaro, como o governador de São Paulo, Rodrigo Garcia, que ficou fora da disputa no segundo turno pelo comando do Executivo paulista. É a primeira vez em 28 anos que o PSDB perde o controle do governo paulista.

Ciro reforça decisão unânime do PDT e apoia candidatura de Lula no 2º turno

O candidato derrotado do PDT, Ciro Gomes publicou um vídeo em suas redes sociais reforçando a posição do seu partido, que anunciou na tarde desta terça-feira (4) o apoio unânime ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno das eleições (veja aqui). No registro, ele afirmou que irá acompanhar a deliberação.

Ao longo do vídeo-pronunciamento, Ciro discordou das afirmações feitas contra ele ao longo da campanha do primeiro turno e ressaltou que nunca se ausentou ou irá se ausentar de uma luta pelo país. “Sempre me posicionei e me posicionarei na defesa do país contra projetos de poder que nos levaram a essa situação grave e ameaçadora”.

Segundo ele, a decisão de apoiar Lula deve ajudar a “oxigenar” a democracia, mesmo que de forma temporária. Em tempo, ele pontuou: “se não houver a busca efetiva de novos ares, de novos instrumentos, estaremos a mercê de um respirador artificial frágil e precário, limitadíssimo no tempo e no espaço”.

Ele negou que a decisão de apoiar o candidato passe por alguma negociação em busca de cargos em um eventual governo petista. “Nunca aceitaremos imposições ou caprichos de quem quer que seja. Adianto que não pleiteio e nem aceitarei qualquer cargo em eventual futuro governo”, salientou o ex-governador do Ceará.

De acordo com o pedetista – que citou estarmos em uma crise social e econômica -, ele quer “estar livre para a sociedade”, em especial dos mais jovens. “Fiquem certos de que, como sempre fiz, vou fiscalizar, acompanhar e denunciar qualquer desvio do governo que assumirá em janeiro, assim como sugerir ideias para recuperar nosso país”.

Padre Kelmon é criticado por artistas e rende piadas

O candidato do PTB à presidência da República Padre Kelmon virou piada nas redes entre anônimos e celebridades que assistiam ao Debate da Globo, na noite desta quinta-feira (29), principalmente depois que a candidata Soraya Thronicke (União Brasil) o chamou de “padre de festa junina” e do embate ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
 

Famosos compararam Kelmon ao padre Adelir de Carli que morreu após voar preso a mil balões coloridos, em abril de 2008. “Socoooooorro, voltou o padre!!! O balão tá subindo, tá caindo a garoa!”, tuitou a atriz Heloisa Périssé. “E a gente achando que o padre mais burro do Brasil tinha voado com balões. Na real foi o maior brasileiro de todos os tempos: vazou!”, comentou o humorista Paulo Vieira no Twitter.
 

O humorista Marcelo Adnet escreveu nas redes que o presidente Jair Bolsonaro (PL) evita o embate com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, escolhe D’Ávila e manda o padre para o abate. “Efeito Kelmon pau mandado pode virar contra Jair”, escreveu nas redes. “Padre de festa junina”, acrescentou.
 

Outras celebridades comentaram o comportamento do Padre Kelmon, que discutiu com os candidatos Soraya e Lula durante. “Calma Padre”, pediu a atriz e empresária Paula Lavigne nas redes.
 

O youtuber e influenciador digital Felipe Neto disse que Lula chutou o balde ao chamar o padre de candidato laranja. “Lula chutou o balde! O senhor tá fantasiado! Fariseu”, escreveu rindo dos comentários de Lula. O humorista Gregório Duvivier também gostou que alguns candidatos chamaram Kelman de padre de festa junina. “Amo Soraya feat. falso padre”, tuitou.
 

O humorista Antonio Tabet postou um meme do padre tocando violão e cantando música “Ai foi que o barraco desabou”, de Jorge Aragão. Na legenda ele escreveu: “Jorge Aragão tá puto no Debate da Globo”.

Justiça nega habeas corpus para libertar José Dumont, preso por pedofilia

Preso há uma semana por armazenamento de conteúdo pornográfico infantil, o ator José Dumont teve o pedido de prisão negado pela Justiça do Rio de Janeiro. De acordo com o Notícias da TV, a defesa do intérprete desejava que ele pudesse responder em liberdade após o pagamento de uma fiança de R$ 40 mil.

Após ser negado, os advogados de José Dumont recorreram da decisão e, agora, depende dos juízes da 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. O pedido foi rejeitado no último domingo (18). 

Os advogados de José se baseiam em dois argumentos. A primeira é de que a relação próxima e de cumplicidade de José Dumont com a vítima de 12 anos estaria sendo mal interpretado pelos investigadores. 

A segunda afirmou que José era como um padrinho da criança e conhecia toda a família, por isso teria oferecido uma ajuda financeira ao garoto. Outro ponto alegado pelos advogados que defendem José Dumont é o fato de ele ter colaborado com as investigações ao não resistir à prisão.
 

Além do armazenamento de pornografia infantil, e a acusação de ter a abusado o menor de idade, Dumont já era investigado por pedofilia na Paraíba desde 2013, segundo o Ministério Público local.

‘É falso, é mentira’, diz Guedes sobre 33 milhões de brasileiros passando fome

Na avaliação do ministro Paulo Guedes (Economia) é impossível que o Brasil tenha 33 milhões de pessoas passando fome. Nesta quarta-feira (21), ele disse considerar que o dado é falso, em evento do setor automotivo em São Paulo.
 

Guedes defendeu que, na comparação com outras grandes economias, o desempenho brasileiro está melhor. “Isso são fatos econômicos, não adianta. A tática política é de barulho: 33 milhões de pessoas passando fome. É mentira, é falso. Não são esses os números.”
 

O ministro não disse, no entanto, quais seriam os números corretos, na avaliação dele. O dado questionado por Guedes consta no Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil, que aponta a existência de 33,1 milhões de pessoas vivendo em situação de insegurança alimentar grave, quando não há garantia de acesso à alimentação em quantidade suficiente.
 

“O consumo dos mais frágeis está garantido com a transferência de renda. Por isso, é impossível que tenha 33 milhões de pessoas passando fome. Elas estão recebendo três vezes mais do que recebiam antes. E mesmo que tenha tido inflação e aumento de preço, não multiplicou por três, então o poder de compra está mais do que preservado”, afirmou.
 

Ele disse ainda que as políticas atuais de transferência de renda, como o Auxílio Brasil, correspondem a 1,5% do PIB. Segundo Guedes, antes, esse percentual era de 0,4%.
 

“Nós estamos transferindo três vezes mais recursos para os frágeis”, completou.
 

O ministro também disse que o percentual de pessoas vivendo abaixo da linha da pobreza vem caindo no Brasil, enquanto cresce no resto do mundo.
 

A afirmação é similar às conclusões de um estudo publicado pelo presidente do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), Erik Alencar de Figueiredo, em agosto. A publicação, criticada por servidores do órgão e por especialistas, defende que um aumento no número de brasileiros com fome deveria ter resultado em um “choque expressivo” no aumento de internações por doenças decorrentes da desnutrição. Figueiredo foi subsecretário de Política Fiscal do Ministério da Economia.
 

Em julho, quando o governo negociou a aprovação de uma emenda constitucional para abrir espaço no Orçamento e pagar o aumento de R$ 200 no Auxílio Brasil, Guedes defendeu a medida, que era apontada como eleitoreira. Na ocasião, ele entendia que havia gente com fome.
 

“Se há fome no Brasil, se as pessoas estão cozinhando à lenha, esse programa não é eleitoreiro. Ou ele é eleitoreiro e não tinha ninguém passando fome”, disse, na época.
 

Segundo Guedes, com reformas, marcos regulatórios e um plano de reindustrialização, o Brasil tem um “crescimento contratado” para os próximos anos.
 

Guedes também voltou a criticar projeções que ele considera ruins sobre o crescimento do Brasil para os próximos anos, como já havia feito nesta semana, em entrevista à rádio Guaíba.
 

Mais de uma vez, disse que essas previsões são “militância política” e que apostam em “rolagem de desgraça”. Segundo o ministro, parte dos erros deve-se ao que ele chamou de modelo econômico antigo, quando o crescimento dependia de investimentos públicos.
 

“O eixo da economia mudou e agora está voltado para o investimento privado”, afirmou. “Apesar do investimento público colapsar para quase zero, os investimentos privados estão chegando a quase 19% do PIB. Isso garante uma taxa de crescimento mais forte. Esse é o crescimento estrutural, orgânico, contratado.”
 

Segundo Guedes, em 2022 o Brasil ainda está crescendo menos devido aos juros altos, necessários para combater a inflação. O Copom (Comitê de Política Monetária) se reúne nesta quarta e a expectativa do mercado é que o ciclo de aperto seja interrompido e que a Selic (taxa básica de juros da economia) seja mantida nos atuais 13,75% ao ano.
 

Com a expectativa de queda da inflação a partir do próximo ano, Paulo Guedes disse esperar que também os juros comecem a cair.
 

O ministro da Economia fez o discurso de encerramento da cerimônia de abertura de um congresso da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), no SP Expo, em São Paulo.
 

Como tem acontecido em outras agendas do presidente Jair Bolsonaro (PL) e de seus ministros, Guedes embutiu em sua fala menções ao ex-ministro da Infraestrutura Tarcísio Freitas, que é candidato ao governo de São Paulo nas eleições deste ano.
 

“Mesmo sem falar de política, vocês sabem que pode ser que ele vá fazer um novo trabalho extraordinário aí em outro lugar”, afirmou. Foi aplaudido na sequência.
 

Metade dos brasileiros já sofreu de esgotamento mental, diz pesquisa

Metade dos brasileiros já viveu uma situação de esgotamento mental por mais de um dia seguido ou conhece alguém dentro de casa que enfrentou a situação, segundo revela a pesquisa Datafolha Saúde Mental dos Brasileiros 2022. As mulheres são maioria no grupo, representando 57% dos entrevistados que declararam ter passado por momentos de estresse extremo.

Encomendada pela Associação Brasileira de Familiares, Amigos e Portadores de Transtornos Afetivos (Abrata), a pesquisa faz parte da Campanha Bem Me Quer, Bem Me Quero: Cuidar da Saúde Mental é um Exercício Diário, que marca as ações do Setembro Amarelo, mês dedicado à saúde mental e à prevenção do suicídio.

As entrevistas foram feitas entre os dias 2 e 13 de agosto deste ano, com 2.098 entrevistas presenciais com pessoas de 16 anos ou mais, residentes em 130 municípios das cinco regiões do país.

Cerca de 53% dos participantes responderam que passaram por um período de cansaço e desequilíbrio emocional, que foi seguido por uma sensação de desgaste físico e mental que perdurou por mais de um dia, ou declararam conviver com alguém que sentiu isso.

O psiquiatra Fernando Fernandes, médico parceiro da Abrata, chama atenção para o estado da saúde mental dos adultos jovens. Na faixa etária entre 16 a 24 anos, 63% vivenciaram situações de estresse e cansaço por mais de um dia.

“O mais recente retrato da saúde mental do brasileiro revela percepção de esgotamento e sofrimento emocional. É preciso olhar para os motivos, mas também propor medidas para mudar esse cenário”, avalia Fernandes.

Oito em cada dez brasileiros afirmaram que os momentos de angústia e ansiedade se intensificaram durante os últimos dois anos e meio, na pandemia da Covid-19, comparado com períodos anteriores. As informações são do portal Metrópoles

Botijão de gás fica mais caro após corte de preço na refinaria

A Petrobras cortou em 4,7% o preço do gás de cozinha vendido por suas refinarias na última segunda-feira (12), mas o preço do botijão nas revendas durante a semana, de acordo com a pesquisa de preços da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis).
 

A alta foi de 1,2%, com o botijão de 13 quilos, mais usado por residências, passando de R$ 111,91 para R$ 113,25, na média nacional. Foi a terceira semana consecutiva de alta, embora os percentuais tenham sido bem menores nas semanas anteriores.
 

A evolução na semana passada contradiz previsão da Petrobras, que calculava uma redução média de R$ 2,60 por botijão. Os revendedores do produto alegam que precisaram iniciar os repasses do reajuste salarial de seus trabalhadores.
 

As empresas e os sindicatos ainda negociam o percentual de reajuste, mas a Abragás, entidade que reúne sindicatos de revendedores, diz que o repasse já foi feito porque a data-base da categoria é o dia 1º de setembro.
 

O presidente da entidade, José Luiz Rocha, alega que os valores devem ser pagos de forma retroativa quando as negociações não se concluem no mês do dissídio e, por isso, os revendedores já estão incluindo o aumento de custo em seus preços.
 

Os trabalhadores pedem reposição da inflação pelo INPC mais 2,3% por perdas anteriores em salários de empregados que recebem acima do piso. Na última reunião, as empresas distribuidoras apresentaram proposta de reajuste de 8,83%, que reflete a variação de 12 meses do INPC.
 

Logo após o anúncio do corte nas refinarias, a Abragás divulgou nota dizendo que “possivelmente os consumidores não perceberão redução nos preços, devido ao aumento repassado pelas distribuidoras referente ao dissídio e custo outros custos operacionais do segmento”.
 

Já o Sindigás, sindicato que representa o segmento de distribuição, diz apenas que os preços “são livres em todos os elos da cadeia e suscetíveis às variações do mercado”.
 

“É recomendado aos consumidores que façam sempre uma pesquisa antes de efetuar a compra, de forma a buscar a melhor combinação de oferta de serviço e preço sempre tendo em conta sua relação de confiança com sua marca e revenda de preferência”, afirma.
 

A alta no preço do botijão frustra expectativas do governo, que vem usando a queda dos preços dos combustíveis como um trunfo na campanha à reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL).
 

Diferentemente de gasolina, etanol e, em menor intensidade, o diesel, o gás de cozinha não teve grande redução de preço após ofensiva do governo para cortar impostos sobre os combustíveis, já que os tributos federais sobre o produto foram zerados em 2020.
 
Desde os picos atingidos na última semana de junho, gasolina e diesel já ficaram 32,1% e 9,6% mais baratos, respectivamente. O preço médio do etanol hidratado caiu 29,5% no mesmo período. Já o preço do botijão de 13 quilos ficou oscilando em torno dos R$ 112.
 
No fim de 2021, o governo aprovou um programa de subsídio a consumidores de baixa renda, batizado de Auxílio-Gás, mas a queda nas vendas de botijões sinaliza que o benefício não vinha sendo utilizado apenas para a compra de botijões.
 
No primeiro semestre, as vendas de botijões de 13 quilos registraram queda de 4,5% em relação ao mesmo período do ano anterior. O volume vendido é menor do que o registrado em 2019, antes da pandemia.

Em agosto, o governo ampliou o valor do subsídio, de 50% para 100% do preço de um botijão. O valor é pago a cada dois meses a cerca de 5,7 milhões de famílias.

TSE barra 158 candidaturas pela Lei da Ficha Limpa; quatro são da Bahia

O prazo para julgamento dos registros de candidatura pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e pelos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) terminou na segunda-feira (12). Cerca de 1,8 mil candidatos tiveram o registro indeferido nas eleições deste ano e desse total, 158 se enquadraram na Lei da Ficha Limpa. O portal Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias, compilou essas informações, na terça (13), com base na sessão de dados abertos do TSE.

Na Bahia, quatro candidaturas foram barradas pela lei: João Bosco Bittencourt (PT), Kock Feregueti (PSOL), Zevaldo Lima (PL) e Leda Cigana (MDB). Promulgada em 2010, a Lei Complementar nº 135/2010 impede que políticos condenados em processos criminais, em segunda instância, possam concorrer a cargos públicos durante um prazo de oito anos.

A regra vale ainda para quem teve mandato cassado ou contas rejeitadas por irregularidades que caracterizem improbidade administrativa. Pessoas físicas e dirigentes de empresas responsáveis por doações eleitorais ilegais também podem ser enquadrados.

União Brasil e MDB dividem o primeiro lugar na lista de partidos com maior número de candidatos enquadrados na Lei da Ficha Limpa. Ambos tiveram 14 postulantes proibidos de concorrer ao pleito deste ano.

Em seguida, está o Solidariedade, com 11 registros indeferidos. PTB e PSD tiveram oito políticos impedidos de concorrer a cargos neste ano. O PT e o PDT também somam oito candidaturas barradas devido à norma.

Apoiador de Bolsonaro confessa ter dado 15 facadas em eleitor de Lula

Rafael Silva de Oliveira, de 22 anos, apontado como autor da morte de Benedito Cardoso dos Santos, de 44 anos, admitiu que que deu ao menos 15 facadas no homem durante discussão política, em Mato Grosso. Rafael é apoiador do presidente Jair Bolsonaro e a vítima é apoiadora de Lula (PT).

O crime ocorreu na noite de quarta (7), em Confresa (MT). O autor está preso e deve ser transferido na tarde desta sexta-feira (9) para um presídio de Porto Alegre do Norte. Segundo a polícia, ele tem passagens na polícia por estelionato e tentativa de estupro. A prisão em flagrante foi convertida em preventiva.

“Eles haviam acabado de jantar e fumavam um cigarro juntos, quando começaram a discussão [por motivação política]. Os dois estavam sozinhos no barraco onde moravam”, disse o delegado responsável pelo caso, Victor Oliveira, em entrevista ao g1 e à TV Centro América.

A vítima, que não tinha passagens pela polícia, ainda conforme o delegado, trabalhava há mais tempo no local do que o autor, que morava em Confresa, mas havia chegado à propriedade.

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