TSE aprova candidatura de Lula à presidência da República

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou, na manhã desta quinta-feira (8), por unanimidade, o pedido de candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para concorrer ao cargo de Presidente da República. O seu vice, ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSB), também foi aprovado.

A Corte analisou pedido para impugnar a candidatura de Lula apresentado por Pablo Marçal, que teve a candidatura à Presidência da República barrada pelo TSE na terça-feira. 

O relator dos pedidos de registro de candidaturas, ministro Carlos Horbach, descartou irregularidades nos registros e afastou ocorrência de inelegibilidade contra Lula. O voto pela aprovação da candidatura foi seguido por pelos ministros Ricardo Lewandowski, Cármen Lúcia, Benedito Gonçalves, Raul Araújo, Sergio Banhos e Alexandre de Moraes.

Além disso, o plenário do TSE aprovou a entrada do PROS na coligação Brasil da Esperança, que reúne os partidos: PT; PCdoB; PV, PSB, Federação PSOL-Rede, Solidariedade, Agir e Avante.

Em busca do seu terceiro mandato, o ex-presidente Lula é líder nas pesquisas de intenção de voto. Em 2018, Lula chegou a ser registrado no TSE como o candidato do PT ao cargo, mas o tribunal barrou sua candidatura por 6 votos a 1 por considerar que o petista não era elegível, pois na ocasião, o ex-presidente já estava preso após condenação em segunda instância na Operação Lava Jato.

Porém, em agosto do ano passado, as condenações envolvendo o ex-presidente foram anuladas pelo ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF). O ministro considerou que os casos envolvendo Lula deveriam ter sido julgados em Brasília, e não em Curitiba. Com a decisão, os direitos políticos do petista foram reestabelecidos, tornando-o novamente elegível e abrindo uma série de vitórias que levou ao arquivamento de processos relacionados à Lava Jato.

Discurso de Bolsonaro em 7 de Setembro tem insulto à pesquisa e provocação a adversários

O presidente Jair Bolsonaro (PL) fez um discurso na manhã desta quarta-feira (7) desdenhando de pesquisa eleitoral. Em cima do trio do pastor Silas Malafaia e ao lado do empresário Luciano Hang, o mandatário disse que a aferição de voto poderia ser comparada ao que via, não à pesquisa eleitoral. O ato ocorreu na Esplanada dos Ministérios, em Brasília (DF), e foi acompanhado pelo Bahia Notícias.

Bolsonaro chamou o levantamento do Datafolha (ver o último aqui) de mentiroso. “Aqui está a verdade, a vontade de um povo livre e trabalhador. Esse é um evento que une o povo brasileiro nos quatro cantos no país”, discursou. O ex-capitão do Exército também disse confiar em uma reviravolta nas intenções de voto apontadas pelos institutos de pesquisa.

“A vontade do povo se fará presente no próximo dia 2 de outubro. Vamos convencer aqueles que pensam diferente, vamos convencer do que é melhor a se fazer. Pode ter certeza, com a graça de Deus, que me deu uma segunda vida, que me deu a missão de comandar o nosso país, venceremos uma segunda vez”, declarou. Ainda no discurso, o presidente voltou a falar do conceito dele de “liberdade”. “O nosso objetivo é a liberdade eterna. Tenha certeza, que nem oxigênio, nossa liberdade é essencial à vida”, declarou.



No palanque, o presidente ainda declarou que dá conselhos amorosos a amigos. “Pros [sic] que tão cansados de serem infelizes, procurem uma mulher, uma princesa, para serem mais felizes ainda”, disse. Em determinado momento, apoiadores xingaram o principal adversário do presidente nas pesquisas, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), de “ladrão”, e chamaram o presidente de “imbrochável”.

Mesmo convidados, os presidente s do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), e da Câmara Federal, Arthur Lira, não estiveram no ato com o presidente.

Líderes de caminhoneiros apostam em baixa adesão a protestos bolsonaristas

Apesar do auxílio caminhoneiro oferecido pelo governo Bolsonaro aos motoristas desde o mês passado, líderes da categoria não apostam em adesão dos motoristas às manifestações bolsonaristas previstas para o feriado de 7 de Setembro.
 
Wallace Landim, o Chorão, um dos principais líderes da greve de 2018 e hoje candidato a deputado federal pelo PSD, afirma que os apoiadores do presidente representam apenas uma parcela dos profissionais do ramo.
 
Plínio Dias, presidente do CNTRC (Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas), também diz que não tem visto os caminhoneiros autônomos mostrarem apoio às manifestações marcadas para quarta (7).
 
Especialistas no setor de transportes que acompanham os gestos da categoria nos últimos anos ressalvam que não é tão fácil estimar um cenário porque podem brotar reações inesperadas, como aconteceu há um ano.
 
Após os atos de raiz golpista realizados em apoio a Bolsonaro no feriado de 2021, caminhoneiros alinhados politicamente ao presidente iniciaram uma série de tentativas de interditar estradas com pautas de ataque ao STF.
 
Na época, também não havia apoio formal das entidades dos caminhoneiros, mas os bloqueios se espalharam por vários estados no dia seguinte.

Governo gasta R$ 700 milhões com aluguéis enquanto mantém prédios vazios na Esplanada

Apesar de a Esplanada dos Ministérios ter sido construída para abrigar o funcionalismo público em Brasília, ao longo dos últimos anos as amplas salas deixaram de ser usadas. Uma boa parte dos servidores passou a trabalhar em prédios modernos e luxuosos com aluguéis que custam por ano aos cofres públicos R$ 700 milhões, informa reportagem do jornal “O Estado de S.Paulo”. O grupo de locadores inclui políticos e famílias que fazem bons negócios com o poder desde a construção da capital.

Segundo a publicação, 40 mil funcionários trabalham nos prédios da Esplanada projetados pelo arquiteto Oscar Niemeyer. Outros 25 mil estão nos imóveis alugados em áreas vizinhas. No entanto, um estudo do Ministério da Economia feito há quase dois anos e que ficou engavetado na pasta mostra que todos poderiam trabalhar nos prédios públicos originais da construção da capital. A pasta não respondeu aos questionamentos da reportagem.

Governo deve incluir mais 804 mil famílias no Auxílio Brasil às vésperas da eleição

O governo Jair Bolsonaro (PL) prepara a inclusão de mais 803,8 mil famílias no Auxílio Brasil a um mês das eleições. Com isso, o número de domicílios beneficiados deve subir para mais de 21 milhões em setembro.
 

Ampliar o alcance do programa social é uma das apostas do chefe do Executivo para melhorar seu desempenho eleitoral em um contexto de inflação elevada e aumento da pobreza e da fome. Bolsonaro aparece em segundo lugar nas pesquisas de intenção de voto, atrás do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
 

O presidente conseguiu aprovar no Congresso uma elevação do benefício mínimo para R$ 600 até o fim do ano, além de ter obtido espaço para levar o número de famílias contempladas a um patamar recorde.
 

Mesmo assim, o Auxílio Brasil temporário de R$ 600 é visto como abaixo do necessário pela maior parte da população. Segundo pesquisa Datafolha, 56% dos eleitores afirmam que o valor é insuficiente.
 

A nova rodada de inclusão de famílias não foi explicitada pelo governo quando houve a negociação do espaço adicional no Orçamento com o Congresso Nacional por meio da PEC (proposta de emenda à Constituição) “das bondades”. A proposta atropelou a legislação orçamentária e eleitoral para autorizar um furo no teto de gastos e uma ampliação de despesas sociais em meio à corrida presidencial.
 

Na época, as projeções iniciais indicavam que o número de atendidos chegaria a 19,8 milhões. Depois, a Caixa informou que a primeira leva de inclusões resultou em um público de 20,2 milhões de famílias contempladas pelo programa —um acréscimo de 2 milhões.
 

O próprio governo, porém, calcula que a quantidade de beneficiários chegará a 21,6 milhões até o fim do ano. Isso significa, na prática, que a PEC abriu caminho para a inclusão de 3,5 milhões de famílias até dezembro.
 

A previsão foi feita pelo próprio Ministério da Cidadania e incluída, sem alarde, na exposição de motivos da MP (Medida Provisória) que abriu o crédito extraordinário de R$ 26 bilhões para bancar a ampliação do programa no segundo semestre do ano.
 

“Deste total, 2.049.513 famílias seriam inseridas no programa imediatamente no mês de agosto e as outras 1.450.000 famílias terão acesso no decorrer dos meses subsequentes”, diz o texto.
 

Manobra faz concessão superar fila do Auxílio Brasil A estratégia permite ao governo manter a fila do Auxílio Brasil zerada durante a campanha eleitoral, uma vez que o número supera até mesmo a fila de espera reconhecida pelo Ministério da Cidadania —ela chegou a um pico de 1,6 milhão de famílias no mês de julho.
 

A PEC autorizava a inclusão das “famílias elegíveis na data de promulgação desta Emenda Constitucional”, mas a pasta está adotando uma visão mais ampla do critério.
 

O texto foi promulgado em 14 de julho, mas famílias habilitadas depois dessa data estão sendo incluídas porque, no entendimento da Cidadania, elas já eram elegíveis antes e sua habilitação ainda dependia da regularização do cadastro.
 

O aval dado pelo Congresso foi comemorado pela campanha eleitoral de Bolsonaro, pois o programa social faz parte da estratégia de tentar reduzir a vantagem de Lula na preferência de eleitores que recebem a transferência de renda.
 

A PEC permitiu elevar a verba do programa em 2022 para R$ 114,5 bilhões —um recorde histórico. Desse total, já foram gastos R$ 63,2 bilhões. Portanto, restam R$ 51,3 bilhões para serem usados de setembro a dezembro.
 

Com esse valor, o Ministério da Cidadania consegue atender a uma quantidade maior de famílias. Por isso, a pasta aprovou a documentação das 803,8 mil famílias extras, que devem entrar no programa a partir de setembro, segundo técnicos da pasta.
 

Procurado, o Ministério não respondeu sobre a previsão de inclusão de novos beneficiários no Auxílio Brasil em setembro.
 

Programa foi criado para substituir Bolsa Família O programa foi criado em novembro de 2021, após Bolsonaro extinguir o Bolsa Família —associado às gestões petistas— na tentativa de deixar uma marca própria na área social.
 

Desde então, aliados políticos tentam ampliar o número de beneficiários para alavancar Bolsonaro nas pesquisas eleitorais.
 

A cobertura do programa era de aproximadamente 14,5 milhões em novembro do ano passado, quando o valor médio recebido por família era de R$ 224.
 

Pouco depois, o número de famílias subiu para 18 milhões de famílias, e o valor médio subiu para R$ 409,50 por mês.
 

Em agosto, após a aprovação da PEC, Bolsonaro conseguiu elevar o benefício para R$ 607,88 por mês em média, contemplando 20,2 milhões de domicílios.
 

Apesar de uma melhora no desempenho do presidente, na esteira dos esforços do governo, Lula mantém a dianteira na preferência da população de baixa renda.
 

O petista tem 56% das intenções de votos no primeiro turno entre pessoas que recebem o Auxílio Brasil ou moram com alguém que é beneficiário do programa, segundo pesquisa Datafolha. Bolsonaro tem 28% entre esses eleitores. No fim de maio, o presidente tinha 20%, contra 59% de Lula.
 

Apesar de a pesquisa Datafolha divulgada em 18 de agosto não ter captado ganhos expressivos de Bolsonaro nessa fatia do eleitorado, uma ala de aliados de Lula avalia que o atual presidente ainda pode lucrar com o efeito da concessão do benefício.
 

A campanha petista busca neutralizar o crescimento do chefe do Executivo nesse segmento, ressaltando o que é apontado como caráter eleitoreiro do aumento do Auxílio Brasil, promovido por Bolsonaro apenas até o fim do ano.
 

Nesse sentido, aliados de Lula têm batido na tecla de que a proposta de Orçamento para 2023 foi enviada prevendo apenas o pagamento média de R$ 405, apesar das promessas do presidente de manter o piso de R$ 600.
 

Em outra frente, o QG de Bolsonaro admite que a aprovação do novo pacote chegou tarde. Aliados do presidente avaliam que a iniciativa será decisiva para que ele cresça nas intenções de voto, mas reconhece a dificuldade de obter os dividendos eleitorais antes do primeiro turno.
 

Pesquisas feitas à época do pagamento do auxílio emergencial, por exemplo, mostraram que Bolsonaro só atingiu o ápice da popularidade no quarto mês de pagamento do benefício, que na primeira rodada podia chegar a R$ 1.800 por família.
 

Caso esse cenário se repita, a tendência é que os pagamentos turbinados do Auxílio Brasil só tenham efeito pleno entre o primeiro e o segundo turno das eleições, segundo a campanha do presidente.

Cientista político acredita que eleição de 2022 tende a ser marcada por atos de violência

Passada uma semana do início dos atos de campanha e propaganda eleitoral paga e regulamentada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o cientista político Jorge Almeida apontou que devemos ter o período eleitoral mais violento da história. Ao Bahia Notícias, Jorge indicou que existe a “tendência de violência nesta campanha”. 

“Eu acho que há uma tendência de violência nesta campanha. É difícil dizer até que ponto vai. Tem uma parte de apoiadores fanatizados que agem por conta própria. Independente do que seja organizado pela candidatura, uma parte pode agir por conta própria, incentivado pela candidatura. Ele incentivou antes das eleições e durante os quatro anos. A população está mais armada, é o eleitorado bolsonarista, acho que há uma certa tensão grande”, opinou o cientista. 

Para Almeida, as pesquisas podem ser um termômetro do acirramento no pleito. Além disso, o cientista acredita que Bolsonaro pode não aceitar o resultado em caso de derrota. “Ele não irá tirar essa possibilidade da cabeça. Mas, não existem condições políticas para que isso aconteça. Ele perdeu certo apoio. Perdeu apoio do empresariado, judiciário, apesar de ter aumentado o apoio no Congresso. Mas essa base dificilmente deve encarar isso de golpe militar. A maioria do Congresso quer tentar, seja qual for o presidente eleito, manter uma certa tutela”, disse. 

“Existem semelhanças e diferenças. São os mesmos blocos políticos em disputa, mas, desta vez, o candidato é o principal candidato [Lula], que estava impedido de disputar. Antes, Bolsonaro era um desafiante e não tinha passado por teste de governo. O governo do PT tinha a imagem desgastada, com Bolsonaro capitalizando muito o eleitorado insatisfeito e o voto negativo. Desta vez, grande parte deste voto, deve votar contra Bolsonaro”, sinalizou. 

Para o especialista, outro fenômeno que deve ter importância maior são as redes sociais. “É uma tendência geral. As pessoas estão acessando mais, mais celulares. As pessoas assistem menos televisão no horário normal. Apesar disso, acho que terá um maior equilíbrio nas redes sociais. O papel das redes não será, mas o impacto da utilização unilateral irá diminui”, apontou. 

“Há uma polarização política maior ainda que o anterior, por conta de ser um governo de instabilidade permanente, agressividade, o que acaba mobilizando uma polarização de grande parte do eleitorado, que tende a se motivar no processo de campanha”, disse. 

IMPACTO NA BAHIA

O cientista acredita que o cenário nacional tem, como regra geral, uma tendência em impactar nas eleições. Mas, segundo Jorge Almeida, o fenômeno nem sempre ocorre, já que em 2002, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) venceu nacionalmente e Paulo Souto saiu eleito das urnas na Bahia, além de em 2018, qunado Bolsonaro (PL) venceu e Rui Costa (PT) foi vitorioso no estado. 

“Roma vai procurar capitalizar, por conta da identificação nacional. Bolsonaro tem pelo menos 20% do eleitorado e ele vai trabalhar para capitalizar. Jerônimo tende a crescer com a candidatura de Lula. A tendência é de crescimento, pela máquina e a identificação explícita. Antes, todo tipo de ações já foram feitas, exceto apresentar números”, disse.

Para Jorge, quem mais se favorece do cenário nacional é Jerônimo Rodrigues (PT). O cientista reforçou que a isenção em apoio federal, feito por ACM Neto, é uma repetição da estratégia de seu avô, o ex-senador ACM. “Ele tinha rompido com FHC, formalmente apoiou Ciro Gomes, mas fingiu que apoiou. Eles fingiram que apoiaram e surfaram na dobradinha espontânea de Paulo Souto com Lula”, indicou. 

“Desta vez deve acontecer uma coisa semelhante. Neto está tentando fazer algo semelhante, tem a candidatura do União Brasil, candidatura pró-forma, ele vai fingir que vai apoiar. Evidente que tem algumas identificação mais clara, mas outros vão deixar as coisas rolarem, principalmente no Nordeste, que tem um eleitorado pró-Lula”, apontou.

Homens representam 70% das candidaturas do Partido da Mulher Brasileira na Bahia

O Partido da Mulher Brasileira (PMB) oficializou a candidatura de 55 nomes para as eleições proporcionais de 2022 na Bahia. Diferente do que o nome da legenda sugere, apenas 17 mulheres vão buscar vagas na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) e na Câmara dos Deputados. O levantamento foi feito pelo Bahia Notícias com dados da plataforma de divulgação de candidaturas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e considerou a declaração de gênero de cada candidato no sistema da Justiça Eleitoral.

No caso das candidaturas para o cargo de deputado (a) estadual, o partido colocou na disputa 15 nomes no total, sendo cinco mulheres, número que representa 33% das candidaturas. São elas: Aline Sena; Ayssa Yasmin; Luziane Pereira; Madalena Moura e Erlane Santos. Os demais candidatos que buscam uma cadeira na AL-BA são homens. Entre eles estão Alexandre Guerra; Carlos Barbosa; Gilvan Vasco; Itamar Alves; Ivo Mandella; Julio Cezar dos Santos; Luiz Alberto Gugu; Pastor Almir; Wadson Lima e Walter Civil.

Já entre as candidaturas para deputados federais, são 40 nomes ao todo, sendo 12 mulheres. Assim como as candidaturas para deputado estadual, o partido se reservou a bater a cota de candidaturas femininas imposta pelo TSE, que é de 30%. As mulheres que buscam chegar à Câmara dos Deputados pelo Partido da Mulher Brasileira são: Adriana de Jesus; Bispa Sara; Cris Nascimento; Emile Guerra; Esmeralda Soares; Jackie Tequila; Jaqueline Souza; Jernale dos Santos; Jocelma Camilo; Pastora Neide Carioca; Rose Santos e Valdilene Santos. Os demais 27 nomes são de homens que disputam o pleito pelo PMB.

O Bahia Notícias entrou em contato com o presidente do Partido da Mulher Brasileira na Bahia, Vanderlei Santos, para mais detalhes e explicações sobre os números mas não obteve sucesso.

O PMB da Bahia também tem uma mulher que disputa a eleição em chapa majoritária. É o caso de Leonidia Umbelina, vice de João Roma (PL) que concorre ao lado do ex-ministro da Cidadania ao governo do Estado. Ela é presidente do partido em Feira de Santana e missionária evangélica. Leonidia foi anunciada como vice no dia 22 de julho, durante a convenção do PL que sacramentou a candidatura de Roma ao Palácio de Ondina (leia mais aqui).

O PMB foi fundado em 2008, elegeu 46 vereadores e uma prefeita nas eleições municipais de 2020. Conquistou o registro no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) em 2015 e atualmente tem 48.630 filiados.

O QUE DIZ A JUSTIÇA

No final de junho deste ano o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) reafirmou que o percentual mínimo de 30% de candidaturas femininas nas eleições proporcionais deve ser cumprido de modo independente por cada legenda, inclusive de uma mesma federação partidária. À época, O TSE julgou uma consulta feita pela federação composta por PT, PCdoB e PV. Os partidos chegaram a questionar se o percentual de 30% poderia ser cumprido pela federação como um todo, sem que cada sigla cumprisse a regra individualmente.

Pela resposta aprovada pelo plenário do TSE, o tema já havia sido respondido em resolução aprovada em dezembro, na qual consta expressamente que na “eleição proporcional, o percentual mínimo de candidaturas por gênero deverá ser atendido tanto globalmente, na lista da federação, quanto por cada partido, nas indicações que fizer para compor a lista”.

Em abril deste ano o Congresso Nacional também promulgou uma Emenda Constitucional que obriga os partidos políticos a destinar no mínimo 30% dos recursos públicos para campanha eleitoral às candidaturas femininas. A distribuição deve ser proporcional ao número de candidatas. A cota vale tanto para o Fundo Especial de Financiamento de Campanha – mais conhecido como Fundo Eleitoral – como para recursos do Fundo Partidário direcionados a campanhas. Os partidos também devem reservar no mínimo 30% do tempo de propaganda gratuita no rádio e na televisão às mulheres. As informações são da própria agência da Câmara.

Bolsonaro amplia vantagem entre evangélicos; Lula tem o dobro entre católicos

O presidente Jair Bolsonaro (PL) ampliou de 10 para 17 pontos percentuais sua vantagem sobre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) entre os evangélicos, aponta pesquisa Datafolha realizada de terça (16) a quinta-feira (18).

Nesse grupo religioso, o atual mandatário saltou de 43% para 49% das intenções de voto no último mês, enquanto o petista flutuou negativamente de 33% para 32%.

Entre os católicos, a variação entre as duas últimas rodadas não foi significativa. Lula continua liderando com quase o dobro das intenções de voto (52%) do principal rival, que oscilou positivamente, de 25% para 27%. Abaixo, é possível ver a evolução dos dois candidatos desde maio.

No Brasil, 50% do eleitorado se declara católico, e 27%, evangélico, também segundo o Datafolha. Outras religiões não foram consideradas na comparação porque as bases de dados são muito pequenas.

A última pesquisa foi feita com 5.744 eleitores acima dos 16 anos em 281 cidades. Ela foi contratada pela Folha e pela TV Globo e está registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sob o número BR-09404/2022.

Nesta análise foi considerada a pergunta estimulada, ou seja, em que os candidatos são nominalmente apresentados ao entrevistado. A margem de erro total do levantamento é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. Entre os evangélicos, ela muda para três pontos.

Dupla Simone e Simaria chega ao fim após 10 anos de carreira

A dupla Simone e Simaria anunciaram neste quinta-feira (18), por meio das redes sociais, o encerramento da parceria musical. No comunicado, as artistas informam que, a partir de agora, ambas vão seguir em carreira solo. 


Além disso, os todos shows contratados até está quinta, serão cumpridos apenas por Simone. As duas agradecem a todos pela compreensão e esclarecem que “essa pausa se fez necessária para definição dos próximos passos de suas carreiras”.

“Me afastei temporariamente dos palcos para cuidar dos meus filhos e da minha condição vocal. Sigo cumprindo meus compromissos de publicidade e planejando os próximos passos da minha carreira artística”, escreveu Simaria. 

Simone completa: “A minha vontade de estar nos palcos é imensa e preciso fazer aquilo que amo! Seguirei cantando e levando toda a minha alegria e amor para todos os fãs de todo o Brasil. Em breve estarei de volta aos palcos e conto com o apoio, carinho e energia de vocês nessa minha nova trajetória”.

Taxa de desemprego cai em 22 estados no segundo trimestre

Em um contexto de retomada de atividades econômicas, a taxa de desemprego teve queda em 22 estados no segundo trimestre, frente aos três meses anteriores, informou nesta sexta-feira (12) o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
 

Houve estabilidade nas outras cinco unidades da federação, de acordo com a Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua).
 

As reduções mais intensas, de mais de 3 pontos percentuais, ocorreram no Tocantins (de 9,3% para 5,5%), em Pernambuco (de 17% para 13,6%) e em Alagoas (de 14,2% para 11,1%).
 

Em São Paulo, estado mais populoso do país, a taxa de desemprego recuou de 10,8% para 9,2%.
 

Segundo os critérios da pesquisa, Distrito Federal (11,5%), Amapá (11,4%), Ceará (10,4%), Rondônia (5,8%) e Mato Grosso (4,4%) mostraram relativa estabilidade frente ao primeiro trimestre, sem variações estatísticas tão relevantes.
 

Entre abril e junho, as maiores taxas de desemprego foram registradas na Bahia (15,5%), em Pernambuco (13,6%) e em Sergipe (12,7%), na região Nordeste.
 

As menores ficaram localizadas em Santa Catarina (3,9%), Mato Grosso (4,4%) e Mato Grosso do Sul (5,2%), nas regiões Sul e Centro-Oeste.
 

A Pnad considera tanto o mercado de trabalho formal quanto o informal. Ou seja, são avaliados desde empregos com carteira assinada e CNPJ até os populares bicos.
 

No Brasil, a taxa de desemprego recuou para 9,3% no segundo trimestre, conforme dados divulgados pelo IBGE no último dia 29.
 

É o menor patamar para esse período desde 2015. À época, o indicador estava em 8,4%, e a economia atravessava recessão.
 

O número de desempregados no país, por sua vez, diminuiu para 10,1 milhões de abril a junho deste ano, em um contexto de menores restrições a atividades econômicas.
 

Pelas estatísticas oficiais, a população desocupada reúne quem está sem trabalho e segue à procura de novas vagas. Quem não tem emprego e não está buscando oportunidades não entra no cálculo.?
 

RENDA FRAGILIZADA
Adriana Beringuy, coordenadora de trabalho e rendimento do IBGE, avaliou nesta sexta que o aumento da ocupação contribuiu para a queda do desemprego em diferentes recortes, incluindo o geográfico.
 

Porém, a pesquisadora frisou que a renda do trabalho não vem acompanhando essa expansão na mesma velocidade. Vagas com salários menores e o impacto da inflação podem explicar o rendimento fragilizado na média, segundo ela.
 

No Brasil, a renda foi estimada em R$ 2.652 no segundo trimestre, conforme os dados divulgados já no final de julho. É o menor valor para o período na série histórica, iniciada em 2012.
 

Entre as unidades da federação, o Distrito Federal teve o maior rendimento médio no segundo trimestre deste ano, mostram os dados publicados nesta sexta. O valor foi de R$ 4.446.
 

Rio de Janeiro e São Paulo vieram na sequência, com R$ 3.248. Na outra ponta da lista, o Maranhão apareceu com a renda do trabalho mais baixa, estimada em R$ 1.654.
 

O IBGE indicou que somente o Piauí teve avanço estatisticamente significativo frente ao primeiro trimestre de 2022. A alta foi de 8,4% –o indicador pulou de R$ 1.715 para R$ 1.859. As demais unidades da federação apontaram estabilidade nesse recorte.
 

Já na comparação com o segundo trimestre de 2021, sete registraram quedas. As demais, estabilidade. Ou seja, não houve crescimento significativo em nenhum estado ou no Distrito Federal.
 

Em Pernambuco, o rendimento médio caiu 12,8% frente ao segundo trimestre de 2021, para R$ 1.789. Em Sergipe, a baixa foi de 12%, para R$ 1.875. A dupla mostrou as maiores perdas relativas.
 
“O rendimento não vem apresentando uma expansão em termos reais”, disse Beringuy.
 

A Pnad também sinalizou que, enquanto as taxas de desemprego dos homens (7,5%) e das pessoas brancas (7,3%) ficaram abaixo da média nacional (9,3%), os índices das mulheres (11,6%) e das pessoas pretas (11,3%) e pardas (10,8%) continuaram mais altos no segundo trimestre deste ano.

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