Gael e Theo são os nomes de bebês mais registrados de 2023 na Bahia

O nome mais registrado em certidões de nascimento na Bahia neste ano foi Gael. Foram 2.265 bebês baianinhos que receberam este nome em 2023. O dado foi divulgado na última terça-feira (19) pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil).

O ranking dos novos baianos tem em segundo lugar Theo, com 1.732 registros e em terceiro Heitor, com 1.687 nascimentos. Na quarta posição aparece “Miguel” com 1.686 casos, na quinta Arthur com 1.458, na sexta Anthony com 1.425, na sétima Ravi com 1.420, na oitava vem Helena com 1.337, na nona Maria Alice com 1.258 e Laura com 1.174.

Abaixo veja os números de nascimentos com os nomes mais escolhidos no país, seja geral, além de masculinos e femininos.

Ranking Nacional dos dez nomes mais registrados em 2023

1º Miguel – 25.216 registros
2º Helena – 23.132 registros
3º Gael – 22.478 registros
4º Theo – 19.864 registros
5º Arthur – 19.838 registros
6º Heitor – 19.744 registros
7º Maria Alice – 19.270 registros
8º Alice – 17.605 registros
9º Davi – 17.067 registros
10º Laura – 16.823 registros

Ranking Nacional dos dez nomes masculinos mais registrados em 2023

1º Miguel – 25.216 registros
2º Gael – 22.478 registros
3º Theo – 19.864 registros
4º Arthur – 19.838 registros
5º Heitor – 19.744 registros
6º Davi – 17.067 registros
7º Ravi – 16.369 registros
8º Samuel – 15.415 registros
9º Bernardo – 15.402 registros
10º Noah – 14.673 registros

Ranking Nacional dos dez nomes femininos mais registrados em 2023

1º Helena – 23.132 registros
2º Maria Alice – 19.270 registros
3º Alice – 17.605 registros
4º Laura – 16.823 registros
5º Cecília – 15.072 registros
6º Maria Cecília – 14.186 registros
7º Maite – 13.756 registros
8º Heloísa – 10.297 registros
9º Maria Clara – 10.127 registros
10º Antonella – 10.013 registros

Justiça bloqueia R$ 101 milhões do “Jogo do Aviãozinho” divulgado por famosos

Completar 18 anos já foi sinônimo de “fazer coisas de adulto”, isto é poder tirar a carteira de motorista, comprar bebida alcoólica… Porém, de alguns meses para cá, ser maior de idade passou a ser carta de entrada para um mundo perigoso, o dos jogos online.

Depois de uma grande exposição sobre o “Jogo do Tigrinho”, a plataforma Blaze, conhecida pelo “Jogo do Aviãozinho” está sendo investigada e teve mais de R$ 100 milhões bloqueados pela Justiça.

De acordo com o Fantástico, a polícia reuniu indícios de que apostadores não recebiam os prêmios prometidos pela plataforma e amplamente divulgados pelas celebridades.

A investigação foi iniciada após denúncias de apostadores que afirmavam que não recebiam o valor prometido pela plataforma.

Assim como o “Jogo do Tigrinho”, o “Jogo do Aviãozinho” é ilegal no país. A dinâmica online consiste em apostar um valor e esperar o aviãozinho subir, conforme o avião aumenta, o valor da premiação também sobe, e o apostador precisa decidir a hora de parar o voo. Se a palavra Crashed aparecer, a aposta está perdida e todo o valor fica para a plataforma.

“Eu cheguei a ganhar muito dinheiro, mais de R$ 100 mil. Eu consegui sacar R$ 20 mil. O resto ficou tudo lá ficou lá. E era uma manipulação atrás da outra”, disse uma das vítimas para o Fantástico.

A Justiça já tinha determinado que o site fosse retirado do ar, mas a ordem judicial não fez efeito. Um novo site para hospedar o jogo foi criado e a busca pelo aviãozinho aumentou com a divulgação dos blogueiros na web.

“Teve um dia que eu vi que estava pagando bastante, eu falei: ‘vou colocar um valor de R$ 2.800 na plataforma’. Eu tive um retorno de 98 mil. Quando eu fui tentar realizar o saque desses R$ 98 mil, eles colocaram que eu fraudei a plataforma e tiraram o dinheiro da minha conta”, contou outra vítima.

De acordo com o Fantástico, a polícia reuniu indícios de que apostadores não recebiam os prêmios prometidos pela plataforma e amplamente divulgados pelas celebridades.

A investigação foi iniciada após denúncias de apostadores que afirmavam que não recebiam o valor prometido pela plataforma.

Assim como o “Jogo do Tigrinho”, o “Jogo do Aviãozinho” é ilegal no país. A dinâmica online consiste em apostar um valor e esperar o aviãozinho subir, conforme o avião aumenta, o valor da premiação também sobe, e o apostador precisa decidir a hora de parar o voo. Se a palavra Crashed aparecer, a aposta está perdida e todo o valor fica para a plataforma.

“Eu cheguei a ganhar muito dinheiro, mais de R$ 100 mil. Eu consegui sacar R$ 20 mil. O resto ficou tudo lá ficou lá. E era uma manipulação atrás da outra”, disse uma das vítimas para o Fantástico.

A Justiça já tinha determinado que o site fosse retirado do ar, mas a ordem judicial não fez efeito. Um novo site para hospedar o jogo foi criado e a busca pelo aviãozinho aumentou com a divulgação dos blogueiros na web.

“Teve um dia que eu vi que estava pagando bastante, eu falei: ‘vou colocar um valor de R$ 2.800 na plataforma’. Eu tive um retorno de 98 mil. Quando eu fui tentar realizar o saque desses R$ 98 mil, eles colocaram que eu fraudei a plataforma e tiraram o dinheiro da minha conta”, contou outra vítima.

A Blaze, responsável pelo jogo, não tem sede nem representantes legais no Brasil. A sede da empresa fica localizada em Curaçao, o que dificulta o trabalho da polícia brasileira. O Ministério Público de São Paulo pediu o arquivamento do inquérito e um juiz revogou a decisão de bloqueio do site.

Bill Gates elogia SUS e Bolsa Família e diz que o mundo pode aprender com o Brasil

O bilionário Bill Gates, fundador da Microsoft e um dos maiores filantropos da atualidade, teceu elogios ao SUS (Sistema Único de Saúde) e ao programa Bolsa Família e afirmou que o resto do mundo pode aprender muito com o Brasil.

Os comentários foram publicados em suas páginas nas redes sociais. “Nenhum país é perfeito, mas o Brasil é a prova do que acontece quando um país investe estrategicamente no cuidado com os mais vulneráveis: o retorno tende a ser abrangente e transformador”, escreveu no Instagram, onde também postou um gráfico sobre a queda na mortalidade infantil a partir do aumento de investimentos na saúde. 

No Facebook, Gates escreveu que é um admirador das belezas naturais, da música brasileira —ele inclusive postou uma playlist com sucessos de Gilberto Gil, Caetano Veloso, Elza Soares, Roberto Carlos, Anitta, Melim, entre outros— e dos muitos avanços do país na saúde pública. 

“Eu sempre fui fã do Brasil. Mas foi só quando comecei a trabalhar em saúde pública que comecei a apreciar o quão impressionante é o histórico do país nessa área —e o quanto o resto do mundo poderia aprender com isso”, postou. 

Os comentários foram publicados horas depois de Gates divulgar em seu blog um texto e um vídeo dedicados às lições do Brasil na área da saúde. 

“Em aproximadamente três décadas, o Brasil reduziu a mortalidade materna em quase 60%, diminuiu a mortalidade infantil de menores de cinco anos em 75% —superando em muito as tendências globais— e aumentou a expectativa de vida em quase uma década”, destacou o codiretor da Fundação Bill e Melinda Gates. 

A mudança começou no fim dos anos 80, com a criação do SUS, lembrou. “Mas garantir assistência médica é uma coisa. Financiá-la é outra coisa —e garantir que ela chegue às pessoas que mais precisam é algo completamente diferente”, continuou, ressaltando em seguida a importância dos agentes comunitários de saúde. 

“Hoje, o Brasil tem mais de 286 mil agentes comunitários de saúde que atendem quase dois terços da população —quase 160 milhões de pessoas. Cada um visita cerca de 100 a 150 residências por mês, oferecendo orientação sobre saúde e higiene, defendendo cuidados preventivos, fazendo acompanhamento após consultas médicas, coletando dados socioeconômicos e ajudando as pessoas a navegar por outros serviços governamentais”, escreveu Gates. 

O empresário enfatizou também o programa Bolsa Família e seu impacto na redução da mortalidade infantil no país. Uma pesquisa divulgada em julho pela Folha de S.Paulo mostrou que os programas de transferência de renda, como o Bolsa Família, impediram cerca de 740 mil mortes de crianças abaixo de cinco anos no Brasil, México e Equador, e reduziram em 28% a mortalidade infantil no Brasil entre 2000 e 2019.
 

“É claro que, apesar de todo o progresso feito nas últimas décadas, o Brasil ainda enfrenta desafios. Crises financeiras e orçamentos de austeridade levaram a cortes nos gastos com saúde, por exemplo, e ainda há regiões onde os residentes mais pobres não têm acesso aos agentes comunitários de saúde”, ponderou.

Por fim, ele lembrou que nenhum país é igual a outro e que é difícil replicar exatamente a abordagem brasileira, mas é possível se inspirar nela. 

“Se o país continuar nesse caminho e continuar fazendo o que já fez bem, e se outros países seguirem —ou simplesmente traçarem seus próprios caminhos com o Brasil em mente— teremos um mundo mais saudável.”

Presidente do Senado quer pautar fim da reeleição no Executivo no começo de 2024

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que propõe o fim da reeleição para cargos do Executivo no país deve ser pautada no início do ano que vem, afirmou o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), durante entrevista em Dubai, nos Emirados Árabes, onde acontece a 28ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP28). O senador disse ainda que esta é uma promessa de campanha que o fez exercer o cargo de chefe da Casa Legislativa.

Com uma possível mudança, o mandato seria um ano maior do que o atual, chegando a cinco anos. Atualmente, só é possível se reeleger uma vez em cargos dos Executivos Federal, Estadual, Distrital e Municipal, ao contrário dos cargos do Legislativo, em que não há limite para reeleição.

Da primeira eleição presidencial em que um candidato disputou a reeleição, em 1998, até os dias atuais, Jair Bolsonaro (PL) foi o único que não conseguiu um segundo mandato consecutivo, em 2022. Fernando Henrique Cardoso, na época no PSDB, em 1998; Lula (PT), em 2006; e Dilma Rousseff, na época no PT, em 2014, eram chefes do Executivo Federal quando venceram os pleitos.

Na Bahia, o único governador que não conseguiu a reeleição foi Paulo Souto (União Brasil), na época no antigo PFL, que perdeu o pleito para Jaques Wagner (PT), em 2006. Foram reeleitos o próprio Wagner, em 2010, e Rui Costa (PT), em 2018.

Já nas eleições municipais de Serrinha, apenas dois candidatos à reeleição venceram os pleitos em toda a história: Osni Cardoso (PT), em 2012, e o atual gestor Adriano Lima (PP), em 2020.

Golpes de sites e emails falsos de Black Friday triplicaram desde outubro; veja como evitar

Por Pedro S. Teixeira | Folhapress

Dois a cada três consumidores brasileiros pretendem ir às compras na Black Friday atrás de boas ofertas, de acordo com dados do Google. Nos últimos novembros, estelionatários têm surfado nessa onda para enganar pessoas na internet. 

O site falso ‘Loja Estoque Brasil, por exemplo, colocou um grande banner genérico com anúncios de descontos de até 30%. No catálogo do portal, é possível encontrar uma caixa de som JBL Boombox, vendida em geral a preços por volta de R$ 2.000, por R$ 247,99. 

Sozinho, o desconto de 88% gera desconfiança. Ao rolar a página até o fim, o comprador ainda pode encontrar outros indícios preocupantes: o email de contato “supore@estoquedobrasi.com” (sem “t”) e o endereço “Rua Alameda, 123 Bairro Santo André, São Paulo.” 

Reclamações na rede social Reddit e no portal de queixas de consumidores Reclame Aqui corroboram as suspeitas. Neste último, há 12 reclamações no último mês –todas sem resposta.

Relatório da empresa de cibersegurança Kaspersky mostra que o caso da Loja Estoque Brasil é um entre muitos. O documento mostra aumento de três vezes nos sites falsos usando o termo “Black Friday” desde outubro. Esses ataques são chamados por especialistas de phishing, em referência à palavra pescaria em inglês, já que os cibercriminosos usam algum tema de interesse como isca. 

Os sites e emails falsos são a tática mais adotada no Brasil por estelionatários para aplicar golpes. Nos primeiros dez meses de 2023, a Kaspersky identificou e bloqueou mais de 30 milhões de ataques de phishing voltados a compras online, sistemas de pagamento e instituições bancárias. 

Itens de alta procura na data, como eletrônicos, são iscas recorrentes em golpes na Black Friday. A Kaspersky encontrou 2,8 milhões de ataques de phishing de janeiro a outubro de 2023 só com menções a iPhones e outros produtos e serviços da Apple. Outra variação de golpe é direcionada aos gamers de console com ofertas de jogos, mas que no fim, só servem para deixar os jogadores com os bolsos vazios. 

Embora pareça um esquema grosseiro, esse golpe é recorrente porque funciona, dizem os especialistas em segurança ouvidos pela reportagem.

As plataformas de comércio eletrônico foram usadas como disfarce em 43,5% das mensagens falsas.
 

Os estabelecimentos golpistas podem aparecer em marketplaces, como Google Shopping, Amazon e Mercado Livre. Por isso, o consumidor precisa se proteger conferindo qual a loja responsável pela venda, já que muitas vezes a plataforma não faz a venda diretamente.
 

Esses sites, em geral, têm protocolos de atendimento para contornar calotes e desacordos entre as partes envolvidas na negociação, mas o responsável por efetuar estornos ou resolver problemas de entrega é o vendedor.
 

Especialistas aconselham que as pessoas verifiquem o histórico das lojas no Google e em sites de queixa como o Reclame Aqui. Do lado das plataformas, há incentivos para denunciar os vendedores de má conduta –desde fraudes a problemas de atendimento.
 

O diretor da área de fraude e risco da empresa de pagamento Pomelo, Gilmar Magi, recomenda que as pessoas prefiram fazer pagamento via cartão de crédito ou débito, uma vez que é possível contestar a operação. “O cliente pode ligar para o banco emissor, informar o problema, uma entrega que nunca aconteceu, por exemplo, e iniciar uma disputa sobre a validade dessa transação.” 

No caso do Pix, os bancos têm sistemas para indicar transferências com maior risco de fraude para alertar o cliente. Há chances menores do que no cartão, mas é possível solicitar estorno dos valores, caso a fraude seja comprovada. O pagamento via boleto, por sua vez, não é ressarcido, segundo Magi.

O cliente também deve preferir gerar cartões virtuais para realizar compras na internet. Nessa modalidade, o banco gera dados para pagamento usados somente naquela compra, o que diminui a chance de vazamento de dados sensíveis. 

Ainda antes disso, o consumidor deve checar o nome do site com cuidado. Segundo a Febraban (Federação Brasileira de Bancos), criminosos também clonam sites de varejistas famosos para induzir os consumidores ao erro, colocando uma letra a mais no endereço do site, que muitas vezes fica imperceptível para o cliente ou ainda trocando, por exemplo, uma letra “o” pelo número “0”.

Vice-presidente da Claro alerta que obra em praia no Ceará pode danificar cabos ópticos e paralisar internet no Brasil

Imagem: Vismar UK/Shutterstock

“A internet no Brasil vai parar!”. O categórico alerta foi feito neste fim de semana pelo vice-presidente da Claro, Fábio Andrade. Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, o executivo chamou a atenção para o risco que a obra de construção de uma usina de dessalinização na Praia do Futuro, em Fortaleza, no Ceará, representa para a conectividade brasileira. 

O projeto da usina no litoral da capital cearense pertence à Cagece (Companhia de Água e Esgoto do Estado do Ceará), e encontra-se atualmente no estágio de Estudo de Impacto Ambiental/Relatório de Impacto Ambiental (EIA/Rima). A Companhia afirma que serão investidos mais de R$ 520 milhões nas obras que estão programadas para ser iniciadas ainda no primeiro trimestre de 2024, com previsão de beneficiar 720 mil pessoas em Fortaleza.

A queixa das empresas de telecomunicações é pelo local onde a usina será construída, a poucos quarteirões da praia e bem próximo a 17 cabos submarinos de internet que trazem para o Brasil 99% da conexão internacional de dados com Estados Unidos, Europa e África. De acordo com o Ministério das Comunicações, Fortaleza é o segundo maior hub de cabos de fibra óptica do mundo.

À Folha de São Paulo, o vice-presidente da Claro, Fábio Andrade, destacou que a própria Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) já se manifestou e determinou que os dutos da usina fiquem a, no mínimo, 500 metros dos cabos submarinos. Antes, o projeto original estabelecia apenas 50 metros. Entretanto, mesmo com a distância de 500 metros, a vibração a partir do bombeamento da água do mar, segundo Andrade, pode levar ao rompimento dos cabos, o que derrubaria a internet em quase todo o Brasil.

O presidente da Companhia de Água e Esgoto do Estado do Ceará, Neuri Freitas, disse recentemente que a preocupação das empresas de telecomunicações é um “medo abstrato”. Segundo o gestor da companhia responsável pela obra, as modernas tecnologias atuais permitem que haja a mitigação dos riscos.

“Particularmente acho que esse medo deles é um medo abstrato, que eles não têm estudos para isso. Percebo que eles estão usando uma reserva de mercado, eles não querem nenhuma outra infraestrutura para a Praia do Futuro, só a deles. À medida que coloco uma planta de dessalinização lá, segundo eles, vai estar tirando espaço para chegar mais cabos, para qualquer outra situação deles, então vejo uma privatização da praia no formato que eles querem”, argumentou Neuri Freitas.

O vice-presidente da Claro, Fábio Andrade, discorda dessa posição e diz que o problema do risco aos cabos ópticos vai além. Para ele, mesmo que a instalação ocorra a no mínimo 500 metros, a conexão pode ser afetada no futuro. Isso porque as empresas de telecomunicações projetam que o número de cabos deve dobrar em três anos, com o aumento da demanda por internet no país. Para Fábio Andrade, portanto, a instalação da usina deveria ser feita em uma distância de, no mínimo, mil metros da praia.

O ministro das Comunicações, Juscelino Filho, vem mantendo seguidos contatos com o governador do Ceará, Elmano de Freitas (PT), para buscar soluções em relação à construção da usina. O ministro vem buscando construir o que chama de “uma solução segura”, que preserve a chegada dos cabos que representam cerca de 99% do tráfego de dados brasileiros, e que ao mesmo tempo não prejudique a intenção do governo cearense de garantir abastecimento de água no futuro para os moradores de Fortaleza.

Imagem: Vismar UK/Shutterstock

Noiva se casa dentro de hospital para mãe internada poder participar de cerimônia

Por G1 |

O sonho da pedagoga Bruna Karoline Viana, de 23 anos, era ter a mãe, que está internada em um hospital particular de Macapá, presente no casamento. Com muito esforço e o auxílio da unidade de saúde, esse desejo foi realizado na última segunda-feira (13).

Bruna casou-se com o advogado e assessor da Defensoria Pública do Amapá (DPE-AP), Kupper Souza Viana, de 28 anos. O casal começou a namorar há dois anos e ficou noivo no dia 1º de janeiro deste ano.

Por conta do quadro de saúde da mãe de Bruna, de 53 anos, o casal decidiu antecipar a cerimônia, que seria realizada em dezembro deste ano.

“A gente havia planejado o casamento para dezembro, só que a minha mãe se internou em junho e nunca mais saiu do hospital. Era um sonho da minha mãe me ver casar e participar desse momento. Mediante alguns laudos dela e a internação por tempo indeterminado, tivemos a conversa sobre”, disse Bruna.

O noivo aceitou a ideia e o casal pôde conversar com o setor de assistência social do hospital, que os orientou a escrever uma carta fazendo o pedido. Após a autorização, um cartório foi comunicado e também aceitou a realização do matrimônio dentro da unidade de saúde.

“Quando entreguei a carta, foram menos de 24h para me darem a resposta positiva. O hospital orientou a fazer a cerimônia em um dos espaços mais próximos da UTI pra poder ter assistência rápida, se fosse necessário. Ela gostou muito”, descreveu a pedagoga.

A mãe de Bruna foi transferida na terça-feira (14) para uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e tem o quadro de saúde considerado delicado.

Grupo de resgatados da Faixa de Gaza chega a Brasília

Os brasileiros e parentes repatriados da Faixa de Gaza já estão em Brasília. O avião VC-2 trazendo os 32 resgatados pousou às 23h24 na Base Aérea. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu o grupo nesse retorno ao Brasil.

Os repatriados aguardavam há mais de um mês para deixar a região do conflito entre Israel e Hamas. “Agradecemos muito do fundo do coração a todos que ajudaram a gente a chegar aqui. Não estou acreditando ainda que estou aqui, que estou viva”, disse a jovem Shahed Al-Banna, de 18 anos.

O grupo ficará hospedado por, pelo menos, dois dias no Hotel de Trânsito de Oficiais, na Base Aérea. Eles receberão apoio psicológico, cuidados médicos e imunização.

Depois desse período, o grupo vai se dividir Brasil afora. Vinte e quatro pessoas irão para São Paulo, sendo que 12 ficarão na casa de parentes e outros 12 em um abrigo especializado em acolhimento de refugiados no interior do estado. Quatro ficarão em Brasília, dois seguirão para Florianópolis (SC), um irá para Cuiabá (MT) e outro para Novo Hamburgo (RS).

Ao chegarem ao Brasil, também será feita a regularização migratória, pela Polícia Federal, e a emissão de outros documentos que permitam o acesso a serviços públicos e ao emprego.

Das 32 pessoas, 22 são brasileiros, sete são palestinos naturalizados brasileiros e três são palestinos parentes próximos de brasileiros. No total, são 17 crianças, nove mulheres e seis homens.

RESGATES

Este é o décimo voo de resgate da Operação Voltando em Paz, liderada pelo governo federal para repatriação de brasileiros em áreas de conflito no Oriente Médio.

Desde o início da guerra entre Israel e Hamas, o Brasil resgatou 1.477 pessoas e 53 animais domésticos. Os primeiros resgatados desembarcaram no Brasil em 11 de outubro. Do total, foram 1.462 brasileiros, 11 palestinos, três bolivianas e uma jordaniana. O grupo que chegou nesta segunda-feira, no entanto, é o primeiro que estava em Gaza, região onde se concentra a maior parte do conflito.

Os outros voos da Operação Voltando em Paz partiram de Tel Aviv, em Israel, de onde saiu a maioria dos resgates, e de Amã, na Jordânia, com brasileiros que estavam em Israel e no território palestino da Cisjordânia.

Os brasileiros que chegam hoje cruzaram a fronteira da Faixa de Gaza com o Egito, pelo Portal de Rafah, no último domingo (12), após serem contemplados na sétima lista de autorização da saída de estrangeiros de Gaza.

Eles chegaram ao Cairo no período da noite, onde foram recepcionados por equipes médicas e de psicólogos. Eles jantaram, dormiram e tomaram café da manhã nesta segunda-feira (13), antes de embarcarem para o Brasil. O voo fez duas paradas técnicas: uma em Las Palmas, na Espanha, e outra na Base Aérea do Recife, já em solo brasileiro.

GUERRA

No dia 7 de outubro, o Hamas, grupo que controla a Faixa de Gaza, lançou um ataque surpresa de mísseis contra Israel e a incursão de combatentes armados por terra, matando civis e militares e fazendo centenas de reféns israelenses e estrangeiros. Em resposta, Israel bombardeou várias infraestruturas do Hamas em Gaza e impôs cerco total ao território, com o corte do abastecimento de água, combustível e energia elétrica.

Os ataques já deixaram milhares de mortos, feridos e desabrigados nos dois territórios, sendo a maior parte em Gaza.

Dengue vai piorar no país em 2024, dizem especialistas

A cidade de São Paulo registrou, até 1º de novembro deste ano, 12.663 casos de dengue. No mesmo período de 2022, foram 11.607 –uma alta de 9%. O número de casos em 2023 já é maior do que a soma de janeiro a dezembro do ano passado, quando houve 11.920 confirmações da doença. 

Outubro de 2023 foi o que mais somou casos novos (256), se observado o mesmo mês desde 2015. 

Na opinião dos infectologistas Júlio Croda, presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, e Carlos Magno Fortaleza, a dengue em 2024 poderá ser maior, inclusive com a ameaça de uma epidemia causada pelo sorotipo 3 —já há o encontro dele no Norte do país. 

“Nós nunca tivemos tantos casos de dengue no período interepidêmico. O El Niño e o aumento da temperatura global vão impactar no vetor. Nós já vimos isso no inverno. O verão, o período epidêmico da doença, será bastante complicado. Poderemos ter um maior número de casos e óbitos do que tivemos ano passado”, diz Croda.

Ele defende um plano de contingência voltado aos estados e municípios para 2024, no sentido de treinar profissionais de saúde para o atendimento a casos graves de dengue, ofertar locais para hidratação, atendimento e de organizar os fluxos de internação no período epidêmico. Segundo o infectologista, a medida é necessária principalmente no Sul do país, onde os serviços de saúde não estão acostumados com este tipo de paciente. 

“Não tínhamos dengue no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. Houve uma expansão do vetor, da sua área geográfica e da expansão da doença. E quando a gente olha a mortalidade e a letalidade por causa da dengue, essas regiões novas de transmissão da doença, no Sul do país, são regiões são mais preocupantes porque não estão acostumadas a ter essas epidemias. A população nunca foi exposta. A chance de ter casos mais graves é maior”, afirma Júlio Croda. 

Duas vacinas contra a dengue foram aprovadas para uso comercial no Brasil –Dengvaxia (Sanofi Pasteur) e Qdenga (Takeda Pharma), mas nenhuma está incorporada ao SUS (Sistema Único de Saúde).

A da Sanofi é para quem já teve dengue. A da Takeda não tem restrições. O imunizante está aprovado para indivíduos de 4 a 60 anos.

A incorporação da vacina ao SUS depende de uma análise da Conitec (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde). 

“Existe uma recomendação da OMS de introduzir essa vacina em crianças e adolescentes de 6 a 16 anos, de 1 a 2 anos antes da faixa etária onde tem maior soroprevalência. A Conitec tá muito lenta em relação a isso. A vacina não vai resolver todos os problemas relativos a essa epidemia, mas é importante a gente ter disponível mais um tipo de estratégia para a população, principalmente as crianças”, esclarece. 

“Se a Conitec recomendar a incorporação dessa vacina, o Ministério da Saúde não terá tempo hábil de fazer essa aquisição e passaremos pelo período epidêmico sem oferecer proteção a crianças e adolescentes”, finaliza. 

Até o dia 1 de novembro deste ano, segundo o Ministério da Saúde, foram registrados 1.638.563 casos de dengue no país. Mesmo faltando dois meses para o fim do ano, o número de casos em 2023 já é maior do que o do ano passado, quando foram registrados um milhão de casos. Só em 2022, foram mais de mil mortes, o ano mais letal da série histórica até então. Este ano, também já chegamos aos mil óbitos.

Por que o Brasil tem a população mais depressiva da América Latina

  • Por Rone Carvalho | BBC News Brasil

Foi a dificuldade para dormir e o constante desânimo que fizeram Maria*, de 60 anos, procurar ajuda médica.

Na consulta, ela descobriu uma doença que nunca imaginou ter, mas que tem se tornado cada vez mais comum nos consultórios brasileiros: a depressão.

“É uma doença que vai te afundando, pois você fica angustiada constantemente. Tanto que você não quer levantar da cama, pois é só dormindo que você não sente nada”, descreve.

Assim como Maria, 300 milhões de pessoas no mundo sofrem de depressão, segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).

Dados do último mapeamento sobre a doença realizado pela OMS apontam que 5,8% da população brasileira sofre de depressão, o equivalente a 11,7 milhões de brasileiros.

Em seguida, aparecem Cuba (5,5%), Barbados (5,4%), Paraguai (5,2%), Bahamas (5,2%), Uruguai (5%) e Chile (5%).

A nível continental, o Brasil aparece atrás apenas dos Estados Unidos, onde segundo a OMS, 5,9% da população sofre de transtornos de depressão.

Um estudo epidemiológico mais recente do Ministério da Saúde revela que nos próximos anos até 15,5% da população brasileira pode sofrer depressão ao menos uma vez ao longo da vida.Uma soma de fatores explica a alta incidência de depressão entre os brasileiros, segundo especialistas ouvidos pela BBC News Brasil:

  • Dificuldade de acesso a tratamento de qualidade na rede pública de saúde;
  • Forte estigma social ainda existente no país em relação aos transtornos mentais;
  • Falta de um protocolo de atendimento para a depressão.

A OMS aponta que o número de pessoas que sofrem de doenças mentais comuns está aumentando no mundo inteiro, principalmente em países de baixa renda.

E alerta que, apesar da depressão atingir pessoas de todas as idades e nível de renda, o risco de alguém ficar deprimido aumenta com a pobreza, o desemprego e com fatos da vida, como a morte de uma pessoa próxima, o fim de um relacionamento, debilitação física ou problemas causados pelo consumo de álcool ou drogas.

Leia a matéria completa clicando aqui.

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