Estudo da Coronavac no Brasil chega à fase final com número mínimo de infectados

O estudo da fase 3 da Coronavac, o imunizante chinês trazido ao país pelo governo de São Paulo, atingiu o número mínimo de voluntários infectados para poder ter a análise de sua eficácia realizada.

A expectativa do Instituto Butantan, patrocinador da pesquisa no país, é de que o Comitê Internacional Independente que acompanha o ensaios divulgue o quão efetiva é a vacina na primeira semana de dezembro.

Se tudo correr bem e ela funcionar, os dados serão enviado imediatamente para a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Se aprovado no prazo expresso esperado pela emergência sanitária, em janeiro haverá 46 milhões de doses compradas da China prontas para serem aplicadas a partir de janeiro.

Se todas forem aplicadas, metade da população do estado pode estar vacinada logo no começo do ano.

Contraíram o novo coronavírus 74 dos 10.800 voluntários até aqui, acima do mínimo de 61 necessários para a chamada abertura do estudo. Agora será feito o cotejamento da evolução da infecção com o fato de eles terem tomado a vacina contra a Covid-19 ou um placebo, algo que nem os pacientes, nem os pesquisadores sabem de antemão.

A partir daí será estipulada a eficácia da vacina em regime preliminar, que permitirá o pedido de registro para uso emergencial na pandemia à Anvisa, que exige no mínimo 50% de cobertura do imunizante.

Nos estudos das fases 1 e 2, feitos com 50 mil pessoas no país de origem da Coronavac, a China, a eficácia superou os 90% – índice semelhante foi divulgado nesta segunda (23) pela sueco-britânica farmacêutica AstraZeneca em seus resultados preliminares da fase 3 no Reino Unido e no Brasil.

Outras duas vacinas, das americanas Pfizer e Moderna, também se mostram altamente eficazes contra a doença, que no Brasil matou quase 170 mil pessoas este ano.

A fase 3 dos estudos da Coronavac na China está prevista para acabar até o fim deste mês, segundo o laboratório Sinovac, que criou o imunizante.

A questão do registro da Coronavac é contenciosa. O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tem criticado o imunizante chinês, que ele vê como um trampolim de popularidade para seu rival João Doria (PSDB), o governador paulista que manda no Butantan.

Na semana retrasada, a suspensão dos estudos da fase 3 da Coronavac gerou polêmica, porque não foi avisada pela Anvisa ao Butantan e dizia respeito a uma morte não relacionada com a vacina em si. Os testes foram retomados em seguida, mas o mal-estar permanece.

No domingo, o Ministério da Saúde relacionou cinco imunizantes que poderá vir a comprar para distribuir no pais – o governo já tem um acordo para a aquisição de 100 milhões de doses da vacina da AstraZeneca, para produção local na Fiocruz. A Coronavac não estava na lista.

Isso gerou contrariedade entre membros do governo paulista, que veem perseguição política contra o imunizante de origem chinesa, que será feito a partir do ano que vem, se for eficaz, no Butantan.

Doria conta agora com o sucesso dos ensaios no Brasil e o registro na China, se a vacina se mostrar mesmo eficiente, para criar um fato consumado e driblar o que considera pressão política de Bolsonaro contra a Coronavac.

Decreto libera estudos sobre a privatização de unidades básicas de saúde

Um decreto publicado nesta terça-feira (27) permite que o Ministério da Economia realize estudos para a inclusão das Unidades Básicas de Saúde (UBS) dentro do Programa de Parcerias de Investimentos da Presidência da República (PPI). O PPI é o programa do governo que trata de privatizações, em projetos que incluem desde ferrovias até empresas públicas.

O texto do decreto 10.530, assinado pelo presidente Jair Bolsonaro e o ministro Paulo Guedes, afirma que a “política de fomento ao setor de atenção primária à saúde” está “qualificada” para participar do PPI. Segundo o decreto, os estudos sobre as UBS devem avaliar “alternativas de parcerias com a iniciativa privada para a construção, a modernização e a operação de Unidades Básicas de Saúde dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios”.

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Bolsonaro cria ‘Estratégia de Desenvolvimento’ do Brasil até 2031; veja metas

Em decreto publicado no Diário Oficial da União desta terça-feira (27), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) instituiu estratégia para atuação dos órgãos públicos no período de 2020 a 2031. Segundo a Secretaria-Geral da Presidência da República, o objetivo é “elevar a qualidade de vida da população brasileira, com redução das desigualdades sociais e regionais”.

A “Estratégia Federal de Desenvolvimento para o Brasil” é dividida em cinco eixos: econômico, institucional, infraestrutura, ambiental e social. Para cada um deles, o Governo traçou diretrizes, orientações e metas para a atuação nos próximos 12 anos.

Entre os desafios previstos no documento, estão ampliar o acesso à educação, melhorar os serviços de saúde, elevar a qualidade ambiental urbana, aumentar a produtividade da economia brasileira, assegurar a preservação da biodiversidade e reduzir a criminalidade.

Algumas das metas traçadas até 2031 são: 
– Aumentar a variação real do PIB per capita de 0,5 para 2,9 (entre 2021 e 2030);

– Aumentar a expectativa de vida dos brasileiros, ao nascer, de 76,3 anos para 78,7;

– Elevar para 95,4% a porcentagem de adolescentes com 16 anos que concluíram o ensino fundamental;

– Diminuir a quantidade de lixões e aterros controlados em operação de 2.402 para zero;

– Reduzir a taxa de mortalidade na infância (menores de 5 anos) de 15 para 8,3 óbitos a cada mil nascidos;

– Diminuir a proporção da população abaixo da linha de pobreza de 7,8 para 4,7%;

O texto prevê que a estratégia considera o Plano Plurianual da União, as Leis de Diretrizes Orçamentárias e as Leis Orçamentárias Anuais, e diz que as ações “serão realizadas de forma alinhada às políticas e aos planos nacionais, setoriais e regionais”. Ainda de acordo com a Secretaria-Geral, a norma busca resolver os problemas do país considerando o desenvolvimento sustentável, “concebido como caminho da prosperidade”.

Motoboy que constrói a casa própria viraliza nas redes sociais após levar ‘bolo’ de amigos

Após levar um “bolo” de amigos que esperava para o ajudar a construir sua casa neste domingo, o motoboy Willian Ramos Navarro, de Belford Roxo, viu uma rede de solidariedade se formar nas redes sociais.

Ele postou uma foto e um relato da situação e recebeu várias promessas de ajuda.

Na postagem, o motoboy contou que tinha combinado com os amigos de fazer a obra, mas que depois de três horas, ninguém apareceu.

Apesar da ausência dos ajudantes, a publicação viralizou e chegaram milhares de incentivos para o William. Até uma vaquinha foi aberta para ajudar na construção.

Até a manhã desta segunda-feira (26), o post recebeu 69 mil curtidas, 10 mil comentários e 65 mil compartilhamentos.

“Quando eu vi já tinha 50 mil compartilhamentos. Sou grato pelas pessoas se comoverem”, disse o motoboy.

As mensagens de apoio e promessas de ajuda chegaram de moradores do Rio e de outras partes do país.

“Manda o endereço aí que eu e o meu marido vamos ajudar, dizia uma mensagem. “Fala o endereço que vou aí. Tô de folga hoje…”, postou outro internauta.

Sem o auxílio dos amigos, Willian Navarro decidiu fazer o serviço sozinho. Durante o trabalho, recebeu a ajuda de um senhor desconhecido, de 70 anos, que foi ajudar na obra.

Sobre os que não apareceram, o motoboy afirmou que esperava mais consideração.

“Já ajudei muita gente sem esperar nada em troca. A gente tem que sempre se colocar no lugar do outro, porque se eu chamei e a pessoa não podia, era só falar, eu não ia ficar triste por isso não”, disse.

A casa fica em Shangri-lá, em Belford Roxo, na Baixada Fluminense. O local ainda não tem asfalto e nem saneamento básico. Há dois anos, o motoboy investe na casa onde irá morar com a namorada Juliana.

Agora, ele espera que a solidariedade que vem recebendo encurte o tempo da obra.

“Meu sonho é a casa própria. A gente sempre morou de aluguel e eu tenho vontade de casar”, disse William.

Lula vira réu na Lava Jato pela quarta vez

O juiz Luiz Antonio Bonat, que herdou a cadeira que era de Sergio Moro como titular da Lava Jato no Paraná, aceitou nesta sexta-feira (23) uma denúncia contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pelo crime de lavagem de dinheiro.

Com a decisão de Bonat, Lula se torna réu na operação pela quarta vez. 

O juiz afirmou que as acusações foram feitas por colaboradores em delações premiadas e que as provas colhidas pela investigação as corroboram. “A denúncia, não obstante, não se escora tão-somente no depoimento de colaboradores, mas igualmente em provas e indícios obtidos de forma autônoma e independente”, escreveu Bonat.

O ex-presidente é acusado pelo Ministério Público Federal de ter recebido propina da empreiteira Odebrecht disfarçada de doação para o Instituto Lula, organização fundada pelo ex-presidente.

Junto com Lula, se tornaram réus o presidente do instituto, Paulo Okamotto, o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci e os ex-executivos da Odebrecht Hilberto Mascarenhas e Alexandrino Alencar.

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Ministério da Saúde está na mira do TCU por suspeita de irregularidades em contrato de compra de testes rápidos

Um contrato para a compra de testes rápidos para detecção de Covid-19 feito pelo Ministério da Saúde está sob a mira do Tribunal de Contas da União. O termo para a aquisição de 10 milhões de kits de reagentes por R$ 133,2 milhões está sob suspeita de irregularides, segundo informações da Diretoria de Integridades do TCU.

O acórdão aprovado na última quarta-feira (21) na Corte tem como base o relatório feito pela Secretaria de Controle Externo da Saúde do TCU, que aponta para diversas mudanças “na especificação do objeto a ser contratado” durante o processo.

A pasta teria ainda ignorado o pedido de reconsideração da licitação, feita pela empresa que ficou em segundo lugar, que alegou direcionamento à instituição vencedora. Alguns membros do Ministério da Saúde sequer foram informados da requisição, de acordo com O Globo.

“Conforme explanado por um dos integrantes da Dinteg (Diretoria de Integridade do Ministério da Saúde), a partir da documentação relacionada à contratação, é possível verificar a existência de indícios de irregularidades na contratação, o que evidencia a falta de planejamento e coordenação por parte do Ministério da Saúde para a aquisição”, diz o relatório do TCU.

O contrato foi assinado em agosto, já pelo atual ministro e general Eduardo Pazuello, que nos últimos dias viu a sua relação com o presidente Jair Bolsonaro estremecida com a polêmica em torno do protocolo para compra da CoronaVac, assinada pelo titular da pasta com o governador de São Paulo, João Dória (PSDB), atual desafeto do líder do Planalto.

Menino de 14 anos pega carro escondido dos pais e morre ao bater de frente em caminhão no MT

Um menino de 14 anos morreu na noite de quarta-feira (21) após pegar o carro escondido dos pais e sofrer um acidente na BR-174, em Pontes e Lacerda, a 487 km de Cuiabá (MT). Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o adolescente estava sozinho no veículo, que foi parar embaixo do caminhão.

O acidente foi por volta de 23h, no km 7, depois da ponte do Rio Guaporé. De acordo com a polícia, o motorista do caminhão afirmou que viu o carro se aproximando na contramão e que tentou evitar a batida.

O carro conduzido pelo menino atingiu o caminhão de frente. O garoto morreu antes de ser socorrido. O motorista do caminhão não se feriu.

A perícia esteve no local do acidente e colheu as primeiras informações. O acidente será investigado pela Polícia Civil, que vai apurar a responsabilidade dos pais do menino e como a vítima teve acesso ao veículo.

Fonte: G1

‘Não será comprada’, diz Bolsonaro nas redes sobre vacina Coronavac

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse nesta quarta-feira (21) que a vacina Coronavac, produzida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, em São Paulo, não será comprada pelo governo federal. A afirmação foi feita em resposta ao comentário de uma pessoa no Facebook.

“Presidente, a China é uma ditadura, não compre essa vacina, por favor. Eu só tenho 17 anos e quero ter um futuro, mas sem interferência da ditadura chinesa”, escreveu o indivíduo. Bolsonaro respondeu: “Não será comprada.”

O comentário sobre a China foi feito em uma publicação de Bolsonaro na rede social sobre a visita do conselheiro de segurança dos Estados Unidos, Robert O’Brien, e representantes da Casa Branca a Brasília. De acordo com o presidente, foram assinados “três acordos que vão intensificar ainda mais nossas relações comerciais e econômicas”.

Obrigatoriedade da vacina
Nesta semana, Bolsonaro afirmou a apoiadores que a vacina contra o novo coronavírus “não será obrigatória e ponto final”, e voltou a criticar o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), que defende a obrigatoriedade da dose. 

“O Programa Nacional da Vacinação, incluindo as vacinas obrigatórias, é de 1975. A lei atual incluiu a questão da pandemia. Mas a lei é bem clara e quem define isso é o Ministério da Saúde. O meu ministro da Saúde [Eduardo Pazuello] já disse, claramente, que não será obrigatório esta vacina e ponto final”, enfatizou o presidente.

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Bolsonaro desviou R$ 7,5 mi de testes de covid a programa de Michelle

O governo Jair Bolsonaro (sem partido) desviou R$ 7,5 milhões doados para a compra de testes rápidos para covid-19 ao programa Pátria Voluntária, coordenado pela primeira-dama, Michelle Bolsonaro.​ As informações são da Folha.

O valor foi doado em março pelo frigorífico Marfrig, um dos maiores do país, ao Ministério da Saúde para a compra de 100 mil testes rápidos do novo coronavírus.

Na ocasião, o Brasil já registrava os primeiros casos de covid-19 e não tinha esse material para seguir a orientação da OMS (Organização das Nações Unidas) de testar em massa a população.

No entanto, os R$ 7,5 milhões não foram aplicados para essa finalidade específica e foram desviados para o Arrecadação Solidária, vinculado ao Pátria Voluntária administrado por Michelle Bolsonaro.

A reportagem revela ainda que mesmo programa liderado pela primeira-dama repassou, sem edital, dinheiro público a instituições evangélicas ligadas à ministra Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos).

À época, a Marfrig foi orientada pela Casa Civil a depositar a doação de 7,5 milhões de reais numa conta da Fundação do Banco do Brasil, gestora dos recursos do Pátria Voluntária.

Em maio, a empresa foi consultada pelo governo Bolsonaro sobre a possibilidade de destinar a verba doada para outras ações de combate aos efeitos socioeconômicos da pandemia.

Questionada pela Folha sobre o desvio dos R$ 7,5 milhões destinados à compra de testes, a Casa Civil não respondeu.

Cerca de 4,2 milhões de domicílios passaram agosto apenas com renda do auxílio emergencial

Um estudo divulgado nesta terça-feira (29) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) aponta que, em agosto, cerca de 4,2 milhões de domicílios brasileiros tiveram como única fonte de renda o Auxílio Emergencial de R$ 600do governo federal.

Segundo o levantamento, o Nordeste foi a região do país com a maior proporção de domicílios que contaram apenas com o benefício, sem qualquer outra fonte de renda. Nos estados do Piauí e da Bahia, passou de 13% o total de famílias dependentes exclusivamente do auxílio.

O Ipea apontou que a ajuda financeira foi suficiente para superar em 41% a perda da massa salarial entre as pessoas que permaneceram ocupadas em agosto. Entre os domicílios mais pobres, no entanto, a alta na renda habitual no mês foi de 132% do que teria sido sem o recebimento do auxílio.

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