Salário mínimo ideal deveria ser de R$ 6.394,76 em março, calcula Dieese

O Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) calcula que o valor do salário mínimo ideal para suprir todas as despesas de um trabalhador e de sua família no Brasil deveria ser de R$ 6.394,76, o que equivale a mais de cinco vezes ao atual de R$ 1.212,00. A estimativa do departamento se refere ao mês de março. Em fevereiro, o valor ficou em R$ 6.012,18. 

De acordo com o Dieese, esse seria o pagamento mínimo para sustentar uma família de quatro pessoas no mês de março no Brasil, considerando gastos com moradia, transporte, alimentação, saúde, educação, vestuário, higiene, lazer e previdência. 

AUMENTO DOS PRODUTOS BÁSICOS 

Em março, todas as capitais enfrentaram o aumento para os alimentos na comparação com o mês anterior. A maior alta ocorreu no Rio de Janeiro, com 7,65%. Já a menor, em Salvador, com 1,46%. Quanto ao custo da cesta básica, São Paulo foi a capital com o maior preço: R$ 761,19. 

Comparando março de 2022 com o mesmo mês de 2021, o Dieese apontou alta nos valores das cestas em todas as capitais, sendo Aracaju a que teve a menor variação, com 11,99%. Campo Grande apresentou a maior: 29,44%. 

HORAS TRABALHADAS 

O estudo do Dieese também aferiu a média de horas que deveriam ser trabalhadas para que o trabalhador que ganha o salário mínimo atual adquirir os produtos da cesta básica. 

Pelos cálculos, em março, seriam necessárias 119 horas e 11 minutos, praticamente meio mês, Em fevereiro, a estimativa era de 114 horas e 11 minutos. 

Ao descontar do salário mínimo os 7,5% da Previdência Social, foi verificado também que o trabalhador deveria usar 58,57% do seu ganho para adquirir os alimentos da cesta.

Preço do gás de cozinha na Bahia tem quarto reajuste no ano; valor deve ultrapassar R$ 130

O preço do botijão de gás teve novo reajuste na Bahia, conforme divulgado pela Acelen, empresa que administra a Refinaria de Mataripe, nesta quinta-feira (31). O aumento entra em vigor na sexta (1°) e será entre R$ 5 e R$ 7.

O primeiro reajuste deste ano aconteceu no dia 3 de fevereiro, quando o valor do produto chegou até R$ 120, de acordo com Sindicato dos Revendedores de Gás. Com o novo aumento, o valor médio do botijão deve ser R$ 132.

A empresa que administra a refinaria disse que os reajustes acontecem por causa da cotação do petróleo, da variação do dólar, além do custo logístico para a entrega do produto.

Em setembro de 2020, um botijão custava em média, R$ 68 no estado. Em 2021, o valor chegou a R$ 105.

75% dos brasileiros responsabilizam governo Bolsonaro por alta da inflação

Apesar de o governo ter reforçado o discurso de que a inflação é consequência de crises globais e ações de terceiros, como governadores que impuseram o distanciamento social contra a Covid-19, é grande a parcela de brasileiros que atribuem à gestão de Jair Bolsonaro responsabilidade pela alta de preços.
 

O descontentamento foi identificado pelo Datafolha. Tanto numa pesquisa realizada em setembro do ano passado quanto no levantamento mais recente, em março, 75% apontam que o governo Bolsonaro tem responsabilidade pela inflação.
 

A pesquisa Datafolha foi realizada na terça (22) e na quarta-feira (23) com 2.556 eleitores em 181 cidades de todo o país. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou menos.
 

A comparação das duas pesquisas mostra que caiu o número de brasileiros que atribuem muita responsabilidade ao governo. Essa parcela foi de 41% para 36%. Em contrapartida, aumentou, de 34% para 39%, a fatia que atribui um pouco de responsabilidade. Houve uma ligeira queda, de 23% para 21%, no contingente que não via nenhuma responsabilidade.
 

Entre eleitores que declaram avaliar votar em candidatos da chamada terceira via estão os mais críticos ao governo Bolsonaro. Segundo o levantamento, 87% dos que declaram intenção de votar em Ciro Gomes (PDT) consideram que o governo tem responsabilidade pela alta da inflação, sendo que 50% dizem que a gestão bolsonarista tem muita responsabilidade.
 

Entre os que declaram intenção de votar em Sergio Moro (Podemos), 82% têm a avaliação de que o governo tem responsabilidade, sendo que 42% consideram ele tem muita responsabilidade. No caso de eleitores de André Janones (Avante), 80% dizem que o governo tem responsabilidade, e a metade avalia como um pouco.
 

Mesmo quem está na base de apoio de Bolsonaro acredita que o governo tem responsabilidade pela inflação, nem que seja um pouco. Essa percepção é compartilhada até por eleitores declarados. O levantamento mostra que 75% deles acreditam que o governo tem responsabilidade pelo descontrole dos preços.
 

Essa avaliação também é feita por 72% dos evangélicos, 75% dos moradores do Centro-Oeste, região que concentra o agronegócio, e 79% dos moradores da região Sul, que votaram em peso para eleger Bolsonaro.
 

A inflação começou a subir durante a pandemia, mas disparou mesmo no ano passado. Em 2019, por exemplo, o IPCA, que mede a inflação oficial, fechou ano com alta de 4,31%. Em 2020, passou para 4,52%. Mas fechou 2021 acumulando alta de 10,06%.
 

Uma confluência de fatores críticos eleva os preços. Secas no Sul, chuvas torrenciais no Sudeste, ruptura da cadeia global de fornecimento de peças industriais, aumento do frete marítimo e disputa por contêineres. Recentemente, o cenário piorou com a invasão da Ucrânia pela Rússia e uma escalada de sanções de países ocidentais contra o governo de Vladimir Putin.
 

Dois itens essenciais estão entre os mais afetados por esse múltiplo desarranjo e encarem mês após mês. De um lado, os alimentos, como o trigo do pãozinho, hortaliças, frutas. De outro, a energia, incluindo gasolina, diesel e gás de cozinha. Como ambos são básicos na economia, eles não apenas puxam o custo de vida para cima como também ajudam a disseminar a inflação por outros setores.
 

O ministro da Economia, Paulo Guedes, não perde a oportunidade para falar em público que a alta de preços é um fenômeno global e que o Brasil uma vítima de circunstâncias que estão acima do poder de intervenção do Estado. No entanto, outros segmentos do governo, incluindo o próprio Bolsonaro, tentam demonstrar diligência para aliviar os baques inflacionários.
 

Segundo economistas, as intervenções açodadas podem ter o efeito inverso, tornar os mercados disfuncionais e elevar os preços, mas o governo tem insistido, corroborando a visão popular de que ele tem responsabilidade em calibrar a inflação.
 

Em 2020, no repique do preço do arroz, chegou a dizer que os ministérios da Economia e da Agricultura tomariam providências para baixar o preço e ainda pediu aos supermercados para que reduzissem as margens de lucro com grão.
 

Neste início de ano, a pressão altista segue firme. Na sexta-feira (25), foi divulgado o IPCA-15 de março, prévia da inflação mensal. O indicador teve alta de 0,95%, maior taxa para o período desde 2015 (1,24%) e acima das projeções.
 

Com esse dado, o IPCA-15 acumulou inflação de 10,79% em 12 meses até março. A inflação acumulada em 12 meses está acima de 10% desde setembro de 2021.
 

Desde março de 2021, o Banco Central vem elevando a Selic, taxa básica de juros, para tentar arrefecer a escalada dos preços. Na reunião mais recente, em fevereiro, ela foi de 9,25% para 10,75%, voltando ao terreno dos dois dígitos, o que não ocorria havia cinco anos.

Brasileiros superendividados: ‘Vendi a lavadora para pagar aluguel, agora devo parcelas da máquina’

“Então, gente, estamos precisando de ajuda. O mês passado pagamos alguns exames da Maria, e as coisas saíram do controle… Não podemos pagar parte do aluguel, nem a luz e nem a água. Estamos pedindo ajuda para pagar contas atrasadas.”

Jaqueline Alves, de 31 anos, moradora de Canoas, na região metropolitana de Porto Alegre, é uma dos milhões de brasileiros que começaram o ano muito endividados e, por isso, ela fez esse apelo em uma rede social.

“As contas desse mês, provavelmente vamos deixar atrasar, mas o importante é pagar as mais antigas para não ficarmos sem teto, água e luz… O amanhã, Deus proverá!”, disse ela.

Jaqueline é casada e mãe de três — dois meninos de 15 e 7 anos e uma menina de 4 anos, que tem uma doença rara.

A única renda da família, que tem gastos extraordinários frequentes com a saúde da caçula, é uma aposentadoria de um salário mínimo (R$ 1.212 atualmente) que o marido de Jaqueline recebe por também ter uma deficiência.

Parte fica para o banco assim que cai na conta, para pagar parcelas de empréstimos passados, que têm a pensão como garantia. Sobram pouco mais de R$ 700 para sustentar a família no mês.

Jaqueline tem faturas de vários cartões de crédito em atraso, além das contas básicas de casa, somando dívidas que já passam de R$ 20 mil. “Os cartões acabam virando um meio de a gente pagar as contas”, diz.

“A gente precisa às vezes comprar um remédio, compra no cartão, aí chega a fatura, nem sempre a gente consegue pagar o mínimo, e vira uma bola de neve. A gente vai empurrando, pagamos a mais antigas e deixamos as mais novas para depois. Mas nunca conseguimos sanar as dívidas por completo.”

Desde o nascimento da filha, o casal depende da ajuda de conhecidos, amigos e familiares todo mês.

“Mas, agora, com essa crise que está aí, não estamos conseguindo mais arrecadar os valores para manter as nossas contas em dia. Até a solidariedade chega um ponto que não chega a tempo. Porque não é que está difícil só para a gente, está difícil para quem ajuda também”, afirma Jaqueline.

O caso dela é extremo, mas o avanço do endividamento e da inadimplência das famílias brasileiras é uma realidade do país como um todo.

Uma pessoa é considerada apenas endividada quando tem um compromisso financeiro, mas paga em dia. Ela se torna inadimplente quando não paga a dívida no prazo.


‘Os gastos com água e luz viraram uma bola de neve’, diz Jaqueline Alves Foto: Arquivo Pessoal / BBC News Brasil

Tanto o percentual de famílias endividadas quanto o de inadimplentes vêm batendo recordes desde o ano passado e estão em seu maior patamar em 12 anos.

E a tendência é que a inadimplência suba ainda mais em 2022 por causa do aumento dos juros e do fim de medidas emergenciais criadas na pandemia para ajudar os endividados.

A guerra na Ucrânia deve agravar esse cenário, ao provocar aumento de inflação, o que reduz a renda familiar disponível para honrar compromissos financeiros.

Ao fim de fevereiro, o ministro da Economia, Paulo Guedes, informou que o governo estuda liberar recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para ajudar as famílias endividadas, mas não deu uma data.

Endividamento recorde

O nível de endividamento médio das famílias brasileiras ao longo 2021 chegou a 70,9%, o maior valor até então, segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC),

O patamar foi de 76,3% em dezembro, um recorde histórico. Em fevereiro desse ano, o recorde foi novamente quebrado: 76,6%.

“O endividamento foi acelerando ao longo do ano passado”, diz Izis Ferreira, economista da CNC. “Nunca tínhamos tido na série histórica — que começa em 2010 — um ano em que o endividamento cresceu tão rápido.”

Segundo ela, as famílias recorreram ao crédito por motivos diferentes conforme a renda.

“Para as de menor renda, de até dez salários mínimos mensais, o avanço muito rápido da inflação deteriorou o orçamento dessas famílias”, observa Izis.

Ela destaca que, na alta de 10% da inflação em 2021, pesaram muito itens que têm forte impacto na renda das famílias, como gasolina (com alta de preço de 47%), energia elétrica (21%), alimentos (8%) e medicamentos (6%).

Enquanto isso, a renda domiciliar dos brasileiros caiu 10,7% no quarto trimestre de 2021 na comparação anual, o menor patamar da série histórica, iniciada em 2012.

“Isso fez com que essas famílias precisassem usar mais o cartão de crédito, cheque especial e recorrer aos carnês de loja para manterem seu nível de consumo”, explica a especialista.

Já para as famílias mais ricas, com renda mensal acima de dez salários mínimos, o primeiro fator do aumento do endividamento foram os juros muito baixos no início de 2021.

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Revisão do PIS 2022 poderá incluir até 1,9 milhão de trabalhadores

O governo poderá incluir até 1,9 milhão de trabalhadores no pagamento do abono do PIS/Pasep 2022. Segundo a Dataprev, empresa de tecnologia responsável pelo processamento de dados do abono, a revisão nos cadastros está sendo feita porque foram identificadas inconsistências em informações enviadas pelas empresas na Rais (Relação Anual de Informações Sociais).
 
A consulta para saber se o trabalhador foi incluído no novo lote do PIS está prevista para ser liberada a partir do dia 16 de março, no aplicativo “Carteira de Trabalho Digital” e pela plataforma de serviços do trabalho no portal Gov.br. O benefício, de até R$ 1.212, já está sendo pago para trabalhadores que não tiveram falhas em seu cadastro. Veja abaixo o calendário.

Ao fazer o cruzamento de dados dos cadastros dos trabalhadores, a Dataprev identificou divergências entre as informações declaradas no primeiro vínculo da Rais e as demais bases oficiais de registros trabalhistas. Agora, com a revisão dos cadastros, a empresa informou que amplia o cruzamento de dados para confirmar a data correta de vínculo do trabalhador.

Pode receber o abono salarial 2022 quem trabalhou com carteira assinada por no mínimo 30 dias, consecutivos ou não, em 2020. Também é preciso estar cadastrado no programa PIS ou no Cnis há pelo menos cinco anos –ou seja, o primeiro emprego com carteira assinada deve ter ocorrido em 2015 ou antes, dentre outras exigências.
 
Essa é a primeira vez que os registros do eSocial são utilizados para a concessão do abono salarial. Segundo a Dataprev, de 55 milhões de CPFs que tiveram algum registro na Rais ou no eSocial em 2020, foi concluído o processamento de 96,5%, com os seguintes resultados: 22,7 milhões elegíveis a receber o abono salarial; 30,4 milhões inelegíveis; e 1,9 milhão com necessidade de processamento adicional (3,5% de cadastros).

Mesmo com 13°, comércio baiano teve queda de 1,9% em dezembro, aponta SEI

As vendas no varejo da Bahia em dezembro passado tiveram baixa de 1,9% ante o mês anterior. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (9) pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia vinculada à Secretaria do Planejamento, a partir de dados do IBGE.

Em relação a dezembro do ano anterior, as vendas no varejo baiano mantiveram o ritmo de queda, com variação negativa de 12,9%. Essa retração é a quinta consecutiva registrada pelo setor na Bahia. Segundo a SEI, o resultado negativo em dezembro, mesmo diante do período natalino com recebimento do 13° salário não se mostrou influente na atividade econômica.

Tiveram influência fatores como alta dos juros, encarecimento dos alimentos, aluguéis, energia, combustíveis e aumento no endividamento das famílias. Ainda segundo a SEI, a maior retração foi no volume de vendas nos no segmento de Móveis (-37,4%) e eletrodomésticos (-34,2%).

Logo abaixo vem o ramo de equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-25,9%), combustíveis e lubrificantes (-22,3%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (14,9%), livros, jornais, revistas e papelaria (-14,8%) e Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-12,1%). 

Gás de cozinha fica mais caro na Bahia; valor deve variar entre R$ 115 e R$ 120

O gás de cozinha vai ficar mais caro a partir desta quinta-feira (3), na Bahia. O repasse do reajuste anunciado pela Refinaria Mataripe entrou em vigor na terça-feira (1º).

Com isso, o valor repassado para o consumidor vai ficar entre R$ 5 e R$ 7, segundo o Sindicato dos Revendedores de Gás.

O preço médio do botijão de 13 kg deve ficar entre R$ 115 e R$ 120, de acordo com o Sindigás.

Inflação do aluguel sobe 1,82% em janeiro e acumula alta de 16,91% em 12 meses

O IGP-M (Índice Geral de Preços Mercado), indicador conhecido como a inflação dos contratos de locação, voltou a acelerar em janeiro e variou 1,82% no mês. Com esse resultado, o índice vai a 16,91% no período de 12 meses, informou nesta sexta-feira (28) a Fundação Getulio Vargas.
 

O resultado mensal ficou acima do registrado em dezembro, quando subiu 0,87%. Apesar da variação maior do primeiro mês do ano, o resultado acumulado ainda está em desaceleração. Em janeiro de 2021, o IGP-M acumulava alta de 25,71% em 12 meses.
 

Analistas consultados pela agência Bloomberg esperavam um avanço de 1,98% no mês, levando o índice a 17,12% para o período de um ano.
 

Segundo o Ibre (Instituto Brasileiro de Economia) da FGV, o resultado em janeiro foi influenciado principalmente pelo espalhamento da inflação de preços no atacado, medida pelo IPA (Índice de Preços ao Produtor Amplo), que responde por 60% da composição do IGP-M.
 

Em janeiro, esse índice subiu 2,30%, puxado pelas altas de preços de minério de ferro, com valorização de 18,26%, e soja em grãos, com 4,05%.
 

COMO NEGOCIAR O ALUGUEL
 

A recomendação de corretores de imóveis, economistas e agentes do mercado imobiliários é que os inquilinos sempre tentem negociar ajustes mais razoáveis.
 

Desde meados de 2020, quando o IGP-M entrou em aceleração, administradores de imóveis começaram a oferecer aos proprietários a possibilidade de usar o IPCA, o índice de inflação oficial, como indexador dos contratos. Passaram também a incentivar as negociações de outros índices.
 

A composição do IGP-M também passou a ser questionada, pois os maiores pesos no cálculo do índice não têm relação com o mercado imobiliário ou mesmo com a construção civil.
 

No início deste ano, a FGV lançou um novo indicador com potencial de substituir o IGP-M ou de, ao menos, oferecer ao mercado um índice calculado a partir das negociações de contratos.
 

Batizado de Ivar (Índice de Variação de Aluguéis Residenciais), ele avalia dados de quatro capitais no país –São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre- e mede evolução dos preços negociados em contratos entre inquilinos e proprietários, e não os valores de anúncios de aluguéis, como em outras pesquisas.

Entra em vigor o novo salário mínimo de R$ 1.212

Começou a valer, neste sábado (1º), primeiro dia do ano de 2022, o novo valor do salário mínimo no Brasil, que passa a ser de R$ 1.212 por mês. A mudança foi oficializada ontem (31), último dia de 2021, por meio de uma medida provisória (MP) assinada pelo presidente Jair Bolsonaro.

O novo valor considera a correção monetária pelo Índice Nacional de Preço ao Consumidor (INPC) de janeiro a novembro de 2021 e a projeção de inflação de dezembro de 2021, estimada pela área técnica do Ministério da Economia. No total, o aumento será de 10,18% em relação ao valor anterior, que era de R$ 1.100.

Os estados também podem ter salários mínimos locais e pisos salariais por categoria maiores do que o valor fixado pelo governo federal, desde que não sejam inferiores ao valor do piso nacional. O novo mínimo altera o valor de cálculo de benefícios previdenciários, sociais e trabalhistas.

No caso das aposentadorias e pensões por morte ou auxílio-doença, os valores deverão ser atualizados com base no novo mínimo. O mesmo vale para o Benefício de Prestação Continuada (BPC), que corresponde a um salário mínimo e é pago a idosos a partir de 65 anos e pessoas com deficiência de baixa renda.

Cálculos das contribuições dos trabalhadores ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) também serão reajustados. Uma portaria do Ministério da Economia deverá ser publicada, nos próximos dias, com a oficialização dos novos valores.

Petrobras reduz preço da gasolina em 3,13% para distribuidoras

A Petrobras vai reduzir o preço de gasolina nas refinarias em 3,13% a partir desta quinta-feira, informou a estatal, o primeiro corte desde junho passado. Apesar da queda, o combustível acumula alta de 67,9% desde janeiro. O diesel não terá variação de preço.

O movimento da empresa havia sido antecipado pelo presidente Jair Bolsonaro no início do mês. Em entrevista ao site Poder 360, Bolsonaro disse que a estatal ia começar a diminuir os preços da gasolina.

— A Petrobras começa esta semana a anunciar a redução no preço do combustível. Nesta semana já começa a anunciar — disse no dia 5 de dezembro, enquanto acompanhava a final do campeonato de futebol do Minas Brasília Tênis Clube, em Brasília.

No dia seguinte, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), órgão que regula o mercado de capitais no Brasil, abriu novo processo administrativo para apurar se houve vazamento de informação.

De acordo com a Petrobras, o preço médio de venda da gasolina para as distribuidoras passará de R$ 3,19 para R$ 3,09 por litro, a partir de amanhã.

A queda não chegará na mesma proporção nem de forma imediata ao consumidor final, pois o preço cobrado nos postos é composto não apenas do combustível em si como também de tributos e margem das distribuidoras.

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