PSB oficializa indicação de Alckmin para vice de Lula na disputa ao Planalto

O Partido Socialista Brasileiro (PSB) formalizou nesta sexta-feira (8) a indicação do ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, como o vice candidato na chapa encabeçada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para a disputa eleitoral à Presidência da República. 

Durante o encontro, junto ao presidente nacional da legenda, Carlos Siqueira, do próprio Lula e da presidenta do Partido dos Trabalhadores, a deputada federal Gleisi Hoffmann, em um hotel na capital paulista, o ex-tucano disse ser grato ao PSB.

Ele se disse agradecido duplamente, pela indicação e pelo acolhimento, após mais de 30 anos no PSDB. A aliança com o seu ex-adversário petista seria, segundo Alckmin, para “somar esforços para resconstruir o país”.

O principal objetivo do casamento Lula-Alckmin, deixou claro o paulista, seria apresentar esse projeto de “reconstrução” em aversão ao governo do presidente Jair Bolsonaro (PL), que “atenta contra a democracia” brasileira. 

Alckmin ainda falou sobre desprendimento, união e ressaltou o crescimento da economia, de 7,5% em 2010, ao fim do segundo governo do petista.

Após a declaração de Geraldo, Lula utilizou o microfone para ressaltar o casamento, que na avaliação dele seria uma demonstração de que “duas forças que têm projetos diferentes, princípios iguais, podem se juntar na hora que o momento é de interesse”.

Lula fez questão de elogiar a defesa de políticas públicas como centrais em uma agenda política rumo ao Planalto. O Sistema Único de Saúde (SUS) foi um dos pontos citados nominalmente pelo ex-presidente.

Com a apresentação de Alckmin, o PT deve se reunir na próxima semana e, se a indicação for aceira, uma cerimônia com a presença dos partidos que formam a base de apoio deverá oficializar a chapa no dia 30 de abril.

Ainda durante seu pronunciamento, o ex-metalúrgico discorreu sobre as antigas posições distintas, em que não só Alckmin, mas Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e José Serra (PSDB) estiveram ao longo dos últimos anos de vida pública.

“Já fui adversário do Alckmin, já fui do Serra, do Fernando Henrique Cardoso, e nunca fui desrrespeitado. Nunca deixamos de nos tratar de forma civilizada. Sempre visitamos o estado de São Paulo e o tratamento sempre foi civilizado, respeitoso, dentro daquilo que a democracia e os bons modos exigem das pessoas”, ressaltou Lula.

Ele também enumerou problemas e evidenciou a alta na inflação, que incide em insumos comuns à vida diária do brasiliero, como nos preços de combustíveis e alimentos.

Em uma carta em que apresenta o agora companheiro Alckmin ao PT, o PSB argumentou que o candidato tem “qualidades já reconhecidas e conhecidas”, uma “vida pública longeva”, assim como uma “perseverança” e um “equilíbrio”. 

Ao lado de Rui, prefeita de Araci promete apoio a Jerônimo em eleição para governador

Apesar de estar filiada ao PDT, partido que faz oposição à gestão estadual na Bahia, a prefeita Keinha, de Araci, declarou, nesta quinta-feira (7), que faz parte da base de apoio do governador Rui Costa (PT) e apoiará Jerônimo Rodrigues, pré-candidato ao Governo, nas eleições de outubro.

O discurso da prefeita foi feito durante agenda do governador no município, na manhã desta quinta-feira (7). “Valeu a pena me empenhar, trabalhar e pedir voto por esse grupo político que aqui está. Vamos fazer mais. Garanto que meu time vai retribuir tudo isso que estamos recebendo hoje”, disse a prefeita, acrescentando que são mais de R$ 50 milhões em obras autorizadas por Rui na cidade.

Nos últimos dias gestores de partidos do arco de aliança de ACM Neto (UB), declararam que vão apoiar a candidatura do ex-secretário de Educação. Na quarta (6) o prefeito de Esplanada, Nandinho da Serraria (PSDB), confirmou o apoio ao pré-candidato do PT ao Governo do Estado (veja aqui). Já na última segunda (4), foi a vez do prefeito Vitor do Posto, do município de Santanópolis, que se emocionou e chegou a se ajoelhar para agradecer o governador (lembre aqui).

Pré-candidato ao governo da Bahia, João Roma é exonerado do Ministério da Cidadania

O presidente da República Jair Bolsonaro (PL) exonerou o ministro da Cidadania João Roma (PL). O decreto com a saída do pernambucano da pasta foi publicado no Diário Oficial da União (DOU) desta quinta-feira (31). 

Pré-candidato ao governo da Bahia, a despedida de Roma da Esplanada dos Ministérios acontece alguns dias após a saída dele da legenda que integrou durante os úlimos anos, o Republicanos. O político enfrentava resistência da executiva do partido no estado.

O atual chefe de Assuntos Estratégicos da pasta da Cidadania, Ronaldo Bento, será o substituto na condução do ministério. 

Além de João Roma, já de despediram ou se despedem dos seus cargos, até o próximo dia 2 de abril, os ministros Tarcísio Freitas (Infraestrutura), Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos), Flávia Arruda (Secretária de Governo), Tereza Cristina (Agricultura), Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional), Gilson Machado (Turismo), Onyx Lorenzoni (Trabalho), Marcos Pontes (Ciência e Tecnologia) e Braga Netto (Defesa).

Sem apoios presidenciais, ACM Neto lidera pesquisa para governo da Bahia

O ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (UB), lidera a corrida para o governo da Bahia com larga vantagem quando está no cenário sem apoios presidenciais. Esse é o dado mostrado na divulgação da pesquisa Quaest contratada pelo Banco Genial. O BNews adiantou alguns números na terça-feira (22), mas o restante dos índices foram apresentados na CNN Brasil na manhã desta quarta (23). Veja os números:

ACM Neto (UB) – 66%

João Roma (Republicanos) – 5%

Jerônimo Rodrigues (PT) – 4%

Kleber Rosa – 2%

Brancos – 14%

Indecisos – 9%

Cenários de segundo turno:

Cenário I

ACM Neto – 72%

Jerônimo Rodrigues – 10%

Branco/Nulo/Não pretende votar – 12%

Indecisos – 5%

Cenário II

ACM Neto – 72%

João Roma – 10%

Branco/Nulo/Não pretende votar – 12%

Indecisos – 6%

Cenário III

João Roma – 24%

Jerônimo Rodrigues – 18%

Branco/Nulo/Não pretende votar – 44%

Indecisos – 14%

O cenáro com apoios presidenciais é diferente. Nele o pré-candidato petista encosta em Neto, que, apesar da reação do rival, continua na líder.

A margem de erro é de 2,9 pontos para mais ou para menos. 95% confiabilidade. 1140 pessoas ouvidas entre 16 e 19/03. Registro no TSE BA-06141/2022.

Maioria da bancada baiana votou a favor da urgência da mineração em terras indígenas

A Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira (9), por 279 a favor, 180 contrários e três abstenções, um requerimento de urgência para o Projeto de Lei (PL) 191/2020, que autoriza a mineração em terras indígenas. A maioria da bancada baiana votou a favor do requerimento. Foram 22 votos a favor da urgência e 17 contra. A proposta será analisada por um grupo de trabalho e só será incluída na pauta em abril.

O texto foi bastante criticado pelo oposição, ambientalistas e especialistas em direitos humanos por permitir a degradação de áreas preservadas, seja por desrespeitar as áreas reservadas às terras indígenas.

Já os parlamentares que compõem a base do governo Jair Bolsonaro, indicam que o projeto interessa à segurança energética do país, que precisa de fertilizantes cuja importação está comprometida após a Guerra da Rússia – por mais que a maior parte das reservas de insumos não venha de terras indígenas.

Confira como votou cada deputado federal da Bahia:

  • Abílio Santana (PL-BA) – sim
  • Adolfo Viana (PSDB-BA) – sim
  • Afonso Florence (PT-BA) – não
  • Alex Santana (PDT-BA) -sim
  • Alice Portugal (PCdoB-BA) – não
  • Antonio Brito (PSD-BA) -sim
  • Arthur O. Maia (União-BA) -sim
  • Bacelar (Podemos-BA) -não
  • Cacá Leão (PP-BA) -sim
  • Charles Fernandes (PSD-BA) -não
  • Claudio Cajado (PP-BA) -sim
  • Daniel Almeida (PCdoB-BA) -não
  • Elmar Nascimento (União-BA) -sim
  • Félix Mendonça Jr (PDT-BA) -não
  • Igor Kannário (União-BA) -sim
  • João C. Bacelar (PL-BA) -sim
  • Jorge Solla (PT-BA) -não
  • José Nunes (PSD-BA) -sim
  • José Rocha (PL-BA) -sim
  • Joseildo Ramos (PT-BA) -não
  • Leur Lomanto Jr. (União-BA) -sim
  • Lídice da Mata (PSB-BA) -não
  • Marcelo Nilo (PSB-BA) -não
  • Márcio Marinho (Republican-BA) -sim
  • Márionegromonte Jr (PP-BA) -sim
  • Otto Alencar (PSD-BA) -não
  • Pastor Isidório (Avante-BA) -não
  • Paulo Azi (União-BA) -sim
  • Paulo Magalhães (PSD-BA) -sim
  • Professora Dayane (União-BA) -sim
  • Raimundo Costa (PL-BA) -não
  • Ronaldo Carletto (PP-BA) -sim
  • Sérgio Brito (PSD-BA) -sim
  • Tia Eron (Republican-BA) -sim
  • Tito (Avante-BA) -sim
  • Uldurico Junior (PROS-BA) -não
  • Valmir Assunção (PT-BA) -não
  • Waldenor Pereira (PT-BA) – não
  • Zé Neto (PT-BA) – não

Polícia Federal abre inquérito contra Bolsonaro por associação de vacina à AIDS

A Polícia Federal abriu um inquérito para investigar as declarações falsas do presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre uma relação entre a vacina contra a Covid-19 e infecções pelo HIV (relembre aqui).

Segundo a coluna de Fausto Macedo no Estadão, em ofício endereçado ao ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, a PF determinou a abertura da apuração e solicitou o o compartilhamento de uma apuração feita pela Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre o caso.

Outro ponto do pedido, protocolado pela delegada Lorena Lima Nascimento, da Coordenação de Inquéritos nos Tribunais Superiores, a polícia pede também o acesso aos autos da investigação em que a PF atribuiu a Bolsonaro violação de sigilo funcional após o compartilhamento de inquérito sigiloso sobre ataque hacker aos sistemas internos do Tribunal Superior Eleitoral nas eleições 2018. A Procuradoria-Geral da República defende o arquivamento da apuração. 

Em dezembro, Moraes proferiu duas decisões sobre o caso, a primeira determinando a abertura da investigação sobre as falas de Jair Bolsonaro. Depois, determinou o trancamento de uma notícia de fato que tramitava na PGR sobre o caso, para a regularização do procedimento, com o devido “controle judicial” pela corte.

Câmara aprova legalização de cassinos, bingos e jogo do bicho

A Câmara aprovou na madrugada desta quinta-feira, 24, o projeto de lei que legaliza cassinos, jogo do bicho e bingos no País. Foram 246 votos favoráveis, 202 contrários e 3 abstenções. A bancada evangélica, contrária aos jogos de azar, não conseguiu adiar a análise da matéria, que contou com o apoio do presidente da Casa, Arthur Lira (Progressistas-AL). A votação dos destaques ficou para esta quinta-feira, 24, e, logo depois, o texto seguirá para análise do Senado.

O projeto rachou a base aliada do presidente Jair Bolsonaro. Logo que o plenário iniciou a análise do projeto, o deputado Sóstenes Cavalcante (União Brasil-RJ), presidente da Frente Parlamentar Evangélica, apresentou requerimento para retirada do texto da pauta, foi mas o pedido foi rejeitado.

“A legalização dos jogos de azar é um desastre para as famílias dos brasileiros. Ora, qual dos colegas não conhece uma família que destruiu todo o seu patrimônio, tudo o que tinha, porque desenvolveu a compulsão por essa desgraça chamada jogo de azar?”, perguntou Sóstenes.

Vice-líder do governo na Câmara, o deputado Giovani Cherini (PL-RS) defendeu a aprovação do projeto. “Eu não consigo entender, eu sou religioso também, sou praticante, mas não entendo o que tem a ver esse assunto com religião”, afirmou Cherini, numa referência à oposição da bancada evangélica.

A discussão invadiu o plenário. A liderança do governo e o PL, partido de Bolsonaro, liberaram o voto de suas bancadas. Principal legenda do Centrão, o Progressistas orientou pela aprovação do texto; Republicanos, ligado à Igreja Universal do Reino de Deus, pediu que os deputados rejeitassem o projeto.

“Trata-se de um forte mecanismo de lavagem de dinheiro”, criticou o deputado Henrique Fontana (PT-RS) durante a votação. “O governo libera a sua base, até porque há partidos com entendimentos diferentes, e o presidente manterá sua prerrogativa de veto”, disse o deputado Evair de Melo (Progressistas-ES), também vice-líder do governo na Câmara.

Em entrevista à rádio Viva FM, do Espírito Santo, em 17 de janeiro, o presidente afirmou que os jogos de azar não são bem-vindos no Brasil. Disse, porém, que os parlamentares podem derrubar o seu veto. Em 2018, quando era candidato, Bolsonaro classificou como “mentira” que iria regularizar cassinos no Brasil. “Dá para acreditar numa mentira dessa? Nós sabemos que o cassino aqui no Brasil, se tivesse, serviria como uma grande lavanderia. Serviria para lavar dinheiro, e também para destruir as famílias. Muita gente iria se entregar ao jogo e o caos se faria presente junto ao seio das famílias aqui no Brasil”, observou o então deputado, naquela ocasião.

O relator do projeto, deputado Felipe Carreras (PSB-PE), estabeleceu a criação de uma Cide-Jogos, com alíquota fixa de 17% sobre a operação das apostas. Além disso, a incidência de Imposto de Renda (IR) é de 20% sobre prêmios de R$ 10 mil ou mais.

“A instituição de uma Cide permitirá, desde logo, a vinculação da arrecadação tributária decorrente da exploração de jogos e apostas, assegurando mais recursos para a implantação e desenvolvimento de políticas públicas sociais, inclusive para Estados e Municípios, representando um reforço ao nosso federalismo fiscal”, justificou Carreras em seu relatório.

Os recursos gerados pela cobrança da contribuição serão distribuídos para União, Estados, Distrito Federal (DF) e Municípios e a ideia é que financiem políticas sociais, incluindo reconstrução de áreas de risco e prevenção de desastres naturais. A incidência do IR, por sua vez, será sobre o ganho líquido, ou seja, o valor do prêmio deduzido do valor pago para fazer a aposta. O relator determinou que o imposto será retido na fonte pela entidade operadora.

Carreras também estabeleceu que os jogos de azar serão regulados e supervisionados pela União, por meio de um “órgão regulador e supervisor federal”, definido por lei. Para operar, os estabelecimentos precisarão de licença. Será criada, ainda, uma lista de registros proibidos, espécie de banco de dados com jogadores impedidos de apostar.

Em 2016, a Estratégia Nacional de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro (Enccla) recomendou ao Congresso que, na eventual apreciação de proposições legislativas para autorizar a exploração de jogos de azar, fossem considerados “os padrões internacionais de prevenção à lavagem de dinheiro, inclusive a necessidade de estrito controle administrativo por órgão especializado”.

Para Roberto Livianu, procurador do Ministério Público do Estado de São Paulo e presidente do Instituto Não Aceito Corrupção, o Brasil “não está pronto” para legalizar jogos de azar. “É claro como a luz do sol que isto trará muito mais problemas que soluções – gente caindo no vício, famílias arruinadas, jogo sendo usado para lavagem de dinheiro e por aí vai. O turismo pode ser alavancado de outras formas”, destacou Livianu.

Na véspera da aprovação do projeto na Câmara, Sóstenes Cavalcante havia cobrado mais empenho de Bolsonaro para barrar o projeto. “O presidente (Bolsonaro) já é contra, já anunciou que veta, mas ele tem que fazer também um trabalho junto à liderança do governo”, afirmou Sóstenes, que tem feito um esforço para aproximar ainda mais a bancada evangélica do Palácio do Planalto.

Lira, por sua vez, fez uma defesa enfática da matéria. “São jogos que já existem no Brasil, acontecem como contravenção ou de maneira não oficial todos os dias, jogos online que patrocinam Seleção Brasileira, que patrocinam jogadores de futebol, que patrocinam meios de comunicação”, afirmou o presidente da Câmara.

Lula ‘confirma’ aliança com Alckmin: ‘Falta escolher partido’

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) usou seu perfil no Twitter, na manhã desta terça-feira (15), para comentar sobre a provável chapa com o ex-governador Geraldo Alckmin como seu vice na disputa à presidência da república e disse “não ver nenhum problema” na possibilidade.

“Falta eu me definir como candidato e Alckmin escolher partido. Se o Alckmin como meu vice me ajudar a governar, não vejo nenhum problema dele ser meu vice”, iniciou Lula. 

Lula ainda disse que as divergências serão colocadas de lado, porque o desafio, “mais que ganhar, é consertar o Brasil”.

Bolsonaro diz que Lula na Presidência é ‘recondução do criminoso à cena do crime’

O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse nesta quarta-feira (12) que eleição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) significaria “reconduzir criminoso à cena do crime”, e que projeto de poder dos adversários seria “roubar a liberdade”. “Querem reconduzir à cena do crime o criminoso, juntamente com Geraldo Alckmin? É isso que queremos para o nosso Brasil?”, questionou Bolsonaro, dizendo que chega a três anos de governo, com dois “em mar revolto”, por conta da pandemia.

O chefe do Executivo cita a virtual aliança entre ex-tucano e petista, sem mencionar Lula diretamente. A declaração ocorreu durante evento de lançamento de linhas de crédito para Aquicultura e Pesca no Palácio do Planalto. Bolsonaro está pressionado por chegar no ano de sua reeleição ainda em cenário de pandemia, com rejeição alta e economia patinando.

Pesquisa Datafolha divulgada em dezembro mostra que, num cenário de primeiro turno, o ex-presidente tem 48% de intenção de votos no 1º turno, seguido de Bolsonaro (22%), Sergio Moro (9%) e Ciro Gomes (7%).

O presidente disse não ter provas, mas voltou a falar que o ex-presidente está oferecendo ministérios em troca de apoios. “Não tenho provas, mas vou falar. Como é que aquele cidadão está conseguindo apoios, apesar de uma vida pregressa imunda? Já loteando ministérios.”

Em entrevista recente, Bolsonaro disse que o comando da Caixa Econômica estaria em negociação pelo adversário e líder nas pesquisas. Ainda que demonstre incômodo com suposto loteamento de ministérios, o presidente teve de abrigar aliados na Esplanada no último ano para contornar crise política.

Com mais de cem pedidos de impeachment no Congresso, o presidente se aliou a partidos do centrão que outrora foram seu principal alvo: PL, PP e Republicanos. No final do ano passado, escolheu para concorrer à reeleição o partido de Valdemar Costa Neto, ex-aliado de Lula, condenado e preso no mensalão.

“A maioria de vocês que trabalham comigo poderiam estar muito bem aí fora, mas estão aqui dando sua cota de sacrifício, ajudando esse Brasil aqui realmente vencer a crise que se encontra no momento e fazendo com que não volte para a mão de bandidos, canalhas, que ocupavam esse espaço aqui pra assaltar o país, por um projeto de poder, cujo ato final seria roubar nossa liberdade”, disse ainda o presidente.

Prefeito de Jacobina vai doar 92% dos seus salários a hospital referência em câncer

O prefeito do município baiano de Jacobina, no Piemonte da Diamantina, Tiago Dias (PCdoB) anunciou que doará 92% dos seus salários ao Hospital Aristides Maltez, instituição sem fins lucrativos referência no atendimento a pacientes oncológicos de todo o estado da Bahia.

A relação de Tiago Dias com a instituição não é de hoje. Quando atuou como presidente da Associação de Cachoeira dos Alves e como vereador, ele mesmo levou por diversas vezes pacientes do município de Jacobina para ser atendido no Hospital Aristides Maltez que fica na capital baiana. Um desses pacientes foi a sua mãe, dona Edinete, que há 3 anos passar por tratamento nesta instituição.

“Sempre observava o sofrimento e a dor dos pacientes que precisavam de atendimento e vinham de todos os cantos da Bahia. Aquelas cenas me deixavam destruído e não foram poucas as vezes que arrancaram lágrimas dos meus olhos”, disse ele.

A atitude de Tiago tem despertado a admiração e reconhecimento de muitas pessoas pelo Brasil ao mesmo tempo em que políticos de oposição a sua gestão consideram seu gesto como uma ação de marketing populista. O prefeito encara com tranquilidade as críticas e desconfianças. Para Tiago, fazer política como vocação e não como meio de enriquecimento é um compromisso ele firmou desde cedo com as suas origens, sua própria história e, principalmente, com a população que tanto precisa do poder público.

“Naturalmente, compreendo a desconfiança das pessoas. Infelizmente a política foi tomada por maus exemplos e se criou em parte da população uma imagem negativa dos homens públicos. Mas eu fui eleito para fazer a diferença, ser a verdadeira mudança.” Reforça Tiago lembrando também a responsabilidade de, aos 38 anos, ser o Prefeito mais jovem da história de Jacobina.

“Sou o prefeito mais jovem da história da minha cidade e sou filiado ao PCdoB, um partido que completará 100 anos em 2022. Tenho o privilégio de somar o vigor e as novas ideias da minha geração com a experiência de um partido que faz a boa política e combate o bom combate há um século no Brasil. Isso me motiva a continuar invertendo a lógica que infelizmente se implantou na política brasileira.” Disse Tiago.

Em 2021, em um dos seus primeiros atos após tomar posse, Tiago Dias já tinha surpreendido ao assinar um decreto que reduzia o próprio salário a um salário mínimo. Este ano, ele continuará recebendo um valor equivalente ao honorário base da maioria dos brasileiros, mas decidiu, desta vez, doar a diferença do valor que teria direito (cerca de R$ 14 mil) ao principal hospital de atendimento a pacientes oncológicos da Bahia.

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