IBGE-BA: Em novembro, prévia da inflação na RMS acelera e é a 2ª mais alta do país

Em novembro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), calculado pelo IBGE, ficou em 1,47% na Região Metropolitana de Salvador (RMS). O índice funciona como uma prévia da inflação oficial do mês, refletindo os preços coletados entre 14 de outubro e 12 de novembro.

Pela quarta vez consecutiva, o índice mostrou aceleração em relação ao mês anterior (havia sido de 1,10% em outubro, 0,89% em setembro, 0,85% em agosto e 0,74% em julho).

Segundo o IBGE, foi o IPCA-15 mais elevado para um mês de novembro, na RM Salvador, em 19 anos – desde 2002, quando havia ficado em 1,84%. Considerando todos os meses do ano, foi o maior desde fevereiro de 2016 (que havia sido de 2,26%).

A prévia da inflação de novembro na RMS foi ainda a 2ª mais alta dentre as 11 áreas pesquisadas separadamente pelo IBGE, abaixo apenas do verificado no município de Goiânia/GO (1,86%). Ficou também acima do índice do país como um todo (1,17%).

No acumulado de janeiro a novembro de 2021, o IPCA-15 da RM Salvador está em 9,44%. Segue abaixo do índice do Brasil como um todo (9,57%) e é o 6o entre os 11 locais pesquisados. A um mês do fim de 2021, o índice se mantém como o maior acumulado anual desde 2015, quando, de janeiro a dezembro, o IPCA-15 da RMS havia ficado em 9,53%.

Já nos 12 meses encerrados em novembro, o IPCA-15 acumula alta de 10,73% na RM Salvador, mantendo aceleração frente ao acumulado nos 12 meses encerrados em outubro (9,81%) e chegando aos dois dígitos. Nesse acumulado, o índice da RMS está igual ao do país como um todo (10,73%) e também é o 6º dentre os 11 locais pesquisados.

Produção industrial baiana registra queda de 13,4% em nove meses

A produção industrial baiana registrou baixa de 13,4% no período de janeiro a setembro deste ano ante mesmo período de 2020. O dado foi divulgado nesta quarta-feira (10) e faz parte da Pesquisa Industrial Mensal (PIM) do IBGE analisada pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia vinculada à Secretaria do Planejamento (Seplan).

Conforme o levantamento, no confronto de setembro de 2021 com igual mês do ano anterior, a indústria baiana teve queda de 13,3%, com oito das 12 atividades pesquisadas com queda da produção. O setor de veículos registrou a maior baixa (-96,2%) no período.

Neste quesito, pesa a menor fabricação de automóveis. Outros resultados negativos no indicador foram observados nos segmentos de produtos químicos (-16,1%), metalurgia (-27,2%), borracha e material plástico (-8,4%), extrativa mineral (-6,7%), bebidas (-11,3%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-22,1%) e minerais não metálicos (-0,7%).

Na comparação de setembro passado para o mês anterior, houve crescimento de 3,7% no setor de transformação e extração mineral.

COURO, VIAGEM, CALÇADOS

Na outra ponta, com resultados positivos, setores como o de couro, artigos para viagem e calçados tiveram alta de 31,7%; celulose, papel e produtos de papel (4,8%) e produtos alimentícios (2,1%). 

Tucano: Obras do Complexo Eólico aquece economia com modernização da geração de energia

Destaque no Atlas Eólico da Bahia, o município de Tucano, no Nordeste baiano, sai na frente e entra na rota da geração de energia renovável na região e no país. As obras do Complexo Eólico Tucano seguem para a fase de conclusão, com a geração de cerca de 900 empregos diretos. O equipamento está sendo instalado há quase sete meses no momento em que o Brasil enfrenta uma das mais sérias crises hídricas e de energia elétrica da sua história e que a necessidade do desenvolvimento de energia sustentável se faz urgente.

A obra é uma iniciativa da AES Brasil, que investiu, em 2020, R$ 129,8 milhões. O diretor de Engenharia e Construção da empresa, Rodrigo D’Elia, destaca que o empreendimento está com obras em fase avançada com 35% das estruturas físicas construídas. “A conclusão das obras do Complexo Eólico Tucano está prevista para o segundo semestre de 2022. A ação contempla a fase da joint venture, com controle compartilhado com a Unipar, e a fase 2, com o acordo de venda de energia com a Anglo American, que, juntas, totalizam 322,4 MW de capacidade instalada. Esse volume é capaz de atender 1,6 milhão de pessoas”.

Ainda de acordo com o diretor da AES, o Complexo Eólico Tucano potencializa a geração de energia na Bahia e no Brasil, com 322 MW de potência instalada, por meio de 52 aerogeradores com potência de 6,2 MW cada e rotor de 170 metros de diâmetro, configurando-se como a maior máquina “on shore” do Brasil. Além disso, a obra é responsável pela contratação de cerca de 300 profissionais locais para as diferentes etapas de construção.

Empregos – O prefeito de Tucano, Ricardo Maia Filho (PSD), fala sobre a importância da instalação do complexo eólico no desenvolvimento da cidade. “Tucano tem recebido de braços abertos essa iniciativa da AES Brasil. Sabemos da sua grandeza e relevância e estamos acompanhando de perto cada avanço da obra, que já tem impactado positivamente a nossa cidade e região”.



De acordo com a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico (SDE), a fonte eólica gerou mais de 78,8 mil empregos na Bahia em toda cadeia produtiva e mais de 57,8 mil postos de trabalho diretos na fase de construção dos parques eólicos no Estado que já estão em operação. A previsão é que sejam criados mais 69 mil empregos diretos e indiretos para os parques que estão em construção e os que a construção ainda não foi iniciada.

Próximas etapas – Para o funcionamento do Complexo Eólico Tucano, conforme a AES Brasil, faltam a finalização de algumas etapas: construção das vias de acesso, plataformas e fundações dos aerogeradores, rede de média tensão, subestação, linha de transmissão, bay de conexão e instalação de 52 turbinas.

A operação do Complexo Eólico Tucano, acrescenta Rodrigo D’Elia, intensifica a expectativa de estabelecer a liderança da Bahia na geração de energia eólica. O Estado já ocupa o segundo lugar no ranking dos cinco principais estados em geração de energia eólica, ficando atrás apenas do Rio Grande do Norte, entretanto produzindo um maior volume de energia do que o terceiro e o quarto maiores estados produtores juntos, respectivamente, Ceará e Rio Grande do Sul, de acordo com dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica, inseridos na edição de setembro do Informe Executivo de Energia Eólica e Solar.

Parcerias – Além da utilização de cerca de mil empregados diretos no auge da construção, a execução do empreendimento da AES Brasil terá impactos de destaques na economia e educação de Tucano. Um exemplo é a parceria entre a Secretaria de Educação de Tucano com a Companhia AES Brasil para implementar o projeto de incentivo ao conhecimento com a implantação de sala de leitura em uma escola local.

Em uma parceria com o Senai Bahia e a Prefeitura de Tucano, já foram ofertados cursos gratuitos de formação de mão de obra especializada, com aproveitamento de alunos para o canteiro de obras do complexo. Segundo a AES, ainda há previsão de novas vagas em cursos gratuitos com o objetivo de incentivar a participação feminina na área.

Com gás a mais de R$ 100, brasileiro já usa mais fogão à lenha na cozinha

Com o gás de cozinha custando mais de R$ 100 e a crise corroendo o orçamento das famílias mais pobres, a lenha ganhou espaço nos lares brasileiros durante a pandemia. Em 2020, o consumo de restos de madeira em residências aumentou 1,8% frente a 2019, segundo a Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Famílias estão guardando botijões de gás para usar apenas em emergências, e outras até venderam o fogão para fazer dinheiro na crise. Como solução, recorrem à lenha e ao carvão vegetal para cozinhar, um retrocesso em saúde e qualidade de vida.

Até 1970, 80% dos lares usavam pedaços de madeira para cozinhar e se aquecer. Com a massificação da eletricidade e do gás liquefeito de petróleo (GLP), o como gás de cozinha, esse quadro se alterou. Hoje, a eletricidade é a principal fonte de energia, mas a lenha ainda ocupa a segunda colocação na matriz residencial, com 26,1% de participação, seguida do GLP (24,4%), de acordo com a EPE.

O gás estava sendo mais consumido do que a lenha até 2017, quando o preço do botijão começou a disparar. Naquele ano, a Petrobras alterou sua política de preços e começou a reajustar o GLP toda vez que a cotação do petróleo e o câmbio subiam, assim como já fazia com a gasolina e o óleo diesel.

Como a commodity se valorizou muito no ano passado, o GLP disparou no Brasil. O resultado foi um crescimento ainda maior do consumo de lenha em 2020, um ano de deterioração do mercado de trabalho e escalada da inflação. As estatísticas de 2021 ainda não estão disponíveis. A projeção do órgão de planejamento energético do governo, no entanto, é de que o uso da lenha encolha apenas com “a retomada do crescimento da economia e o aumento da renda”.

“Até a metade do século 18, a lenha era a energia predominante, antes da invenção da máquina a vapor. Com o avanço tecnológico, o carvão e, depois, o petróleo e o gás assumiram a dianteira como fonte de energia. O avanço da lenha no Brasil representa um retrocesso em 200 anos”, afirma Rodrigo Leão, pesquisador do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep).

Algumas alternativas de baixo custo e emissão de carbono até são estudadas pela EPE. Uma delas é o aproveitamento de resíduos sólidos urbanos para produzir gás. “Poderiam ser construídos grandes biodigestores e canais de distribuição de biometano nas comunidades, por exemplo. Mas esbarramos em muitas dificuldades, até na coleta seletiva do lixo”, diz Carla Achão, superintendente de Estudos Econômicos, Energéticos e Ambientais da EPE.

Sem alternativas. Enquanto novas soluções não saem do papel, a demanda por lenha avança entre os mais pobres. Para essa fatia da população, o peso da inflação nos gastos do dia a dia é 32% maior do que para os mais ricos, segundo cálculos do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A alta do gás foi um dos principais fatores para que os mais pobres sintam mais o peso da inflação, diz o Ipea.

Apenas neste ano, a Petrobras já reajustou o preço do GLP em 47,53%. Desde o início de 2020, a alta acumulada é de 81,5%. O aumento mais recente, de 7%, foi anunciado na sexta-feira, após 95 dias de estabilidade e forte pressão política para segurar o preço.

Um programa de acesso ao gás de cozinha está sendo elaborado pela estatal. O conselho de administração da empresa aprovou a liberação de R$ 300 milhões, em 15 meses, para ajudar as camadas mais pobres a comprar o botijão. O modelo de distribuição desse dinheiro ainda não está definido. Se fosse usado para custear integralmente o produto, esse valor seria suficiente para beneficiar 400 mil famílias (considerando o botijão a R$ 100 e a duração de um botijão por dois meses), um número de pessoas pequeno frente aos cerca de 15 milhões inseridos no Programa Bolsa Família.

“É possível que parte da população que passou a utilizar a lenha na pandemia não consiga voltar a consumir o GLP imediatamente, no pós-pandemia. A lacuna econômica que se formou não será extinta na mesma velocidade da retomada. E, ainda, uma parte dessa mesma população vai pensar em comer carne antes de comprar gás. Esse é um problema social que vai além da questão do gás e precisa ser analisado de forma mais estruturada e em conjunto com programas sociais”, avalia Anderson Dutra, sócio da KPMG e especialista em energia e recursos naturais.

Ambev anuncia aumento no preço de cervejas para outubro

Ambev anunciou na nesta terça-feira (28), que vai aumentar o preço de sua cervejas. A empresa que é detentora de marcas como Brahma, Skol, Antarctica, Bohemia e Stella Artois deve reajustar os valores já a partir de 1º de outubro.

Em comunicado enviado para clientes e distribuidores, a cervejaria informou que a alteração vai seguir a variação da inflação, dos custos, câmbio e carga tributária. De acordo com a cervejaria, o reajuste pode variar entre regiões, marcas, embalagens e segmentos.

A Ambev, que concentra 60% de participação de mercado no Brasil, não informou qual será a faixa de reajustes. De acordo com a a Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes), o aumento de preços deve ser alinhado com a inflação acumulada nos últimos 12 meses, ou seja, em torno de 10%.

Bolsonaro diz que discutiu formas de diminuir preço dos combustíveis na Petrobras

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou nesta segunda-feira (27) que se reuniu com o ministro Bento Albuquerque (Minas e Energia) para discutir formas, na Petrobras, de “diminuir o preço” de combustíveis “na ponta da linha”.
 

“Hoje estive com o ministro Bento, conversando sobre a nossa Petrobras, o que podemos fazer para melhorar, diminuir o preço na ponta da linha. Onde está a responsabilidade? Eu usei muito nos últimos dias uma outra passagem bíblica: por falta de conhecimento meu povo pereceu. Nós temos que ter conhecimento do que está acontecendo antes de culpar quem quer que seja”, declarou o mandatário.
 

Bolsonaro já manifestou incômodo no passado com a política de preços da Petrobras e com os reajustes nos valores da gasolina.
 

Uma das principais preocupações de auxiliares é com o atual aumento de preços no país, inclusive os combustíveis.
 

Durante evento alusivo aos 1.000 dias de governo, no Palácio do Planalto, Bolsonaro se referiu aos atuais valores de venda da gasolina.
 

“Temos muitos obstáculos. São intransponíveis? Não, mas depende do entendimento de cada um. Alguém acha que eu não queria a gasolina a R$ 4 ou menos? O dólar a R$ 4,50 ou menos? Não é maldade da nossa parte, é uma realidade. E tem um ditado que diz ‘nada não está tão ruim que não possa piorar’. Nós não queremos isso porque temos um coração aberto”, declarou.
 

Ele também defendeu sua decisão de demitir, no início do ano, o ex-presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco. Para o lugar do executivo, Bolsonaro indicou o general Joaquim Silva e Luna, o que foi criticado como tentativa de interferir na petroleira.
 

“Alguns acham que eu tenho o poder de decidir as coisas dentro da Petrobas. Nos Estados Unidos ninguém culpa o governo pelo que acontece nos combustíveis. Aqui o grande acionista [da Petrobras] é o governo federal, mas temos normas, temos regras, tem a lei paridade e tantas e tantas outras coisas. Quando eu resolvi mudar o presidente da Petrobras a mesma perdeu dezenas de bilhões de reais e me acusaram de interferir. É um direito meu”, declarou.

Botijão pode passar de R$ 100 com disparada do preço internacional do gás

A escalada da cotação internacional do propano, matéria-prima para o gás de cozinha, joga pressão sobre os preços do botijão, que já se aproximam dos R$ 100, em média, no país. Em alguns locais mais distantes, esse valor até já é praticado. Apesar desse aumento pesar no bolso do consumidor, o mercado vê grande defasagem dos preços internos e espera novo reajuste em breve.
 

Impulsionada pela demanda chinesa por matérias-primas petroquímicas, a cotação do propano na região do Golfo do México, nos Estados Unidos, subiu quase 15% em um mês. Em 2021, o valor do produto tem alta acumulada de 96%.
 

Os preços desse combustível costumam subir durante o inverno no hemisfério norte, quando a demanda por aquecimento cresce.
 

“Este ano, contudo, os preços subiram durante os meses de verão, quando os estoques normalmente são recompostos, devido à alta demanda internacional e à menor oferta global”, diz o Departamento de Energia dos Estados Unidos.
 

O movimento, diz a agência de informações do departamento, é global. O desequilíbrio entre a crescente demanda e a reduzida produção, afirma, levou os preços na Ásia e na Europa a mais do que dobrarem no período de um ano.
 

Assim, a tendência é que as elevadas cotações se mantenham pelos próximos meses, com possíveis impactos para o consumidor brasileiro, que já vem sofrendo com a escalada interna em meio ao um cenário de elevado desemprego.
 

A Petrobras não reajusta o preço do gás de cozinha desde o início de julho, quando promoveu aumento de 6%, e vem operando abaixo da paridade de importação calculada pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis) há três semanas consecutivas.
 

Na semana passada, seu preço de venda em Santos, um dos dois pontos de importação do produto no país, estava 7% abaixo do valor considerado adequado pelo órgão regulador. Empresas do setor, porém, falam que a diferença é ainda maior, considerando que a estatal tem ganhos de eficiência nas importações.
 

A Petrobras vem repetindo que mantém a política de alinhamento às cotações internacionais, mas “busca evitar o repasse imediato para os preços internos da volatilidade externa causada por eventos conjunturais”.
 

A estatal alega também que o conceito de paridade de importação varia de acordo com a estrutura e a eficiência comercial de uma empresa. Durante parte do ano, segundo os dados da ANP, a Petrobras praticou preços do gás acima da paridade de importação.
 

Na semana passada, a companhia foi alvo de críticas do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e do presidente da Câmara, Arthur Lira (DEM-AL) por mexer nos preços com muita frequência. Lira chegou a sugerir que a empresa deveria “dividir com o povo brasileiro o pouco da riqueza”.
 

Embora a Petrobras não tenha mexido no preço do gás de cozinha desde julho, o produto continua em alta na revenda. Na semana passada, o botijão bateu R$ 98,33, alta de 1,5% em relação ao praticado na semana anterior e de 5% em um mês.
 

Apenas em 2021, o o preço médio do botijão de 13 quilos subiu 30%. No ano, a Petrobras aumentou seu preço de refinaria em 38%, acompanhando a recuperação do petróleo e a desvalorização cambial.
 

O cenário vem levando famílias de baixa renda a optar por lenha ou carvão para cozinhar, o que gerou no Congresso um esforço para aprovar um subsídio para a compra do combustível.
 

Na semana passada, o deputado federal Christino Áureo (PP-RJ) concluiu relatório sobre projeto de lei que cria o programa Gás Social, que garantiria metade do valor do botijão a inscritos nos programas sociais do governo com recursos dos royalties do petróleo e da Cide (contribuição cobrada sobre a venda de combustíveis).

Horário de verão: as vantagens e desvantagens da polêmica mudança do relógio

O horário de verão voltou ao debate nesta semana, após o Ministério de Minas e Energia (MME) pedir ao Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) — órgão responsável pela coordenação e operação do sistema elétrico brasileiro — um novo estudo sobre a medida, diante da “atual conjuntura de escassez hídrica”.

A notícia sobre o novo estudo gerou especulações sobre uma possível volta do horário especial. Mas o ministro Bento Albuquerque reafirmou que a avaliação da pasta é de que “não há necessidade do retorno do horário de verão em 2021”.

“A contribuição do horário de verão é limitada, tendo em vista que, nos últimos anos, houve mudanças no hábito de consumo de energia da população, deslocando o maior consumo diário de energia para o período diurno”, disse Albuquerque, em nota à Folha de S. Paulo.

“Assim, no momento, o MME não identificou que a aplicação do horário de verão traga benefícios para redução da demanda”, completou o ministro.

A HISTÓRIA DO HORÁRIO DE VERÃO

O horário de verão foi instituído pela primeira vez no Brasil em 1931, durante o governo de Getúlio Vargas. À época, dizia o Diário de Noticias: “a prática dessa medida, já universal, traz grandes benefícios ao público, em consequência da natural economia de luz artificial”.

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Brasil tem recorde de 30,2 milhões de pessoas recebendo até um salário mínimo

O Brasil tem 30,2 milhões de pessoas sobrevivendo com até um salário mínimo, o recorde histórico de brasileiros nessa condição Os números integram um estudo elaborado pela consultoria IDados, com base nos indicadores da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) do segundo trimestre, e foram divulgados pelo portal G1.

A quantidade de brasileiros que possuem uma renda mensal de até R$ 1,1 mil, neste momento, é um pouco maior do que toda a população da Venezuela. Proporcionalmente, 34,4% dos trabalhadores no país recebem até um salário mínimo, também considerado o patamar mais alto já apurado desde a série histórica, em 2012.

Nesse sentido, a pesquisa revela que os brasileiros podem até conseguir algum tipo de trabalho, seja na informalidade ou como conta própria, mas estão sendo mal remunerados. Essa realidade piora ainda mais porque o orçamento das famílias tem sido consumido pela alta de alimentos, energia elétrica e combustível: no acumulado de 12 meses, a inflação já está próxima de 10%.

Ainda de acordo com a pesquisa, uns grupos são mais prejudicados que outros nesse contexto de crise. Dos 30,2 milhões que recebem até um salário mínimo, 20 milhões são pessoas de pele preta ou parda. Percentualmente, esse número representa 43,1% dos brasileiros negros.

Cesta básica sobe em 13 das 17 capitais pesquisadas pelo Dieese

O custo médio da cesta básica em agosto teve alta em 13 das 17 capitais pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). O levantamento, divulgado nesta quarta-feira (8), mostra que os maiores aumentos foram em Campo Grande (3,48%), Belo Horizonte (2,45%) e Brasília (2,10%). As informações são da Agência Brasil.
 

As quedas nos preços foram registradas em Aracaju (-6,56%), Curitiba (-3,12%), Fortaleza (-1,88%) e João Pessoa (-0,28%).
 

A cesta mais cara é a de Porto Alegre que custa R$ 664,67 e teve alta de 1,18% em agosto. A de Florianópolis é a segunda mais cara (R$ 659), com elevação de 0,7% no mês. A de São Paulo ficou em R$ 650,50, com variação de 1,56%.
 

A cesta básica mais barata é a de Aracaju, no valor de R$ 456,40, seguida pela de Salvador (R$ 485,44) e de João Pessoa (R$ 490,93).
 

Em Brasília, a cesta básica acumula alta de 34,13% em relação a agosto de 2020 e custa, hoje, R$ 594,59. Na comparação com agosto do ano passado, o conjunto básico de alimentos teve elevação nos preços em todas as capitais pesquisadas.
 

Nos primeiros oito meses de 2021, a cesta básica teve aumento de 11,12% em Curitiba, o maior no período, com valor atual de R$ 600,47.
 

Entre os produtos que ajudaram a puxar a alta no custo, está o café em pó que subiu em todas as capitais. A elevação chegou a 24,78% em Vitória. O açúcar teve alta em 16 capitais, com aumentos que ficaram em 10,54% em Florianópolis e 9,03% em Curitiba.
 

O litro do leite integral subiu em 14 capitais pesquisadas, com alta de 5,7% em Aracaju e de 2,41% em João Pessoa.

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