Estudante de Araci apresenta projeto de luvas de bioplástico de sisal ao presidente Lula

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participou nesta terça-feira (5) da abertura da 21ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT), em Brasília. Durante o evento, Lula conheceu Isabel Oliveira, estudante do Colégio Cetep, em Araci, no interior da Bahia, que apresentou seu projeto de luvas biodegradáveis feitas de bioplástico de sisal.

Em um vídeo publicado nas redes sociais, o presidente cumprimenta Isabel, que contou ao chefe do Executivo detalhes da iniciativa e posou para uma foto ao lado dele.

A SNCT, organizada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, é o principal evento de divulgação científica do país, com o tema deste ano “Biomas do Brasil: diversidade, saberes e tecnologias sociais”. A programação vai até o dia 10, com atividades na capital federal.

O evento conta com palestras, seminários, visitas guiadas, oficinas, hackatons de combate à desinformação, lançamentos de publicações e documentários, além de entregas de medalhas para vencedores de olimpíadas do conhecimento. Durante a visita, Lula deve interagir com estudantes e expositores, visitar estandes e anunciar novos acordos de cooperação e chamadas públicas.

Interessados na programação podem participar remotamente, por meio de atividades online, ou presencialmente na área ao redor do Museu Nacional de Brasília, no centro da capital.

Assista ao vídeo abaixo em nosso perfil no Instagram.

Estudantes de Santa Bárbara utilizam maracujá-do-mato para criar velas aromáticas

Um levantamento divulgado pela empresa de pesquisa de mercado Kantar Worldpanel indica que 50% dos consumidores do setor de bem-estar optam por produtos com ingredientes de origem natural quando se trata de cuidados pessoais. A informação inspirou Kelly dos Anjos e Maria Clara Oliveira, estudantes pesquisadoras do Colégio Estadual Professor Carlos Valadares, localizado no município de Santa Bárbara, região Nordeste, para desenvolver e comercializar velas aromáticas utilizando maracujá-do-mato.

O ingrediente principal, também conhecido como maracujá da Caatinga, é uma fruta abundante na região, popular pelas propriedades medicinais que possui. Maria Clara, jovem cientista, conta que o produto é uma possível alternativa para um empreendimento sustentável.

“Para este projeto, elaboramos uma solução natural, que, além de evitar o desperdício de uma fruta farta em nossa região, promove o comércio local, já que prezamos pela popularização da receita das velas à base de maracujá do mato”, explica a jovem pesquisadora.

O incentivo à cultura maker, ou ‘faça você mesmo’, é uma iniciativa que promove práticas artesanais, valorizando a biodiversidade e fortalecendo a comunidade de Santa Bárbara por meio da colaboração entre os habitantes.

Segundo a estudante pesquisadora, o compartilhamento de instruções para a criação de velas aromáticas estimula o desenvolvimento de produtos artesanais e movimenta a economia local, contribuindo para o progresso socioeconômico da região. Essa abordagem prática fomenta um ambiente de aprendizado dinâmico e inovador, essencial para o crescimento sustentável da comunidade.

Nessa etapa, as pesquisadoras estão avaliando novas matérias-primas nativas do Nordeste da Bahia, que têm potencial para ser utilizadas na fabricação. O principal critério é fabricar itens de modo sustentável, com benefícios aromáticos e medicinais.

O maracujá-do-mato, por exemplo, possui um aroma mais suave e fresco do que o fruto comum, tornando-o componente ideal para um produto que proporciona relaxamento.

Governo Lula estuda proibir uso de celulares nas escolas

O governo Luiz Inácio Lula da Silva, por meio do Ministério da Educação elabora um projeto de lei que prevê a proibição do uso de celulares nas escolas da rede pública e privada de ensino. O texto deve ser divulgado pela pasta em outubro.

A proposta vai dar segurança jurídica para os estados e municípios que já discutiam a medida. A ideia foi defendida em um relatório divulgado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), citando Estados Unidos, Finlândia, México, Suíça, Itália e Espanha como exemplos de países que já adotaram a restrição.

Atualmente, 28% das escolas urbanas e rurais do país já proíbem o uso do aparelho. Os números são do levantamento feito pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil, que aponta ainda que seis em cada dez unidades de ensino adotaram alguma regra de utilização dos celulares.

Barrocas se destaca no Ideb 2023 na região do sisal; saiba a nota de Teofilândia

O Ministério da Educação (MEC) e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgaram os resultados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (ldeb) 2023, indicador utilizado para medir a qualidade da educação do Brasil.

O resultado é referente às notas de todos os alunos dos municípios brasileiros. Na região do sisal quem se destacou nos Anos Inicial e Final foi Barrocas, que liderou nos números. O município alcançou notas 5,4 nos Anos Iniciais e 4,9 Anos Finais. A média brasileira ficou em 6,0 (A.I) e 5,0 (A.F).

Outros municípios que se destacaram foram Ichu, Valente, São Domingos e Queimadas. Teofilândia obteve notas 4,4 nos Anos Iniciais e 3,6 (Anos Finais). A pior média ficou com Itiúba.

Confira todas as notas das cidades da região do sisal na imagem abaixo.




Bahia não cumpre meta do MEC para a educação, aponta Ideb

Os dados divulgados ontem pelo Ministério da Educação (MEC) apontam que a Bahia está longe de alcançar as metas estabelecidas pelo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (ldeb).O estado baiano deveria ter alcançado uma nota de 4,5 para o Ensino Médio, que é de responsabilidade do governo estadual, mas obteve apenas 3,7. Para especialistas, a distância enorme para a meta principal é preocupante.

O índice divulgado ontem mostrou que a Bahia cresceu somente dois décimos em relação ao Ideb de 2021, quando o estado registrou a nota de 3,5. “Quando fazemos o comparativo com outros estados, percebemos que somos o nono Ideb dentro do país. Isso quer dizer que não estamos bem. Dois pontos não representam qualquer tipo de conquista da qualidade educacional que possamos festejar. Nós estamos ainda muito mal no que concerne às metas necessárias para uma educação de qualidade na Bahia”, pontuou o professor titular da Faculdade de Educação da Universidade Federal da Bahia (Faced/Ufba), Roberto Sidnei Macedo.

O Ideb é uma medida composta pelas notas de desempenho dos estudantes brasileiros, que são apuradas pelo Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), juntamente com as taxas de aprovação, reprovação e abandono, apuradas no Censo Escolar. Ele varia de 0 a 10. Quanto melhor o desempenho dos estudantes e o índice de aprovação, mais elevado será o Ideb.

Os índices negativos da Educação baiana refletem em outras áreas. Isso porque, segundo Roberto Macedo, o indicador reproduz desigualdades sociais. “Também comete-se um erro social, produzindo uma injustiça social que concerne às condições necessárias de aprendizado para que as pessoas possam exercer plenamente a cidadania. Estamos olhando para uma realidade que só uma elite do nosso país tem as condições concretas para o exercício da cidadania como condição”, explicou.

Presidente executiva do Movimento Todos pela Educação, Priscila Cruz avaliou que a situação da Bahia ainda permanece “complicada e é de alerta vermelho”. Para ela, o país precisa resolver com celeridade a questão da estagnação das metas. “O Brasil está no patamar de antes da pandemia, o que é muito ruim porque o mundo avança, a tecnologia avança, e a gente não avançou”, acrescentou.

Para alcançar a meta estabelecida pelo MEC, estratégias precisam ser elaboradas pelo governo estadual. Macedo disse que para ter o índice ideal deve haver a união de dois fatores: formação contínua de professores e condição de trabalho docente na completude das necessidades do sistema educacional da Bahia.

“Adensar os sistemas com professores com contratos precários, como são os Redas (Regime Especial de Direito Administrativo), na realidade, é uma alternativa que não eleva a qualidade de educação da Bahia. São trabalhadores precarizados. Há necessidade de professores concursados, com salários dignos, assistência digna, para que a qualidade do trabalho docente reverta no Ideb”, complementou.

A Secretaria de Educação do Estado da Bahia (SEC-BA) disse que a Bahia teve avanços na área. Segundo a secretária da pasta, Rowenna Brito, os resultados foram obtidos por “investimentos importantes no acesso, permanência e aprendizagem dos nossos estudantes”.

Estudantes de Santa Bárbara unem tecnologia e sustentabilidade na criação de horta inteligente e brinquedos recicláveis

ma equipe de 20 alunos do Colégio Estadual Professor Carlos Valadares (CEPCV), em Santa Bárbara, vêm implementando projetos que unem tecnologia e sustentabilidade para gerar impactos na região onde vivem. Entre as realizações do grupo, esta a criação de uma Horta Inteligente de Irrigação Automática e o desenvolvimento de Brinquedos Robóticos com Materiais Recicláveis.

Os alunos do 3º ano do Ensino Médio integrado ao Curso Técnico em Agroindústria recebem orientação da professora Hevelynn Franco Martins, que está conduzindo 48 projetos na escola. “Implementar essas atividades fará com que se tornem adultos maduros, atentos às novas tecnologias e à responsabilidade social”, define Hevelynn. A professora faz parte de um grupo de dez professores baianos selecionados para o Encontro Nacional de Educação Steam, na Universidade de São Paulo (USP), em setembro.

A Educação Steam é uma abordagem pedagógica que visa a integração das áreas de Ciência, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática. No CEPCV, um dos projetos utiliza Cultura Maker e Steam para desenvolver 35 brinquedos robóticos com material reciclável, que serão doados para crianças carentes de Santa Bárbara.

“Este projeto nos cativou para a preservação do meio ambiente e nos motivou a estudar sobre tecnologia. Produzir cada brinquedo para doar nos motivou a trabalhar com mais compaixão e seriedade. Agradecemos à professora Hevelynn por plantar essa semente em nossos corações”, declarou o estudante Ruan Pablo Sousa Santos.

Outro projeto visa a criação de um robô para medir a umidade do solo e realizar a irrigação automaticamente, otimizando o uso da água, melhorando o crescimento e a produtividade das plantas, além de reduzir o trabalho manual, monitorar as condições da horta, promover a sustentabilidade e conscientizar as pessoas sobre a necessidade de uma alimentação saudável com uma ferramenta educativa e divertida para todas as idades.

“A professora despertou a vontade de desenvolvermos um projeto que envolvesse robótica e sustentabilidade. Este é nosso primeiro contato com a robótica, estamos apaixonados pelas possibilidades. Sem dúvidas, será uma das nossas opções de carreira”, disse a estudante Isabelle Estrela Matos.

Governo do Estado entrega vans escolares que vão atender estudantes da zona rural de 54 municípios

Os estudantes da zona rural de 54 municípios baianos serão beneficiados com vans escolares entregues, nesta segunda-feira (20), pelo Governo do Estado. O ato ocorreu no Parque de Exposições, em Salvador, e contou com a participação do governador Jerônimo Rodrigues.

O chefe do executivo baiano destacou o comprometimento com a mobilidade e segurança dos estudantes por meio da entrega dos veículos. “Aqui é transporte. Primeira segurança dos estudantes e é um carro confortável, com agilidade no tempo, que facilita a mobilidade”, pontuou. Jerônimo ainda acrescentou que “essas vans não estão soltas no contexto da educação, nós estamos tratando de escolas novas, de contratação de pessoal, de programas sociais que garantem a permanência dos estudantes na escola”, reforçou.

Foram destinados quase R$ 15 milhões na aquisição e preparação das 54 vans. O valor foi oriundo de emendas parlamentares. Esses veículos vão impactar positivamente na rotina diária dos estudantes que moram distante das sedes, ao proporcionar conforto, pontualidade e menor tempo nas viagens, contribuindo com a formação educacional e social deles.

De acordo com a secretária da Educação em exercício, Rowenna Brito, além das escolas de tempo integral, os investimentos em educação passam por ações como essa. “Isso garante que o estudante consiga chegar na hora certa na escola. Isso garante segurança nesse transporte escolar e, sobretudo, a permanência do estudante”, comentou.

Atualmente, a rede estadual de ensino tem aproximadamente 121.500 mil estudantes que residem na zona rural, onde há necessidade de transporte escolar para acessar as unidades. O Governo do Estado vem contribuindo com a renovação da frota própria dos municípios, adquirindo ônibus rurais e vans escolares, o que aumenta a qualidade do serviço para os estudantes, tanto municipais quanto estaduais.

O prefeito da cidade de Ipirá, Edvonilson Santos, conhecido como Dudy, falou da parceria com o governo baiano para a ampliação da frota. “Para a gente é muito importante e que venham mais vans para que a gente possa ofertar para a nossa classe estudantil. Se não houvesse essa parceria com o Governo do Estado, a gente não teria condição de ofertar tanto serviço e obra, que o povo tanto necessita”, ressaltou.

Municípios contemplados

Os 54 veículos foram destinados para Banzaê, Barra, Boninal, Cachoeira, Caem, Camaçari, Canudos, Casa Nova, Catu, Central, Cipó, Correntina, Dom Macedo Costa, Governador Mangabeira, Guanambi, Ibicaraí, Ibititá, ibotirama, Ilhéus, Ipirá, Itabela, Itacaré, Itaetê, Itapitanga, Itaquara, Ituberá, Jaguarari, Jequié, Juazeiro/Uneb, Lajedinho, Lençóis, Licínio de Almeida, Madre de Deus, Mansidão, Maracás, Matina, Monte Santo, Olindina, Paulo Afonso/Uneb, Poções, Presidente Tancredo Neves, Rio Real, Santa Bárbara, Santo Estevão, Sátiro Dias, Seabra, Serra Dourada, Sítio do Mato, Sobradinho, Tanque Novo, Ubaíra, Ubaitaba, Vitória da Conquista e Wanderley.

Professores estaduais aprovam nova paralisação em meio a entrave com governo Jerônimo sobre reajuste salarial

A proposta de reajuste salarial de 5,69% para professores da rede estadual sugerida pelo governo de Jerônimo Rodrigues (PT) segue gerando insatisfação na categoria. Após 18 assembleias realizadas nesta sexta-feira (18), a APLB (sindicato dos professores estaduais) aprovou uma nova paralisação nas próximas segunda (20) e terça-feira (21) com o objetivo de pressionar o governo da Bahia.

Essa movimentação tem sido recorrente. Inclusive, nesse meio tempo a categoria tem comparecido à sede da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), no Centro Administrativo da Bahia (CAB) para intensificar as reivindicações. De acordo com a nota da APLB, a paralisação vai ocorrer na rede estadual de ensino em todo o estado da Bahia.

“No resultado, a grande maioria aprovou paralisação na rede estadual de ensino, na próxima segunda e terça-feira (20 e 21). Os trabalhadores em Educação estarão mobilizados, na Assembleia Legislativa da Bahia, no CAB, em Salvador, nos dias de paralisação, a partir das 9h, para pressionar os parlamentares por um reajuste digno durante a sessão de votação dos projetos de reajuste de salário”, dizia o comunicado do sindicato.

Mesmo com consecutivas paralisações, de acordo com o que o presidente da APLB, Rui Oliveira, informou ao Bahia Notícias, o governo da Bahia ainda não sentou para negociar com os servidores públicos baianos, em especial os professores estaduais, acerca do reajuste salarial linear de 4% voltado para todos os servidores públicos estaduais. A ideia do governo Jerônimo é  que 2% sejam concedidos a partir de 1º de maio de 2024 e os outros 2% a partir de 31 de agosto de 2024, para todos os servidores ativos e inativos.

Na visão do dirigente, o Governo Jerônimo está adotando a estratégia de “estancar a sangria”, diminuindo a tensão com a liberação dos precatórios, mas ressaltou que a proposta de reajuste de 4% que foi enviada à AL-BA não está sendo pautada.

Segundo previsão do governo, o reajuste previsto produzirá um acréscimo na despesa de pessoal para o exercício de 2024 no valor estimado de R$ 463,7 milhões. “Já para os anos de 2025 e 2026, o acréscimo de despesa será de R$890.620.551,00, cada ano”, diz trecho da mensagem enviada pelo governador.

Além do reajuste de 4%, que abrange todos os servidores estaduais, também há um segundo reajuste de 5,69% voltado exclusivamente aos professores da Bahia. No entanto, essa outra proposta foi rejeitada pela categoria que a julgou insuficiente.

Professores rejeitam proposta de reajuste do governo e aprovam paralisação em toda Bahia

Os professores baianos da rede estadual de ensino aprovaram uma paralisação nas próximas segunda (29) e terça-feira (30), após uma assembleia realizada nesta quinta-feira (25). Na oportunidade, de acordo com nota da APLB-Sindicato, entidade que representa a categoria, foi analisada a proposta de reajuste do Governo da Bahia, de 5,69%, julgada insuficiente pela maioria dos professores presentes.

“A APLB-Sindicato realizou, nesta quinta-feira (25/04), assembleias regionais em todo o estado, para avaliar a proposta de reajuste do Governo da Bahia – que é de 5,69%, com pagamento fracionado. Por maioria absoluta – mais de 90% -, os (as) trabalhadores (as) da rede estadual de Educação rejeitaram a oferta do Executivo e aprovaram paralisação das atividades por 48 horas, na segunda (29) e na terça-feira (30)”, dizia a nota do sindicato.

Ainda de acordo com a APLB, as assembleias também aprovaram a realização de uma manifestação na segunda-feira (29), às 9h, no COI da Secretaria Estadual de Segurança Pública (SSP-BA), no Centro Administrativo da Bahia (CAB), em Salvador. A atividade será em conjunto com a Federação de Entidades de Servidores Públicos do Estado (Fespeba), que inclui, além da APLB, o Sindsaúde, Sinpojud, Sindpoc, Sindsefaz, Sinspeb, Sintest e o Sincontas.

No interior do estado, as manifestações serão nos Núcleos Territoriais de Educação (NTEs) de cada região. Confira abaixo todas as regiões que aderiram às paralisações nos dias 29 e 30:
 

  • Recôncavo baiano
  • Leste
  • Serrana
  • Nordeste
  • Sudoeste
  • Litoral Norte
  • Oeste 
  • São Francisco 
  • Cacaueira
  • Sul
  • Metropolitana
  • Diamantina Sul
  • Centro Oeste
  • Noroeste
  • Sertão
  • Sisaleira
  • Norte 
  • Diamantina Norte
  • Chapada do Oeste

Bahia tem menor taxa de jovens de 18 a 24 anos no Ensino Superior do país

A Bahia tem a menor taxa de jovens de 18 a 24 anos cursando Ensino Superior do Brasil. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC), do IBGE, a proporção de pessoas no estado nesta etapa da educação ficou em 17,1% em 2023. Nenhum dos outros estados do país teve uma porcentagem inferior. O dado negativo foi registrado mesmo com o aumento na proporção de pessoas dessa faixa etária cursando o Ensino Superior, que era de 15,0% em 2022.

Isso porque, de 2022 para 2023, a Bahia perdeu 34 mil estudantes de 18 a 24 anos e chegou a 29,9% de alunos ativos nessa faixa etária, o menor percentual registrado desde que o PNADC começou a avaliar esse indicador, em 2016. Esse é o terceiro ano consecutivo que o estado apresenta queda em estudantes dessa idade.

O IBGE aponta que, a princípio, estudantes dessa faixa etária deveriam estar acessando o Ensino Superior. No entanto, dos 29,9% dos jovens baianos entre 18 a 24 anos que estavam estudando em 2023, cerca de 195 mil pessoas (42,8%) estavam atrasados, em etapas anteriores do ciclo escolar.

Apenas cerca de 260 mil pessoas (57,2%) desse quantitativo estavam devidamente regularizadas no Ensino Superior. Além do atraso, o ano de 2023 representa o menor número absoluto (455 mil) de estudantes ativos dessa idade na Bahia desde o início da série histórica da PNADC.

Os números são negativos também em relação ao percentual de pessoas com 25 anos ou mais que tenham Ensino Superior no estado. Entre os baianos dessa faixa etária, apenas 11,9% estão nessa situação, a menor porcentagem do Brasil segundo o levantamento. 

Nas demais faixas etárias, houve aumento na taxa de escolarização do estado. O mais intenso ocorreu entre as crianças de 0 a 3 anos, na qual a frequência à creche ou pré-escola passou de 30,6% para 34,7%, o que significou um aumento de 15 mil pessoas no período.

No Brasil como um todo, a taxa de escolarização também variou negativamente entre 2022 (27,2%) e 2023 (27,1%), mas numa intensidade menor do que na Bahia. Houve recuos em 15 das 27 unidades da Federação, e a redução baiana foi a 9ª maior.

No ano passado, no país, frequentavam a escola 38,7% das crianças de 0 a 3 anos; 92,9% na faixa de 4 a 5 anos; 99,4% das pessoas de 6 a 14 anos; 91,9% dos adolescentes de 15 a 17 anos; 30,5% dos jovens de 18 a 24 anos e 5,0% dos adultos de 25 anos ou mais.

Foto: Antônio Queirós/GOVBA

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