Lula anuncia Rui Costa para assumir a Casa Civil; outros nomes também foram anunciados

Foto: Nicole Angel / Bahia Notícias

O atual governador da Bahia, Rui Costa, irá assumir a Casa Civil no ano que vem. O anúncio foi feito pelo presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), durante entrevista coletiva na sede do gabinete de transição, no Centro Cultural Banco do Brasil, em Brasília. 

Como já havia sendo previsto por aliados políticos do PT, ficará no comando de uma das pastas mais relevantes na Esplanada dos Ministérios. Nos primeiros mandatos de Lula, a Casa Civil foi comandada por Dilma Rousseff, que já foi presidente da República, e José Dirceu, que já teve mandato de deputado federal.

Além de Rui, outros três ministros foram anunciados: Fernando Haddad (PT), na Fazenda, José Múcio (PSB), na Defesa, Flávio Dino (PSB), no Ministério da Justiça e Mauro Vieira, nas Relações Exteriores.

O primeiro anúncio foi o de Haddad. Tido pelo mercado e pelo meio político como um nome polêmico, ele já atuou como ministro da Educação e também foi governador de São Paulo (SP). De acordo com o anúncio feito pelo presidente Lula, o atual ministério da Economia deveria ser desmembrado em três: Fazenda; Indústria, Comércio Exterior e Serviços; e Planejamento, Gestão e Orçamento. 

No Ministério da Defesa, estará o ex-presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), José Múcio Monteiro. Seu nome foi o terceiro anunciado por Lula.

O senador eleito, ex- juíz federal e ex-governador do Maranhão, Flávio Dino (PSB), foi o quarto e irá assumir o ministério de Justiça Segurança Pública. Sendo um dos primeiros nomes cotados para a pasta, ainda no começo da transição, Dino é coordenador do grupo técnico que trata da área. 

Outro nome que volta na composição da Esplanada dos Ministérios é o de Mauro Vieira, que irá assumir o Itamaraty. Vieira foi ministro das Relações Exteriores entre 2015 e 2016. Ele foi o último anunciado.

Durante o anúncio, estavam ao lado do presidente eleito os futuros ministros, além também do vice-presidente, Geraldo Alckmin, a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, e o ex-ministro, Aluizio Mercadante.

Neto sinaliza aliança do União Brasil com PT e impõe condição para presidência da Câmara

O secretário-geral do União Brasil e ex-prefeito de Salvador, ACM Neto, acenou positivamente para uma aliança de seu partido com o PT, e a adesão formal da sigla ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ele, no entanto, teria colocado uma condição para concretizar o cenário.

Neto e Luciano Bivar, presidente do partido, querem que Lula apoie um nome da legenda para a Presidência da Câmara, contra Arthur Lira. A informação foi publicada pelo Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias.

Ainda conforme divulgado, os dirigentes partidários estariam irredutíveis sobre a condição e sem isso, não entram para a base.

Jerônimo quer governo alinhado com gestão de Lula e não descarta criar novas secretarias

O governador eleito Jerônimo Rodrigues (PT) sinalizou na manhã desta terça-feira (8) o desejo de manter a estrutura da gestão estadual baiana alinhada com o governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Para isso, o petista não descartou a criação de novas pastas ou superintendências. Ele foi questionado pelo Bahia Notícias durante a entrega de um colégio de tempo integral no bairro de São Cristóvão, em Salvador.

“Estamos avaliando em função do que o governo da Bahia precisa avançar e modernizar, então tem uma demanda que é nossa, do meu governo, e tem uma demanda que nós vamos alinhar muito com a reforma e com a transição do Lula. Ele está falando que vai criar um ministério para tratar dos povos originários, dos indígenas, então a gente precisa equalizar aqui para que possamos acompanhar e captar recursos e também dirigir uma ação nesse sentido. O Lula vai atuar muito forte no combate à fome, a gente precisa ter uma estrutura no governo do Estado que se responsabilize por isso. Então pode ser que não seja uma secretaria, mas uma superintendência ou uma coordenação especial, isso estamos trabalhando agora essa semana”, revelou Jerônimo.

O governador eleito também fez um rápido balanço sobre a primeira reunião da equipe de transição, realizada nesta segunda-feira (7) (leia mais aqui). De acordo com Jerônimo, os principais pontos abordados foram o orçamento, realização de obras e ações voltadas para a área da segurança pública, educação e saúde.

“Instalação da equipe de trabalho, coloquei na mesa os produtos que eu quero receber, programamos um calendário de entregas, temos a necessidade de avaliar sobre reforma administrativa e se for feito tenho que enviar a pedido de Rui, enviar para a Assembleia para fazer algumas mudanças nas secretarias, na estrutura de governo”, disse.

“Um outro produto é fazer um diagnóstico e levantamento da parte de orçamento, obras e ações do patrimônio e preparar um plano de trabalho para que a gente possa já iniciar 1º de janeiro sabendo concretamente o que será destrinchado de cada área. Por exemplo, segurança pública, o que significa que nós colocamos no programa de governo, a partir de janeiro o que vai fazer com educação, saúde. Então três produtos para que a gente possa ainda esse mês fazer essa transição junto ao governador Rui Costa”, finalizou.

Com mais de 60 milhões de votos, Lula é o presidente mais votado da história

Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é o presidente da República eleito com mais votos na história do Brasil. Com 100% das urnas apuradas, o petista recebeu mais de 60,3 milhões de votos nas eleições deste domingo (30) e governará o Brasil pela terceira vez a partir de 1º de janeiro de 2023.

Os votos recebidos pelo petista equivalem a 50,9% dos votos válidos para o cargo no segundo turno deste ano. O atual presidente Jair Bolsonaro (PL) recebeu 58,2 milhões (49,1%).

Antes das eleições de 2022, a votação máxima de um candidato à Presidência havia sido registrada por Bolsonaro, em 2018. No segundo turno daquele pleito, o atual presidente recebeu 57,7 milhões de votos.

Nas outras duas vezes em que foi eleito (2002 e 2006), Lula recebeu 52 milhões e 58 milhões de votos no segundo turno, respectivamente. Dilma Rousseff (PT) foi eleita em 2010 e 2014 com 55 milhões e 54 milhões de votos, respectivamente, no segundo turno.

Em 2 de outubro, no primeiro turno, Lula recebeu 57 milhões de votos, contra 51 milhões de Bolsonaro. Até então, nenhum presidenciável havia atingido a casa dos 50 milhões de votos ainda no primeiro turno.

Desde a primeira eleição pós-redemocratização, o eleitorado apto apresenta tendência de aumento — em consonância com a população brasileira. Com isso, o número de votos do presidente eleito normalmente cresce.

Confira o histórico de votações em segundo turno:

1989 – 2º turno

Collor – 35.089.998 – 53,03%

Lula – 31.076.364 – 46,97%

2002 – 2º turno

Lula – 52.793.364 – 61,27%

Serra – 33.370.739 – 38,73%

2006 – 2º turno

Lula – 58.295.042 – 60,83%

Alckmin – 37.543.178 – 39,17%

2010 – 2º turno

Dilma – 55.752.529 – 56,05%

Serra – 43.711.388 – 43,95%

2014 – 2º turno

Dilma – 54.501.108 – 51,64%

Aécio – 51.041.155 – 48,36%

2018 – 2º turno

Bolsonaro – 57.797.847 – 55,13%

Haddad – 47.040.906 – 44,87%

2022 – 2º turno

Lula – 60.343.247 – 48,43%

Bolsonaro – 58.205.269 – 43,2%

Félix Mendonça apresenta projeto que pune candidatos que faltem a debates no segundo turno

O deputado federal Félix Mendonça Júnior (PDT) apresentou na Câmara um projeto de lei que altera a legislação eleitoral para determinar a realização de ao menos dois debates oficiais nos locais em que houver disputa de segundo turno, em quaisquer das esferas federativas (União, estados e municípios). A medida visa fortalecer o processo democrático e facilitar a escolha do eleitor.

Pela proposta, as rádios e TVs, que são concessão pública, terão que realizar dois debates onde houver segundo turno, em sistema de pool de emissoras, cada um com uma hora e meia de duração. Esse tempo será extraído da propaganda eleitoral que esses veículos exibem durante as eleições. O projeto prevê ainda punição para o candidato que não comparecer aos debates oficiais.

“Quem fugir dos debates previstos na nova legislação, caso o texto seja aprovado, perderá o tempo equivalente na propaganda eleitoral”, explicou Félix. “O objetivo do projeto é justamente estimular que os concorrentes debatam e confrontem suas ideias para que o eleitor tenha instrumentos para fazer bem a sua escolha nas urnas”, acrescentou.

Félix explicou o motivo da proposta prever a realização dos debates oficiais apenas no segundo turno. “No primeiro turno, tem muito candidato que faz jogo combinado com outro. Já no segundo, isso não pode acontecer porque o confronto é direto. Além disso, quando o pleito não é definido no primeiro, o nível de indecisão da população tende a ser maior, e o debate se torna mais fundamental até para ajudar a reduzir as abstenções”.

O parlamentar afirmou ainda que o projeto não impede que outros meios de comunicação, inclusive de concessão pública, promovam seus debates. “O que queremos é só garantir que os candidatos participem ao menos de dois confrontos definidos pela Justiça Eleitoral, com regras definidas pelas campanhas e as emissoras. Claro, quanto mais debates, melhor”, frisou.

“Na Bahia, por exemplo, é muito triste ver o que está acontecendo, com o candidato do PT, Jerônimo Rodrigues, se recusando a dar ao eleitor uma oportunidade de comparar as duas propostas nos veículos de comunicação. Acho que essa não deve ser a postura de alguém que almeja ser governador”, complementou.

Real Time: Jerônimo mantém liderança e aparece com 53% dos votos válidos; Neto tem 47%

Um novo levantamento eleitoral para o governo da Bahia foi divulgado nesta quinta-feira (27) e aponta a manutenção da liderança de Jerônimo Rodrigues, candidato do PT, na disputa com ACM Neto (União). Na pesquisa Real Time Big Data, o ex-secretário de Educação da Bahia aparece com 53% dos votos válidos e o ex-prefeito de Salvador tem 47%.

O levantamento ouviu 1.200 pessoas, presencialmente, entre os dias 24 e 25 de outubro e está registrado sob o nº TRE-BA BA-03758/2022. A pesquisa tem margem de erro de três pontos percentuais para mais ou para menos e 95% de nível de confiança.

Na Bahia, Lula cresce em aprovação; Bolsonaro continua com alto índice de rejeição

A pesquisa AtlasIntel, divulgada nesta quarta-feira (26), indica que Lula (PT) conseguiu crescer o seu índice de aprovação na Bahia, saltando de 70,9% para 71,2% se compararmos com o último levantamento do Instituto. Enquanto isso, Bolsonaro (PL) oscilou para baixo, de 29,1% para 28,8%. Quando o questionamento foi rejeição, o atua presidente segue à frente, tendo um desempenho reprovado por 68,4% e aprovado por apenas 28,3%. Na avaliação, 64,3% consideram o governo federal ruim/péssimo, 18,5% acham ótimo/bom e 16,1% entendem ser regular.

Para O CEO da AtlasIntel, Andrei Roman, os votos na Bahia se mantêm estáveis mesmo em meio a tantos casos de repercussão. “Uma eleição altamente polarizada, difícil para ter qualquer tipo de impacto de última hora, mesmo com esses eventos negativos para o Bolsonaro, caso Roberto Jefferson, a acusação de pedofilia, salário mínimo, apesar disso, ele segue resiliente, até porque a base dele é muito sólida. É difícil, no entanto, ele conseguir os votos que faltam [na Bahia] para virar a eleição”, ponderou.

Bancadas eleitas no Congresso, hoje, não dão maioria a Lula ou Bolsonaro, e eleito terá de negociar; entenda

Partidos que apoiam Lula no segundo turno, até aqui, têm 28% da Câmara e 20% do Senado; grupo de Bolsonaro tem 37,6% e 31%, respectivamente. Especialista aponta que relação entre Congresso e Planalto será difícil, seja qual for o presidente.

A nova composição do Congresso definida nas eleições do último domingo (2) indica que o próximo presidente da República chegará ao mandato sem maioria parlamentar garantida – e precisará negociar com os partidos que, até aqui, não anunciaram adesão às candidaturas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do presidente Jair Bolsonaro (PL).

Os 10 partidos que compõem a coligação de Lula elegeram 122 deputados e 12 senadores. Somados os apoios de PDT e Cidadania no segundo turno, anunciados nesta semana, um eventual governo Lula poderia contar com 144 parlamentares na Câmara (28% do plenário) e 16 senadores (19,75%).

Bolsonaro é candidato à reeleição com uma coligação de três partidos e conseguiu conquistar um número maior de cadeiras nas duas Casas. A aliança eleitoral terá 187 representantes na Câmara dos Deputados e 24 no Senado. Com os apoios de PSC e PTB para o segundo turno, Bolsonaro reúne atualmente 194 deputados (37,8% do plenário) e 25 senadores (31%).

Grande parte dos parlamentares da próxima legislatura, no entanto, é filiada a partidos que ainda não manifestaram adesão às duas candidaturas. Os cinco maiores partidos não coligados (União Brasil, MDB, PSD, PSDB e Podemos) reúnem um terço da Câmara e quase a metade do Senado. Ao todo, serão 175 deputados eleitos e 40 senadores que, pelo cenário atual, não estarão automaticamente alinhados a Lula ou Bolsonaro.

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FHC declara apoio formal a Lula no segundo turno: ‘Luta pela democracia e inclusão social’

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) anunciou, nesta quarta-feira (5), o apoio ao também ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno das eleições de 2022. FHC tinha sinalizado um endosso ainda no primeiro turno contra a reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL), mas sem citar nominalmente o petista (lembre aqui). “Neste segundo turno voto por uma história de luta pela democracia e inclusão social. Voto em Luiz Inácio Lula da Silva”, anunciou FHC.

Cardoso e Lula se enfrentaram nas urnas em 1994 e 1998, quando o tucano venceu ambos os pleitos no primeiro turno. Relativamente próximos nas décadas de 1970 e 1980 – estiveram no mesmo campo político contra a ditadura militar -, os ex-presidentes tiveram relações cordiais após a vitória do petista em 2002, contra o então candidato de FHC à sucessão, o ex-ministro da Saúde, José Serra.

Além de Fernando Henrique, outros tucanos também já declararam apoio a Lula, como os senadores Tasso Jereissati e José Serra – este último derrotado na tentativa de ser deputado federal. Parte dos membros do PSDB, todavia, migaram o apoio para Bolsonaro, como o governador de São Paulo, Rodrigo Garcia, que ficou fora da disputa no segundo turno pelo comando do Executivo paulista. É a primeira vez em 28 anos que o PSDB perde o controle do governo paulista.

Após apoiar Roma no 1º turno, prefeito de Serrinha declara apoio a Jerônimo

Na tarde desta terça-feira (4), o prefeito de Serrinha, Adriano Lima (PP), anunciou apoio ao candidato a governador Jerônimo Rodrigues (PT) no segundo turno da eleição baiana. No primeiro turno, Adriano Lima havia apoiado João Roma (PL). Agora, passa a integrar a base de apoio de Jerônimo, que já conta com mais de 300 prefeitos.

“A população de Serrinha vê o carinho e o afeto que o (governador) Rui Costa tem com a cidade e a grande capacidade de trabalho do time de Lula na Bahia”, afirma Adriano Lima. “Tenho um grande prazer de integrar esta equipe. Agora, vamos com Jerônimo rumo à vitória no segundo turno.”

Jerônimo agradeceu a chegada de Adriano Lima a sua base de apoio e à população de Serrinha pela confiança, demonstrada nos votos, dada ao time de Lula na Bahia, “Vamos continuar com a parceria que temos com Serrinha, para seguir levando melhorias à população, como as escolas, a policlínica, as redes de acesso à água, entre muitas outras, para que o prefeito possa continuar cuidando bem das pessoas.”

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