Deputados apoiados pelo prefeito Higo são os mais votados em Teofilândia

O atual prefeito de Teofilândia, Higo Moura (Republicanos), já tem muito o que comemorar no 1º turno das eleições de 2022, além da virada do candidato a governador Jerônimo Rodrigues (PT), os deputados apoiados por seu grupo político, que conta com a atual vice-prefeita Ivana Meury (PSD) e do ex-prefeito Jackson Moura (PSD), tiveram a maior votação dentro do município. O candidato a deputado federal, Gabriel Nunes (PSD), teve 3.513 votos, já o candidato a estadual, Luciano Simões (União Brasil), obteve 2.992.

O vereador e presidente da câmara Carlinhos de Dãozinho (Republicanos), que também faz parte do grupo político do prefeito, apoiou Roberta Roma (PL) para deputada federal e Vitor Azevedo (PL) para deputado estadual, os dois também foram eleitos.

Os 10 deputados federais mais votados em Teofilândia

  • Gabriel Nunes (PSD): 3513 votos (28,10%)
  • Roberta Roma (PL): 2052 votos (16,41%)
  • Elmar Nascimento (UNIÃO BRASIL): 1364 votos (10,91%)
  • Afonso Florence (PT): 911 votos (7,29%)
  • Daniel (PCdoB): 604 votos (4,83%)
  • Dr Leana Evangelista (Avante): 444 votos (3,55%)
  • Otto Filho (PSD): 306 votos (2,45%)
  • Joseildo Ramos (PT): 299 votos (2,39%)
  • Cris Correia (PSDB): 198 votos (1,58%)
  • Alex Santana (Republicanos): 164 votos (1,31%)
  • Brancos – 3,48%
  • Nulos – 4,73%

Os 10 deputados estaduais mais votados em Teofilândia

  • Luciano Simões (UNIÃO BRASIL): 2922 votos (23,24%)
  • Marcinho Oliveira (UNIÃO BRASIL): 1192 votos (9,48%)
  • Silva Neto (PDT): 1085 votos (8,63%)
  • Osni (PT): 1084 votos (8,62%)
  • Eric Evangelista (Avante): 913 votos (7,26%)
  • Vitor Azevedo (PL): 881 votos (7,01%)
  • Alex da Piatã (PSD): 623 votos (4,96%)
  • Neto Cunha (PSD): 298 votos (2,37%)
  • Ludmilla Fiscina (PV): 212 votos (1,69%)
  • Samuel Junior (Republicanos): 184 votos (1,46%)
  • Brancos – 3,42%
  • Nulos – 4,28%

Na reta final da campanha, Bolsonaro visita Bahia e faz motociata em Juazeiro

O presidente Jair Bolsonaro (PL) faz mais uma visita a Bahia nesta terça-feira (27). Dessa vez, ele vai ao Norte baiano, no município de Juazeiro, acompanhado pelos coreligionários e candidatos ao governo da Bahia, João Roma, e ao Senado, Raissa Soares.

Bolsonaro tem previsão de desembarque às nove da manhã no aeroporto de Petrolina, onde comanda uma motociata que percorrerá a cidade e depois seguirá para Juazeiro, onde também desfilará pelo município. Por volta das 11h30, o presidente fará pronunciamento, ao lado de Roma e Raissa, na Orla 2 de Juazeiro. 

Esta é a segunda vez que o presidente visita a Bahia durante a campanha eleitoral. No final de agosto ele fez uma motociata na cidade de Vitória da Conquista (lembre aqui).

Datafolha/Metrópole: Disputa presidencial na Bahia tem liderança do ex-presidente Lula

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) segue liderando a disputa presidencial da Bahia. O petista possui 62% das intenções de voto no estado, de acordo com a pesquisa Datafolha, contratada pela Rádio Metropole, divulgada nesta quarta-feira (21). 

O levantamento aponta ainda que o atual presidente Jair Bolsonaro (PL) teria 20%, seguido de Ciro Gomes (PDT) com 7%, mesmo percentuais da sondagem anterior. Já Simone Tebet (MDB) manteve 3%, seguida de Soraya Thronicke (UNIÃO) que permanece com 1%.

Vera Lúcia (PSTU), Felipe d’Avila (NOVO), Léo Péricles (UP),  Padre Kelmon (PTB), Sofia Manzano (PCB)  e Constituinte Eymael (DC) não pontuaram. Branco, nulos e nenhum somaram 4% , já 2% não souberam responder.

Já no formato de pesquisa espontânea, Lula possui 58% das intenções de voto, seguido de Bolsonaro com 18%, e Ciro Gomes com 4%. Na sequencia surge Simone Tebet tem 1%. Candidato do PT/13 tem 2%, e outras respostas também somaram 2%. Branco, nulo e nenhum são 4%. Não sabem 12%.

A pesquisa ouviu 1.526 eleitores, e foi feita entre 19 e 21 de setembro. A margem de erro é 3pp. O nível de confiança é de 95%. A consulta está registrada no TSE : BA-07738/2022 e BR-09822/2022.

TSE aprova candidatura de Lula à presidência da República

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou, na manhã desta quinta-feira (8), por unanimidade, o pedido de candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para concorrer ao cargo de Presidente da República. O seu vice, ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSB), também foi aprovado.

A Corte analisou pedido para impugnar a candidatura de Lula apresentado por Pablo Marçal, que teve a candidatura à Presidência da República barrada pelo TSE na terça-feira. 

O relator dos pedidos de registro de candidaturas, ministro Carlos Horbach, descartou irregularidades nos registros e afastou ocorrência de inelegibilidade contra Lula. O voto pela aprovação da candidatura foi seguido por pelos ministros Ricardo Lewandowski, Cármen Lúcia, Benedito Gonçalves, Raul Araújo, Sergio Banhos e Alexandre de Moraes.

Além disso, o plenário do TSE aprovou a entrada do PROS na coligação Brasil da Esperança, que reúne os partidos: PT; PCdoB; PV, PSB, Federação PSOL-Rede, Solidariedade, Agir e Avante.

Em busca do seu terceiro mandato, o ex-presidente Lula é líder nas pesquisas de intenção de voto. Em 2018, Lula chegou a ser registrado no TSE como o candidato do PT ao cargo, mas o tribunal barrou sua candidatura por 6 votos a 1 por considerar que o petista não era elegível, pois na ocasião, o ex-presidente já estava preso após condenação em segunda instância na Operação Lava Jato.

Porém, em agosto do ano passado, as condenações envolvendo o ex-presidente foram anuladas pelo ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF). O ministro considerou que os casos envolvendo Lula deveriam ter sido julgados em Brasília, e não em Curitiba. Com a decisão, os direitos políticos do petista foram reestabelecidos, tornando-o novamente elegível e abrindo uma série de vitórias que levou ao arquivamento de processos relacionados à Lava Jato.

Helicóptero que transportava candidatos João Bacelar e Marcinho Oliveira cai na Bahia

O deputado federal Jonga Bacelar (PL) sofreu um acidente de helicóptero na manhã desta terça-feira (6), no Distrito de Pedra Vermelha, no município de Monte Santo, interior da Bahia. Não há registro de pessoas gravemente feridas.

Segundo informações obtidas pelo Bahia Notícias, a aeronave caiu na região de Cansanção. Além de Jonga, o candidato a deputado estadual e ex-vice-prefeito de Santaluz Marcinho Oliveira (União) também estava no helicóptero no momento do acidente.

A aeronave pertence ao empresário Marcos Maravilha, que cedeu para a campanha de Marcinho Oliveira. O BN conseguiu contato com o candidato a deputado estadual do União Brasil e confirmou que eles tiveram apenas ferimentos leves.

Em nota divulgada nas redes sociais logo após o acidente, a equipe de Marcinho Oliveira confirmou que o helicóptero era ocupado por ele, Jonga Bacelar e o piloto.

Líderes de caminhoneiros apostam em baixa adesão a protestos bolsonaristas

Apesar do auxílio caminhoneiro oferecido pelo governo Bolsonaro aos motoristas desde o mês passado, líderes da categoria não apostam em adesão dos motoristas às manifestações bolsonaristas previstas para o feriado de 7 de Setembro.
 
Wallace Landim, o Chorão, um dos principais líderes da greve de 2018 e hoje candidato a deputado federal pelo PSD, afirma que os apoiadores do presidente representam apenas uma parcela dos profissionais do ramo.
 
Plínio Dias, presidente do CNTRC (Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas), também diz que não tem visto os caminhoneiros autônomos mostrarem apoio às manifestações marcadas para quarta (7).
 
Especialistas no setor de transportes que acompanham os gestos da categoria nos últimos anos ressalvam que não é tão fácil estimar um cenário porque podem brotar reações inesperadas, como aconteceu há um ano.
 
Após os atos de raiz golpista realizados em apoio a Bolsonaro no feriado de 2021, caminhoneiros alinhados politicamente ao presidente iniciaram uma série de tentativas de interditar estradas com pautas de ataque ao STF.
 
Na época, também não havia apoio formal das entidades dos caminhoneiros, mas os bloqueios se espalharam por vários estados no dia seguinte.

‘Turismo político’? Candidaturas de pessoas de fora da Bahia cresce 24,5%

Conhecida por ser um dos maiores destinos para turistas do Brasil, a Bahia não vem atraindo apenas os viajantes ao redor do país, mas, também, os políticos que nasceram em outros estados. Para as eleições de 2022, foram registradas as candidaturas de 147 pessoas com naturalidade de fora da Bahia. Em comparação com 2018, houve um acréscimo de 24,57% “turistas políticos” no processo eleitoral deste ano. Os dados foram coletados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e organizados pelo Bahia Notícias.

Apesar do estado se localizar do Nordeste, a região Sudeste representa a maior parte das candidaturas de “fora”. De lá vem 64 postulantes (43,53%) na Bahia, sendo: 22 de Minas Gerais; 21 de São Paulo; 15 do Rio de Janeiro; e 6 são do Espírito Santo. Entre os representantes do Sudeste, se destacam a presença do candidato a governador Giovani Damico (PCB), que é paulista. Em comparação com 2018, o número de candidaturas da região cresceu 28% (50).

A segunda maior região com o maior número de candidaturas é o Nordeste, com 59 nomes, claro, sem contar com a participação dos baianos. Pernambuco é a unidade federativa com a maior quantidade de candidatos na Bahia, com 25. Em seguida, aparecem empatados com 10 postulantes, os estados da Paraíba e de Sergipe. Entre os nomes de fora da Bahia, o também candidato a governador João Roma (PL), que é pernambucano, aparece entre os destaques. Na comparação com as últimas eleições gerais, a quantidade de candidatos nordestinos caiu 20,40% (49).

A região Sul aparece com 11 candidaturas, um crescimento de 175% (4) em comparação com 2018. O Centro-Oeste e o Norte aparecem empatados com 5 postulantes cada um, sendo o primeiro com o recuo de 28,57% (7) e o segundo com uma alta de 25% (4). Como a “Bahia é o mundo”, ainda tem espaço para três representantes que nasceram fora do Brasil, mas são naturalizados, com os países variando entre Canadá, Espanha e Peru.

Trazendo para o lado partidário, as siglas com a maior quantidade de candidatos de fora da Bahia são o Republicanos e o PL, ambos com 15 candidaturas. Em terceiro lugar, aparece o PSOL com 9 representantes que nasceram fora do estado, em 2018 o partido liderou a estatística com 10 candidaturas.

COMPARAÇÃO PROPORCIONAL 

Em 2018, quando houveram 118 candidatos de fora da Bahia, os postulantes nascidos fora do estado representavam 9,86% dos registros de candidaturas totais. Neste ano, houve uma queda de 1,21 ponto percentual em relação às últimas eleições gerais, registrando 8,65% das candidaturas totais na Bahia.

Vale lembrar que o estado registrou o maior número de registros na história das eleições gerais, alcançando 1.699 requerimentos de candidatura (veja mais aqui). Em 2018, a Bahia reportou 1.196 pedidos de registro, de acordo com o TSE.

Cinco dos 39 deputados federais baianos já foram multados por infrações ambientais; veja

Ao menos 5 dos 39 parlamentares baianos na Câmara dos Deputados já foram multados ou têm ligações com empresas punidas por infrações ambientais. Estão neste grupo os políticos José Rocha (União), Arthur Maia (União), Raimundo Costa (Podemos), Charles Fernandes (PSD) e Marcelo Nilo (Republicanos).

As informações obtidas através do Ruralômetro, desenvolvida pela plataforma Repórter Brasil, consideram os dados oficiais do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama).

No ranking de multas, José Rocha e Nilo aparecem, cada um com R$ 5 mil, como os dois mais multados pelos órgãos de fiscalização. Rocha foi punido e tem uma área embargada em Coribe, no território da Bacia do Rio Corrente, pelo desmate de vegetação sem autorização. Já Nilo foi autuado pelo Ibama por matar, caçar ou cometer atos similares contra a fauna silvestre sem autorização.

Na segunda colocação está Maia. Ele é dos proprietários da Lapa Distribuidora de Combustíveis e Derivados do Petróleo, que foi autuada pelo Ibama por infração relacionada ao ordenamento urbano e patrimônio cultural, com multa de R$ 1.800.

Logo em seguida está Raimundo Costa, que, por pescar em período ou local proibido ou sem a licença adequada, recebeu uma multa de R$ 1 mil. Ele é originalmente pescador e milita na defesa da profissão.

Charles Fernandes, por sua vez, é dono de uma área embargada pelo Ibama em Palmas de Monte Alto, no Sertão Produtivo, por destruição de vegetação. Segundo o instituto, o embargo visava permitir que ela se regenere.

Entre outros dados, o Ruralômetro também mensura o índice de atuação dos deputados nas temáticas agrárias, ambientais, em prol ou contra os povos tradicionais, além de detalhar doações de campanha vindas de infratores e possíveis derrespeitos às leis trabalhistas.

Cientista político acredita que eleição de 2022 tende a ser marcada por atos de violência

Passada uma semana do início dos atos de campanha e propaganda eleitoral paga e regulamentada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o cientista político Jorge Almeida apontou que devemos ter o período eleitoral mais violento da história. Ao Bahia Notícias, Jorge indicou que existe a “tendência de violência nesta campanha”. 

“Eu acho que há uma tendência de violência nesta campanha. É difícil dizer até que ponto vai. Tem uma parte de apoiadores fanatizados que agem por conta própria. Independente do que seja organizado pela candidatura, uma parte pode agir por conta própria, incentivado pela candidatura. Ele incentivou antes das eleições e durante os quatro anos. A população está mais armada, é o eleitorado bolsonarista, acho que há uma certa tensão grande”, opinou o cientista. 

Para Almeida, as pesquisas podem ser um termômetro do acirramento no pleito. Além disso, o cientista acredita que Bolsonaro pode não aceitar o resultado em caso de derrota. “Ele não irá tirar essa possibilidade da cabeça. Mas, não existem condições políticas para que isso aconteça. Ele perdeu certo apoio. Perdeu apoio do empresariado, judiciário, apesar de ter aumentado o apoio no Congresso. Mas essa base dificilmente deve encarar isso de golpe militar. A maioria do Congresso quer tentar, seja qual for o presidente eleito, manter uma certa tutela”, disse. 

“Existem semelhanças e diferenças. São os mesmos blocos políticos em disputa, mas, desta vez, o candidato é o principal candidato [Lula], que estava impedido de disputar. Antes, Bolsonaro era um desafiante e não tinha passado por teste de governo. O governo do PT tinha a imagem desgastada, com Bolsonaro capitalizando muito o eleitorado insatisfeito e o voto negativo. Desta vez, grande parte deste voto, deve votar contra Bolsonaro”, sinalizou. 

Para o especialista, outro fenômeno que deve ter importância maior são as redes sociais. “É uma tendência geral. As pessoas estão acessando mais, mais celulares. As pessoas assistem menos televisão no horário normal. Apesar disso, acho que terá um maior equilíbrio nas redes sociais. O papel das redes não será, mas o impacto da utilização unilateral irá diminui”, apontou. 

“Há uma polarização política maior ainda que o anterior, por conta de ser um governo de instabilidade permanente, agressividade, o que acaba mobilizando uma polarização de grande parte do eleitorado, que tende a se motivar no processo de campanha”, disse. 

IMPACTO NA BAHIA

O cientista acredita que o cenário nacional tem, como regra geral, uma tendência em impactar nas eleições. Mas, segundo Jorge Almeida, o fenômeno nem sempre ocorre, já que em 2002, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) venceu nacionalmente e Paulo Souto saiu eleito das urnas na Bahia, além de em 2018, qunado Bolsonaro (PL) venceu e Rui Costa (PT) foi vitorioso no estado. 

“Roma vai procurar capitalizar, por conta da identificação nacional. Bolsonaro tem pelo menos 20% do eleitorado e ele vai trabalhar para capitalizar. Jerônimo tende a crescer com a candidatura de Lula. A tendência é de crescimento, pela máquina e a identificação explícita. Antes, todo tipo de ações já foram feitas, exceto apresentar números”, disse.

Para Jorge, quem mais se favorece do cenário nacional é Jerônimo Rodrigues (PT). O cientista reforçou que a isenção em apoio federal, feito por ACM Neto, é uma repetição da estratégia de seu avô, o ex-senador ACM. “Ele tinha rompido com FHC, formalmente apoiou Ciro Gomes, mas fingiu que apoiou. Eles fingiram que apoiaram e surfaram na dobradinha espontânea de Paulo Souto com Lula”, indicou. 

“Desta vez deve acontecer uma coisa semelhante. Neto está tentando fazer algo semelhante, tem a candidatura do União Brasil, candidatura pró-forma, ele vai fingir que vai apoiar. Evidente que tem algumas identificação mais clara, mas outros vão deixar as coisas rolarem, principalmente no Nordeste, que tem um eleitorado pró-Lula”, apontou.

Homens representam 70% das candidaturas do Partido da Mulher Brasileira na Bahia

O Partido da Mulher Brasileira (PMB) oficializou a candidatura de 55 nomes para as eleições proporcionais de 2022 na Bahia. Diferente do que o nome da legenda sugere, apenas 17 mulheres vão buscar vagas na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) e na Câmara dos Deputados. O levantamento foi feito pelo Bahia Notícias com dados da plataforma de divulgação de candidaturas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e considerou a declaração de gênero de cada candidato no sistema da Justiça Eleitoral.

No caso das candidaturas para o cargo de deputado (a) estadual, o partido colocou na disputa 15 nomes no total, sendo cinco mulheres, número que representa 33% das candidaturas. São elas: Aline Sena; Ayssa Yasmin; Luziane Pereira; Madalena Moura e Erlane Santos. Os demais candidatos que buscam uma cadeira na AL-BA são homens. Entre eles estão Alexandre Guerra; Carlos Barbosa; Gilvan Vasco; Itamar Alves; Ivo Mandella; Julio Cezar dos Santos; Luiz Alberto Gugu; Pastor Almir; Wadson Lima e Walter Civil.

Já entre as candidaturas para deputados federais, são 40 nomes ao todo, sendo 12 mulheres. Assim como as candidaturas para deputado estadual, o partido se reservou a bater a cota de candidaturas femininas imposta pelo TSE, que é de 30%. As mulheres que buscam chegar à Câmara dos Deputados pelo Partido da Mulher Brasileira são: Adriana de Jesus; Bispa Sara; Cris Nascimento; Emile Guerra; Esmeralda Soares; Jackie Tequila; Jaqueline Souza; Jernale dos Santos; Jocelma Camilo; Pastora Neide Carioca; Rose Santos e Valdilene Santos. Os demais 27 nomes são de homens que disputam o pleito pelo PMB.

O Bahia Notícias entrou em contato com o presidente do Partido da Mulher Brasileira na Bahia, Vanderlei Santos, para mais detalhes e explicações sobre os números mas não obteve sucesso.

O PMB da Bahia também tem uma mulher que disputa a eleição em chapa majoritária. É o caso de Leonidia Umbelina, vice de João Roma (PL) que concorre ao lado do ex-ministro da Cidadania ao governo do Estado. Ela é presidente do partido em Feira de Santana e missionária evangélica. Leonidia foi anunciada como vice no dia 22 de julho, durante a convenção do PL que sacramentou a candidatura de Roma ao Palácio de Ondina (leia mais aqui).

O PMB foi fundado em 2008, elegeu 46 vereadores e uma prefeita nas eleições municipais de 2020. Conquistou o registro no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) em 2015 e atualmente tem 48.630 filiados.

O QUE DIZ A JUSTIÇA

No final de junho deste ano o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) reafirmou que o percentual mínimo de 30% de candidaturas femininas nas eleições proporcionais deve ser cumprido de modo independente por cada legenda, inclusive de uma mesma federação partidária. À época, O TSE julgou uma consulta feita pela federação composta por PT, PCdoB e PV. Os partidos chegaram a questionar se o percentual de 30% poderia ser cumprido pela federação como um todo, sem que cada sigla cumprisse a regra individualmente.

Pela resposta aprovada pelo plenário do TSE, o tema já havia sido respondido em resolução aprovada em dezembro, na qual consta expressamente que na “eleição proporcional, o percentual mínimo de candidaturas por gênero deverá ser atendido tanto globalmente, na lista da federação, quanto por cada partido, nas indicações que fizer para compor a lista”.

Em abril deste ano o Congresso Nacional também promulgou uma Emenda Constitucional que obriga os partidos políticos a destinar no mínimo 30% dos recursos públicos para campanha eleitoral às candidaturas femininas. A distribuição deve ser proporcional ao número de candidatas. A cota vale tanto para o Fundo Especial de Financiamento de Campanha – mais conhecido como Fundo Eleitoral – como para recursos do Fundo Partidário direcionados a campanhas. Os partidos também devem reservar no mínimo 30% do tempo de propaganda gratuita no rádio e na televisão às mulheres. As informações são da própria agência da Câmara.

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