Mais de 40% dos deputados federais baianos que vão buscar reeleição declaram patrimônio milionário

Dos 36 deputados federais baianos que vão buscar a reeleição, 17 declararam um patrimônio milionário na prestação de contas para o pleito de 2022, o que representa um total de 43%. O levantamento foi feito pelo Bahia Notícias com as informações disponíveis na plataforma “Divulgação de Candidaturas”, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Quem lidera o ranking é Paulo Magalhães (PSD), que declarou R$ 15.918.337,10, valor menor que na eleição passada, quando o deputado afirmou ter R$ 16.683.655,72 em bens. O segundo na lista é Cláudio Cajado (PP) que teve aumento no valor declarado em quatro anos, passando de R$ 11.124.956,55 para R$ 12.912.674.

O terceiro colocado chama a atenção pela valorização do seu patrimônio no período entre as eleições. Entre 2018 e 2022, a riqueza de Jonga Bacelar (PL) mais que dobrou, passando de R$ 3.869.709,13 para R$ 9.917.969,00. Um crescimento significativo também foi registrado na declaração de José Rocha (União) que tinha R$ 6.966.401,79 há quatro anos e agora possui R$ 9.625.415,89. Fechando as cinco primeiras posições está Marcelo Nilo (Republicanos), que declarou ter R$ 5.796.785,07, valor um pouco maior do que na eleição passada com R$ 5.374.606,36.

Na parte de baixo de tabela, figuram em sua maioria parlamentares de primeiro mandato. Eleita pela primeira vez em 2018, naquele ano Dayane Pimentel (União) não registrou bens. Em 2022 declarou R$ 80.000,00 e figura com o menor patrimônio entre os parlamentares baianos.

Em seguida aparece o veterano Márcio Marinho (Republicanos), que está em seu quarto mandato. O presidente do partido na Bahia registrou pequena redução, com R$ 309.028,06 há quatro anos e R$ 300.308,33 agora.

Fechando o ranking dos menores patrimônios estão Leur Lomanto Júnior (União) que passou de R$ 341.660,21 para R$ 310.272,20; Joceval Rodrigues (Cidadania) foi de R$ 276.622,68 para R$ 344.145,76 e Tito (Avante) que aumentou de R$ 274.662,44 para R$ 348.706,70.

Igor Kannário (União) foi o único deputado federal a não declarar bens em 2022. Em 2018 ele também não havia cadastrado nenhum patrimônio no ato de registro da sua candidatura.

Mais de 90% dos deputados federais da Bahia vão disputar a reeleição em 2022. Dos 39 nomes, 36 buscam manter os mandatos na Câmara dos Deputados. Não disputam a reeleição os deputados Cacá Leão (PP), candidato ao Senado na chapa encabeçada por ACM Neto (União); Ronaldo Carletto (PP), suplente de Cacá e João Roma (PL), candidato ao governo da Bahia. Até o momento, o TSE já registrou 685 candidaturas de deputado federal na Bahia (saiba mais aqui).

Candidatos ao governo e a vice declaram patrimônio à Justiça Eleitoral; três são milionários

O candidato do União Brasil a governador, ACM Neto, é o que mais declarou bens em seu nome: R$ 41 milhões. Os dados foram divulgados pelo Justiça Eleitoral e ainda demonstram uma evolução patrimonial de R$ 14 milhões se comparado ao valor declarado em 2016.

O deputado federal João Roma (PL), candidato a governador, declarou ter R$ 5,5 milhões em bens. O parlamentar teve uma evolução patrimonial de R$ 1,1 milhão se comparado ao valor declarado nas eleições de 2018, quando conquistou o mandato na Câmara dos Deputados.

Já o candidato Jerônimo Rodrigues declarou ter R$ 515 mil em bens, sendo mais valioso, um apartamento avaliado em R$ 315 mil. Kleber Rosa (PSOL) é o que possui menor patrimônio: ele declarou ter R$ 309 mil de bens.

Vices – A vice na chapa de ACM Neto, Ana Coelho (Republicanos), declarou R$ 26,5 milhões entre apartamentos, cotas de capital e outros bens. Em seguida, vem Geraldo Júnior (MDB), vice de Jerônimo, com R$ 143,5 mil.

Ronaldo Mansur, vice de Kleber Rosa, declarou R$ 1,7 mil em ações. A vice de João Roma, Leonídia Umbelina (PMB), ainda não apresentou à Justiça Eleitoral uma lista de bens.

ACM Neto confirma Ana Coelho como vice

O pré-candidato ao governo do estado, ACM Neto (União), anunciou a CEO da TV Aratu, Ana Coelho, como vice em sua chapa, que será homologada nesta sexta-feira (5). Durante anúncio, estiveram juntos Neto, Ana Coelho, o prefeito Bruno Reis, e o presidente do Republicanos, deputado federal Márcio Marinho. É dele a indicação de Ana. Na apresentação, pouco antes das perguntas de jornalistas, Neto lembrou que a Bahia pode ter a primeira vice-governadora. “Até hoje, não tivemos nenhuma vice-governadora no estado. Portanto, a primeira vice-governadora, quebrando paradigmas”, afirmou ACM Neto.

A coletiva de imprensa marcada para as 15h começou com uma hora e meia de atraso. Nos bastidores, a informação que circulou é que o ex-prefeito de Feira, José Ronaldo, seria o nome ungido à vaga de vice. No entanto, o deputado Márcio Marinho teria barrado. Como competia ao Republicanos a escolha, Neto não teve como contornar.

O nome de Ana Coelho entrou na bolsa de aposta no final de julho, mas só depois de uma reunião que invadiu a madrugada foi chancelada. Casada com o deputado estadual Tiago Correio (PSDB), Ana é sobrinha do ex-governador da Bahia, entre 1988 e 1999, Nilo Coelho, atual prefeito de Guanambi. 

Datafolha: Lula tem 51% contra 20% de Bolsonaro entre jovens nas capitais

Uma pesquisa divulgada nesta quarta-feira (27) pelo instituto Datafolha mostra que ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem preferência no eleitorado adolescente e jovem das 12 maiores capitais do país, com 51% de intenção de votos.

Em seguida, vem o atual presidente e também candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL), com 20%. Depois, está Ciro Gomes, candidato do PDT, com 12%. Branco/nulo/nenhum somaram 8%. Outros 3% não sabem.

O Datafolha fez perguntas sobre eleição e política a pessoas de 16 a 29 anos nos dias 20 e 21 de julho. Segundo os dados, foram ouvidos 935 eleitores desta faixa etária em São Paulo, Rio, Belo Horizonte, Salvador, Fortaleza, Recife, Porto Alegre, Curitiba, Goiânia, Brasília, Manaus e Belém. A margem de erro é de três pontos para mais ou para menos.

Segundo o jornal “Folha de S.Paulo”, a pesquisa foi feita à parte do levantamento periódico sobre a corrida presidencial, que está sendo realizado nesta semana em todo o país e será divulgado na tarde da quinta-feira (28).

As cidades onde a pesquisa foi feita também são as maiores em população, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE). Essas 12 cidades reúnem 19% da população brasileira (de todas as faixas etárias).

Veja o resultado das respostas:

 Luiz Inácio Lula da Silva (PT): 51%
 Jair Bolsonaro(PL): 20%
 Ciro Gomes (PDT): 12%
 André Janones (Avante): 2%
 Simone Tebet (MDB): 1%
 Pablo Marçal (PROS): 1%
 Vera Lúcia (PSTU): 1%
 Leonardo Péricles (UP): 1%
 Sofia Manzano (PCB): 1%
 Eymael (DC): 0
 Luciano Bivar (União Brasil): 0
 Gal. Santos Cruz (Podemos): 0
 Felipe d’Ávila (Novo): 0
 Em branco/nulo/nenhum: 8%
 Não sabe: 3%

Nova pesquisa indica possível virada nas eleições da Bahia

Apenas sete pontos percentuais separam os pré-candidatos ao Governo da Bahia ACM Neto (União Brasil) e Jerônimo Rodrigues (PT). É o que revela a primeira pesquisa eleitoral da AtlasIntel sobre cenário baiano, contratada pelo Grupo A TARDE. A distância pode ser ainda menor considerando que a margem de erro é de 2 pontos percentuais.

O ex-prefeito de Salvador tem 39,7% das intenções de votos, seguido de perto pelo petista, com 32,6%. João Roma (PL) aparece em terceiro lugar, com 10,5%. Kleber Rosa (PSOL) e Giovani Damico (PCB) obtiveram, respectivamente, 2,1% e 0,2% da preferência. Votos brancos e nulos somaram 6,8%. Já os entrevistados que não souberam responder representam 8,2%.

O questionário aplicado pela AtlasIntel foi feito de forma estimulada, quando são mostrados os nomes dos pré-candidatos. A proximidade entre Neto e Jerônimo pode ser explicada, segundo o CEO da empresa, o cientista político Andrei Roman, pelo fato de a pesquisa apresentar o partido de cada político.

“Jerônimo tem um desempenho bastante estimulado pela transferência de votos do Lula e do Rui Costa, duas figuras políticas com muito boa aprovação na Bahia. Ocorre uma associação direta ao PT. Ele [Jerônimo] é menos conhecido do que ACM Neto, por exemplo. Mas você saber que ele é do PT ou não pode fazer uma diferença maior do que para o ACM Neto você saber se ele é ou não do União Brasil, porque o PT tem um nível de preferência partidária que o União Brasil não tem”, explica Roman.

Por outro lado, ele avalia que ACM Neto pode se beneficiar pelo “voto útil” dos eleitores de Bolsonaro. “Por mais que João Roma esteja mais alinhado com Bolsonaro, ele não consegue ser associado diretamente a Bolsonaro por causa do nome do partido, que não é conhecido. Então, essa rivalidade entre o grupo de Neto e o PT pode fazer os eleitores bolsonaristas, do ponto de vista estratégico, enxergarem mais chances de Neto se eleger governador”.

Roman acrescenta que a eleição ao Governo da Bahia guarda diferentes motivações em relação ao plano nacional. “É bastante interessante no contexto da Bahia, diferente de outros estados, porque estamos falando não tanto de uma briga de rejeições. No caso nacional, entre Lula e Bolsonaro quem tiver menos rejeição vai ganhar. Mas, no caso da Bahia, é mais uma briga de níveis altos de aprovação. ACM Neto tem uma boa imagem, é conhecido e o fato de ter uma rejeição baixa é muito bom para ele. Mas o Rui Costa e o Lula também têm uma boa imagem e vão tentar ao longo da campanha transferir votos para o Jerônimo. Nesse processo, a tendência é essa transferência andar bem e Jerônimo crescer cada vez mais”, pondera.

Segundo turno – A pesquisa também fez uma simulação de segundo turno entre os três pré-candidatos mais bem colocados. Num primeiro cenário, Neto venceria Jerônimo por 47% a 33,7%. Contra Roma, a diferença seria maior, de 51,5% a 17%. No terceiro cenário, entre Jerônimo e Roma, a pesquisa aponta vitória do petista, com 40,7%, contra 19,7% dos votos de Roma.

Na avaliação do CEO da AtlasIntel,  ACM Neto tem uma grande vantagem, mas não a maioria dos eleitores. “É um vantagem construída com alto nível de indecisos.  No momento em que esses indecisos vão se decidindo pela frente, essa vantagem que ele tem pode se manter, se ele fizer uma excelente campanha, ou pode diminuir. Eu diria que, mesmo ele fazendo uma bela campanha, a tendência é essa vantagem diminuir por conta desse nível muito grande de desconhecimento dos outros candidatos. Então, provavelmente, o que a gente vai ver é uma diminuição dele tanto no primeiro quanto num eventual segundo turno. Mas, é muito importante pontuar que ele tem amplo espaço para continuar na frente mesmo que os outros candidatos melhorem o desempenho”, destaca.

O AtlasIntel também sondou os eleitores sobre a disputa presidencial. O pré-candidato do  PT, Luiz Inácio Lula da Silva, vence com folga na Bahia, com 64,8% dos votos, contra 23,1% que preferem o presidente Jair Bolsonaro (PL).

“A hegemonia de Lula na Bahia deve se manter. Ele deve vencer no estado com uma grande diferença de votos para Bolsonaro. Agora, o eleitor que compõe com Neto tem chance maior de mudar de voto de Lula para Bolsonaro. Do mesmo jeito que Lula ajuda o Jerônimo, o ACM Neto pode ajudar o Bolsonaro. Mas, provavelmente, o Lula ajuda mais o Jerônimo porque a rejeição de Bolsonaro é muito maior”, avalia Roman.

Na terceira posição da disputa pela presidência da República aparece Ciro Gomes (PDT), com 4,1%; seguido por Pablo Marçal (PROS), com 2,3%; Simone Tebet (MDB), 2,1%; André Janones (Avante), 1,1%. Já Sofia Manzano (PCB) e Felipe d’Avila (Novo) obtiveram apenas 0,5% das intenções de voto. Luciano Bivar (União Brasil), José Maria Eymael (Democracia Cristã), Leonardo Péricles (Unidade Popular) e Vera Lúcia (PSTU) não pontuaram. Votos brancos e nulos somaram 0,9%. As pessoas que não souberam responder são 0,6%.  

Senado – Já a corrida eleitoral pelo Senado é liderada por Otto Alencar (PSD), com 31,9% da preferência do eleitor, seguido por Raíssa Soares (PL), que tem 15,8%. Em terceiro lugar está Cacá Leão (PP), que obteve 5,8%, quase a mesma porcentagem conquistada por Tâmara Azevedo (PSOL), que foi de 5,7%. Na quinta posição, Marcelo Nilo (Republicanos) somou 3,3%. Votos brancos e nulos foram 14,3%. Aqueles que não souberam responder representam 23,3%.

Avaliação – A pesquisa ainda perguntou aos entrevistados se aprovam o desempenho do governador Rui Costa (PT). A maioria disse sim, 58,5%, contra 35,7% que desaprovam. Não souberam responder somaram 5,7%. Já sobre o nível de avaliação do governo Rui Costa, 48,2% consideram ótimo/bom, 25,1% acham regular e 24% ruim/péssimo. As pessoas que não souberam responder somam 2,7%.

A pesquisa ainda traçou um perfil do eleitorado participante do levantamento na Bahia. 52,3% das pessoas que responderam os questionários são mulheres, contra 47,7% de homens. A renda familiar também é computada. A maioria dos eleitores (53,1%) ganha até dois salários mínimos. A faixa etária tem números equilibrados. As pessoas entre 16 e 24 anos representam 16,6%; entre 25 e 34 anos são 19,9%; entre 35 e 44 anos representam 22,5%; eleitores dos 45 aos 59 anos somam 24,1%. Já o grupo com mais de 60 anos representa 16,9%.

A escolaridade também foi medida pela AtlasIntel. 34,2% dos eleitores ouvidos têm apenas o ensino fundamental; 51,9% possuem o secundário; e apenas 13,9% conseguiram  alcançar o ensino superior. A religião também foi objeto da pesquisa, com 47,9% se declarando católicos, enquanto 25,7% dizem ser evangélicos. Crentes sem religião somam 13,2%. Outras religiões reúnem 11% dos entrevistados. Agnósticos ou ateus somaram 2,2%.

A pesquisa ouviu 1.683 pessoas na Bahia, entre  8 e 14 de julho, com coleta via recrutamento digital aleatório (Atlas RDR) está registrada junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número 02664/2022 . A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos e o nível de confiança é de 95%.

Pré-candidatos ao governo da BA disputam apoios de prefeitos; ACM Neto tem mais apoiadores entre as 30 maiores cidades do estado

A movimentação no período da pré-campanha na Bahia tem sido marcada pelas caminhadas e eventos, no melhor estilo corpo a corpo, e por movimentações políticas dos pré-candidatos ao governo em busca de apoio de prefeitos. Entre as 30 maiores cidades baianas, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), dezoito são comandadas por prefeitos que apoiam a pré-candidatura de ACM Neto (União). Gestores de outras doze cidades da relação apoiam Jerônimo Rodrigues (PT), enquanto duas contam com prefeitos que apoiam João Roma (PL).

Outros dois pré-candidatos ao governo da Bahia, Kleber Rosa (Psol) e Giovani Damico (PCB), seguem na disputa sem apoio declarado de prefeitos de municípios com grande concentração de votos. Os apoios, que nem sempre refletem o arco de alianças das coligações, são considerados importantes por especialistas para a disputa que vai definir o novo governador do estado em outubro.

Ainda que os apoios não representem transferência direto de votos, juntos, os 18 municípios cujos prefeitos apoiam ACM Neto (União) possuem mais de 5,7 milhões de habitantes, o representa quase 40% da população baiana. Entre os maiores municípios baianos, o ex-prefeito de Salvador conta com apoio de prefeitos das cinco principais cidades do estado: Bruno Reis (Salvador), Colbert Martins (Feira de Santana), Sheila Lemos (Vitória da Conquista), Elinaldo Araújo (Camaçari) e Suzana Ramos (Juazeiro).

Em comparação com 2018, apenas a prefeitura de Juazeiro saiu da base governista para a oposição, ainda assim, o atual governador, Rui Costa (PT), venceu em quatro destas cinco, com votação superior a 60% em todas as quatro. Na ocasião, o petista só não venceu em Feira de Santana, cidade natal do então adversário José Ronaldo (União).

Além das cinco maiores cidades, ACM Neto ainda conta com os apoios dos prefeitos de Teixeira de Freitas, Jequié, Barreiras, Simões Filho, Eunápolis, Santo Antônio de Jesus, Luís Eduardo Magalhães, Candeias, Guanambi, Dias D’Ávila, Senhor do Bonfim, Itapetinga e Campo Formoso. Jerônimo Rodrigues conta com o apoio dos prefeitos de Itabuna, Ilhéus, Lauro de Freitas, Alagoinhas, Paulo Afonso, Valença, Jacobina, Irecê, Casa Nova e Bom Jesus da Lapa. Enquanto a pré-candidatura de João Roma conta com apoio dos prefeitos de Porto Seguro e Serrinha.

Outro ponto de atenção na movimentação eleitoral da Bahia tem sido a disputa pelo apoio de prefeitos que não integram a base de apoio dos partidos do pré-candidato. Mesmo após o rompimento de uma aliança que durou quase 14 anos, entre 2009 e 2022, a candidatura do PT tem mirado prefeitos do antigo aliado PP, que agora apoia a chapa liderada pelo União Brasil.

Em 2020, o PP elegeu 92 prefeitos na Bahia. O partido só ficou atrás do PSD, que elegeu 107. Por isso mesmo, a cada encontro com gestores da sigla, pré-candidato Jerônimo Rodrigues destaca em suas redes, a aliança para além de sua base. Prefeitos do PP das cidades de Caravelas, Vereda, Ibirapuã, Cabaceiras do Paraguaçu, Cícero Dantas, Jeremoabo, Novo Triunfo, Pilão Arcado, Itapebi e Ipiaú, por exemplo, já declararam apoio ao candidato do PT. Oficialmente, a chapa petista para o governo da Bahia conta com oito partidos: PT, PSD, MBD, PSB, PC do B, PV, Avante e Patriota.

O primeiro turno da eleição para o governo da Bahia, marcado para 2 de outubro de 2022, deve ter cinco candidatos ao governo do estado. A partir de sexta-feira (15), os partidos terão até o dia 5 de agosto para definir seus representantes na disputa, o que ocorre nas convenções partidárias. *Matéria publicada originalmente no site G1/Bahia

Deputados baianos recebem mais de R$ 220 mil em auxílio moradia no primeiro semestre

Os deputados federais da Bahia receberam R$ 223.091,02 em Auxílio Moradia no primeiro semestre deste ano, de acordo com dados disponibilizados no site da Câmara dos Deputados. Entre os 39 parlamentares baianos na Casa, 10 receberam o benefício entre os seis primeiros meses.

Os três partidos que mais receberam o Auxílio Moradia foram: o União Brasil, com R$ 54,6 mil; o PT, com R$ 51,06 mil e o Republicanos, com R$ 40,86 mil. O parlamentar baiano que mais recebeu o benefício foi Igor Kannário (União), embolsando R$ 33 mil nos seis primeiros meses de 2022.

Levando em consideração os deputados de todos os estados, a Câmara distribuiu mais de R$ 2,8 milhões em Auxílio Moradia para os 129 deputados que receberam o benefício entre janeiro e junho deste ano.


Em novembro de 2021, a Casa legislativa chegou a ter um custo mensal superior a R$ 5 milhões em pagamentos do auxílio entre 152 parlamentares beneficiários da época. No ano passado, menos de 10% dos deputados (44) não receberam o benefício em nenhum mês.

O Auxílio Moradia é um direito garantido aos parlamentares que não ocuparem os chamados “apartamentos funcionais” da Câmara. De acordo com o site da casa, um deputado tem direito a receber R$ 4.253,00, com o pagamento podendo ser feito como “reembolso” ou como dinheiro em espécie.

A Câmara dispõe de 432 apartamentos funcionais para os deputados, sendo que, no total, são 513 parlamentares, por isso o direito ao auxílio. As moradias possuem 232 m² e a Casa paga pelos serviços de limpeza, vigilância, reparos, fornecimento de gás, reforma, manutenção de elevadores, seguro contra incêndio e até serviços de chaveiro e desratização.

Em 2019, o custo mensal para manter os 432 apartamentos funcionais é de R$ 1,49 milhão, de acordo com informações do site da Câmara dos Deputados, ficando um gasto de R$ 3.450 por imóvel. 

O salário de um deputado federal é de R$ 33.763,00. O preço-médio mensal de um aluguel para um imóvel “padrão” em Brasília é de R$ 2.412, de acordo com levantamento do Conselho Regional de Corretores de Imóveis da 8ª Região (Creci-DF) realizado em julho deste ano.

Confira a lista dos deputados que receberam Auxílio Moradia em 2022:

  1. Igor Kannário (União): R$ 33.000,00
  2. Marcelo Nilo (Republicanos): R$ 27.000,00
  3. Jorge Solla (PT): R$ 26.700,00
  4. Daniel Almeida (PCdoB): R$ 25.518,00
  5. Abílio Santana (PSC): R$ 25.518,00
  6. Otto Alencar Filho (PSD): R$ 25.518,00
  7. Dayane Pimentel (União): R$ 21.600,00
  8. Tia Eron (Republicanos): R$ 13.868,00
  9. Afonso Florence (PT): R$ 13.027,69
  10. Joseildo Ramos (PT): R$ 11.341,33

Em busca da reeleição, Bolsonaro dobra gasto de publicidade com a Globo

Alvo de diversas críticas do presidente Jair Bolsonaro (PL), o Governo Federal gastou quase o dobro em publicidade na Globo  de janeiro a junho deste ano, se comparado ao mesmo período de 2021. 

De acordo com o Uol, de 1º de janeiro a 21 de junho do ano passado, a emissora recebeu R$ 6,5 milhões em valores líquidos pagos por materiais publicitários de televisão veiculados em âmbito nacional e regional. Já em 2022, no mesmo período, observa-se aumento de 43% (R$ 11,4 milhões). Os dados são da Secom (Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência), órgão responsável pelas contratações na área de publicidade e propaganda do governo.

O levantamento feito pelo UOL mostra ainda uma mudança no perfil de investimento feito pela pasta. Na TV, o Palácio do Planalto deu prioridade às campanhas institucionais, isto é, que mostram os feitos da gestão e ajudam a inflar a popularidade do presidente. Em 2021, a Secom havia comprado espaço na Globo para 46 inserções publicitárias categorizadas como “utilidade pública” e apenas dez para materiais institucionais. Já de 1º de janeiro a 21 de junho deste ano, são 72 campanhas institucionais na maior emissora do país (86% a mais) e apenas duas, “utilidade pública” (96% a menos).

2022 será o único ano do mandato de Bolsonaro que a Globo vai ultrapassar as concorrentes SBT e Record em valor recebido por publicidade federal. Neste ano, durante o período analisado, enquanto a emissora carioca recebeu R$ 11,4 mi, a Record ganhou R$ 9,8 mi e o SBT R$ 8,4 mi.

‘Sinal que vem das ruas é de esperança com a volta de Lula’, afirma Jerônimo no interior

A correria do pré-candidato a governador do Estado pelo PT, Jerônimo Rodrigues, tem sido intensa durante os festejos juninos. “A caminhada junto com prefeitos e prefeitas, deputados, vereadores e lideranças políticas regionais têm nos dado um recado muito positivo e otimista. O sinal que vem das ruas é de esperança com a volta de Lula”, afirmou Jerônimo, que neste domingo (26) completa 13 viagens ao interior. 

Na noite de sábado (25), ele foi recebido pelos prefeitos Marco Aurélio e Edione Agostinone, respectivamente, nas cidades de Itaquara e Jaguaquara, ambas no Vale do Jiquiriça. “O carinho que temos recebido é o reconhecimento das pessoas ao trabalho iniciado pelo ex-governador Jaques Wagner e fortalecido pelo governador Rui Costa”, comentou Jerônimo, que hoje visita as cidades de Rafael Jambeiro, Tanquinho e Santo Estevão. “As pessoas querem gestores que cuidem de gente. Por isso a reação das pessoas nas ruas tem sido de apoio a Lula e de apoio ao nosso time na Bahia”, acrescentou o ex-secretário estadual de Desenvolvimento Rural e Educação.

Desde a última terça (22), o pré-candidato de Lula na Bahia já foi às cidades de Irecê, São Gabriel, Amargosa, Gandu, Castro Alves, Dom Macedo Costa, Cruz das Almas e Cachoeira.

TSE divulga valores do fundo eleitoral de 2022 destinados para cada partido; saiba valores

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) disponibilizou nesta quarta-feira (15), a divisã do valor a que cada partido político terá direito na distribuição dos R$ 4,9 bilhões do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC), o Fundo Eleitoral, destinado às legendas para as Eleições Gerais de 2022. O montante também será divulgado na edição extra do Diário de Justiça Eletrônico do TSE de sexta-feira (17) e é disciplinado por meio da Portaria nº 579/2022.

O montante de R$ 4.961.519.777,00 representa a maior soma de recursos já destinada ao Fundo desde a criação, em 2017, e foi distribuído entre os 32 partidos políticos registrados no TSE com base em critérios específicos. Mais uma vez, o Partido Novo (Novo) renunciou ao repasse dos valores para financiar as campanhas políticas de candidatos e sua cota será revertida ao Tesouro Nacional.

O União Brasil (União), sigla resultante da fusão do Democratas (DEM) com o Partido Social Liberal (PSL), receberá o maior montante, com mais de R$ 782 milhões. Em seguida, estão o Partido dos Trabalhadores (PT), com pouco mais de R$ 503 milhões, o Movimento Democrático Brasileiro (MDB), com R$ 363 milhões, o Partido Social Democrático (PSD), com R$ 349 milhões e o Progressistas, com aproximadamente R$ 344 milhões. Juntas, essas cinco legendas respondem por 47,24% dos recursos distribuídos.

Os recursos do Fundo Eleitoral ficarão à disposição do partido político somente depois de a sigla definir critérios para a distribuição dos valores. Esses critérios devem ser aprovados pela maioria absoluta dos membros do órgão de direção executiva nacional e precisam ser divulgados publicamente.

Veja lista:

União Brasil – R$ 782.549.751,69
PT – R$ 503.362.324,00
MDB – R$ 363.284.702,40
PSD – R$ 349.916.884,56
PP – R$ 344.793.369,45
PSDB – R$ 320.011.672,85
PL – R$ 288.519.066,50
PSB – R$ 268.889.585,68
PDT – R$ 253.425.162,09
Republicanos – R$ 242.245.577,52
Podemos – R$ 191.385.989,03
PTB – R$ 114.492.248,59
Solidariedade – R$ 112.956.557,72
PSOL – R$ 100.044.052,18
Pros – R$ 91.407.652,36
Novo – R$ 90.108.682,88
Cidadania – R$ 87.941.006,94
Patriota – R$ 86.488.932,80
PSC – R$ 76.226.112,45
PCdoB – R$ 76.076.392,78
Rede – R$ 69.668.368,67
Avante – R$ 69.241.914,34
PV – R$ 50.575.220,77 
PCB – R$ 3.100.949,86
Democracia Cristã – R$ 3.100.949,86
PRTB – R$ 3.100.949,86
PCO – R$ 3.100.949,86
PMB – R$ 3.100.949,86
PMN – R$ 3.100.949,86
PSTU – R$ 3.100.949,86
Unidade Popular – R$ 3.100.949,86
Agir – R$ 3.100.949,86 

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