Inadimplência bate recorde com 66,6 milhões de pessoas, diz Serasa

Em um cenário de juros e inflação rodando em níveis elevados no país, e com uma atividade econômica com dificuldades para engatar, as pessoas com as contas em atraso têm alcançado patamares recordes.
 

Dados do Indicador Serasa Experian de Inadimplência do Consumidor divulgados nesta segunda-feira (11) mostram que o Brasil bateu o recorde com 66,6 milhões de inadimplentes em maio, o maior número desde o início da série histórica, em 2016.
 

Ainda segundo os dados da Serasa, na comparação com maio de 2021, houve um acréscimo de 4 milhões de nomes negativados.
 

No balanço de resultados referente ao primeiro trimestre do ano, os grandes bancos já haviam sido unânimes em sinalizar que um aumento da inadimplência dos clientes era esperado para o restante do ano.
 

Segundo o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, apesar do aumento da inadimplência ser esperado, é possível melhorar a situação. “Os consumidores precisam continuar se organizando financeiramente e utilizando ferramentas disponíveis, como o saque do FGTS, para tentar tirar o nome do vermelho.”
 

Bancos e cartões lideram volume de dívidas negativadas A análise setorial da Serasa registrou ainda que o maior volume de dívidas negativadas está no segmento de bancos e cartões, com 28,2% do total.
 

Em seguida estão as contas básicas como água, luz e gás, agrupadas na área de “utilities”, com 22,7%. Em terceiro lugar, ficam os setores de varejo e financeiras, com 12,5% cada um.
 

Na quebra regional entre os Estados brasileiros, São Paulo concentra o maior número de inadimplentes (15,6 milhões), seguido pelo Rio de Janeiro (6,7 milhões), Minas Gerais (6,3 milhões), Bahia (4,1 milhões) e Paraná (3,5 milhões).

Bolsonarista que matou petista se define como conservador e cristão nas redes

O policial penal bolsonarista Jorge José da Rocha Guaranho, que matou o guarda municipal petista Marcelo de Arruda na noite de sábado (9) em Foz do Iguaçu (PR), é um dos diretores da associação onde o crime aconteceu, segundo a Polícia Civil do Paraná.

A delegada Iane Cardoso afirmou em entrevista coletiva neste domingo (10) que o atirador dirigia a Aresf (Associação Recreativa e Esportiva da Segurança Física). Por isso, a polícia investiga se ambos se conheciam ou não. A mulher e um amigo de Arruda disseram à Folha que não sabem quem ele era.

“A informação que temos a priori deu a entender que eles se conheciam, mas não há histórico que tenha havido uma divergência ou briga anterior”, afirmou a delegada. “Por isso a gente deduz que talvez eles tivessem um conhecimento.”

Guaranho, que está internado após também ser baleado por Arruda, se define como conservador e cristão. Ele usa as redes sociais principalmente para defender o presidente Jair Bolsonaro (PL), se diz contra o aborto e as drogas e considera arma sinônimo de defesa.

Em junho de 2021, ele aparece sorrindo em uma foto ao lado do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do mandatário. “Vamos fortalecer a direita”, escreveu em 30 de abril numa corrente da “#DireitaForte” para impulsionar perfis de conservadores com poucos seguidores.

Sua última postagem antes do crime é um retuíte de uma publicação do ex-presidente da Fundação Cultural Palmares Sérgio Camargo, dizendo: “Não podemos permitir que bandidos travestidos de políticos retornem ao poder no Brasil. A responsabilidade é de cada um de nós”.

Semanas atrás, o policial penal [trabalha em unidades prisionais] publicou ainda uma mensagem de cunho LGBTfóbico ao comentar o anúncio do jogador de futebol Richarlyson sobre ser bissexual. “Popeye assume que come espinafre”, escreveu Guaranho.

Xingamentos e palavrões de cunho sexual também são comuns. “Sua bunda” e “meus ovos”, respondeu a postagens da colunista Mônica Bergamo, da Folha, e do influenciador Felipe Neto em setembro do ano passado.

Bolsonaro se pronunciou sobre o assassinato na noite deste domingo: “Independente das apurações, republico essa mensagem de 2018: Dispensamos qualquer tipo de apoio de quem pratica violência contra opositores. A esse tipo de gente, peço que por coerência mude de lado e apoie a esquerda, que acumula um histórico inegável de episódios violentos”, escreveu.

Testemunhas disseram à polícia que Arruda comemorava seu aniversário quando Guaranho passou de carro e gritou: “aqui é Bolsonaro”. Houve discussão, e o policial penal disse que voltaria. Diante disso, o petista foi ao carro e pegou sua arma, também de acordo com os relatos.

Pouco tempo depois, o bolsonarista retornou. Um vídeo mostra o momento em que ele invade o local, e atira contra Arruda, que também dispara. Como Marcelo tinha muitos conhecidos de direita, amigos chegaram a pensar que a gritaria, no início da confusão, era brincadeira de algum colega do aniversariante.

“Um de nós até foi na cozinha e falou: Marcelo, vai lá recepcionar que chegou mais um amigo seu bolsonarista”, conta o amigo e empresário de turismo André Alliana, 49. Só perceberam que não era piada quando o homem fez o retorno na rua sem saída e, com uma mulher e um bebê no banco de trás, repetiu ameaças.

“O cara tirou a arma para fora do carro e falou: ‘Olha aqui para vocês, vocês merecem morrer, seus desgraçados”, diz André, ao lembrar da ameaça. “Eu estou arrasada. A gente estava entre amigos e família. Tinha pessoas de outras opiniões políticas e nem por isso estávamos alterados ou discutindo. Estávamos festejando o aniversário de 50 anos do Marcelo e esse louco chegou atirando”, diz Pâmela Suellen Silva, companheira do petista.

Veja quais os preços que mais subiram devido a inflação no primeiro semestre de 2022

O bolso do brasileiro não ficou imune à inflação no primeiro semestre de 2022. No acumulado do ano até junho, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) subiu 5,49%, informou nesta sexta-feira (8) o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
 

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados no indicador, oito tiveram altas de preços no mesmo período. O segmento de vestuário teve a maior inflação no acumulado do ano até junho: 9,14%.
 

Entre os subitens que compõem esse grupo, as maiores altas foram verificadas em roupas associadas ao inverno. O agasalho feminino subiu 18,14%, o infantil avançou 17,66%, e o masculino ficou 15,75% mais caro.
 

Segundo analistas, a carestia de roupas reflete pelo menos dois fatores: os custos de produção ainda elevados e a volta da demanda em um cenário de menores restrições à circulação de pessoas.
 

Após vestuário, o grupo de alimentação e bebidas teve a segunda maior alta de preços no acumulado do ano até junho: 8,42%.
 

Entre os subitens, as maiores disparadas foram registradas por morango (106,81%), melão (64,60%) e batata-inglesa (55,77%). Pepino (55,58%), abobrinha (54,41%) e repolho (51,74%) vieram na sequência.
 

Frutas, legumes e hortaliças subiram no Brasil com o impacto do clima adverso na largada deste ano. A seca no Sul e as chuvas fortes em regiões como o Sudeste e o Nordeste abalaram plantações, com impacto sobre a oferta e os preços finais.
 

Ainda houve pressão nos custos do transporte das mercadorias, já que os combustíveis ficaram mais caros.
 

O grupo de transportes, aliás, teve a terceira maior inflação no acumulado do ano até junho: 7,38%. Trata-se do segmento com o principal peso na composição do IPCA.
 

Dentro de transportes, as maiores altas dos subitens foram de óleo diesel (33,39%) e gás veicular (23,90%). Seguro de veículo veio na sequência (23,61%). A gasolina, que tem o principal peso individual no IPCA, subiu 8,06%.
 

Os combustíveis mais caros são apontados como principais responsáveis pela inflação de transportes.
 

No acumulado do primeiro semestre, também houve aumentos nos grupos de artigos de residência (7,09%), educação (6,24%), saúde e cuidados pessoais (5,87%), despesas pessoais (3,55%) e comunicação (2,26%).
 

No mesmo período, o único segmento com deflação (queda de preços) foi habitação. A baixa atingiu 0,61%. Houve impacto da redução de 14,52% na energia elétrica residencial.
 

A conta de luz teve alívio após o fim, em abril, da taxa extra cobrada para financiar usinas térmicas durante a crise hídrica.

PIX Garantido vem aí: uma nova ameaça aos cartões de crédito

Previsto para ser lançado ainda este ano pelo Banco Central, o PIX Garantido será um forte concorrente dos cartões de crédito e poderá ajudar a derrubar as atuais taxas de juros. Isso porque ele permitirá o parcelamento das compras, otimizando o processo tanto de pagamento quanto de recebimento, ou seja, será um grande atrativo para clientes e empresas. Cada vez mais popular, o PIX já faz parte do dia a dia dos brasileiros e, agora, estará ainda mais funcional por meio dessa expansão.

Entenda como funcionará o PIX Garantido 

O PIX Garantido funcionará na mesma dinâmica de um cartão de crédito, abrindo espaço de tempo para o consumidor pagar o boleto. 

Com um valor limite, o novo serviço poderá ser utilizado tanto em compras à vista quanto em parceladas, sem a necessidade de um cartão magnético. 

A grande mudança é que atualmente o PIX só possibilita a realização de pagamentos feitos à vista, isto é, com o dinheiro que se encontra disponível na conta do pagador. 

Principais benefícios para lojistas

O parcelamento das compras através do PIX conta com diversas vantagens para os lojistas, porque promete ajudar na otimização da gestão financeira e na melhoria do fluxo de caixa do negócio. 

Com ele, será possível reduzir as tarifas cobradas pelas operadoras de cartão de crédito, com garantia do recebimento dos valores parcelados.  

Além disso, os lojistas poderão aumentar o valor do ticket médio das vendas. Por enquanto, o Banco Central não divulgou quais serão os limites disponibilizados no PIX Garantido, mas tudo indica que a adesão será altamente bem-sucedida.   

Vantagens para os consumidores 

Para os consumidores, haverá mais uma opção de crédito no mercado, melhorando o poder de compra, inclusive com taxas de juros que deverão ser bem menores em relação às operadoras de cartões de crédito. 

Endividamento das famílias é de 77,3% em junho, aponta CNC

Em junho, a proporção de famílias com dívidas a vencer ficou em 77,3%, o que representa uma queda de 0,1 ponto percentual em relação a maio. Na comparação com junho de 2021, houve crescimento de 7,6 pontos percentuais. Os dados da Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) foram divulgados hoje (7) pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). As informações são da Agência Brasil.

De acordo com a CNC, esta é a segunda queda seguida no endividamento, após a alta recorde registrada em abril, quando o indicador ficou em 77,7%. As dívidas no cartão de crédito representam a maior fatia do endividamento, com 86,6% do total de famílias relatando este tipo de dívida. Em seguida vem os carnês, com 18,3%, e o financiamento de carro, com 10,8%. Em junho de 2021, essas proporções eram de 81,8%, 17,5% e 11,9%, respectivamente.

Para o presidente da CNC, José Roberto Tadros, a queda no endividamento reflete a melhora no mercado de trabalho. “Com menos restrições impostas pela pandemia e as medidas temporárias de suporte à renda, como saques extraordinários do FGTS, antecipações do 13º salário, INSS e maior valor do Auxílio Brasil, a população precisou apelar menos para os gastos no cartão”.


A pesquisa mostra que a inadimplência também apresentou queda, com retração de 0,2 ponto percentual na proporção de famílias com contas em atraso para 28,5%. Esta é a primeira queda desde setembro de 2021. A mesma queda foi verificada entre as famílias que afirmam não ter condições de pagar as contas atrasadas, com 10,6% do total.

A responsável pela pesquisa, Izis Ferreira, explica que a melhora no mercado de trabalho não se reflete no rendimento, pois estão sendo absorvidos trabalhadores com menor nível de escolaridade e o rendimento médio está achatado pela inflação elevada.

“Além disso, o avanço recente da informalidade no emprego é mais um fator que aumenta a volatilidade da renda do trabalho e atrapalha a gestão das finanças pessoais”.

Os dois recortes por faixas de renda apresentaram leve queda na proporção de endividados. Entre as famílias com rendimentos acima de dez salários mínimos, a redução foi de 0,2 ponto percentual (p.p), para 74,2%, enquanto a parcela com ganhos até dez salários mínimos caiu 0,1 p.p, para 78,2%.

Em busca da reeleição, Bolsonaro dobra gasto de publicidade com a Globo

Alvo de diversas críticas do presidente Jair Bolsonaro (PL), o Governo Federal gastou quase o dobro em publicidade na Globo  de janeiro a junho deste ano, se comparado ao mesmo período de 2021. 

De acordo com o Uol, de 1º de janeiro a 21 de junho do ano passado, a emissora recebeu R$ 6,5 milhões em valores líquidos pagos por materiais publicitários de televisão veiculados em âmbito nacional e regional. Já em 2022, no mesmo período, observa-se aumento de 43% (R$ 11,4 milhões). Os dados são da Secom (Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência), órgão responsável pelas contratações na área de publicidade e propaganda do governo.

O levantamento feito pelo UOL mostra ainda uma mudança no perfil de investimento feito pela pasta. Na TV, o Palácio do Planalto deu prioridade às campanhas institucionais, isto é, que mostram os feitos da gestão e ajudam a inflar a popularidade do presidente. Em 2021, a Secom havia comprado espaço na Globo para 46 inserções publicitárias categorizadas como “utilidade pública” e apenas dez para materiais institucionais. Já de 1º de janeiro a 21 de junho deste ano, são 72 campanhas institucionais na maior emissora do país (86% a mais) e apenas duas, “utilidade pública” (96% a menos).

2022 será o único ano do mandato de Bolsonaro que a Globo vai ultrapassar as concorrentes SBT e Record em valor recebido por publicidade federal. Neste ano, durante o período analisado, enquanto a emissora carioca recebeu R$ 11,4 mi, a Record ganhou R$ 9,8 mi e o SBT R$ 8,4 mi.

Delegado que prendeu Milton Ribeiro é exonerado de setor da PF que investiga políticos

O delegado Bruno Calandrini, chefe do inquérito que apura suposto tráfico de influência no Ministério da Educação e Cultura (MEC), foi exonerado do setor da Polícia Federal responsável por investigar autoridades com foro privilegiado. As informações são do portal G1.

Segundo nota divulgada nesta terça-feira (28) pela PF, Calandrini foi quem pediu, ainda em maio, para deixar o cargo que ocupava na Coordenação de Inquérito nos Tribunais Superiores. O delegado vai continuar à frente das investigações sobre supostas fraudes no MEC.

Ainda de acordo com a PF, a troca foi formalizada no dia 16 de junho, antes da operação que prendeu o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro. Bruno Calandrini vai agora coordenar a Unidade Especial de Investigação de Crimes Cibernéticos “presidindo trabalhos investigativos sensíveis daquela unidade”.

Calandrini havia denunciado a colegas da PF, em mensagem interna, que sofreu interferência na execução da operação em que o ex-ministro foi preso. Segundo o delegado, houve “decisão superior” para que Ribeiro não fosse transferido para Brasília, conforme determinação judicial emitida na quarta-feira por um juiz federal. Em razão da “decisão superior”, escreveu o delegado, ele deixou de ter “autonomia investigativa e administrativa para conduzir o Inquérito Policial deste caso com independência e segurança institucional”.

“Falei isso ao Chefe do CINQ [Coordenação de Inquérito nos Tribunais Superiores, da Polícia Federal] ontem, após saber que, por decisão superior, não iria haver o deslocamento de Milton Ribeiro para Brasília e manterei a postura de que a investigação foi obstaculizada ao se escolher pela não transferência de Milton a Brasília à revelia da decisão judicial”, escreveu o delegado na mensagem. De acordo com o delegado, foram concedidas ao ex-ministro “honrarias não existentes na lei”.

“O principal alvo, em São Paulo, foi tratado com honrarias não existentes na lei, apesar do empenho operacional da equipe de Santos que realizou a captura de Milton Ribeiro, e estava orientada, por este subscritor, a escoltar o preso até o aeroporto em São Paulo para viagem a Brasília”, escreveu.

Governo sanciona lei que devolve imposto cobrado na conta de luz

Os consumidores de todo o país terão desconto na tarifa de energia elétrica para atender o que determina a lei 14.385, publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira (28). A medida atende a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal), que julgou inconstitucional a cobrança de PIS/Cofins na luz. Aprovado pela Câmara no início deste mês, o projeto de lei com a possibilidade de devolução foi sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) sem nenhum veto.

A medida altera legislação anterior de funcionamento da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) para permitir que a agência reguladora devolva os valores. A devolução deverá vir em reajustes menores nas contas de energia.

A medida já teve efeitos em alguns reajustes. Este é o caso da Enel, que atende 7,6 milhões de unidades consumidoras em São Paulo e teve o aumento de 2022 aprovado pela agência nesta terça. Segundo detalhamento da Aneel, no caso do cálculo das tarifas da Enel, que terá reajuste médio de 12,04% a partir de segunda-feira (4), a devolução dos créditos de PIS/Cofins foi responsável por -8,70% na composição do índice de reajuste médio da operadora de luz. Caso contrário, o aumento seria maior, mas não foi informado o percentual. Dados divulgados pela Câmara e pelo Senado dão conta de que, dos R$ 60,3 bilhões em créditos a serem devolvidos pela União às distribuidoras, R$ 47,6 bilhões ainda não foram restituídos aos consumidores.

O restante entrou em revisões tarifárias desde 2020, que teriam resultado em redução média de 5% até então. A mesma regra de redução foi utilizada para aprovar o aumento tarifário no Tocantins, pela Energisa, cuja redução com base na devolução de PIS/Cofins é de 9,76 % no índice de reajuste tarifário da distribuidora, que atende a 637 mil unidades consumidoras.

Em São Paulo, além do desconto permitido pela nova legislação, a Aneel considerou ainda a lei que limita a cobrança do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) em 18% no estado, que passará a valer também sobre a luz. “Também impactará o preço final a ser pago pelo consumidor a lei complementar 194, sancionada na última quinta-feira (23/6), que reduz a alíquota do ICMS na energia para 18%.

A aplicação dessa lei que depende dos estados contribuirá para atenuar o preço final da energia dos consumidores da Enel-SP em aproximadamente -10,4%”, diz a agência. Outra medidas foram a proposta de regulamentação da “CDE Modicidade Eletrobras”, sobre a inclusão de portes na conta doe luz com a privatização da Eletrobras, que contribuiu com -2,84% na redução de impactos no reajuste, além do empréstimo setorial da conta escassez hídrica (-2,82%) e a aprovação de pagamentos provenientes do repasse da potência contratada de Itaipu (-1,26%). Mesmo assim, os consumidores residenciais de São Paulo irão pagar, em média, 10,01% a mais na luz. A média máxima de reajuste no estado será de 18,03% para consumidores de alta tensão.

O texto aprovada na Câmara dos Deputados em 7 de junho foi proposto pelo Senado, para atender as distribuidoras que entraram com a ação e ganharam o caso no STF. Apenas duas distribuidoras não ingressaram com processos. Na Câmara, o projeto tramitou anexo a outro, que também era do Senado, mas iniciado em 2022.

Créditos por economia foram devolvidos em janeiro A conta de luz pressiona a inflação das famílias desde 2020, com a pandemia de coronavírus e crise hídrica. Com baixa nos reservatórios, usinas térmicas acionadas e consumidores em casa, a tarifa explodiu, elevando reclamações e inadimplência. Como medida contra a crise hídrica, o governo federal lançou, em setembro de 2021, programa que dava desconto na fatura a quem economizasse entre 10% e 20% na luz. O desconto foi dado em janeiro, com base na conta de dezembro, segundo a União. Não foi informando, no entanto, quantos consumidores foram beneficiados.

Governo e Congresso decidem ampliar Auxílio Gás e criar auxílio caminhoneiro

A menos de quatro meses das eleições, o governo Jair Bolsonaro (PL) e o Congresso Nacional decidiram ampliar o Auxílio Gás e criar um auxílio para caminhoneiros como resposta à alta no preço dos combustíveis.
 

Os detalhes foram acertados em uma reunião entre o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, e os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), nesta terça-feira (21). A informação foi confirmada por técnicos e integrantes do Palácio do Planalto.
 

O Auxílio Gás foi criado em novembro do ano passado e paga 50% do valor de um botijão de gás de 13 kg às famílias beneficiárias a cada dois meses. Em junho, o valor do benefício é de R$ 53, pago a 5,7 milhões de famílias.
 

No entanto, vendas em queda indicam que os recursos não estão sendo utilizados na compra de botijões, diz o setor. Segundo dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis), as vendas de botijão registram queda de 5,6% nos primeiros quatro meses de 2022, em comparação com o mesmo período do ano anterior.
 

Entre janeiro março, o volume de gás de cozinha vendido em botijões de 13 quilos no país é o menor pelo menos desde 2017, também de acordo com estatísticas da ANP.
 

Segundo fontes do governo ouvidas pela reportagem, para implementar a ampliação, um dos modelos avaliados é reduzir o intervalo do pagamento, que passaria de bimestral a mensal.
 

Caso essa seja a opção escolhida, a tendência é dobrar o custo do programa, que hoje oscila entre R$ 275 milhões e R$ 300 milhões mensais.
 

No caso do auxílio, a expectativa é contemplar entre 700 mil e 900 mil caminhoneiros autônomos. O piso de R$ 400 pago no programa Auxílio Brasil tem sido uma referência nas discussões.
 

A autorização para as despesas deve ser incluída na mesma PEC (proposta de emenda à Constituição) que tramita no Senado e prevê uma compensação aos estados pela redução de tributos sobre diesel e gás. Os valores ficam fora do teto de gastos, a regra que limita o crescimento das despesas à variação da inflação.
 

Técnicos da área econômica ainda trabalham nas estimativas sobre o custo adicional das medidas.

Polícia Federal prende ex-ministro Milton Ribeiro e pastores

A PF prendeu, na manhã desta quarta-feira (22), o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro e pastores suspeitos de operar uma balcão de negócios no Ministério da Educação e na liberação de verbas do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação).

São cumpridos mandados de busca e apreensão em endereços do ex-ministro e dos pastores Arilton Moura e Gilmar Santos. Os líderes religiosos são apontados como lobistas que atuavam no MEC.

A ação foi nomeada como “Acesso Pago” .

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