Brasil registra a maior média móvel de mortes desde o início da pandemia

O Brasil registrou neste domingo (14) a maior média móvel de mortes por Covid-19 de toda a pandemia do novo coronavírus: 1.105.

Até então, a maior média era de 1.097 mortes, registrada em 25 de julho de 2020, no auge da primeira onda da doença no país. A média móvel é calculada somando o resultado dos últimos sete dias, dividindo por sete. O recurso estatístico busca dar uma visão melhor da evolução do vírus, pois atenua números isolados que fujam do padrão.

Os dados são fruto de colaboração inédita entre Folha de S.Paulo, UOL, O Estado de S. Paulo, Extra, O Globo e G1 para reunir e divulgar os números relativos ao coronavírus. As informações sobre números de casos e mortes são coletadas diretamente com as Secretarias de Saúde estaduais.

Nas últimas 24h, o país registrou 647 óbitos pela doença e 22.440 novas infecções por Sars-CoV-2. Com isso, totaliza 239.294 mortes e a 9.833.695 pessoas infectadas desde março do ano passado.

Nos últimos dias os registros têm sido ainda mais altos. Na quinta (11), por exemplo, foram 1.452 novas mortes em um único dia. Nos finais de semana e nas segundas-feiras, porém, é comum que os números sejam mais baixos devido aos plantões nas pasta estaduais.

Auxílio emergencial deve voltar em março com duração de até quatro meses, diz Bolsonaro

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou nesta quinta-feira, 11, que o auxílio emergencial deve voltar a ser pago em março, com duração entre três a quatro meses. Sem especificar o valor, Bolsonaro disse que o assunto é discutido entre a equipe econômica e o Congresso.

“Está quase certo, ainda não sabemos o valor. Com toda certeza – pode não ser – a partir de março, (por) três, quatro meses”, disse em conversa com jornalistas ao final de evento do governo em Alcântara (MA). “Isso que está sendo acertado com o Executivo e com o Parlamento também porque temos que ter responsabilidade fiscal”, acrescentou.

O presidente condicionou a volta do benefício ao fim de medidas de isolamento social. “Não basta apenas conceder mais uma período de auxílio emergencial, o comércio tem que voltar a funcionar. Tem que acabar com essa história de fecha tudo. Devemos cuidar dos mais idosos e quem tem comorbidade, o resto tem que trabalhar.”

O presidente não deu detalhes de quantas pessoas vão ser contempladas com essa nova rodada do auxílio. O ministro da Economia, Paulo Guedes, já disse que a ideia é atender à metade dos 64 milhões de beneficiários que receberam no ano passado. Nem o presidente nem o ministro disse como vão ser os critérios de seleção.

Momentos antes, Bolsonaro chamou a atenção para o endividamento do país ao afirmar que o benefício deve ter tempo limitado. “No momento, a nossa equipe, juntamente com parlamentares, estudamos por mais alguns meses a extensão do auxílio emergencial, que repito, o nome é emergencial, não pode ser eterno porque isso representa um endividamento muito grande do nosso país, e ninguém quer o país quebrado.

Os rumores para a volta do auxílio ganharam força nos últimos dias após pressão dos novos presidentes do Congresso. Em 2020, o benefício consumiu R$ 320 bilhões dos cofres públicos.

Na quarta-feira, 10, Bolsonaro voltou a dizer que o governo não tem dinheiro no cofre e que o benefício é fruto de endividamento. Sem citar o benefício, Guedes afirmou na véspera que o governo federal não tomará medidas que comprometam o orçamento e disse que não se pode empurrar os custos da “guerra” contra o novo coronavírus para as futuras gerações.

Nesta quinta, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), cobrou o ministro da Economia, Paulo Guedes, por uma nova rodada do auxílio emergencial com “uma alternativa viável” para o benefício ser concedido.

Guedes aceita mais três parcelas de R$ 200, mas condiciona a aprovação de uma nova rodada à aprovação de medidas de ajuste fiscal, como cortes de gastos com servidores, e uma base jurídica (que poderia ser uma cláusula de calamidade ou uma nova versão da PEC do orçamento de guerra para permitir ao governo ampliar os gastos fora de amarras fiscais)

Brasil reduz exames que identificam novas cepas de coronavírus

O Brasil reduziu em mais de 60% o número de exames de sequenciamento genético do coronavírus realizados. Este procedimento identifica as variantes em circulação. Isso significa que enquanto novas mutações vem sendo descobertas em todo mundo e até no Brasil, já que uma variante foi identificada no Amazonas, o país está verificando menos as linhagens em circulação. 

Além disso preocupa o fato prejudica a identificação do surgimento de novas cepas. As informações foram apuradas pelo Estadão.

A reportagem ressalta que entre março e maio de 2020, os primeiros meses da pandemia no Brasil, foram realizados 1.823 sequenciamentos no Brasil inteiro. 

Enquanto isso no fim de 2020 e início deste ano, entre novembro e janeiro, 585 exames de genomas foram realizados. 

Os dados foram levantados junto a Rede Genômica da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) a partir das amostras depositadas no site Gisaid, banco online de sequenciamentos com dados do mundo inteiro. Vale destacar que o depósito das análises no sistema Gisaid pode demorar algumas semanas.

Especialistas ouvidos pela reportagem ressaltam que o atraso pode ter algum impacto na redução. Mas eles também sinalizam que apenas isso não explicaria a diferença de 68% no número de genomas sequenciados em comparação nos dois períodos. 

Homem ajuda a salvar vítima de acidente e é demitido após atraso

O autônomo Robsom dos Santos, de 35 anos, foi demitido após presenciar um acidente e se atrasar ao parar para ajudar a salvar a vítima, cujo carro capotou em uma rodovia de Bertioga, no litoral de São Paulo. “Me coloquei no lugar dele”, disse ao G1 nesta terça-feira (9).

O acidente ocorreu nesta segunda-feira (8), após o condutor do veículo fazer uma ultrapassagem na Rodovia Rio-Santos, na altura do bairro Maitinga. O motorista perdeu o controle do veículo e capotou na via, caindo em uma vala na área de mata lateral. “Eu vi tudo. Capotou umas cinco, seis vezes, só na pista”, relembra Santos.

De acordo com o autônomo, que estava em período de experiência na empresa, ele já havia saído atrasado de casa, mas, ver o acidente fez com que ele quisesse ajudar de alguma forma. Sinalizando para outros veículos, ele entrou na área de mata e viu o carro parcialmente submerso na água da vala. Preocupado com a possibilidade de a vítima se afogar, ele decidiu tentar tirá-la.

Santos conta que outros dois homens o ajudaram no resgate, alguns minutos depois de ele adentrar a área de mata. “Falei ‘oi, tudo bem? Tem gente?’. Aí ele falou ‘tem, eu estou sozinho’. Mandei ele tirar o cinto, para tirar ele, porque não conseguia virar o carro”, explica o autônomo.

Leia a matéria completa clicando aqui.

STF encaminha à PGR notícia-crime contra Bolsonaro por gastos alimentícios

O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal, encaminhou à Procuradoria Geral da República, comandada por Augusto Aras, uma notícia-crime apresentada pelo PDT pelos gastos alimentícios do governo federal em 2020. 

Segundo denúncia do site Metrópoles, o Executivo gastou R$ 1,8 bilhão com alimentos no ano passado, sendo R$ 15 milhões apenas em leite condensado, R$ 16,5 milhões em batata frita, R$ 13,4 milhões em barra de cereal, R$ 12,4 milhões em ervilha em conserva, R$ 21,4 milhões em iogurte natural e apenas em chicletes, foram R$ 2.203.681.

Agora é de responsabilidade de Aras investigar e propor eventual ação penal a Bolsonaro. Na petição, o PDT argumenta que os gastos são “desproporcionais à natureza dos produtos e à quantidade de pessoas que porventura os consumiriam”.

Vacina de Oxford tem 76% de eficácia após três semanas da primeira dose

Pesquisadores afirmam que a vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford em parceria com o laboratório AstraZeneca teve eficácia de 76% três semanas depois da primeira dose, de acordo com um estudo preliminar divulgado nesta terça-feira (2). Essa taxa é mantida até 90 dias após a aplicação, de acordo com o G1.
.Os estudos clínicos da vacina também apontaram uma eficácia de 82,4% em um intervalo de três meses após a segunda dose. Esse novo resultado é melhor do que o encontrado anteriormente, com uma eficácia de 54,9%, quando o reforço estava sendo aplicado após um mês e meio.

“Estes novos dados fornecem uma confirmação importante dos dados provisórios que foram utilizadas por mais de 25 órgãos reguladores, incluindo a Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos para a Saúde do Reino Unido e a Agência Europeia de Medicamentos, para conceder autorização de uso emergencial da vacina”, disse Andrew Pollard, pesquisador-chefe dos estudos clínicos em entrevista.

“O estudo também apoia a recomendação feita pelo Comitê Conjunto de Vacinação e Imunização (JCVI) [da OMS] para um intervalo de 12 semanas até a segunda dose, enquanto procuram uma abordagem ideal para implantação, e garante que as pessoas estejam protegidas 22 dias após uma dose única da vacina”.

Em dezembro do ano passado, um especialista britânico havia informado uma eficácia por volta de 70%, mas o dado não chegou a ser divulgado oficialmente.

A vacina da AstraZeneca e da Universidade de Oxford, a ChAdOx1 nCoV-19, está sendo aplicada no Brasil após aprovação para uso emergencial. Na sexta-feira (29), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou que recebeu o pedido de registro definitivo, com um prazo de 60 dias para a avaliação do processo.

Bolsonaro lidera todos os cenários para 2022 e vence nomes como Lula, Moro e Ciro

O presidente Jair Bolsonaro sai na frente nas intenções de voto na eleição presidencial de 2022 em cenários em que compete com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com o ex-ministro da Justiça Sergio Moro (sem partido) e Ciro Gomes (PDT). É o que mostram dados levantados pelo Instituto Paraná Pesquisas. 

No cenário 1, Bolsonaro aparece com 30,5% das intenções enquanto Moro ocupa o segundo lugar com 12%. Ciro aparece na terceira posição com 10,6%. Pontuam ainda Fernando Haddad (9,5%), Luciano Huck (8,1%), João Doria (5,4%), Guilherme Boulos (3,5%) e João Amoedo (2,9%).

No segundo cenário, Bolsonaro repete a posição de vantagem e soma 31% das intenções de voto. O nome do ex-presidente Lula teve 17,3% e ficou em segundo lugar. Moro teve 12,1% e Ciro Gomes 9,2%. 

SEGUNDO TURNO
O Instituto Paraná Pesquisas também levantou dados sobre um eventual segundo turno, com embates diretos entre os nomes.

Quando a disputa é entre Jair Bolsonaro e Lula, o atual presidente do Brasil chega a 42,4% e o petista 35,7%. Brancos e nulos 18,5% e não souberam 3,4%. 

Já entre Bolsonaro e Moro, o cenário fica tecnicamente empatado. O presidente soma 39,1% e o ex-ministro da Justiça 37,6%.

A pesquisa Paraná ouviu 2002 eleitores durante os dias 22 a 26 de janeiro de 2021. A margem estimada de erro de aproximadamente 2,0%
para os resultados gerais.

Globo confirma saída de Faustão no fim do ano: ‘decisão do apresentador’

A notícia da saída do apresentador Fausto Silva da Globo foi confirmada pela emissora, no começo da noite desta segunda-feira. Por meio de comunicado divulgado à imprensa, a Globo disse que a decisão de encerrar o ciclo na emissora foi uma opção do apresentador. Na nota, a Globo enaltece Faustão e destaca o orgulho de ter contato com apresentador ao longo de 32 anos. A emissora ainda promete, como forma de homenagem ao apresentador, a melhor temporada de todos os tempos do programa.

Sobre o futuro, a emissora diz que ao longo dos próximos meses sua comunidade criativa irá definir qual dos projetos em discussão para o domingo é o mais adequado para 2022. Confira a íntegra do comunicada da emissora.

“Nestes mais de 30 anos de parceria, a TV Globo e o apresentador Fausto Silva sempre conversaram sobre novas oportunidades e inovações. Foi assim também nas últimas semanas, quando teve início o último ano do atual contrato. Mas, diante da decisão do apresentador de encerrar sua jornada à frente de programas semanais, só cabe à TV Globo respeitar e aplaudir a história que ele construiu.

Fausto Silva é um dos maiores comunicadores da televisão brasileira e a Globo tem enorme orgulho dos 32 anos de parceria com ele no Domingão do Faustão. Para honrar esta história de sucesso, a Globo está determinada a fazer em 2021 a melhor temporada de todos os tempos do programa, com edições sensacionais do Dança dos Famosos e do Show dos Famosos.

Ao longo dos próximos meses, a empresa vai reunir a sua comunidade criativa para definir qual dos projetos em discussão para o domingo é o mais adequado aos desafios de 2022 e a seu compromisso permanente com a inovação”. As informações são do Correio24horas

Enem registra 55,3% de abstenção no segundo dia de provas e bate recorde de faltas

Com base em dados ainda preliminares, o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) informou neste domingo (24) que o segundo dia do Enem registrou 55,3% de abstenção. Um recorde no histórico do exame.

O índice superou o observado no primeiro dia do exame, no domingo (17), quando havia sido registrada a marca de 51,5%.

Os números foram apresentados pelo presidente do instituto, Alexandre Lopes, em coletiva à imprensa. Segundo ele, 2,4 milhões de inscritos compareceram para fazer as provas de Ciências da Natureza e Matemática, contra um total superior a 3 milhões de ausentes. “Foi mais do que a gente estava esperando”, afirmou.

Ele, no entanto, defendeu a realização do Enem. “O Inep não pode parar”, disse. Questionado sobre a aplicação do exame em meio ao agravamento da pandemia da Covid-19, Lopes afirmou que, para os mais de 2 milhões de inscritos que compareceram às provas nos dois domingos, foi uma decisão importante.

“Você tem que perguntar a eles. Tivemos milhões de pessoas interessadas em fazer o Enem. Prepararam-se, foram ao local das provas, fizeram as provas”, disse o presidente do Inep. “E, porque o fizeram, vão poder concorrer às vagas do Sisu no primeiro semestre de 2021”.

O Sisu é o Sistema de Seleção Unificada do Ministério da Educação, que usa as notas do Enem para ingresso em instituições de ensino superior públicas.

Também presente à coletiva, delegado Cleo Mazzotti, da Polícia Federal, afirmou que o Enem foi realizado sem incidentes, seja no aspecto da segurança ou quanto à lisura do exame

De acordo com Lopes, os inscritos que se sentiram prejudicados por incidentes logísticos durante a aplicação dos exames nos dois dias de provas poderão solicitar a reaplicação. Ele encorajou os inscritos que não fizeram as provas a fazer a solicitação.

O pedido deverá ser feito pela página do participante a partir de meio-dia desta segunda-feira (25) até a sexta-feira (29). Os casos, frisa o instituto, serão avaliados individualmente. A reaplicação está prevista para os dias 23 e 24 de fevereiro.

Em relação ao Amazonas, frisou o presidente do Inep, os inscritos não precisam fazer o pedido de reaplicação. Ela será feita para todos os candidatos. Por enquanto, segundo Lopes, as datas estão mantidas.

O mesmo ocorreu para 13,7 mil inscritos que comunicaram ausência nos dois domingos de aplicação do exame em razão de terem contraído doenças infectocontagiosas, incluindo a Covid-19.

A realização do exame no momento em que a pandemia do novo coronavírus se agravou foi criticada por diferentes setores da sociedade, mas o governo decidiu mantê-lo.

Mais cedo neste domingo, em São Paulo, o ministro da Educação, Milton Ribeiro, disse que foi correto prever a alta abstenção para organizar as salas. “Se houve esse pensamento, de que a abstenção seria de pelo menos 30%, então estávamos certos porque ela foi de 51%”, afirmou Ribeiro.

“Temos que ver o outro lado também, e não estou querendo defender ninguém, mas imagine, se tivéssemos contratado tudo [número de salas suficiente], o valor de dinheiro público que haveríamos de usar.”

O titular da Educação acompanhou a entrada dos candidatos que foram fazer o segundo dia de provas do Enem neste domingo. Ele escolheu visitar a escola estadual Cesar Martinez, em Moema, bairro nobre de São Paulo.

Segundo ele, pela gestão “séria e responsável” do dinheiro público foi correto ter contado com a alta abstenção para organizar os locais de prova, ou seja, sem ampliação suficiente do número de salas para garantir que todas só tivessem 50% de candidatos.

“Gastamos mais de R$ 700 milhões do Tesouro para a aplicação do Enem neste ano. Imagine se não tivesse feito uma mínima previsão [de abstenção] aí as coisas ficariam mais difíceis”, disse o ministro.

Secretários de Fazenda apelam ao Congresso pela prorrogação do auxílio emergencial

Em carta dirigida ao Congresso nesta sexta-feira (22), secretários de Fazenda, Finanças ou Tributação de 18 estados pediram a ajuda dos parlamentares para que o governo federal estenda o auxílio emergencial pago em 2020 em virtude da pandemia da Covid-19.

Eles pedem ainda ao Legislativo a prorrogação do estado de calamidade pública por mais seis meses e, como consequência, a continuidade da emenda à Constituição Federal que permitiu a suspensão temporária de bloqueios fiscais como o teto de gastos.

O fim do auxílio, mostrou a Folha de S,Paulo, mexe, de uma só vez, com a vida das pessoais e com a economia do país ao tirar R$ 32 bilhões da população de baixa renda. O último crédito foi pago no dia 29 de dezembro.

De acordo com o grupo de secretários, a ajuda foi fundamental para “preservar a vida, o emprego e a renda” e contribuiu para a continuidade e aumento da oferta de serviços públicos em áreas prioritárias, principalmente saúde e assistência social.

“A continuidade de tal medida é essencial para não colocar milhares de famílias em situação de fome e desamparo social”, afirmaram.

“[O auxílio emergencial] garantiu renda à população mais necessitada e foi fundamental para, além de garantir o sustento básico das famílias, impulsionar o consumo e a atividade econômica.”

O auxílio foi fundamental para a arrecadação dos tributos, principalmente do ICMS, principal imposto estadual, disseram ainda os autores da carta ao Congresso.

Ao lamentar que a pandemia “ainda não chegou ao fim”, os secretários disseram no documento que a situação se apresenta ainda mais preocupante porque o país não tem um calendário nacional de vacinação e os dados de evolução de mortes e da taxa de contágio estão em níveis alarmantes.

Além das vítimas fatais e dos impactos causados tanto na saúde pública quanto na saúde física e mental dos infectados e de seus círculos de relacionamentos, argumentaram os secretários, milhões de famílias estão sofrendo com os outros efeitos socioeconômicos da pandemia como o desemprego e a recessão.

O documento reforça que o distanciamento social é a principal forma de reduzir a taxa de contágio da doença e salvar vidas, segundo os principais expoentes da área de infectologia, microbiologia, medicina preventiva e cuidados sanitários.

Como consequência dessa nova dinâmica social, a atividade econômica foi significativamente impactada.

“Em nosso país, vimos o aumento explosivo do desemprego e da pobreza, de modo que o auxílio renda emergencial foi essencial para garantir que milhões de brasileiros não passassem fome e tivessem condições básicas de sobrevivência”, afirmaram.

A transferência direta de renda às famílias mais pobres, com maior propensão a consumir, segundo eles, impulsionou o comércio, possibilitando uma gradual retomada da atividade econômica e mitigando os impactos na arrecadação de impostos.

Os secretários propõem ainda a suspensão, por 12 meses a contar de 1º de janeiro, do pagamento de precatórios e de amortização e juros de dívidas com União, bancos públicos e instituições financeiras internacionais, assim como das operações de crédito com aval da União.

Para eles, medidas como essas são fundamentais para garantir os recursos necessários ao atendimento aos infectados pela Covid-19, com ampliação de leitos, construção de hospitais de campanha e contratação de profissionais de saúde.

Top