Sem ter piscina olímpica no país, nadador do Butão compete nos 100m na Olimpíada de Paris

Por Redação do ge | Globo Esporte

As Olimpíadas colocam sob mesma condição de competição atletas com estruturas extremamente contrastantes. Nesta terça-feira, na piscina do Centro Aquático de Paris, Sangay Tenzin representou o Butão na disputa dos 100m livre da natação sem sequer ter uma piscina olímpica de 50 m no país.

Pequena nação de 800.000 habitantes localizada entre a Índia e a China, o Butão inaugurou a primeira piscina competitiva em maio deste ano, mas com a dimensão de 25 m, encontrada somente em Mundiais de Piscina Curta, segundo o calendário mundial.

A piscina construída em Thimphu, capitão do Butão, é considerada a de mais alta atitude do planeta e foi construída com colaboração da World Aquatics (Federação Internacional) como parte do desenvolvimento do esporte no pequeno país asiáticos.

Desde maio, os atletas nadam a uma altura de 2.400 m do nível do mar. Tenzin, que ostentou a bandeira do país na cerimônia de abertura, esteve na inauguração em maio.

– Inauguramos a primeira piscina do Butão e estou muito orgulhoso. Hoje marca uma vitória para todos os amantes dos esportes aquáticos – destacou o nadador, em maio.

Sangay Tenzin faz parte do programa de desenvolvimento da World Aquatics e representou o país nos Jogos de Tóquio-2020. Atualmente, com 20 anos e sem uma piscina de 50 m em casa, ele treina no Centro de Treinamento da federação internacional em Phuket, na Tailândia.

Sem ter a estrutura de uma piscina olímpica, Tenzin acabou eliminado ainda nas eliminatórias dos 100 m livre nesta terça-feira. O nadador de Butão completou a distância em 56s08 e terminou a primeira bateria com a terceira posição.

Butão ainda tem mais dois atletas em Paris: o arqueiro Lam Dorji, que vai competir no tiro com arco na manhã desta quarta-feira, e Kinzang Lhamo, da maratona.

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