Baianos são os que mais fazem gastos desnecessários no país, aponta Serasa

O famoso meme que traz a frase ‘não posso mais gastar’, seguido da imagem da endividada comendo um x-tudo ou com uma sacola cheia de compras nas mãos, pode ser personificado na dona de casa Dandara Nery, 24 anos. No lugar do hambúrguer, no entanto, ela costuma optar pelo açaí. Gastos supérfluos que lhe renderam uma dívida de R$7 mil em apenas um, dos quatro cartões de crédito que ela usava para comprar os lanches e roupas que não precisava, mas queria muito.

O descontrole põe Dandara entre os baianos que fazem da Bahia um estado acima da média brasileira quando o assunto é não abrir mão de gastos supérfluos. Segundo o estudo “Finanças Regionais: as diferenças na relação com o dinheiro entre os estados do Brasil”, do Serasa, enquanto a média de brasileiros que não evitam gastos supérfluos é de 13%, o percentual na Bahia é de 20%, ou seja, 7% a mais do que a média nacional.

Em sua defesa, Dandara afirma que se arrepende de gastar excessivamente com supérfluos. Segundo ela, não porque se tornou uma endividada, mas por se sentir mais madura. “Eu gastava com roupa porque para mim nunca é demais, sempre gosto de um look novo. Já o açaí e outros lanches, porque são sempre bem-vindos. Como nunca faltou almoço, café, jantar e móveis em casa, eu gastava com o que me dava prazer no momento”, conta Dandara.

De acordo com o diretor da Serasa, Fernando Gambaro, é justamente a falta de uma dívida que abale significativamente o orçamento mensal que deixa as pessoas menos preocupadas em gastar sem planejamento.

“No Brasil, o planejamento financeiro só acontece em momentos de descontrole ou de alguma variação de renda que exista no orçamento mensal. Infelizmente os hábitos de controle não são aplicados na rotina. A dica é sempre para que essas compras supérfluas sejam avaliadas mais de uma vez e sejam consideradas no planejamento mensal”, pontua.

Um outro recorte do estudo aponta que 17% dos consumidores da Bahia afirmam já ter optado por cortar gastos supérfluos, mas deixaram o hábito de lado em algum momento. A atendente de farmácia Viviane Alves, 28, vive esse dilema desde de 2021, quando passou a ganhar pouco mais que um salário mínimo (quase R$1,5 mil), trabalhando em uma sorveteria de Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador (RMS).

Leia a matéria completa do Correio 24 Horas clicando aqui.

Comentários

Top