General confessa plano secreto para matar Lula, Alckmin e Moraes

O general Mario Fernandes, ex-secretário executivo da Secretaria-Geral da Presidência no governo de Jair Bolsonaro (PL), confessou ter idealizado o plano de assassinato do presidente Lula (PT), vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

A confissão aconteceu nesta quinta-feira, 24, durante interrogatório na Primeira Turma do STF. No julgamento, o militar afirmou que a iniciativa surgiu de forma individual, e por isso, resolveu tirar do papel.

“O arquivo nada mais retrata do que um pensamento meu que foi digitalizado, um compilar de dados, um estudo de situação meu, de pensamento, uma análise de riscos que eu fiz e por um costume próprio, de decidi, inadvertidamente, digitalizá-lo. Não foi apresentado a ninguém esse pensamento digitalizado. Não foi compartilhado com ninguém”, disse Mario sobre o plano “Punhal Verde e Amarelo”.

O militar ainda revelou aos juízes que fez a impressão do arquivo, mas nega que tenha compartilhado com a cúpula do ex-presidente. O general diz que “se arrepende” de ter elaborado o documento.

“Me arrependo de ter digitalizado isso. Não passa de um compilamento de dados. Eu imprimi por um costume pessoal, de evitar ler o documento na tela. Eu imprimir para mim, e, logo, depois rasguei”, disse.

Ele também nega que tenha participado de uma reunião com o grupo de Bolsonaro para debater a execução do plano de ‘homicídio’.

Mario Fernandes é réu do núcleo 2 no processo que apura o plano de golpe.

Quem é Mario Fernandes – Mario Fernandes, general da reserva e ex-número dois da Secretaria-Geral da Presidência no governo Bolsonaro, foi preso no dia 19 de novembro pela Polícia Federal (PF), após a Operação Contragolpe.

Ele foi comandante das Forças Especiais do Exército. Os integrantes dessa unidade de elite são chamados de “kids pretos”, e Fernandes contou com alguns deles para a tentativa de golpe de estado.

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