Bolsonaro quer aval do STF para nomear amigo de Carlos para comando da PF

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) teme uma enxurrada de processos contra a nomeação de Alexandre Ramagem para o cargo de diretor-geral da Polícia Federal. De acordo com o jornal Folha de S.Paulo, durante o fim de semana, Bolsonaro decidiu se antecipar a eventuais ações judiciais.

Auxiliares do presidente fizeram consultas informais a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o risco de a indicação ser barrada. Ramagem é próximo da família do presidente e amigo do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), o filho 02 do presidente.

Bolsonaro quer Ramagem à frente da corporação que apura a conduta do próprio filho. Carlos Bolsonaro é investigado pela PF como um dos articuladores de um esquema criminoso para espalhar fake news.

Atual diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Ramagem foi chefe da segurança de Bolsonaro em 2018, então candidato à Presidência da República, quando se aproximou de Carlos.

PF identifica Carlos Bolsonaro como articulador em esquema criminoso de fake news

Segundo o jornalista Leandro Colon, dentro da Polícia Federal não há dúvidas de que Jair Bolsonaro pressionou o ex-diretor da PF Mauricio Valeixo, homem de confiança de Sérgio Moro, porque tinha ciência de que a corporação havia chegado ao seu filho.

A Polícia Federal identificou o vereador Carlos Bolsonaro, filho de Jair Bolsonaro, como um dos articuladores da esquema criminoso de disseminação de fake news e ataques a autoridades, no inquérito conduzido pelo Supremo Tribunal Federal (STF). 

Segundo o jornalista Leandro Colon, da Folha de S. Paulo, dentro da Polícia Federal, não há dúvidas de que Bolsonaro pressionou o ex-diretor da PF Mauricio Valeixo, homem de confiança do ex-ministro Sérgio Moro, porque tinha ciência de que a corporação havia chegado ao seu filho.

“Carlos é investigado sob a suspeita de ser um dos líderes de grupo que monta notícias falsas e age para intimidar e ameaçar autoridades públicas na internet. A PF também investiga a participação de seu irmão Eduardo Bolsonaro, deputado federal pelo PSL de SP”, afirma Colon. 

Fonte: Folha de São Paulo

“Presidente está cavando sua fossa”, diz FHC

O ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso escreveu em uma rede social que o presidente Jair Bolsonaro deveria renunciar depois da crise política gerada com a saída de Sérgio Moro do Ministério da Justiça na manhã de ontem, sexta-feira (24).

“É hora de falar. Pr[presidente] está cavando sua fossa. Que renuncie antes de ser renunciado. Poupe-nos de, além do coronavírus, termos um longo processo de impeachment”, escreveu FHC em seu twitter.

O ex-presidente disse ainda que “assuma logo o vice para voltarmos ao foco: a saúde e o emprego. Menos instabilidade, mais ação pelo Brasil”.

Moro apresenta provas contra Bolsonaro em edição do JN

O ex-juiz Sergio Moro apresentou, durante a edição do Jornal Nacional desta sexta-feira (24), provas das acusações feitas ao presidente Jair Bolsonaro durante coletiva realizada nesta manhã, quando oficializou seu pedido de demissão do Ministério da Justiça e Segurança Pública.

Moro acusou o presidente, entre outras coisas, de tentar interferir politicamente nas investigações da Polícia Federal, além de insistir na troca do diretor-geral, sem motivo aparente. De acordo com Moro, Bolsonaro queria alguém com quem pudesse colher informações e ter acesso a relatórios.

O ex-ministro alegou ainda que o presidente também buscava informações especiais sobre inquéritos em andamento no Supremo Tribunal Federal (STF), a exemplo das investigações que sobre fake news, que cita o chamado ‘gabinete do ódio’.

Ao JN, Moro mostrou uma troca de mensagem entre ele e o presidente. Bolsonaro havia enviado a Moro um link de uma mensagem do portal O Antagonista em que evidenciava a investigação da PF em relação a 10 deputados bolsonaristas. Após mais mensagens, Bolsonaro reforça a necessidade da troca do comando. Ao final da conversa, o presidente relembra o encontro que teria com Moro na quinta-feira (24), às 9h.

Moro apresentou ainda “prints” (captura da tela do celular) de uma troca de mensagens com a deputada Carla Zambelli, aliada de Bolsonaro na Câmara e que esteve ao lado do presidente durante pronunciamento nesta tarde, em que ela promete interceder junto ao presidente pela indicação de Moro para o STF à qual ele respondeu: “Não estou à venda”.






Coronavírus no Brasil: 39% dos patrões dispensaram diaristas sem pagamento durante pandemia, aponta pesquisa

Desde o início da pandemia de coronavírus, 39% dos empregadores de domésticas diaristas abriram mão do serviço destas profissionais, sem entretanto manter o pagamento das diárias, indica uma pesquisa que será divulgada nesta semana. Tal percentual é ainda maior entre os entrevistados pertencentes às classes A e B – camadas da sociedade em que a renda por pessoa da família é superior ao teto de R$ 1.526 mensais que limita a classe C.

Nesse grupo (A e B), o percentual de empregadores que dispensaram as diaristas sem pagamento é de 45%.

A pesquisa indica ainda que 23% dos empregadores e empregadoras de diaristas e 39% dos patrões de mensalistas afirmaram que suas funcionárias continuam trabalhando normalmente, mesmo durante o período de quarentena.

A pesquisa foi realizada pelo Instituto Locomotiva entre os dias 14 e 15 de abril.

Segundo o estudo, 39% dos patrões de diaristas e 48% dos de mensalistas declararam que suas funcionárias estão mais protegidas contra o novo coronavírus: estão em casa, mas recebendo o pagamento normalmente para cumprir o distanciamento social requerido contra a doença.

Leia a matéria completa clicando aqui.

Fonte: BBC News

Após anunciar, governo diz que não pode antecipar 2ª parcela do auxílio de R$ 600

Em nota divulgada na última quarta-feira (22), o Ministério da Cidadania informou que o governo não vai poder antecipar o pagamento da segunda parcela do auxílio emergencial no valor de R$ 600.

O pagamento estava previsto para o dia 27, mas a Caixa Econômica Federal organizou uma entrevista coletiva no Palácio do Planalto para anunciar a antecipação para esta quinta (23).

De acordo com a pasta, seria necessária a abertura de crédito suplementar para garantir a antecipação da segunda parcela, além do pagamento da primeira.

“Por fatores legais e orçamentários, pelo alto número de requerentes que ainda estão em análise, estamos impedidos legalmente de fazer a antecipação da segunda parcela do auxílio-emergencial”, disse o governo. O Ministério não informou uma data para o pagamento.

Segundo a Caixa, 31,3 milhões de brasileiros já receberam a primeira parcela do auxílio, o que gera a soma de R$ 22 bilhões.

Moro pede demissão do ministério após troca na PF e Bolsonaro tenta reverter, diz jornal

Um dos pilares do governo Jair Bolsonaro (sem partido), o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, pediu demissão do cargo nesta quinta-feira (23), de acordo com o jornal Folha de S. Paulo.

O motivo teria sido a troca do diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo, que é um dos homens de confiança do ex-juiz da Operação Lava Jato. Segundo a publicação, Bolsonaro tenta, internamente, convencer Moro a permanecer no cargo.

Segundo a coluna Radar, da revista Veja, Moro disse abertamente a aliados que iria sair do cargo. De acordo com a reportagem, ele estava “visivelmente contrariado”.

Desde o ano passado, Bolsonaro tem ameaçado trocar o comando da PF. O presidente quer ter controle sobre a atuação da polícia.

Brasil registra 166 mortes e quase 2.500 casos de coronavírus em 24h

O Brasil registrou 2.498 casos de coronavírus nas últimas 24h, de acordo com o boletim divulgado pelo Ministério da Saúde ontem, terça-feira (21). O país ainda teve 166 mortes.

No cômputo geral, 43.079 casos confirmados da Covid-19, com 2.741 mortes óbitos. O índice de letalidade oscilou em 0,1% e voltou ao patamar de 6,4% em relação à última segunda-feira (20).

Mandetta não descarta ser candidato a presidente em 2022

O ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, não descartou ser candidato a presidente da República na eleição de 2022, em entrevista ao jornal Folha de São Paulo.

Questionado pela possibilidade, ele tergiversou: “Eu sei lá! Eu não sei é de nada. Agora o que eu sei é que preciso cortar o cabelo”.

Demitido na semana passada do Ministério da Saúde, Mandetta sinalizou que o país precisa de uma terceira via que seja uma alternativa ao PT e ao próprio presidente.

“O que a gente percebe é que há dois extremos que estão se esgotando. Há os que defendem cegamente o Lula. E há os de direita, que acreditam que tudo é uma conspiração para acabar com o Bolsonaro. Há condições para um diálogo de reconstrução nacional”, falou.

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