‘Turismo político’? Candidaturas de pessoas de fora da Bahia cresce 24,5%

Conhecida por ser um dos maiores destinos para turistas do Brasil, a Bahia não vem atraindo apenas os viajantes ao redor do país, mas, também, os políticos que nasceram em outros estados. Para as eleições de 2022, foram registradas as candidaturas de 147 pessoas com naturalidade de fora da Bahia. Em comparação com 2018, houve um acréscimo de 24,57% “turistas políticos” no processo eleitoral deste ano. Os dados foram coletados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e organizados pelo Bahia Notícias.

Apesar do estado se localizar do Nordeste, a região Sudeste representa a maior parte das candidaturas de “fora”. De lá vem 64 postulantes (43,53%) na Bahia, sendo: 22 de Minas Gerais; 21 de São Paulo; 15 do Rio de Janeiro; e 6 são do Espírito Santo. Entre os representantes do Sudeste, se destacam a presença do candidato a governador Giovani Damico (PCB), que é paulista. Em comparação com 2018, o número de candidaturas da região cresceu 28% (50).

A segunda maior região com o maior número de candidaturas é o Nordeste, com 59 nomes, claro, sem contar com a participação dos baianos. Pernambuco é a unidade federativa com a maior quantidade de candidatos na Bahia, com 25. Em seguida, aparecem empatados com 10 postulantes, os estados da Paraíba e de Sergipe. Entre os nomes de fora da Bahia, o também candidato a governador João Roma (PL), que é pernambucano, aparece entre os destaques. Na comparação com as últimas eleições gerais, a quantidade de candidatos nordestinos caiu 20,40% (49).

A região Sul aparece com 11 candidaturas, um crescimento de 175% (4) em comparação com 2018. O Centro-Oeste e o Norte aparecem empatados com 5 postulantes cada um, sendo o primeiro com o recuo de 28,57% (7) e o segundo com uma alta de 25% (4). Como a “Bahia é o mundo”, ainda tem espaço para três representantes que nasceram fora do Brasil, mas são naturalizados, com os países variando entre Canadá, Espanha e Peru.

Trazendo para o lado partidário, as siglas com a maior quantidade de candidatos de fora da Bahia são o Republicanos e o PL, ambos com 15 candidaturas. Em terceiro lugar, aparece o PSOL com 9 representantes que nasceram fora do estado, em 2018 o partido liderou a estatística com 10 candidaturas.

COMPARAÇÃO PROPORCIONAL 

Em 2018, quando houveram 118 candidatos de fora da Bahia, os postulantes nascidos fora do estado representavam 9,86% dos registros de candidaturas totais. Neste ano, houve uma queda de 1,21 ponto percentual em relação às últimas eleições gerais, registrando 8,65% das candidaturas totais na Bahia.

Vale lembrar que o estado registrou o maior número de registros na história das eleições gerais, alcançando 1.699 requerimentos de candidatura (veja mais aqui). Em 2018, a Bahia reportou 1.196 pedidos de registro, de acordo com o TSE.

Cinco dos 39 deputados federais baianos já foram multados por infrações ambientais; veja

Ao menos 5 dos 39 parlamentares baianos na Câmara dos Deputados já foram multados ou têm ligações com empresas punidas por infrações ambientais. Estão neste grupo os políticos José Rocha (União), Arthur Maia (União), Raimundo Costa (Podemos), Charles Fernandes (PSD) e Marcelo Nilo (Republicanos).

As informações obtidas através do Ruralômetro, desenvolvida pela plataforma Repórter Brasil, consideram os dados oficiais do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama).

No ranking de multas, José Rocha e Nilo aparecem, cada um com R$ 5 mil, como os dois mais multados pelos órgãos de fiscalização. Rocha foi punido e tem uma área embargada em Coribe, no território da Bacia do Rio Corrente, pelo desmate de vegetação sem autorização. Já Nilo foi autuado pelo Ibama por matar, caçar ou cometer atos similares contra a fauna silvestre sem autorização.

Na segunda colocação está Maia. Ele é dos proprietários da Lapa Distribuidora de Combustíveis e Derivados do Petróleo, que foi autuada pelo Ibama por infração relacionada ao ordenamento urbano e patrimônio cultural, com multa de R$ 1.800.

Logo em seguida está Raimundo Costa, que, por pescar em período ou local proibido ou sem a licença adequada, recebeu uma multa de R$ 1 mil. Ele é originalmente pescador e milita na defesa da profissão.

Charles Fernandes, por sua vez, é dono de uma área embargada pelo Ibama em Palmas de Monte Alto, no Sertão Produtivo, por destruição de vegetação. Segundo o instituto, o embargo visava permitir que ela se regenere.

Entre outros dados, o Ruralômetro também mensura o índice de atuação dos deputados nas temáticas agrárias, ambientais, em prol ou contra os povos tradicionais, além de detalhar doações de campanha vindas de infratores e possíveis derrespeitos às leis trabalhistas.

Cientista político acredita que eleição de 2022 tende a ser marcada por atos de violência

Passada uma semana do início dos atos de campanha e propaganda eleitoral paga e regulamentada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o cientista político Jorge Almeida apontou que devemos ter o período eleitoral mais violento da história. Ao Bahia Notícias, Jorge indicou que existe a “tendência de violência nesta campanha”. 

“Eu acho que há uma tendência de violência nesta campanha. É difícil dizer até que ponto vai. Tem uma parte de apoiadores fanatizados que agem por conta própria. Independente do que seja organizado pela candidatura, uma parte pode agir por conta própria, incentivado pela candidatura. Ele incentivou antes das eleições e durante os quatro anos. A população está mais armada, é o eleitorado bolsonarista, acho que há uma certa tensão grande”, opinou o cientista. 

Para Almeida, as pesquisas podem ser um termômetro do acirramento no pleito. Além disso, o cientista acredita que Bolsonaro pode não aceitar o resultado em caso de derrota. “Ele não irá tirar essa possibilidade da cabeça. Mas, não existem condições políticas para que isso aconteça. Ele perdeu certo apoio. Perdeu apoio do empresariado, judiciário, apesar de ter aumentado o apoio no Congresso. Mas essa base dificilmente deve encarar isso de golpe militar. A maioria do Congresso quer tentar, seja qual for o presidente eleito, manter uma certa tutela”, disse. 

“Existem semelhanças e diferenças. São os mesmos blocos políticos em disputa, mas, desta vez, o candidato é o principal candidato [Lula], que estava impedido de disputar. Antes, Bolsonaro era um desafiante e não tinha passado por teste de governo. O governo do PT tinha a imagem desgastada, com Bolsonaro capitalizando muito o eleitorado insatisfeito e o voto negativo. Desta vez, grande parte deste voto, deve votar contra Bolsonaro”, sinalizou. 

Para o especialista, outro fenômeno que deve ter importância maior são as redes sociais. “É uma tendência geral. As pessoas estão acessando mais, mais celulares. As pessoas assistem menos televisão no horário normal. Apesar disso, acho que terá um maior equilíbrio nas redes sociais. O papel das redes não será, mas o impacto da utilização unilateral irá diminui”, apontou. 

“Há uma polarização política maior ainda que o anterior, por conta de ser um governo de instabilidade permanente, agressividade, o que acaba mobilizando uma polarização de grande parte do eleitorado, que tende a se motivar no processo de campanha”, disse. 

IMPACTO NA BAHIA

O cientista acredita que o cenário nacional tem, como regra geral, uma tendência em impactar nas eleições. Mas, segundo Jorge Almeida, o fenômeno nem sempre ocorre, já que em 2002, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) venceu nacionalmente e Paulo Souto saiu eleito das urnas na Bahia, além de em 2018, qunado Bolsonaro (PL) venceu e Rui Costa (PT) foi vitorioso no estado. 

“Roma vai procurar capitalizar, por conta da identificação nacional. Bolsonaro tem pelo menos 20% do eleitorado e ele vai trabalhar para capitalizar. Jerônimo tende a crescer com a candidatura de Lula. A tendência é de crescimento, pela máquina e a identificação explícita. Antes, todo tipo de ações já foram feitas, exceto apresentar números”, disse.

Para Jorge, quem mais se favorece do cenário nacional é Jerônimo Rodrigues (PT). O cientista reforçou que a isenção em apoio federal, feito por ACM Neto, é uma repetição da estratégia de seu avô, o ex-senador ACM. “Ele tinha rompido com FHC, formalmente apoiou Ciro Gomes, mas fingiu que apoiou. Eles fingiram que apoiaram e surfaram na dobradinha espontânea de Paulo Souto com Lula”, indicou. 

“Desta vez deve acontecer uma coisa semelhante. Neto está tentando fazer algo semelhante, tem a candidatura do União Brasil, candidatura pró-forma, ele vai fingir que vai apoiar. Evidente que tem algumas identificação mais clara, mas outros vão deixar as coisas rolarem, principalmente no Nordeste, que tem um eleitorado pró-Lula”, apontou.

Homens representam 70% das candidaturas do Partido da Mulher Brasileira na Bahia

O Partido da Mulher Brasileira (PMB) oficializou a candidatura de 55 nomes para as eleições proporcionais de 2022 na Bahia. Diferente do que o nome da legenda sugere, apenas 17 mulheres vão buscar vagas na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) e na Câmara dos Deputados. O levantamento foi feito pelo Bahia Notícias com dados da plataforma de divulgação de candidaturas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e considerou a declaração de gênero de cada candidato no sistema da Justiça Eleitoral.

No caso das candidaturas para o cargo de deputado (a) estadual, o partido colocou na disputa 15 nomes no total, sendo cinco mulheres, número que representa 33% das candidaturas. São elas: Aline Sena; Ayssa Yasmin; Luziane Pereira; Madalena Moura e Erlane Santos. Os demais candidatos que buscam uma cadeira na AL-BA são homens. Entre eles estão Alexandre Guerra; Carlos Barbosa; Gilvan Vasco; Itamar Alves; Ivo Mandella; Julio Cezar dos Santos; Luiz Alberto Gugu; Pastor Almir; Wadson Lima e Walter Civil.

Já entre as candidaturas para deputados federais, são 40 nomes ao todo, sendo 12 mulheres. Assim como as candidaturas para deputado estadual, o partido se reservou a bater a cota de candidaturas femininas imposta pelo TSE, que é de 30%. As mulheres que buscam chegar à Câmara dos Deputados pelo Partido da Mulher Brasileira são: Adriana de Jesus; Bispa Sara; Cris Nascimento; Emile Guerra; Esmeralda Soares; Jackie Tequila; Jaqueline Souza; Jernale dos Santos; Jocelma Camilo; Pastora Neide Carioca; Rose Santos e Valdilene Santos. Os demais 27 nomes são de homens que disputam o pleito pelo PMB.

O Bahia Notícias entrou em contato com o presidente do Partido da Mulher Brasileira na Bahia, Vanderlei Santos, para mais detalhes e explicações sobre os números mas não obteve sucesso.

O PMB da Bahia também tem uma mulher que disputa a eleição em chapa majoritária. É o caso de Leonidia Umbelina, vice de João Roma (PL) que concorre ao lado do ex-ministro da Cidadania ao governo do Estado. Ela é presidente do partido em Feira de Santana e missionária evangélica. Leonidia foi anunciada como vice no dia 22 de julho, durante a convenção do PL que sacramentou a candidatura de Roma ao Palácio de Ondina (leia mais aqui).

O PMB foi fundado em 2008, elegeu 46 vereadores e uma prefeita nas eleições municipais de 2020. Conquistou o registro no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) em 2015 e atualmente tem 48.630 filiados.

O QUE DIZ A JUSTIÇA

No final de junho deste ano o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) reafirmou que o percentual mínimo de 30% de candidaturas femininas nas eleições proporcionais deve ser cumprido de modo independente por cada legenda, inclusive de uma mesma federação partidária. À época, O TSE julgou uma consulta feita pela federação composta por PT, PCdoB e PV. Os partidos chegaram a questionar se o percentual de 30% poderia ser cumprido pela federação como um todo, sem que cada sigla cumprisse a regra individualmente.

Pela resposta aprovada pelo plenário do TSE, o tema já havia sido respondido em resolução aprovada em dezembro, na qual consta expressamente que na “eleição proporcional, o percentual mínimo de candidaturas por gênero deverá ser atendido tanto globalmente, na lista da federação, quanto por cada partido, nas indicações que fizer para compor a lista”.

Em abril deste ano o Congresso Nacional também promulgou uma Emenda Constitucional que obriga os partidos políticos a destinar no mínimo 30% dos recursos públicos para campanha eleitoral às candidaturas femininas. A distribuição deve ser proporcional ao número de candidatas. A cota vale tanto para o Fundo Especial de Financiamento de Campanha – mais conhecido como Fundo Eleitoral – como para recursos do Fundo Partidário direcionados a campanhas. Os partidos também devem reservar no mínimo 30% do tempo de propaganda gratuita no rádio e na televisão às mulheres. As informações são da própria agência da Câmara.

Bolsonaro amplia vantagem entre evangélicos; Lula tem o dobro entre católicos

O presidente Jair Bolsonaro (PL) ampliou de 10 para 17 pontos percentuais sua vantagem sobre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) entre os evangélicos, aponta pesquisa Datafolha realizada de terça (16) a quinta-feira (18).

Nesse grupo religioso, o atual mandatário saltou de 43% para 49% das intenções de voto no último mês, enquanto o petista flutuou negativamente de 33% para 32%.

Entre os católicos, a variação entre as duas últimas rodadas não foi significativa. Lula continua liderando com quase o dobro das intenções de voto (52%) do principal rival, que oscilou positivamente, de 25% para 27%. Abaixo, é possível ver a evolução dos dois candidatos desde maio.

No Brasil, 50% do eleitorado se declara católico, e 27%, evangélico, também segundo o Datafolha. Outras religiões não foram consideradas na comparação porque as bases de dados são muito pequenas.

A última pesquisa foi feita com 5.744 eleitores acima dos 16 anos em 281 cidades. Ela foi contratada pela Folha e pela TV Globo e está registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sob o número BR-09404/2022.

Nesta análise foi considerada a pergunta estimulada, ou seja, em que os candidatos são nominalmente apresentados ao entrevistado. A margem de erro total do levantamento é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. Entre os evangélicos, ela muda para três pontos.

Mais de 40% dos deputados federais baianos que vão buscar reeleição declaram patrimônio milionário

Dos 36 deputados federais baianos que vão buscar a reeleição, 17 declararam um patrimônio milionário na prestação de contas para o pleito de 2022, o que representa um total de 43%. O levantamento foi feito pelo Bahia Notícias com as informações disponíveis na plataforma “Divulgação de Candidaturas”, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Quem lidera o ranking é Paulo Magalhães (PSD), que declarou R$ 15.918.337,10, valor menor que na eleição passada, quando o deputado afirmou ter R$ 16.683.655,72 em bens. O segundo na lista é Cláudio Cajado (PP) que teve aumento no valor declarado em quatro anos, passando de R$ 11.124.956,55 para R$ 12.912.674.

O terceiro colocado chama a atenção pela valorização do seu patrimônio no período entre as eleições. Entre 2018 e 2022, a riqueza de Jonga Bacelar (PL) mais que dobrou, passando de R$ 3.869.709,13 para R$ 9.917.969,00. Um crescimento significativo também foi registrado na declaração de José Rocha (União) que tinha R$ 6.966.401,79 há quatro anos e agora possui R$ 9.625.415,89. Fechando as cinco primeiras posições está Marcelo Nilo (Republicanos), que declarou ter R$ 5.796.785,07, valor um pouco maior do que na eleição passada com R$ 5.374.606,36.

Na parte de baixo de tabela, figuram em sua maioria parlamentares de primeiro mandato. Eleita pela primeira vez em 2018, naquele ano Dayane Pimentel (União) não registrou bens. Em 2022 declarou R$ 80.000,00 e figura com o menor patrimônio entre os parlamentares baianos.

Em seguida aparece o veterano Márcio Marinho (Republicanos), que está em seu quarto mandato. O presidente do partido na Bahia registrou pequena redução, com R$ 309.028,06 há quatro anos e R$ 300.308,33 agora.

Fechando o ranking dos menores patrimônios estão Leur Lomanto Júnior (União) que passou de R$ 341.660,21 para R$ 310.272,20; Joceval Rodrigues (Cidadania) foi de R$ 276.622,68 para R$ 344.145,76 e Tito (Avante) que aumentou de R$ 274.662,44 para R$ 348.706,70.

Igor Kannário (União) foi o único deputado federal a não declarar bens em 2022. Em 2018 ele também não havia cadastrado nenhum patrimônio no ato de registro da sua candidatura.

Mais de 90% dos deputados federais da Bahia vão disputar a reeleição em 2022. Dos 39 nomes, 36 buscam manter os mandatos na Câmara dos Deputados. Não disputam a reeleição os deputados Cacá Leão (PP), candidato ao Senado na chapa encabeçada por ACM Neto (União); Ronaldo Carletto (PP), suplente de Cacá e João Roma (PL), candidato ao governo da Bahia. Até o momento, o TSE já registrou 685 candidaturas de deputado federal na Bahia (saiba mais aqui).

Candidatos ao governo e a vice declaram patrimônio à Justiça Eleitoral; três são milionários

O candidato do União Brasil a governador, ACM Neto, é o que mais declarou bens em seu nome: R$ 41 milhões. Os dados foram divulgados pelo Justiça Eleitoral e ainda demonstram uma evolução patrimonial de R$ 14 milhões se comparado ao valor declarado em 2016.

O deputado federal João Roma (PL), candidato a governador, declarou ter R$ 5,5 milhões em bens. O parlamentar teve uma evolução patrimonial de R$ 1,1 milhão se comparado ao valor declarado nas eleições de 2018, quando conquistou o mandato na Câmara dos Deputados.

Já o candidato Jerônimo Rodrigues declarou ter R$ 515 mil em bens, sendo mais valioso, um apartamento avaliado em R$ 315 mil. Kleber Rosa (PSOL) é o que possui menor patrimônio: ele declarou ter R$ 309 mil de bens.

Vices – A vice na chapa de ACM Neto, Ana Coelho (Republicanos), declarou R$ 26,5 milhões entre apartamentos, cotas de capital e outros bens. Em seguida, vem Geraldo Júnior (MDB), vice de Jerônimo, com R$ 143,5 mil.

Ronaldo Mansur, vice de Kleber Rosa, declarou R$ 1,7 mil em ações. A vice de João Roma, Leonídia Umbelina (PMB), ainda não apresentou à Justiça Eleitoral uma lista de bens.

ACM Neto confirma Ana Coelho como vice

O pré-candidato ao governo do estado, ACM Neto (União), anunciou a CEO da TV Aratu, Ana Coelho, como vice em sua chapa, que será homologada nesta sexta-feira (5). Durante anúncio, estiveram juntos Neto, Ana Coelho, o prefeito Bruno Reis, e o presidente do Republicanos, deputado federal Márcio Marinho. É dele a indicação de Ana. Na apresentação, pouco antes das perguntas de jornalistas, Neto lembrou que a Bahia pode ter a primeira vice-governadora. “Até hoje, não tivemos nenhuma vice-governadora no estado. Portanto, a primeira vice-governadora, quebrando paradigmas”, afirmou ACM Neto.

A coletiva de imprensa marcada para as 15h começou com uma hora e meia de atraso. Nos bastidores, a informação que circulou é que o ex-prefeito de Feira, José Ronaldo, seria o nome ungido à vaga de vice. No entanto, o deputado Márcio Marinho teria barrado. Como competia ao Republicanos a escolha, Neto não teve como contornar.

O nome de Ana Coelho entrou na bolsa de aposta no final de julho, mas só depois de uma reunião que invadiu a madrugada foi chancelada. Casada com o deputado estadual Tiago Correio (PSDB), Ana é sobrinha do ex-governador da Bahia, entre 1988 e 1999, Nilo Coelho, atual prefeito de Guanambi. 

Datafolha: Lula tem 51% contra 20% de Bolsonaro entre jovens nas capitais

Uma pesquisa divulgada nesta quarta-feira (27) pelo instituto Datafolha mostra que ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem preferência no eleitorado adolescente e jovem das 12 maiores capitais do país, com 51% de intenção de votos.

Em seguida, vem o atual presidente e também candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL), com 20%. Depois, está Ciro Gomes, candidato do PDT, com 12%. Branco/nulo/nenhum somaram 8%. Outros 3% não sabem.

O Datafolha fez perguntas sobre eleição e política a pessoas de 16 a 29 anos nos dias 20 e 21 de julho. Segundo os dados, foram ouvidos 935 eleitores desta faixa etária em São Paulo, Rio, Belo Horizonte, Salvador, Fortaleza, Recife, Porto Alegre, Curitiba, Goiânia, Brasília, Manaus e Belém. A margem de erro é de três pontos para mais ou para menos.

Segundo o jornal “Folha de S.Paulo”, a pesquisa foi feita à parte do levantamento periódico sobre a corrida presidencial, que está sendo realizado nesta semana em todo o país e será divulgado na tarde da quinta-feira (28).

As cidades onde a pesquisa foi feita também são as maiores em população, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE). Essas 12 cidades reúnem 19% da população brasileira (de todas as faixas etárias).

Veja o resultado das respostas:

 Luiz Inácio Lula da Silva (PT): 51%
 Jair Bolsonaro(PL): 20%
 Ciro Gomes (PDT): 12%
 André Janones (Avante): 2%
 Simone Tebet (MDB): 1%
 Pablo Marçal (PROS): 1%
 Vera Lúcia (PSTU): 1%
 Leonardo Péricles (UP): 1%
 Sofia Manzano (PCB): 1%
 Eymael (DC): 0
 Luciano Bivar (União Brasil): 0
 Gal. Santos Cruz (Podemos): 0
 Felipe d’Ávila (Novo): 0
 Em branco/nulo/nenhum: 8%
 Não sabe: 3%

Nova pesquisa indica possível virada nas eleições da Bahia

Apenas sete pontos percentuais separam os pré-candidatos ao Governo da Bahia ACM Neto (União Brasil) e Jerônimo Rodrigues (PT). É o que revela a primeira pesquisa eleitoral da AtlasIntel sobre cenário baiano, contratada pelo Grupo A TARDE. A distância pode ser ainda menor considerando que a margem de erro é de 2 pontos percentuais.

O ex-prefeito de Salvador tem 39,7% das intenções de votos, seguido de perto pelo petista, com 32,6%. João Roma (PL) aparece em terceiro lugar, com 10,5%. Kleber Rosa (PSOL) e Giovani Damico (PCB) obtiveram, respectivamente, 2,1% e 0,2% da preferência. Votos brancos e nulos somaram 6,8%. Já os entrevistados que não souberam responder representam 8,2%.

O questionário aplicado pela AtlasIntel foi feito de forma estimulada, quando são mostrados os nomes dos pré-candidatos. A proximidade entre Neto e Jerônimo pode ser explicada, segundo o CEO da empresa, o cientista político Andrei Roman, pelo fato de a pesquisa apresentar o partido de cada político.

“Jerônimo tem um desempenho bastante estimulado pela transferência de votos do Lula e do Rui Costa, duas figuras políticas com muito boa aprovação na Bahia. Ocorre uma associação direta ao PT. Ele [Jerônimo] é menos conhecido do que ACM Neto, por exemplo. Mas você saber que ele é do PT ou não pode fazer uma diferença maior do que para o ACM Neto você saber se ele é ou não do União Brasil, porque o PT tem um nível de preferência partidária que o União Brasil não tem”, explica Roman.

Por outro lado, ele avalia que ACM Neto pode se beneficiar pelo “voto útil” dos eleitores de Bolsonaro. “Por mais que João Roma esteja mais alinhado com Bolsonaro, ele não consegue ser associado diretamente a Bolsonaro por causa do nome do partido, que não é conhecido. Então, essa rivalidade entre o grupo de Neto e o PT pode fazer os eleitores bolsonaristas, do ponto de vista estratégico, enxergarem mais chances de Neto se eleger governador”.

Roman acrescenta que a eleição ao Governo da Bahia guarda diferentes motivações em relação ao plano nacional. “É bastante interessante no contexto da Bahia, diferente de outros estados, porque estamos falando não tanto de uma briga de rejeições. No caso nacional, entre Lula e Bolsonaro quem tiver menos rejeição vai ganhar. Mas, no caso da Bahia, é mais uma briga de níveis altos de aprovação. ACM Neto tem uma boa imagem, é conhecido e o fato de ter uma rejeição baixa é muito bom para ele. Mas o Rui Costa e o Lula também têm uma boa imagem e vão tentar ao longo da campanha transferir votos para o Jerônimo. Nesse processo, a tendência é essa transferência andar bem e Jerônimo crescer cada vez mais”, pondera.

Segundo turno – A pesquisa também fez uma simulação de segundo turno entre os três pré-candidatos mais bem colocados. Num primeiro cenário, Neto venceria Jerônimo por 47% a 33,7%. Contra Roma, a diferença seria maior, de 51,5% a 17%. No terceiro cenário, entre Jerônimo e Roma, a pesquisa aponta vitória do petista, com 40,7%, contra 19,7% dos votos de Roma.

Na avaliação do CEO da AtlasIntel,  ACM Neto tem uma grande vantagem, mas não a maioria dos eleitores. “É um vantagem construída com alto nível de indecisos.  No momento em que esses indecisos vão se decidindo pela frente, essa vantagem que ele tem pode se manter, se ele fizer uma excelente campanha, ou pode diminuir. Eu diria que, mesmo ele fazendo uma bela campanha, a tendência é essa vantagem diminuir por conta desse nível muito grande de desconhecimento dos outros candidatos. Então, provavelmente, o que a gente vai ver é uma diminuição dele tanto no primeiro quanto num eventual segundo turno. Mas, é muito importante pontuar que ele tem amplo espaço para continuar na frente mesmo que os outros candidatos melhorem o desempenho”, destaca.

O AtlasIntel também sondou os eleitores sobre a disputa presidencial. O pré-candidato do  PT, Luiz Inácio Lula da Silva, vence com folga na Bahia, com 64,8% dos votos, contra 23,1% que preferem o presidente Jair Bolsonaro (PL).

“A hegemonia de Lula na Bahia deve se manter. Ele deve vencer no estado com uma grande diferença de votos para Bolsonaro. Agora, o eleitor que compõe com Neto tem chance maior de mudar de voto de Lula para Bolsonaro. Do mesmo jeito que Lula ajuda o Jerônimo, o ACM Neto pode ajudar o Bolsonaro. Mas, provavelmente, o Lula ajuda mais o Jerônimo porque a rejeição de Bolsonaro é muito maior”, avalia Roman.

Na terceira posição da disputa pela presidência da República aparece Ciro Gomes (PDT), com 4,1%; seguido por Pablo Marçal (PROS), com 2,3%; Simone Tebet (MDB), 2,1%; André Janones (Avante), 1,1%. Já Sofia Manzano (PCB) e Felipe d’Avila (Novo) obtiveram apenas 0,5% das intenções de voto. Luciano Bivar (União Brasil), José Maria Eymael (Democracia Cristã), Leonardo Péricles (Unidade Popular) e Vera Lúcia (PSTU) não pontuaram. Votos brancos e nulos somaram 0,9%. As pessoas que não souberam responder são 0,6%.  

Senado – Já a corrida eleitoral pelo Senado é liderada por Otto Alencar (PSD), com 31,9% da preferência do eleitor, seguido por Raíssa Soares (PL), que tem 15,8%. Em terceiro lugar está Cacá Leão (PP), que obteve 5,8%, quase a mesma porcentagem conquistada por Tâmara Azevedo (PSOL), que foi de 5,7%. Na quinta posição, Marcelo Nilo (Republicanos) somou 3,3%. Votos brancos e nulos foram 14,3%. Aqueles que não souberam responder representam 23,3%.

Avaliação – A pesquisa ainda perguntou aos entrevistados se aprovam o desempenho do governador Rui Costa (PT). A maioria disse sim, 58,5%, contra 35,7% que desaprovam. Não souberam responder somaram 5,7%. Já sobre o nível de avaliação do governo Rui Costa, 48,2% consideram ótimo/bom, 25,1% acham regular e 24% ruim/péssimo. As pessoas que não souberam responder somam 2,7%.

A pesquisa ainda traçou um perfil do eleitorado participante do levantamento na Bahia. 52,3% das pessoas que responderam os questionários são mulheres, contra 47,7% de homens. A renda familiar também é computada. A maioria dos eleitores (53,1%) ganha até dois salários mínimos. A faixa etária tem números equilibrados. As pessoas entre 16 e 24 anos representam 16,6%; entre 25 e 34 anos são 19,9%; entre 35 e 44 anos representam 22,5%; eleitores dos 45 aos 59 anos somam 24,1%. Já o grupo com mais de 60 anos representa 16,9%.

A escolaridade também foi medida pela AtlasIntel. 34,2% dos eleitores ouvidos têm apenas o ensino fundamental; 51,9% possuem o secundário; e apenas 13,9% conseguiram  alcançar o ensino superior. A religião também foi objeto da pesquisa, com 47,9% se declarando católicos, enquanto 25,7% dizem ser evangélicos. Crentes sem religião somam 13,2%. Outras religiões reúnem 11% dos entrevistados. Agnósticos ou ateus somaram 2,2%.

A pesquisa ouviu 1.683 pessoas na Bahia, entre  8 e 14 de julho, com coleta via recrutamento digital aleatório (Atlas RDR) está registrada junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número 02664/2022 . A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos e o nível de confiança é de 95%.

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