Adesão do PP ao governo Lula pode trazer partido de volta à gestão petista na Bahia; entenda ajuste

Os ares de Brasília podem soprar novidades para a Bahia. Com a possibilidade do Partido Progressista reforçar a bancada governista na Câmara dos Deputados, integrando a gestão federal, a legenda no estado já vislumbra a adesão ao governo da Bahia.

Segundo informações obtidas pelo Bahia Notícias com lideranças do partido no estado, existe uma expectativa para o reforço do apoio em Brasília, alterando o panorama na Bahia. A possível troca de Wellington Dias, atual ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, pelo deputado federal André Fufuca (PP-MA) pode promover essa mudança. 

O cenário apontado por um interlocutor do partido é que, caso se confirme o ingresso do PP no governo federal, o reflexo pode ser quase que imediato na Bahia. O partido estaria em “compasso de espera” do movimento para aderir formalmente à gestão de Jerônimo Rodrigues (PT). A bancada de deputados estaduais já compõem a base de apoio. 

A alteração se daria no cenário “institucional”, já que, desde a alteração do apoio antes das eleições de 2022, quando o então vice-governador João Leão (PP) rompeu com o grupo e apoiou a candidatura de ACM Neto (União) ao governo, o PT e o PP seguem distantes. Com a chegada de Mário Negromonte Jr. à presidente do diretório estadual, a retomada do diálogo também poderia ser facilitada. 

Outra possibilidade já vislumbrada por integrantes da legenda na Bahia é da ampliação de espaço na gestão. Alguns deputados já apontam que essa seria a “peça que faltava” para fechar a reaproximação total do partido na gestão. O partido tem almejado uma participação maior na gestão, apesar dos deputados estaduais, através do deputado estadual Niltinho, já terem participado do Conselho Político, “órgão” de debate da gestão com os partidos aliados.

Câmara Municipal de Vereadores aprova contas de 2019 do ex-prefeito Tércio Nunes

Na noite de ontem, terça-feira, 27, a Câmara Municipal de Vereadores de Teofilândia aprovou as contas do ex-prefeito Tércio Nunes referentes ao ano de 2019. A sessão contou com a presença de todos os vereadores do município, do ex-prefeito Tércio e a população em geral. As contas foram aprovadas com 7 votos contra e 4 a favor – a votação foi secreta. As contas já estavam aprovadas pelo TCM – Tribunal de Contas dos Municípios do Estado da Bahia.

Tércio tem todas as contas aprovadas até o momento. O ex-gestor já foi prefeito de Teofilândia por duas vezes.

Bolsonaro tem semana decisiva no TSE com julgamento que pode torná-lo inelegível

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) enfrenta nesta semana o julgamento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que pode deixá-lo inelegível por oito anos. O caso começará a ser analisado na quinta-feira (22), às 9h. Foram reservadas três sessões para o julgamento do caso. Nos dois primeiros dias (22 e 27 de junho), o processo contra Bolsonaro é o único item da pauta.

O ex-presidente é alvo de processo em que o PDT o acusa de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicações por conta de uma reunião com embaixadores no Palácio da Alvorada, em julho de 2022, em que ele fez ataques ao sistema eleitoral.

A ação foi pautada depois de uma série de mudanças na composição da Corte Eleitoral após o encerramento de mandatos de integrantes. A nova configuração foi lida, em parte, como uma vitória do presidente do tribunal, ministro Alexandre de Moraes, que articulou pela nomeação de dois advogados próximos a ele.

O relator do caso é o ministro Benedito Gonçalves, corregedor-geral eleitoral. Quando o julgamento começar, ele será o primeiro a votar. Depois, votam na sequência os ministros: Raul Araújo, Floriano de Azevedo Marques, André Ramos Tavares, Cármen Lúcia, Nunes Marques e Alexandre de Moraes.

Responsável por escolher os dias de julgamento da ação, Moraes disse na terça-feira (13) que o processo contra o ex-presidente “entrou na vala comum” do TSE e que não houve uma espera por um “momento propício”. Segundo o magistrado, a Corte vai julgar o caso “de acordo com a Constituição e a lei”.

A ação – Além de Bolsonaro, também é alvo da ação o seu candidato a vice nas eleições do ano passado, Walter Braga Netto. O PDT acionou o TSE em agosto de 2022 questionando a reunião feita por Bolsonaro com embaixadores no Palácio da Alvorada, em julho de 2022.

Nessa reunião, transmitida ao vivo pela TV Brasil, Bolsonaro teceu críticas aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), em especial a Roberto Barroso e Edson Fachin, e classificou como “lamentáveis” falas dos magistrados. Ele ainda colocou sob dúvidas os resultados das eleições presidenciais de 2018, na qual foi eleito com 55,13% dos votos válidos.

O então presidente ainda retrucou as acusações de que ele estaria “atentando contra a democracia” ao atacar o sistema das urnas eletrônicas e rebateu que, na verdade, seria o próprio TSE quem estaria atentando ao “não liberar o inquérito da suposta fraude de 2018”.

O abuso de poder político pelo qual Bolsonaro é acusado é uma conduta ilegal praticada na campanha eleitoral e ocorre nas situações em que o acusado se vale de sua posição para agir de modo a influenciar o eleitor.

A punição para este tipo de ilícito é a inelegibilidade por oito anos, período no qual o político não pode disputar eleições. O uso indevido dos meios de comunicação, segundo a sigla, se deu pela divulgação do discurso pela TV Brasil, uma empresa controlada pelo governo, e por redes sociais.

O processo em que se discute o caso é uma AIJE (Ação de Investigação Judicial Eleitoral). É um tipo de procedimento mais complexo, que envolve levantamento de provas e depoimento de testemunhas. Em seu parecer final, o Ministério Público Eleitoral se manifestou a favor da inelegibilidade de Bolsonaro.

No documento, o vice-procurador-geral Eleitoral Paulo Gustavo Gonet Branco disse que o discurso do ex-presidente na reunião com embaixadores representou um ataque às instituições eleitorais com objetivo de abalar a confiança do eleitorado.

Gonet também afirmou que Bolsonaro, na ocasião, mobilizou parcelas da população contra o sistema eleitoral. As falas do ex-chefe do Executivo, segundo o MP Eleitoral, configuraram uso indevido dos meios de comunicação, abuso de autoridade, abuso de poder político e desvio de finalidade.

“O abuso de autoridade se revela, também aqui, pela circunstância de o discurso ter sido proferido pelo presidente da República, na qualidade de Chefe de Estado”, escreveu.

O vice-procurador-geral Eleitoral pediu a condenação apenas de Bolsonaro e se manifestou pela absolvição de Braga Netto, por entender que o general não participou dos fatos investigados.

PF prende Mauro Cid, ex-ajudante de Bolsonaro, e faz buscas na casa do ex-presidente

A Polícia Federal (PF) cumpre, nesta quarta-feira (3), um mandado de prisão contra o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, e outro de busca e apreensão na casa do ex-presidente, em Brasília. A operação foi autorizada pelo ministro do STF Alexandre de Moraes.

As ordens estão sendo cumpridas no âmbito da chamada “Operação Venire”. Segundo a Polícia Federal, a operação investiga uma associação criminosa acusada pelos crimes de inserção de dados falsos de vacinação contra a Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde.

Ao todo, a PF cumpre 16 mandados de busca e apreensão e seis mandados de prisão preventiva, em Brasília e no Rio de Janeiro. Os policiais também farão análise do material apreendido durante as buscas e colherão depoimentos de pessoas que detenham informações a respeito dos fatos.

A operação – Segundo a PF, as inserções de dados falsos ocorreram entre novembro de 2021 e dezembro de 2022 e tiveram como consequência a alteração da verdade sobre a condição de imunizado contra a Covid-19 dos beneficiários. Um dos que teriam tido o cartão de vacinação alterado seria o próprio Bolsonaro.

Projeto que visa implantar Selo Empresa Solidária avança na ALBA

A Comissão de Infraestrutura da Assembleia Legislativa da Bahia aprovou, na última semana, o Projeto de Lei nº 22.679/2017, de autoria do deputado Alex da Piatã (PSD), que institui o Selo Empresa Solidária com a Vida, destinado às empresas que desenvolvam programa de esclarecimento e incentivo aos seus funcionários para a doação de sangue, medula óssea, órgãos e tecidos humanos. O texto foi relatado pelo deputado Bobô (PC do B) que apresentou parecer favorável à aprovação. O relatório foi acolhido por unanimidade pelos membros do colegiado.

De acordo com o texto da matéria são objetivos do programa: distinguir e homenagear empresas com preocupação social e solidária com a vida;  informar e orientar os trabalhadores sobre a doação de sangue, sobre os procedimentos para fazer parte do cadastro de doadores e sobre a importância da doação de medula óssea, de órgãos e tecidos humanos para salvar vidas e estimular as empresas a conceder oportunidade e condições ao trabalhador, a fim de que ele possa se dirigir a banco de sangue ou hemocentro, doar sangue e cadastrar-se como doador de medula óssea.

Alex comemorou o avanço da proposta do selo Empresa Solidária com a Vida. “Precisamos da mobilização de todos para salvar vidas, razão pela qual queremos incentivar e premiar as ações de empresas dos setores público e privado que mais se destacarem em campanhas destinadas à multiplicação do número de doadores de sangue e medula óssea”, disse.

TCE condena ex-prefeito de Serrinha a devolver R$ 520 mil ao tesouro estadual

A Primeira Câmara do Tribunal de Contas do Estado da Bahia (TCE/BA), condenou, nesta terça-feira (28), o ex-prefeito de Serrinha, deputado estadual Osni Cardoso (PT), a devolver o valor de R$ 520.337,11 ao tesouro estadual. Além disso, segundo informações do TCE, o deputado precisará pagar R$ 6 mil em multa devido às irregularidades na execução do convênio 113/2010, firmado pela Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab)/Fundo Estadual de Saúde (Fesba) com a Prefeitura de Serrinha.

Os conselheiros aprovaram, ainda, a aplicação de multa aos diretores de convênio do Fesba, Rafael Antônio Gomes de Vasconcellos (R$ 1,5 mil) e Petrivone Sampaio (R$ 2 mil), em razão da autorização concedida para o repasse das 2ª e 3ª parcelas. O convênio visou o apoio financeiro para reforma, adequação e ampliação do Hospital Municipal de Serrinha, e a desaprovação da prestação de contas e demais sanções tiveram como causa a não prestação de contas das 2ª e 3ª parcelas do ajuste e a não execução de parte do projeto.

Na mesma sessão, o TCE também desaprovou a prestação de contas do convênio 41/2013, que a Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola S/A (EBDA/Seagri) firmou com a Cooperativa de Trabalho do Estado da Bahia (Cooteba) para a produção, em áreas irrigadas, de sementes de feijão com a cooperação de agricultores familiares.

Em razão da não comprovação do cumprimento integral do objeto do convênio e da correta aplicação dos recursos repassados, o gestor da entidade, Marcos Andrade de Souza, foi condenado a devolver R$ 1.507.481,41 ao tesouro do estado.

Ainda foram aplicadas três multas: a Marcos Andrade de Souza (de R$ 10 mil), a Elionaldo de Faro Teles, diretor-presidente da EBDA (de R$ 1,5 mil)e a João Bosco Cavalcante Ramalho, diretor-executivo de Agricultura da EBDA (de R$ 800,00).

Obreiro Nailton é o novo presidente do partido Republicanos de Teofilândia

O ex-secretário municipal de agricultura, Nailton Pereira da Silva, mais conhecido como Obreiro Nailton, é o novo presidente do partido Republicanos de Teofilândia. Em vídeo divulgado nas redes sociais, o deputado federal Márcio Marinho aparece ao lado de Obreiro Nailton e anuncia a novidade sobre o comando do partido.

Candidato a vereador nas eleições municipais de 2020 pelo Republicanos, Nailton obteve 185 votos, porém, não foi eleito. O mesmo apoiou a chapa Higo Moura e Meury Moura e chegou a trabalhar na atual gestão, mas foi exonerado em abril do ano passado.

Deputado em MS exibe livro de Hitler, critica nazismo, tem fala editada e vira alvo de ataques

O deputado estadual João Henrique Catan (PL) levou um exemplar do livro Mein Kampf (Minha Luta), do ditador nazista Adolf Hitler, ao plenário da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul nesta terça-feira (7) e virou alvo de ataques após ter uma versão editada de sua fala espalhada em redes sociais.

Catan exibiu a publicação durante um discurso sobre a dificuldade que teria, como oposição, em conseguir informações do Executivo. O deputado atacava o fato de a Assembleia ser de maioria governista, dizendo que a dificuldade de acesso a dados é algo semelhante ao que Hitler fez com o Parlamento alemão.

Em meio às críticas ao autoritarismo, Catan exibiu a publicação nazista e disse que a suspensão da venda dela indicava um juiz “talvez mais ditador” do que Hitler – responsável por regime totalitário que dizimou milhões de judeus.

“Fiquei com medo de entrar com esse livro no Brasil porque à época, um juiz, talvez mais ditador do que Adolf Hitler, suspendeu a entrada e as vendas do Mein Kampf, Minha Luta, Minha História, Minha Vida, de Adolf Hitler, onde aqui retrata as suas estratégias para aniquilar, fuzilar o Parlamento e os direitos de representação popular”, afirmou. 

“É com a apresentação do Mein Kampf, de Hitler, que peço para que este Parlamento se fortaleça, se reconstrua e se reorganize nos rumos do que foi o Parlamento Europeu da Alemanha, e que serviu, após sua reconstrução, de inspiração, inclusive para nós estarmos hoje aqui, através do nosso direito constitucional brasileiro, que se inspira no modelo romano germânico”, completou.

Um vídeo com parte do discurso repercutiu nas redes sociais como uma mensagem de exaltação do deputado ao nazismo. Em seu perfil oficial, Catan afirmou que sua fala foi distorcida e, que, na verdade, a citação foi em crítica às estratégias nazistas.
 
No Brasil, a apologia ao nazismo é crime previsto em lei com pena de reclusão, segundo a qual é crime uso dos símbolos nazistas ou a propaganda desse regime. 

João Henrique Catan ficou conhecido após efetuar vários disparos com uma pistola durante a votação de um projeto de lei de sua autoria, no ano passado. O projeto reconhecia o risco da atividade de atirador desportivo no estado de Mato Grosso do Sul. 

Na ocasião, enquanto anunciava os argumentos do seu voto, de maneira remota, o parlamentar se encontrava em um estande de tiro e afirmou que os disparos eram uma “advertência ao comunismo”.

Reconhecimento do voto feminino completa 91 anos nesta sexta-feira

24 de fevereiro de 1932: o voto feminino é reconhecido pelo Código Eleitoral. Há 91 anos, as mulheres conquistaram o direito de votar e de serem votadas. O reconhecimento à igualdade de gênero tem ganhado força e inspirado mais mulheres a participar ativamente da vida política do país.

De acordo com a historiadora e coordenadora do curso de História do Centro Universitário Jorge Amado (UniJorge), Luciana Onety, o voto feminino possibilitou o acesso das mulheres ao cenário político. “Essa conquista abriu espaço para que as mulheres pudessem participar da decisão política de escolher seus representantes, dando relevância ao papel da mulher na sociedade”, explica.

No Brasil, o voto e o alistamento eleitoral são obrigatórios para maiores de 18 anos e facultativos para analfabetos, maiores de 70 anos e pessoas com idade entre 16 e 18 anos. Essas regras estão previstas na Constituição Federal (artigo 14).

Para o cientista político e analista judiciário do Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA), Jaime Barreiros, o direito de votar conquistado pelas mulheres foi crucial na busca pela equiparação entre os gêneros na democracia brasileira. “Foi dado um passo efetivo para que a democracia, realmente, pudesse existir no país como regime de pluralidade, diversidade e reconhecimento dos direitos fundamentais”, afirma.

Apesar dos esforços, há um longo caminho a ser percorrido até que as mulheres alcancem o ideal de igualdade de direitos políticos. Conforme lembra o analista judiciário do TRE-BA, nas disputas eleitorais, por exemplo, as mulheres já começam com desvantagem, pois os investimentos e apoio são destinados, em grande parte, a candidatos do sexo masculino.

Para celebrar a participação das mulheres na política, foi criado o  Dia da Conquista do Voto Feminino no Brasil, comemorado a partir de 2015, com a promulgação da Lei nº 13.086.

Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a Bahia possui 5.927.765 eleitoras, o que corresponde a 52,50% do eleitorado apto a votar. Mesmo estando em maioria, o número não foi o suficiente para assegurar maioria feminina nas Eleições Gerais de 2022.

Bolsonaro gastou quase R$ 700 mil com cartão corporativo durante campanha; maior parte foi gasta em cidade baiana

O ex-presidente Jair Bolsonaro gastou ao menos R$ 697 mil do cartão corporativo entre agosto e novembro durante atividades da campanha eleitoral. Os valores dos gastos em viagens durante a campanha podem ser ainda maiores porque nem todas as notas fiscais foram tornadas públicas.

De acordo com notas fiscais as quais o Uol teve acesso através da Fiquem Sabendo por meio da LAI (Lei de Acesso à Informação), a maior parte dos gastos aconteceu em Vitória da Conquista, em agosto. Ao lado do então candidato ao governo da Bahia, João Roma, Bolsonaro percorreu a cidade em uma moto.

Naquele dia, o cartão corporativo da presidência gastou R$ 50 mil só em lanches —foram 1.024 lanches frios de uma padaria e 512 barras de cereal, entre outros itens. Cerca de 50 pessoas se hospedaram por três dias no município do sudoeste baiano para garantir a segurança presidencial, acrescentando R$ 44,7 mil à fatura do cartão corporativo.

Especialistas em direito eleitoral ouvidos pelo Uol, disseram que não é permitido o emprego de recursos públicos em viagens eleitorais nem mesmo mediante ressarcimento à União, com exceção do uso de transporte.

Os advogados explicam que o uso de bens e serviços da administração para fins eleitorais é vedado a agente público. Para eles, os gastos de Bolsonaro com o cartão corporativo em atividades de campanha o colocaram em vantagem em relação aos demais concorrentes.

“Isso é abuso de poder político e pode gerar tanto cassação de registro e de mandato, caso fosse eleito, como decretação de inelegibilidade”, disse Luiz Eduardo Peccinin, advogado eleitoral.

“Considerando que são gastos volumosos, dentro do período eleitoral, com quantitativos que excedem qualquer razoabilidade, há indícios de grave desvio de finalidade, com a obtenção de benefícios eleitorais. Pode haver a configuração de conduta vedada e abuso de poder econômico, bem como improbidade administrativa”, avalia Gabriela Rollemberg, advogada eleitoral.

A prestação de contas eleitoral do PL aponta ressarcimento à União de R$ 4,8 milhões referentes a transporte e deslocamento de Bolsonaro em 48 eventos eleitorais. No entanto, o ex-presidente teve ao menos 80 agendas no período da campanha.

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