Bahia tem mais beneficiários do Auxílio Brasil do que empregados com carteira assinada

A Bahia é um dos 12 estados brasileiros que tem mais beneficiários do programa Auxílio Brasil do que empregados com carteira assinada. Os dados foram publicados pelo site Poder 360 com base em informações obtidas pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregado (Caged) e do Ministério da Cidadania do mês de fevereiro de 2022.

Segundo a pesquisa, a Bahia em fevereiro tinha 1.821.479 trabalhadores da carteira assinada, enquanto de beneficiários do Auxílio Brasil o número é de 2.211.315. Ainda segundo o levantamento, a Bahia é o segundo estado com maior número de beneficiários perdendo apenas para São Paulo, que tem 2.225.382.

O levantamento considera os 41 milhões de trabalhadores formais que têm a carteira de trabalho assinada. Há, no entanto, um contingente grande de trabalhadores informais e/ou sem carteira assinada. O estudo mostra que todos os Estados onde o número de beneficiários do Auxílio Brasil supera o de empregados com carteira estão nas regiões Norte e Nordeste.

Brasil chega a 9% da população adulta vivendo com diabetes

O Brasil chegou, no ano passado, a 9,14% da sua população com mais de 18 anos vivendo com diabetes. Em 2020, esse índice era de 8,2%, ou seja, houve um aumento de 11,47%.
 

Assim, o país já conta com cerca de 15 milhões de adultos convivendo com a doença, que anualmente causa 6,7 milhões de mortes em todo o mundo.
 

Os dados são do Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por inquérito Telefônico) 2021, pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde para colher informações sobre fatores de risco de saúde da população.
 

Após um atraso na divulgação dos dados de 2020 durante a pandemia, os resultados da edição de 2021 foram publicados na última quinta-feira (7), na Plataforma Integrada de Vigilância em Saúde (Ivis).
 

Foram ouvidas 27.093 pessoas com 18 anos ou mais em todas as capitais brasileiras e no Distrito Federal entre setembro de 2021 e fevereiro de 2022.
 

Em 2019, antes da pandemia, a taxa de adultos com diabetes era ainda menor, de 7,45%. Como o Vigitel 2020 foi afetado pela pandemia, com um número bem menor de entrevistas realizadas no período pré-pandêmico, a comparação mais equitativa é com os dados de 2019. Sendo assim, o aumento comparativo em dois anos foi de quase 23%.
 

Apesar de ser um número significativo, especialistas afirmam que ele pode ainda ser subnotificado, pois muitos casos de diabetes não são devidamente diagnosticados.
 

“É importante ressaltar que os indicadores de saúde na pesquisa são autorreferidos, isto é, não há medição de índice de glicose ou de pressão arterial, então esses números com certeza são subdiagnosticados”, explica Deborah Malta, pesquisadora e professora da Escola de Enfermagem da UFMG e ex-coordenadora do Vigitel (2006 a 2015).
 

Nos últimos anos, a proporção de mulheres (9,61%, em 2021) convivendo com diabetes é maior do que a de homens (8,58%, no mesmo ano), mas isso se deve principalmente ao fato de mulheres cuidarem mais da saúde e procurarem atendimento médico mais cedo.
 

Essa preocupação aparece também nos brasileiros que vivem com hipertensão. Durante a pandemia, aumentaram os casos de infarto em mulheres jovens, e a pesquisa Vigitel também encontrou uma maior proporção de mulheres com pressão alta, de 27,13%, contra 25,41% dos homens, em 2021.
 

Apesar disso, o aumento relativo foi maior entre os homens, que passaram de 21,21%, em 2019, para 25,41% em 2021, um aumento de quase 20%.
 

Ao todo, mais de um quarto (26,34%) da população adulta tinha hipertensão arterial em 2021, um aumento de quase 7,5% em relação ao período pré-pandemia (24,52%).
 

Os brasileiros também ganharam peso nos dois últimos anos de pandemia. Em 2019, o índice de pessoas com excesso de peso (índice de massa corpórea, medido pelo peso dividido pela altura, igual ou maior a 25) era de 55,37%, passando para 57,47%, em 2020, e 57,25%, em 20201.
 

Em relação à obesidade, a taxa de adultos obesos (IMC igual ou maior a 30) em 2019 era de 20,27%, passando para 22,35% em 2021. Em 2020, era de 21,55%.
 

O quadro preocupa mais em relação aos homens. Neles, o crescimento de 2019 para 2021 foi de quase 13%: de 19,5% para 22,02%.
 

“Vimos uma piora geral dos indicadores de saúde nos homens. Aumentou o peso, aumentou hipertensão arterial, piorou a prática de atividade física. Já nas mulheres o que me preocupa foi a queda no número de mulheres que fez mamografia ou citologia oncológica [papanicolau] nos dois anos de pandemia”, diz Malta.
 

Brasileiros praticam menos atividade física Desde 2016, a quantidade de brasileiros com sobrepeso vem crescendo anualmente. Paralelamente, a parcela de adultos que gasta no mínimo 150 horas semanais para prática de atividades físicas no tempo livre caiu.
 

A população fisicamente inativa, que era 13,91% em 2019, foi para quase 16% em 2021, enquanto a prática insuficiente de atividade física, um indicador que é utilizado pela Organização Mundial da Saúde para avaliar fatores de risco para doenças crônicas não transmissíveis (DNCs), aumentou de 44% para 48%.
 

“Quase metade da população brasileira hoje não pratica atividade física suficiente. E isso vem em um momento de aumento de desemprego, de sedentarismo, aumentou o tempo gasto com televisão ou telas de computador, de 62% para 66%… Ou seja, tudo piorou”, afirma a pesquisadora.
 

Para Malta, é imprescindível que o debate sobre prevenção e promoção de saúde retorne após o período mais agudo da pandemia. Segundo ela, se durante a pandemia o foco foi tratamento e prevenção de Covid, agora é necessário se concentrar novamente nas DNCs.
 

“É preciso preparar o serviço de saúde, procurar capacitar melhor os profissionais de saúde e campanhas voltadas para a comunidade mostrando os riscos da má alimentação, falta de atividade física. Diversos estudos já falam de uma quarta onda da pandemia, que é o aumento de doenças crônicas, e uma quinta, que seriam as sequelas e os efeitos na saúde mental”, completa.

Venda do ‘kit Covid’ se manteve alta em 2021, mais do que o dobro da pré-pandemia

Os principais medicamentos que integram o chamado kit Covid se mantiveram em alta em 2021, com vendas que representam mais do que o dobro do registrado no período pré-pandemia.
 

O kit é composto de remédios prescritos para outros fins e, mesmo sem ter eficácia contra o novo coronavírus, tiveram o seu uso estimulado, entre outros, pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados.
 

Foram 97 milhões de unidades de cloroquina, ivermectina, nitazoxanida e azitromicina comercializadas em 2021, uma leve queda em relação a 2020 (102 milhões), mas mais do que o dobro do período anterior à pandemia, em 2019, que registrou venda de 40 milhões de unidades.
 

A ivermectina (vermífugo), por exemplo, continuava entre os dez medicamentos mais vendidos em fevereiro de 2022. Ela não aparecia no ranking antes da pandemia.
 

Os dados obtidos pela reportagem são do CFF (Conselho Federal de Farmácia) e levam em conta as unidades vendidas nas farmácias.
 

Wellington Barros da Silva, professor da Universidade Federal de Sergipe e consultor do CFF, disse que o patamar de consumo ainda é elevado justamente em razão da Covid-19 e que antes da pandemia a ivermectina nunca havia entrado nem na lista dos cem medicamentos mais vendidos do Brasil.
 

Ele destaca, entretanto, a queda de 5% de 2021 em relação a 2020.
 

“Não chegou ao patamar pré-pandemico devido ao número de casos de Covid-19 no país ser ainda considerado elevado. Mesmo assim houve redução do consumo que acompanha o número de casos, a cobertura de vacinação. As pessoas também estão mais esclarecidas e escutam as sociedades científicas, que não recomenda esses medicamentos para a Covid”, disse.
 

Em janeiro, o Ministério da Saúde barrou a publicação de uma diretriz elaborada por especialistas que contraindicava o uso de kit Covid no SUS (Sistema Único de Saúde). O texto não teria poder de proibir médicos de utilizarem o kit Covid, mas representaria uma mancha às bandeiras negacionistas do governo Bolsonaro, pois seria uma orientação da Saúde contrária ao chamado tratamento precoce, ou seja, ao uso de medicamentos sem eficácia.
 

Houve recurso, que está em análise pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, que tem evitado dar declarações concretas sobre essa questão.
 

A reportagem questionou a Saúde sobre qual é a posição de Queiroga sobre o tema, quais as recomendações da pasta em relação ao uso do kit Covid e quando haverá análise do recurso. O ministério não respondeu nenhuma das perguntas e afirmou apenas que o recurso continua em análise.
 

Como mostrou o jornal Folha de S.Paulo, em meio à falta de leitos e de oxigênio para pacientes com Covid-19 em Manaus, o Ministério da Saúde montou em janeiro de 2021 uma força-tarefa de médicos defensores do chamado “tratamento precoce” da Covid-19 para visitarem Unidades Básicas de Saúde na capital amazônica.
 

Em entrevista à Folha de S.Paulo em fevereiro deste ano, o até então presidente do Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde), Carlos Lula, disse que ainda havia médicos que receitavam o kit Covid no SUS.
 

“É um tipo de conduta absurda, mas existe. Lógico que com intensidade bem menor, mas ainda continuam prescrevendo”, disse.
 

Estudos têm demonstrado ao longo do tempo a ineficácia desses medicamentos. Resultados recentes com a hidroxicloroquina (remédio prescrito para prevenção da malária) em pacientes ambulatoriais com quadros leves ou moderados de Covid-19 no início da infecção não se mostraram eficazes na redução de hospitalizações por complicações da doença.
 

O estudo foi realizado com 1.372 pessoas com Covid ou forte suspeita de infecção pela doença e teve a participação de 56 centros de pesquisa brasileiros.
 

Um outro estudo mostrou que a ivermectina não funciona contra a Covid. Os resultados mostram que o antiparasitário não diminui risco de internação, não aumenta a velocidade de recuperação, não reduz tempo no hospital ou risco de morte.
 

A pesquisa foi feita em parceria com autoridades públicas de saúde de 12 cidades do Brasil e contou com mais de 3.000 pessoas. Ela foi publicada na revista NEJM (The New England Journal of Medicine) em 30 de março deste ano.
 

No Senado, Queiroga também disse que está com a atenção voltada aos novos medicamentos que estão sendo aprovados pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).O Ministério da Saúde aprovou o uso do baricitinibe como o primeiro medicamento contra Covid para ser incorporado ao SUS.
 

Segundo portaria, o remédio, conhecido como Olumiant, é indicado para o tratamento da Covid em pacientes adultos hospitalizados que necessitam de oxigênio por máscara ou cateter nasal, ou que necessitam de alto fluxo de oxigênio ou ventilação não invasiva.
 

O governo ainda não divulgou estimativa de quantos pacientes devem receber o produto e qual deve ser o preço para a compra do medicamento.

Sem dinheiro para gás, jovem morre queimada cozinhando com álcool

Angélica Rodrigues, de 26 anos, morreu depois de ter 85% do corpo queimado enquanto tentava cozinhar com álcool (etanol) na cidade de São Vicente, no litoral de São Paulo. A diarista morava sozinha em um barraco na periferia da cidade e, como estava desempregada, não tinha dinheiro para comprar o gás – que na época já custava mais de R$110.

O caso aconteceu em março e a jovem chegou a ficar 15 dias internada no hospital da cidade esperando uma vaga em uma unidade de referência no tratamento de queimados em São Paulo. Mesmo após ter sido transferida, com ajuda de um político local, para o Hospital Geral Vila Penteado, em São Paulo, Angélica não resistiu e morreu na última quarta-feira (6). O corpo dela foi enterrado no início da tarde deste domingo (10), em Praia Grande.

Silvia Regina dos Santos, 43 anos, mãe de Angélica, contou que a filha estava com problemas financeiros desde que perdeu o emprego durante a pandemia. “Ela pegava uma lata de sardinha e colocava o álcool, usando como espiriteira. Punha fogo e a panela em cima. No dia do acidente, ela pensou que a chama do potinho tinha apagado e virou o galão de álcool, mas o fogo subiu para o galão. Ela se assustou, sacudiu o galão, e o fogo acabou se espalhando no corpo todo”, contou em entrevista ao UOL. Angélica comprou o galão de álcool num posto de gasolina.

A cozinheira só soube que a filha havia se queimado uma semana depois do acidente. “Ela teve que vender o celular para comprar comida e fiquei um tempo sem falar com ela. Soube do que tinha acontecido quando me avisaram de um post que ela conseguiu fazer no Facebook, com um celular que conseguiu emprestado no quarto onde ela estava internada”.

Silvia conta ainda que, após a transferência, ficou impedida de ver a filha. “Ela gritava muito, dava para ouvir os gritos dela da recepção do hospital, no andar térreo. Só consegui ver minha filha depois de ter conseguido enganar os funcionários e invadido o quarto. Meu coração quase parou. O sofrimento dela eu não desejo para ninguém. Como podem ter deixado ela tanto tempo sem atendimento adequado? Isso é desumano”, completou a cozinheira.

A cozinheira só soube que a filha havia se queimado uma semana depois do acidente. “Ela teve que vender o celular para comprar comida e fiquei um tempo sem falar com ela. Soube do que tinha acontecido quando me avisaram de um post que ela conseguiu fazer no Facebook, com um celular que conseguiu emprestado no quarto onde ela estava internada”.

Silvia conta ainda que, após a transferência, ficou impedida de ver a filha. “Ela gritava muito, dava para ouvir os gritos dela da recepção do hospital, no andar térreo. Só consegui ver minha filha depois de ter conseguido enganar os funcionários e invadido o quarto. Meu coração quase parou. O sofrimento dela eu não desejo para ninguém. Como podem ter deixado ela tanto tempo sem atendimento adequado? Isso é desumano”, completou a cozinheira.

Em nota, a Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo informou que “o caso era gravíssimo e, mesmo sendo encaminhada para o Hospital Vila Penteado, uma das maiores referências para queimados do Estado, a paciente não resistiu aos ferimentos e faleceu”. A nota dizia ainda que “a transferência de um paciente não depende exclusivamente de disponibilidade de vagas, mas também de quadro clínico estável que permita o deslocamento a outro serviço de saúde para sua própria segurança”.

PSB oficializa indicação de Alckmin para vice de Lula na disputa ao Planalto

O Partido Socialista Brasileiro (PSB) formalizou nesta sexta-feira (8) a indicação do ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, como o vice candidato na chapa encabeçada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para a disputa eleitoral à Presidência da República. 

Durante o encontro, junto ao presidente nacional da legenda, Carlos Siqueira, do próprio Lula e da presidenta do Partido dos Trabalhadores, a deputada federal Gleisi Hoffmann, em um hotel na capital paulista, o ex-tucano disse ser grato ao PSB.

Ele se disse agradecido duplamente, pela indicação e pelo acolhimento, após mais de 30 anos no PSDB. A aliança com o seu ex-adversário petista seria, segundo Alckmin, para “somar esforços para resconstruir o país”.

O principal objetivo do casamento Lula-Alckmin, deixou claro o paulista, seria apresentar esse projeto de “reconstrução” em aversão ao governo do presidente Jair Bolsonaro (PL), que “atenta contra a democracia” brasileira. 

Alckmin ainda falou sobre desprendimento, união e ressaltou o crescimento da economia, de 7,5% em 2010, ao fim do segundo governo do petista.

Após a declaração de Geraldo, Lula utilizou o microfone para ressaltar o casamento, que na avaliação dele seria uma demonstração de que “duas forças que têm projetos diferentes, princípios iguais, podem se juntar na hora que o momento é de interesse”.

Lula fez questão de elogiar a defesa de políticas públicas como centrais em uma agenda política rumo ao Planalto. O Sistema Único de Saúde (SUS) foi um dos pontos citados nominalmente pelo ex-presidente.

Com a apresentação de Alckmin, o PT deve se reunir na próxima semana e, se a indicação for aceira, uma cerimônia com a presença dos partidos que formam a base de apoio deverá oficializar a chapa no dia 30 de abril.

Ainda durante seu pronunciamento, o ex-metalúrgico discorreu sobre as antigas posições distintas, em que não só Alckmin, mas Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e José Serra (PSDB) estiveram ao longo dos últimos anos de vida pública.

“Já fui adversário do Alckmin, já fui do Serra, do Fernando Henrique Cardoso, e nunca fui desrrespeitado. Nunca deixamos de nos tratar de forma civilizada. Sempre visitamos o estado de São Paulo e o tratamento sempre foi civilizado, respeitoso, dentro daquilo que a democracia e os bons modos exigem das pessoas”, ressaltou Lula.

Ele também enumerou problemas e evidenciou a alta na inflação, que incide em insumos comuns à vida diária do brasiliero, como nos preços de combustíveis e alimentos.

Em uma carta em que apresenta o agora companheiro Alckmin ao PT, o PSB argumentou que o candidato tem “qualidades já reconhecidas e conhecidas”, uma “vida pública longeva”, assim como uma “perseverança” e um “equilíbrio”. 

Serrinha: Acusado de matar esposa grávida é condenado a 43 anos e 10 meses de prisão

Adilson Prado Júnior, de 30 anos, acusado de matar a esposa grávida, em dezembro de 2017, em Serrinha, foi condenado a 43 anos e 10 meses de prisão, em regime fechado. Adilson Prado Júnior foi julgado na quinta-feira (7), acusado de ter matado Daiane dos Reis.

Adilson foi condenado por homicídio qualificado, com agravante do feminicídio, e por aborto. A vítima estava grávida de 9 meses e foi encontrada morta um dia antes do previsto para dar à luz. Adilson chegou a denunciar o desaparecimento da esposa e ajudou a polícia nas buscas por ela, que estava desaparecida até então.

Depois que as investigações descobriram que Daiane saiu de casa pela última vez na companhia de Adilson, ele confessou que matou a mulher com um tiro na nuca. O mesmo teria enganado a esposa com a informação de que mostraria um terreno que queria comprar. Adilson está preso desde a confissão. 



O julgamento foi feito no Fórum Luiz Viana Filho. Ao todo, sete pessoas – entre elas o réu – foram ouvidas. Durante a manhã, foi a vez dos familiares de Daiane serem ouvidos. O acusado foi ouvido à tarde. Segundo familiares da vítima, Adilson disse, em depoimento, que agiu por impulso e se recusou a responder as perguntas da promotoria.

Ao lado de Rui, prefeita de Araci promete apoio a Jerônimo em eleição para governador

Apesar de estar filiada ao PDT, partido que faz oposição à gestão estadual na Bahia, a prefeita Keinha, de Araci, declarou, nesta quinta-feira (7), que faz parte da base de apoio do governador Rui Costa (PT) e apoiará Jerônimo Rodrigues, pré-candidato ao Governo, nas eleições de outubro.

O discurso da prefeita foi feito durante agenda do governador no município, na manhã desta quinta-feira (7). “Valeu a pena me empenhar, trabalhar e pedir voto por esse grupo político que aqui está. Vamos fazer mais. Garanto que meu time vai retribuir tudo isso que estamos recebendo hoje”, disse a prefeita, acrescentando que são mais de R$ 50 milhões em obras autorizadas por Rui na cidade.

Nos últimos dias gestores de partidos do arco de aliança de ACM Neto (UB), declararam que vão apoiar a candidatura do ex-secretário de Educação. Na quarta (6) o prefeito de Esplanada, Nandinho da Serraria (PSDB), confirmou o apoio ao pré-candidato do PT ao Governo do Estado (veja aqui). Já na última segunda (4), foi a vez do prefeito Vitor do Posto, do município de Santanópolis, que se emocionou e chegou a se ajoelhar para agradecer o governador (lembre aqui).

Governo anuncia fim da tarifa extra para consumidores de energia

O presidente Jair Bolsonaro anunciou nesta quarta-feira (6) o fim da bandeira de escassez hídrica, em vigor desde setembro do ano passado, e que gerava uma taxa extra na conta de energia elétrica de R$ 14,20 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. Com o fim da bandeira, não haverá mais cobrança de taxa extra na conta de luz. A medida entra em vigor a partir do dia 16 de abril, informou o presidente.

“Bandeira verde para todos os consumidores de energia a partir de 16/04. A conta de luz terá redução de cerca de 20%”, postou Bolsonaro nas redes sociais. Em seguida, o Ministério de Minas e Energia (MME) publicou uma nota oficial com o mesmo teor das postagens do presidente sobre o assunto.

A tarifa extra foi aprovada em meio à crise hidrológica que afetou o nível dos reservatórios das usinas hidrelétricas do país em 2021. As usinas são a principal fonte geradora de energia elétrica no país. De acordo com o governo federal, foi a pior seca em 91 anos.

“Em 2021, o Brasil enfrentou a pior seca já registrada na história. Para garantir a segurança no fornecimento de energia elétrica, o país utilizou todos os recursos disponíveis e o governo federal teve que tomar medidas excepcionais. Com o esforço dos órgãos do setor, o país conseguiu superar esse desafio, os reservatórios estão muito mais cheios que no ano passado e o risco de falta de energia foi totalmente afastado”, diz a nota do MME, também reproduzida pelo presidente da República.

Segundo a nota, o reservatório da usina de Furnas terminou o mês de março acima de 80% de seu volume útil. O governo também informou a retomada da operação da Hidrovia Tietê-Paraná, que ficou interrompida por sete meses.

Já havia uma previsão de que a bandeira de escassez hídrica, patamar mais alto já adotado pelo governo, terminaria no final deste mês, mas a medida anunciada pelo MME e pelo presidente Jair Bolsonaro antecipa a redução em cerca de 15 dias. A perspectiva do governo é de que a bandeira verde vigore até o final do ano.

Salário mínimo ideal deveria ser de R$ 6.394,76 em março, calcula Dieese

O Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) calcula que o valor do salário mínimo ideal para suprir todas as despesas de um trabalhador e de sua família no Brasil deveria ser de R$ 6.394,76, o que equivale a mais de cinco vezes ao atual de R$ 1.212,00. A estimativa do departamento se refere ao mês de março. Em fevereiro, o valor ficou em R$ 6.012,18. 

De acordo com o Dieese, esse seria o pagamento mínimo para sustentar uma família de quatro pessoas no mês de março no Brasil, considerando gastos com moradia, transporte, alimentação, saúde, educação, vestuário, higiene, lazer e previdência. 

AUMENTO DOS PRODUTOS BÁSICOS 

Em março, todas as capitais enfrentaram o aumento para os alimentos na comparação com o mês anterior. A maior alta ocorreu no Rio de Janeiro, com 7,65%. Já a menor, em Salvador, com 1,46%. Quanto ao custo da cesta básica, São Paulo foi a capital com o maior preço: R$ 761,19. 

Comparando março de 2022 com o mesmo mês de 2021, o Dieese apontou alta nos valores das cestas em todas as capitais, sendo Aracaju a que teve a menor variação, com 11,99%. Campo Grande apresentou a maior: 29,44%. 

HORAS TRABALHADAS 

O estudo do Dieese também aferiu a média de horas que deveriam ser trabalhadas para que o trabalhador que ganha o salário mínimo atual adquirir os produtos da cesta básica. 

Pelos cálculos, em março, seriam necessárias 119 horas e 11 minutos, praticamente meio mês, Em fevereiro, a estimativa era de 114 horas e 11 minutos. 

Ao descontar do salário mínimo os 7,5% da Previdência Social, foi verificado também que o trabalhador deveria usar 58,57% do seu ganho para adquirir os alimentos da cesta.

Número de testes de Covid-19 realizados na Bahia é 10 vezes menor do que há um ano

Nos últimos meses, o gráfico que ilustra a quantidade de testes de Covid-19 realizados segue uma rota diagonal e descendente. Com a vacinação avançada na Bahia, o número de pessoas que buscou um exame RT-PCR para confirmar se estava contaminado passou de 22,5 mil nos sete dias que antecederam o dia 4 abril do ano passado, para apenas 2.455 nesta semana. Foi essa queda que serviu como parâmetro para a retirada da obrigatoriedade do uso de máscaras em espaços abertos na Bahia (veja aqui).

O Bahia Notícias fez um levantamento com base nos dados do Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-Ba), divulgados nos boletins da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab). Segundo a análise, apesar de ter 1.288 casos ativos atualmente, nos últimos dias o estado não ultrapassou a marca das centenas de exames RT-PCR. Nesta segunda-feira (4), apenas 160 exames foram contabilizados pelo sistema que gere as informações sobre a pandemia da pasta. 

No domingo (3), 117 testes foram feitos e no dia anterior, 2 de abril, 591 pessoas foram testadas, afirmam os dados. Em comparação ao mesmo dia em 2021, a quantidade era 81% superior. Naquela data, 848 testes RT-PCR foram feitos na Bahia. Durante os dois dias que antecederam, 2.434 e 4.220 diagnósticos foram incluídos, respectivamente.

Naquele período, a capacidade era a mesma disponibilizada na rede atualmente, de 4 mil kits. Mas, diferente dos 120,9 mil que estão parados agora, a rede tinha apenas 22,5 mil testes estocados por causa da alta demanda.

A própria condição foi atestada pelo governador Rui Costa (PT), quatro dias antes de anunciar a medida que flexibilizou o uso dos equipamentos de proteção. Na oportunidade, ele havia pedido calma na tomada de qualquer decisão sobre o assunto. 

O petista atribuiu a postura ao número de casos de Covid-19 no estado, que girava em torno de 1.500 pessoas e os 100 pacientes internados em leitos de UTI. Segundo ele, os números de pessoas infectadas com a doença poderiam ser ainda maiores do que os identificados nos registros oficiais. “Isso significa que o vírus ainda está circulando, já que os municípios não estão mais fazendo exames. Significa que o número pode ainda ser maior que esse. E graças à vacina os efeitos são mais leves”, justificou na ocasião.

Os dados de internação em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) exclusivas – outra taxa acompanhada para a adoção de flexibilizações -, no entanto, não seguem a mesma tendência. E a Bahia, que dispõe de 468 vagas, tem 75 deles ocupados, um índice de 16% de ocupação.

Medida eficaz contra o avanço da crise sanitária, a vacinação com a 3ª dose já alcança 44,19% do público-alvo estimado, algo em torno de 4,9 milhões nas 417 cidades baianas. Quanto à cobertura com a segunda dose, 10,5 milhões de aplicações foram realizadas em pessoas com 12 anos ou mais (82,5%), enquanto outras 11,4 milhões (90,2%) da primeira dose foram inoculadas.

A aderência à vacinação é baixa entre crianças entre 5 e 11 anos. Em todo o território da Bahia, dos 1,4 milhões habilitantes nesta faixa, apenas pouco mais de 813 mil (55%) procuraram os postos de imunização para receber a primeira dose e 175 mil (11,8%) foram em busca da segunda.

A situação causa preocupação ao Conselho Estadual de Saúde (CES-BA), que apesar de entender que a adoção da flexibilização do uso do equipamento de proteção em locais abertos era esperada pela população, e que possui o aval da comunidade científica, disse se preocupar com as crianças menores de 5 anos – não cobertas pelo esquema vacinal – e as pessoas que não recorreram à vacina.

“O órgão apela, portanto, que as máscaras continuem sendo usadas na presença das crianças para garantir a proteção enquanto estas não estão imunizadas”, disse o CES-BA ao Bahia Notícias.

Acerca dos testes, o conselho afirmou que vem insistindo na “importância da testagem da população a fim de que os indicadores reflitam a realidade”, bem como a continuidade das medidas que não foram revogadas: a higienização das mãos, a cobrança do passaporte da vacina em estabelecimentos e eventos e a utilização de máscaras em ambientes fechados.

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