Governo Lula decide conceder reajuste adicional no salário mínimo a partir de maio

O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidiu conceder um reajuste adicional no salário mínimo em 2023. Com isso, o piso nacional deve ser elevado dos atuais R$ 1.302 para R$ 1.320 a partir de 1º de maio —data simbólica por ser Dia do Trabalho.

A possibilidade de um aumento extra no salário mínimo já vinha sendo admitida por integrantes do Ministério da Fazenda nas últimas semanas. Nesta terça-feira (14), o ministro Fernando Haddad foi questionado por jornalistas sobre o novo reajuste, mas disse apenas que “o presidente vai anunciar”.

Segundo interlocutores ouvidos pela Folha, o novo valor já está alinhado entre Lula e ministros do governo. O aumento extra estava em discussão desde o período da transição, já que a equipe de Lula queria imprimir sua marca no início do primeiro ano do mandato e conceder um reajuste maior do que o originalmente proposto pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Foi inclusive Bolsonaro quem assinou a MP (medida provisória) que fixou o valor atual do salário mínimo, de R$ 1.302, que acabou tendo um reajuste real de 1,4% devido à inflação menor que a projetada inicialmente em 2022.

A equipe de Haddad preferia manter o salário mínimo inalterado em 2023, para evitar maior impacto sobre as contas no momento em que busca melhorar a situação fiscal do país. O principal argumento dessa ala é que o valor, em vigor desde 1º de janeiro, já representa um aumento real em relação ao ano passado.

“Em primeiro lugar, o compromisso do presidente Lula durante a campanha é aumento real do salário mínimo, o que já aconteceu”, afirmou Haddad em 12 de janeiro. “O salário mínimo atual é 1,4% maior do que a inflação acumulada a partir do último reajuste.”

Já os defensores do novo reajuste consideram que a medida é um cartão de visitas importante do presidente para sua base eleitoral, dado que o salário mínimo foi um tema bastante explorado durante a campanha. Lula promete retomar a política de valorização adotada em governos do PT, com reajustes acima da inflação.

O custo máximo da medida foi calculado inicialmente em R$ 5,6 bilhões, considerando um cenário de maior número de concessões de aposentadoria no ano. O número foi estimado com base em parâmetros do ano de 2022. O valor é menor que os R$ 7,7 bilhões calculados inicialmente porque o aumento seria aplicado apenas em oito meses do ano, além do 13º.

Técnicos afirmam que o impacto pode ficar ainda menor após a revisão das principais rubricas do Orçamento de 2023, o que está previsto para ocorrer no mês de março, quando será divulgado o primeiro relatório bimestral de avaliação de receitas e despesas. Na ocasião, o governo espera já ter um termômetro mais preciso sobre o ritmo de concessão de benefícios. Há a expectativa de que o impacto sobre as contas fique mais ameno.

O custo adicional precisará ser acomodado dentro do teto de gastos, que limita o avanço das despesas à inflação. Embora o governo Lula pretenda mudar as regras que balizam os gastos públicos, incluindo o teto, ele ainda está em vigor e precisa ser respeitado pela atual gestão. Interlocutores afirmam que esse alerta tem sido feito por Haddad nas conversas sobre o tema.

Algumas medidas, por sua vez, podem ajudar a compensar o aumento de gastos provocado pela revisão do salário mínimo. O governo prevê cortar cerca de R$ 10 bilhões com a revisão do cadastro do programa Bolsa Família, por exemplo.

O Orçamento hoje reserva R$ 175 bilhões para o programa. Durante a transição, porém, a equipe de Lula já vinha chamando atenção para possíveis irregularidades na proliferação de famílias de uma única pessoa recebendo o benefício social.

O governo prevê passar a pagar um adicional de R$ 150 por criança de até seis anos que estiver na escola. Como não houve pagamento em janeiro e não há previsão para fevereiro, ao menos R$ 3 bilhões já foram economizados. A previsão do governo é iniciar o repasse dessa parcela em março.

O mapeamento de possíveis espaços é necessário porque os R$ 6,8 bilhões reservados originalmente para o reajuste adicional do salário mínimo a partir de janeiro foram consumidos pela aceleração na concessão de aposentadorias no fim de 2022, reduzindo a fila do INSS.

Rui Costa diz que Lula pode mudar de planos e disputar reeleição em 2026

O ex-governador da Bahia e recém-empossado ministro da Casa Civil, Rui Costa, disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pode mudar de planos em relação a disputar um novo mandato em 2026.

Em entrevista para o Roda Viva, da TV Cultura, na noite de segunda-feira (2), Rui afirmou que considera a possibilidade do chefe tentar a reeleição. Durante a campanha, Lula afirmou que não concorreria a outro mandato.

“Vocês estão partindo de um fato consumado de que o Lula não irá disputar a eleição (…). Eu não parto desse fato consumado”, disse o petista baiano.

Ao ser pressionado pelos jornalistas da bancada, Rui tentou desconversar, mas reafirmou que existe chances de Lula concorrer a uma nova eleição. “Lula falou de coração considerando a sua trajetória e a volta dele pra consolidar a democracia. Mas, se tudo der certo, faremos um governo exitoso. E se Lula continuar com energia e o tesão de 20 anos, quem sabe ele faça um novo mandato”.

Osni Cardoso é confirmado Secretário Estadual de Desenvolvimento Rural

O governador eleito Jerônimo Rodrigues anunciou, nesta quinta (22), o deputado estadual e líder do PT na AL-Ba, Osni Cardoso, como o novo titular da Secretaria de Desenvolvimento Rural do Estado da Bahia. Natural de Serrinha, Osni é deputado estadual eleito em 2018 e reeleito em outubro deste ano. Filho dos agricultores Pedro Araújo e Alzira Cardoso de Jesus, cresceu na zona rural da sua cidade natal e é entusiasta da luta do campo.

Entre os anos de 2008 e 2016 foi prefeito de Serrinha, chegando a presidir o Consórcio Público de Desenvolvimento Sustentável do Território do Sisal (Consisal) e posteriormente tornando-se o primeiro Presidente da Federação dos Consórcios Públicos da Bahia (FecBahia). Seu trabalho tem como marca a luta pelo desenvolvimento da política regional e territorial.

Dentre os projetos tocados em suas gestões, estão a patrulha mecanizada, com aquisição de máquinas para construção, revitalização e limpeza de aguadas; a implantação do Serviço de Inspeção Municipal (SIM), para que pequenas agroindústrias comercializem seus produtos dentro dos territórios; o 1ª e 2ª Água, que garantem a ampliação do acesso à água nas zonas rurais de diversos municípios do território do Sisal, além da construção de aviários, hortas e banco de forragens para impulsionar a produção de pequenos agricultores e agricultoras familiares.

Além de Osni, foram confirmados os nomes de Angela Guimarães para a Secretaria da Igualdade Racial, dos Povos e Comunidades Tradicionais (Sepromi); Eduardo Sodré para a  Secretaria de Meio Ambiente (Sema); Larissa Gomes para a Secretaria de Infraestrutura Hídrica e Saneamento (SIHS); José Antônio Maia para a Secretaria da Administração Penitenciária e Ressocialização; Nivaldo Millet para a Coordenação Geral de Políticas Para a Juventude; Tiago Pereira para a Coordenação Geral do Programa Bahia Sem Fome e Bárbara Camardelli para a Procuradoria do Estado.

Com permanências, Jerônimo anuncia secretários do governo estadual; veja os nomes

O governador eleito Jerônimo Rodrigues (PT) realizou anúncio de parte do secretariado de seu futuro governo nesta segunda-feira (19). Ao todo, foram 11 nomes confirmados pelo petista, entre eles, a permanência de Luiz Caetano na Secretaria de Relações Institucionais (Serin), Manoel Vitório na Secretaria da Fazenda (Sefaz) e Maurício Bacelar na Secretaria de Turismo (Setur).

Também houve a manutenção de Adélia Pinheiro no secretariado estadual, contudo, ela foi realocada da Secretaria de Saúde (Sesab) para a Secretaria de Educação (SEC).  A secretária foi reitora e professora da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc).

Jerônimo adiantou que na próxima quarta-feira (21) serão anunciados até cinco nomes. De acordo com o futuro governador, ainda ocorrerão anúncios entre os feriados de Natal e ano novo, completando o secretariado.

“Estamos anunciando 11 nomes, na quarta feira, vamos anunciar mais quatro ou cinco nomes. Estou me separando pela intencionalidade. Não serão confundidos. Vamos anunciar uma indígena, um jovem ou uma jovem, que vai dirigir a política de juventude, uma de mulheres e igualdade. Quatro dirigentes que vão atuar de forma forte. Teremos alguém também na política de combate à fome. Esses quatro estão confirmados”, disse Jerônimo.

Confira os nomes:

Chefe de Gabinete – Adolpho Loyola

Saúde – Roberta Santana

Relações Institucionais – Luiz Caetano

Casa Civil – Afonso Florence

Educação – Adélia Pinheiro

Justiça e Direitos Humanos – Felipe Freitas

Infraestrutura – Sérgio Brito

Fazenda – Manoel Vitório

Agricultura – Tum

Turismo – Maurício Bacelar

Assistência e Desenvolvimento Social – Fabya Reis

Em evento natalino, prefeito Higo faz entrega de novos veículos, kits para o Conselho Tutelar e materiais para unidades escolares

Na noite de sábado do último sábado, 17, aconteceu o Natal Luz em Teofilândia, na Praça José Luiz Ramos, centro cidade. O evento contou com presença do prefeito Higo Moura juntamente com a vice Ivana Meury, de secretários municipais e outras autoridades do município.



Foram entregues diversos benefícios à população teofilandense. Uma nova retroescavadeira; um novo veículo; kits para o Conselho Tutelar; equipamentos e materiais para as 23 unidades escolares do município (freezers, geladeiras, aparelhos de ar condicionados, bebedouros, fornos de micro-ondas, fogões industriais, computadores e ventiladores).



Durante a programação, aconteceu pelo segundo ano consecutivo o Coral Natalino Vozes da Educação e as apresentações do Projeto Ateliê de Música (violão), do Projeto Flauta Doce, do grupo Acordes Pedra, da estudante Elaine do CET e da Banda Bicho Mimado.


Fotos: Prefeitura de Teofilândia/ASCOM

Deputados baianos recebem mais de R$ 220 mil em auxílio moradia no primeiro semestre

Os deputados federais da Bahia receberam R$ 223.091,02 em Auxílio Moradia no primeiro semestre deste ano, de acordo com dados disponibilizados no site da Câmara dos Deputados. Entre os 39 parlamentares baianos na Casa, 10 receberam o benefício entre os seis primeiros meses.

Os três partidos que mais receberam o Auxílio Moradia foram: o União Brasil, com R$ 54,6 mil; o PT, com R$ 51,06 mil e o Republicanos, com R$ 40,86 mil. O parlamentar baiano que mais recebeu o benefício foi Igor Kannário (União), embolsando R$ 33 mil nos seis primeiros meses de 2022.

Levando em consideração os deputados de todos os estados, a Câmara distribuiu mais de R$ 2,8 milhões em Auxílio Moradia para os 129 deputados que receberam o benefício entre janeiro e junho deste ano.


Em novembro de 2021, a Casa legislativa chegou a ter um custo mensal superior a R$ 5 milhões em pagamentos do auxílio entre 152 parlamentares beneficiários da época. No ano passado, menos de 10% dos deputados (44) não receberam o benefício em nenhum mês.

O Auxílio Moradia é um direito garantido aos parlamentares que não ocuparem os chamados “apartamentos funcionais” da Câmara. De acordo com o site da casa, um deputado tem direito a receber R$ 4.253,00, com o pagamento podendo ser feito como “reembolso” ou como dinheiro em espécie.

A Câmara dispõe de 432 apartamentos funcionais para os deputados, sendo que, no total, são 513 parlamentares, por isso o direito ao auxílio. As moradias possuem 232 m² e a Casa paga pelos serviços de limpeza, vigilância, reparos, fornecimento de gás, reforma, manutenção de elevadores, seguro contra incêndio e até serviços de chaveiro e desratização.

Em 2019, o custo mensal para manter os 432 apartamentos funcionais é de R$ 1,49 milhão, de acordo com informações do site da Câmara dos Deputados, ficando um gasto de R$ 3.450 por imóvel. 

O salário de um deputado federal é de R$ 33.763,00. O preço-médio mensal de um aluguel para um imóvel “padrão” em Brasília é de R$ 2.412, de acordo com levantamento do Conselho Regional de Corretores de Imóveis da 8ª Região (Creci-DF) realizado em julho deste ano.

Confira a lista dos deputados que receberam Auxílio Moradia em 2022:

  1. Igor Kannário (União): R$ 33.000,00
  2. Marcelo Nilo (Republicanos): R$ 27.000,00
  3. Jorge Solla (PT): R$ 26.700,00
  4. Daniel Almeida (PCdoB): R$ 25.518,00
  5. Abílio Santana (PSC): R$ 25.518,00
  6. Otto Alencar Filho (PSD): R$ 25.518,00
  7. Dayane Pimentel (União): R$ 21.600,00
  8. Tia Eron (Republicanos): R$ 13.868,00
  9. Afonso Florence (PT): R$ 13.027,69
  10. Joseildo Ramos (PT): R$ 11.341,33

Em último ano de mandato, gestão de Rui é aprovada por 63% dos baianos

Na reta final de seu mandato, o governador Rui Costa (PT) tem 63,7% de aprovação em sua administração pelos baianos, de acordo com levantamento feito pelo Instituto Paraná Pesquisas, sob encomenda do Bahia Notícias. O cenário estimulado foi divulgado nesta terça-feira (5) e 31,3% da população baiana desaprova a gestão do petista. Não souberam / não opinaram, 5%.

A administração do chefe do Executivo estadual é considerada “boa” por 29% dos baianos, enquanto 18% dos entrevistados a definem como “ótima”. Outros 27,6% responderam que o governo de Rui Costa é “regular”.

Avaliaram negativamente o governo Rui, 23,6% dos entrevistados pelo Paraná Pesquisas, sendo que 16,8% definiram a gestão como “péssima” e 6,8% como “ruim”. Não souberam ou não opinaram, 1,8% dos questionados.

A pesquisa ouviu 1640 pessoas, em 72 municípios, entre os dias 30 de junho e 4 de julho, com margem de erro de 2,5% e intervalo de confiança de 95%. Está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob nº BA-07579/2022.

Em busca da reeleição, Bolsonaro dobra gasto de publicidade com a Globo

Alvo de diversas críticas do presidente Jair Bolsonaro (PL), o Governo Federal gastou quase o dobro em publicidade na Globo  de janeiro a junho deste ano, se comparado ao mesmo período de 2021. 

De acordo com o Uol, de 1º de janeiro a 21 de junho do ano passado, a emissora recebeu R$ 6,5 milhões em valores líquidos pagos por materiais publicitários de televisão veiculados em âmbito nacional e regional. Já em 2022, no mesmo período, observa-se aumento de 43% (R$ 11,4 milhões). Os dados são da Secom (Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência), órgão responsável pelas contratações na área de publicidade e propaganda do governo.

O levantamento feito pelo UOL mostra ainda uma mudança no perfil de investimento feito pela pasta. Na TV, o Palácio do Planalto deu prioridade às campanhas institucionais, isto é, que mostram os feitos da gestão e ajudam a inflar a popularidade do presidente. Em 2021, a Secom havia comprado espaço na Globo para 46 inserções publicitárias categorizadas como “utilidade pública” e apenas dez para materiais institucionais. Já de 1º de janeiro a 21 de junho deste ano, são 72 campanhas institucionais na maior emissora do país (86% a mais) e apenas duas, “utilidade pública” (96% a menos).

2022 será o único ano do mandato de Bolsonaro que a Globo vai ultrapassar as concorrentes SBT e Record em valor recebido por publicidade federal. Neste ano, durante o período analisado, enquanto a emissora carioca recebeu R$ 11,4 mi, a Record ganhou R$ 9,8 mi e o SBT R$ 8,4 mi.

Governo sanciona lei que devolve imposto cobrado na conta de luz

Os consumidores de todo o país terão desconto na tarifa de energia elétrica para atender o que determina a lei 14.385, publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira (28). A medida atende a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal), que julgou inconstitucional a cobrança de PIS/Cofins na luz. Aprovado pela Câmara no início deste mês, o projeto de lei com a possibilidade de devolução foi sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) sem nenhum veto.

A medida altera legislação anterior de funcionamento da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) para permitir que a agência reguladora devolva os valores. A devolução deverá vir em reajustes menores nas contas de energia.

A medida já teve efeitos em alguns reajustes. Este é o caso da Enel, que atende 7,6 milhões de unidades consumidoras em São Paulo e teve o aumento de 2022 aprovado pela agência nesta terça. Segundo detalhamento da Aneel, no caso do cálculo das tarifas da Enel, que terá reajuste médio de 12,04% a partir de segunda-feira (4), a devolução dos créditos de PIS/Cofins foi responsável por -8,70% na composição do índice de reajuste médio da operadora de luz. Caso contrário, o aumento seria maior, mas não foi informado o percentual. Dados divulgados pela Câmara e pelo Senado dão conta de que, dos R$ 60,3 bilhões em créditos a serem devolvidos pela União às distribuidoras, R$ 47,6 bilhões ainda não foram restituídos aos consumidores.

O restante entrou em revisões tarifárias desde 2020, que teriam resultado em redução média de 5% até então. A mesma regra de redução foi utilizada para aprovar o aumento tarifário no Tocantins, pela Energisa, cuja redução com base na devolução de PIS/Cofins é de 9,76 % no índice de reajuste tarifário da distribuidora, que atende a 637 mil unidades consumidoras.

Em São Paulo, além do desconto permitido pela nova legislação, a Aneel considerou ainda a lei que limita a cobrança do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) em 18% no estado, que passará a valer também sobre a luz. “Também impactará o preço final a ser pago pelo consumidor a lei complementar 194, sancionada na última quinta-feira (23/6), que reduz a alíquota do ICMS na energia para 18%.

A aplicação dessa lei que depende dos estados contribuirá para atenuar o preço final da energia dos consumidores da Enel-SP em aproximadamente -10,4%”, diz a agência. Outra medidas foram a proposta de regulamentação da “CDE Modicidade Eletrobras”, sobre a inclusão de portes na conta doe luz com a privatização da Eletrobras, que contribuiu com -2,84% na redução de impactos no reajuste, além do empréstimo setorial da conta escassez hídrica (-2,82%) e a aprovação de pagamentos provenientes do repasse da potência contratada de Itaipu (-1,26%). Mesmo assim, os consumidores residenciais de São Paulo irão pagar, em média, 10,01% a mais na luz. A média máxima de reajuste no estado será de 18,03% para consumidores de alta tensão.

O texto aprovada na Câmara dos Deputados em 7 de junho foi proposto pelo Senado, para atender as distribuidoras que entraram com a ação e ganharam o caso no STF. Apenas duas distribuidoras não ingressaram com processos. Na Câmara, o projeto tramitou anexo a outro, que também era do Senado, mas iniciado em 2022.

Créditos por economia foram devolvidos em janeiro A conta de luz pressiona a inflação das famílias desde 2020, com a pandemia de coronavírus e crise hídrica. Com baixa nos reservatórios, usinas térmicas acionadas e consumidores em casa, a tarifa explodiu, elevando reclamações e inadimplência. Como medida contra a crise hídrica, o governo federal lançou, em setembro de 2021, programa que dava desconto na fatura a quem economizasse entre 10% e 20% na luz. O desconto foi dado em janeiro, com base na conta de dezembro, segundo a União. Não foi informando, no entanto, quantos consumidores foram beneficiados.

Militares apresentam projeto de poder até 2035 com fim da gratuidade no SUS

Os Institutos Villas Bôas, Sagres e Federalista, ligados a militares das Forças Armadas,  apresentaram em um evento no dia 19 de maio o ‘Projeto de Nação, O Brasil em 2035’, que traça um cenário no qual se projeta o domínio do bolsonarismo no Brasil até 2035. O lançamento contou com a presença do vice-presidente Hamilton Mourão. As informações são da coluna de Marcelo Godoy, do jornal Estado de S. Paulo.

O projeto foi coordenado pelo general Luiz Eduardo Rocha Paiva, ex-presidente do grupo Terrorismo Nunca Mais (Ternuma), a ONG do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra. Rocha Paiva disse que o estudo é “apartidário, aberto e flexível”.

O documento de 93 páginas, aborda 37 temas estratégicos. Trata de geopolítica, governança nacional, desenvolvimento, ciência, tecnologia, educação, defesa nacional, segurança e saúde. Neste último item está um dos pontos mais polêmicos da proposta.

O documento prevê que a classe média deve pagar pelo atendimento no SUS. A cobrança deve começar em 2025. “Além disso, a partir de 2025, o Poder Público passa a cobrar indenizações pelos serviços prestados, exclusivamente das pessoas cuja renda familiar fosse maior do que três salários mínimos”, diz um trecho do documento.

Na educação, o texto destaca a constante busca pela “desideologização” nas escolas Brasil afora. “Em sala de aula, pouco era feito no sentido de transmitir os conteúdos, ensinar o aluno a pensar, orientar as pesquisas sobre as diversas correntes de pensamento e elucidar sobre como realizar as melhores análises, buscando as opções de vida mais favoráveis, segundo as crenças e convicções de cada aluno. Tudo era feito para que o aluno fosse obrigado a pensar exatamente como pensava o professor, caso contrário não conseguiria se formar e tampouco seria aceito pelo grupo”, afirma.

Outro alvo do grupo de militares é o chamado “globalismo”, que na visão deles é um “movimento internacionalista cujo objetivo é determinar, dirigir e controlar as relações entre as nações e entre os próprios cidadãos, por meio de posições, atitudes, intervenções e imposições de caráter autoritário, porém disfarçados como socialmente corretos e necessários”.

Para eles, o Judiciário também faz parte desta “ameaça”. “O globalismo tem outra face, mais sofisticada, que pode ser caracterizada como ‘o ativismo judicial político-partidário’, onde parcela do Judiciário, do Ministério Público e da Defensoria Pública atuam sob um prisma exclusivamente ideológico, reinterpretando e agredindo o arcabouço legal vigente, a começar pela Constituição brasileira.”

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