Homens representam 70% das candidaturas do Partido da Mulher Brasileira na Bahia

O Partido da Mulher Brasileira (PMB) oficializou a candidatura de 55 nomes para as eleições proporcionais de 2022 na Bahia. Diferente do que o nome da legenda sugere, apenas 17 mulheres vão buscar vagas na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) e na Câmara dos Deputados. O levantamento foi feito pelo Bahia Notícias com dados da plataforma de divulgação de candidaturas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e considerou a declaração de gênero de cada candidato no sistema da Justiça Eleitoral.

No caso das candidaturas para o cargo de deputado (a) estadual, o partido colocou na disputa 15 nomes no total, sendo cinco mulheres, número que representa 33% das candidaturas. São elas: Aline Sena; Ayssa Yasmin; Luziane Pereira; Madalena Moura e Erlane Santos. Os demais candidatos que buscam uma cadeira na AL-BA são homens. Entre eles estão Alexandre Guerra; Carlos Barbosa; Gilvan Vasco; Itamar Alves; Ivo Mandella; Julio Cezar dos Santos; Luiz Alberto Gugu; Pastor Almir; Wadson Lima e Walter Civil.

Já entre as candidaturas para deputados federais, são 40 nomes ao todo, sendo 12 mulheres. Assim como as candidaturas para deputado estadual, o partido se reservou a bater a cota de candidaturas femininas imposta pelo TSE, que é de 30%. As mulheres que buscam chegar à Câmara dos Deputados pelo Partido da Mulher Brasileira são: Adriana de Jesus; Bispa Sara; Cris Nascimento; Emile Guerra; Esmeralda Soares; Jackie Tequila; Jaqueline Souza; Jernale dos Santos; Jocelma Camilo; Pastora Neide Carioca; Rose Santos e Valdilene Santos. Os demais 27 nomes são de homens que disputam o pleito pelo PMB.

O Bahia Notícias entrou em contato com o presidente do Partido da Mulher Brasileira na Bahia, Vanderlei Santos, para mais detalhes e explicações sobre os números mas não obteve sucesso.

O PMB da Bahia também tem uma mulher que disputa a eleição em chapa majoritária. É o caso de Leonidia Umbelina, vice de João Roma (PL) que concorre ao lado do ex-ministro da Cidadania ao governo do Estado. Ela é presidente do partido em Feira de Santana e missionária evangélica. Leonidia foi anunciada como vice no dia 22 de julho, durante a convenção do PL que sacramentou a candidatura de Roma ao Palácio de Ondina (leia mais aqui).

O PMB foi fundado em 2008, elegeu 46 vereadores e uma prefeita nas eleições municipais de 2020. Conquistou o registro no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) em 2015 e atualmente tem 48.630 filiados.

O QUE DIZ A JUSTIÇA

No final de junho deste ano o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) reafirmou que o percentual mínimo de 30% de candidaturas femininas nas eleições proporcionais deve ser cumprido de modo independente por cada legenda, inclusive de uma mesma federação partidária. À época, O TSE julgou uma consulta feita pela federação composta por PT, PCdoB e PV. Os partidos chegaram a questionar se o percentual de 30% poderia ser cumprido pela federação como um todo, sem que cada sigla cumprisse a regra individualmente.

Pela resposta aprovada pelo plenário do TSE, o tema já havia sido respondido em resolução aprovada em dezembro, na qual consta expressamente que na “eleição proporcional, o percentual mínimo de candidaturas por gênero deverá ser atendido tanto globalmente, na lista da federação, quanto por cada partido, nas indicações que fizer para compor a lista”.

Em abril deste ano o Congresso Nacional também promulgou uma Emenda Constitucional que obriga os partidos políticos a destinar no mínimo 30% dos recursos públicos para campanha eleitoral às candidaturas femininas. A distribuição deve ser proporcional ao número de candidatas. A cota vale tanto para o Fundo Especial de Financiamento de Campanha – mais conhecido como Fundo Eleitoral – como para recursos do Fundo Partidário direcionados a campanhas. Os partidos também devem reservar no mínimo 30% do tempo de propaganda gratuita no rádio e na televisão às mulheres. As informações são da própria agência da Câmara.

Bolsonaro amplia vantagem entre evangélicos; Lula tem o dobro entre católicos

O presidente Jair Bolsonaro (PL) ampliou de 10 para 17 pontos percentuais sua vantagem sobre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) entre os evangélicos, aponta pesquisa Datafolha realizada de terça (16) a quinta-feira (18).

Nesse grupo religioso, o atual mandatário saltou de 43% para 49% das intenções de voto no último mês, enquanto o petista flutuou negativamente de 33% para 32%.

Entre os católicos, a variação entre as duas últimas rodadas não foi significativa. Lula continua liderando com quase o dobro das intenções de voto (52%) do principal rival, que oscilou positivamente, de 25% para 27%. Abaixo, é possível ver a evolução dos dois candidatos desde maio.

No Brasil, 50% do eleitorado se declara católico, e 27%, evangélico, também segundo o Datafolha. Outras religiões não foram consideradas na comparação porque as bases de dados são muito pequenas.

A última pesquisa foi feita com 5.744 eleitores acima dos 16 anos em 281 cidades. Ela foi contratada pela Folha e pela TV Globo e está registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sob o número BR-09404/2022.

Nesta análise foi considerada a pergunta estimulada, ou seja, em que os candidatos são nominalmente apresentados ao entrevistado. A margem de erro total do levantamento é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. Entre os evangélicos, ela muda para três pontos.

Dupla Simone e Simaria chega ao fim após 10 anos de carreira

A dupla Simone e Simaria anunciaram neste quinta-feira (18), por meio das redes sociais, o encerramento da parceria musical. No comunicado, as artistas informam que, a partir de agora, ambas vão seguir em carreira solo. 


Além disso, os todos shows contratados até está quinta, serão cumpridos apenas por Simone. As duas agradecem a todos pela compreensão e esclarecem que “essa pausa se fez necessária para definição dos próximos passos de suas carreiras”.

“Me afastei temporariamente dos palcos para cuidar dos meus filhos e da minha condição vocal. Sigo cumprindo meus compromissos de publicidade e planejando os próximos passos da minha carreira artística”, escreveu Simaria. 

Simone completa: “A minha vontade de estar nos palcos é imensa e preciso fazer aquilo que amo! Seguirei cantando e levando toda a minha alegria e amor para todos os fãs de todo o Brasil. Em breve estarei de volta aos palcos e conto com o apoio, carinho e energia de vocês nessa minha nova trajetória”.

Taxa de desemprego cai em 22 estados no segundo trimestre

Em um contexto de retomada de atividades econômicas, a taxa de desemprego teve queda em 22 estados no segundo trimestre, frente aos três meses anteriores, informou nesta sexta-feira (12) o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
 

Houve estabilidade nas outras cinco unidades da federação, de acordo com a Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua).
 

As reduções mais intensas, de mais de 3 pontos percentuais, ocorreram no Tocantins (de 9,3% para 5,5%), em Pernambuco (de 17% para 13,6%) e em Alagoas (de 14,2% para 11,1%).
 

Em São Paulo, estado mais populoso do país, a taxa de desemprego recuou de 10,8% para 9,2%.
 

Segundo os critérios da pesquisa, Distrito Federal (11,5%), Amapá (11,4%), Ceará (10,4%), Rondônia (5,8%) e Mato Grosso (4,4%) mostraram relativa estabilidade frente ao primeiro trimestre, sem variações estatísticas tão relevantes.
 

Entre abril e junho, as maiores taxas de desemprego foram registradas na Bahia (15,5%), em Pernambuco (13,6%) e em Sergipe (12,7%), na região Nordeste.
 

As menores ficaram localizadas em Santa Catarina (3,9%), Mato Grosso (4,4%) e Mato Grosso do Sul (5,2%), nas regiões Sul e Centro-Oeste.
 

A Pnad considera tanto o mercado de trabalho formal quanto o informal. Ou seja, são avaliados desde empregos com carteira assinada e CNPJ até os populares bicos.
 

No Brasil, a taxa de desemprego recuou para 9,3% no segundo trimestre, conforme dados divulgados pelo IBGE no último dia 29.
 

É o menor patamar para esse período desde 2015. À época, o indicador estava em 8,4%, e a economia atravessava recessão.
 

O número de desempregados no país, por sua vez, diminuiu para 10,1 milhões de abril a junho deste ano, em um contexto de menores restrições a atividades econômicas.
 

Pelas estatísticas oficiais, a população desocupada reúne quem está sem trabalho e segue à procura de novas vagas. Quem não tem emprego e não está buscando oportunidades não entra no cálculo.?
 

RENDA FRAGILIZADA
Adriana Beringuy, coordenadora de trabalho e rendimento do IBGE, avaliou nesta sexta que o aumento da ocupação contribuiu para a queda do desemprego em diferentes recortes, incluindo o geográfico.
 

Porém, a pesquisadora frisou que a renda do trabalho não vem acompanhando essa expansão na mesma velocidade. Vagas com salários menores e o impacto da inflação podem explicar o rendimento fragilizado na média, segundo ela.
 

No Brasil, a renda foi estimada em R$ 2.652 no segundo trimestre, conforme os dados divulgados já no final de julho. É o menor valor para o período na série histórica, iniciada em 2012.
 

Entre as unidades da federação, o Distrito Federal teve o maior rendimento médio no segundo trimestre deste ano, mostram os dados publicados nesta sexta. O valor foi de R$ 4.446.
 

Rio de Janeiro e São Paulo vieram na sequência, com R$ 3.248. Na outra ponta da lista, o Maranhão apareceu com a renda do trabalho mais baixa, estimada em R$ 1.654.
 

O IBGE indicou que somente o Piauí teve avanço estatisticamente significativo frente ao primeiro trimestre de 2022. A alta foi de 8,4% –o indicador pulou de R$ 1.715 para R$ 1.859. As demais unidades da federação apontaram estabilidade nesse recorte.
 

Já na comparação com o segundo trimestre de 2021, sete registraram quedas. As demais, estabilidade. Ou seja, não houve crescimento significativo em nenhum estado ou no Distrito Federal.
 

Em Pernambuco, o rendimento médio caiu 12,8% frente ao segundo trimestre de 2021, para R$ 1.789. Em Sergipe, a baixa foi de 12%, para R$ 1.875. A dupla mostrou as maiores perdas relativas.
 
“O rendimento não vem apresentando uma expansão em termos reais”, disse Beringuy.
 

A Pnad também sinalizou que, enquanto as taxas de desemprego dos homens (7,5%) e das pessoas brancas (7,3%) ficaram abaixo da média nacional (9,3%), os índices das mulheres (11,6%) e das pessoas pretas (11,3%) e pardas (10,8%) continuaram mais altos no segundo trimestre deste ano.

Bolsonaro veta proposta para reajuste salarial especial a policiais em 2023

O presidente Jair Bolsonaro (PL) vetou nesta quarta-feira (10) a proposta de reajuste especial para carreiras de policiais federais, civis e servidores da Abin (Agência Brasileira de Inteligência).
 

Ao sancionar a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias), que dá as bases para a elaboração do Orçamento de 2023, Bolsonaro rejeitou os trechos que autorizavam reestruturação e recomposição salarial dessas carreiras, que fazem parte da base de apoio política do governo.
 

O presidente, porém, sancionou o dispositivo que abre caminho para um reajuste mais amplo a servidores no próximo ano.
 

O governo enviou em abril a proposta de LDO já prevendo uma reserva de R$ 11,7 bilhões para a concessão de reajustes salariais ao funcionalismo federal. Mas sem detalhar como a verba será usada.
 

No Congresso, o relator do projeto, senador Marcos do Val (Podemos-ES), incluiu um trecho para abrir caminho ao reajuste salarial e reestruturação de carreiras de policiais. O setor de segurança pública também faz parte da base de apoio dele.
 

Pela proposta, o Orçamento de 2023 poderia prever recursos para beneficiar, por exemplo, a Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, policiais penais, policiais civis, policiais do Distrito Federal e a Abin.
 

A medida foi aprovada pela CMO (comissão mista de Orçamento) e também pelo plenário do Congresso.
 

No entanto, o dispositivo foi vetado por Bolsonaro. Com isso, essas carreiras passam a disputar a verba de R$ 11,7 bilhões para reajuste amplo do funcionalismo em 2023.
 

Segundo o Palácio do Planalto, o reajuste especial para esses setores criaria ‘desnecessária assimetria de tratamento entre as carreiras dos órgãos e entidades que compõem a administração pública federal’.
 

Para agradar carreiras policiais, Bolsonaro chegou a prometer reajuste apenas à Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e Depen (Departamento Penitenciário) em 2022 —ano eleitoral.
 

Depois da pressão das demais carreiras, a principal tendência do governo passou a ser dar reajuste de 5% para todos —com a possibilidade de um acréscimo aos policiais.
 

Mas, em junho, o presidente confirmou que não haverá reajuste para servidores neste ano.

De ACM Neto a Lula e Bolsonaro: Nike veta nomes de políticos em camisas da Seleção

A pré-venda das camisas oficiais da Seleção Brasileira começou nesta segunda-feira (8) no site da Nike, e já com polêmica. Nomes de diversos políticos, como Lula e Bolsonaro, não podem ser utilizados para personalizar a peça, vendida a R$ 349,99. Candidato ao governo da Bahia, ACM Neto também foi barrado, assim como os presidenciáveis, Ciro Gomes, Simone Tebet e André Janones. Eymael está liberado.

A informação foi divulgada inicialmente pelo jornalista José Passini. Também são proibidos termos como “Comunismo”, “Socialismo” e “Nazismo”. “Fascismo”, por outro lado, é permitido. 

A pré-venda da camisa do Brasil começou desde às 10h (de Brasília). As versões infantis estão sendo vendidas pelo valor de R$ 299,99. A camisa azul esgotou em menos de uma hora no site de vendas. 

O Brasil estreará na Copa do Mundo do Catar 2022 no dia 24 de novembro, contra a Sérvia. A equipe treinada por Tite terá pela frente, ainda, na primeira fase, Suíça e Camarões. 

Varíola dos macacos: ministro da Saúde anuncia compra de antiviral

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou em uma rede social, nesta segunda-feira (1), que o Brasil receberá o antiviral tecovirimat, medicamento usado contra a varíola dos macacos. A compra será realizada por intermédio da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas).

De acordo com Queiroga, as primeiras remessas serão destinadas a “casos mais graves” da doença. O objetivo é reforçar o enfrentamento ao surto que ocorre no Brasil. O último boletim registrado aponta 1.066 casos no Brasil.

Apesar de ter divulgado a aquisição, o ministro não informou quantas doses serão compradas nem o prazo para que o remédio chegue ao Brasil.

Em maio deste ano, a revista Lancet divulgou resultados de testes com dois antivirais: tecovirimat e brincidofovir. Em ambos os casos, houve redução no tempo dos sintomas, assim como no período em que o infectado transmitia a doença para outras pessoas.

Na sexta-feira (29), o governo federal confirmou a primeira morte por varíola dos macacos no Brasil. O óbito foi registrado na quinta-feira (28/7), e a vítima era um homem de 41 anos, que faleceu em Belo Horizonte (Minas Gerais).

O paciente tinha câncer e baixa imunidade, quadro que foi agravado pela varíola dos macacos. Ao Metrópoles o secretário de Vigilância em Saúde da pasta, Arnaldo Medeiros, informou que não há outros óbitos em investigação.

Na última semana, o governo também divulgou que negocia a compra das vacinas. Atualmente, apenas um laboratório fabrica o imunizante no mundo, a empresa dinamarquesa Bavarian Nordic, que não tem representante no Brasil.

“A OMS coordena junto ao fabricante, de forma global, ampliar o acesso ao imunizante nos países com casos confirmados da doença”, informou o ministério.

O último boletim divulgado pelo Ministério da Saúde mostra que o Brasil registrou, até o momento, 1.066 casos da doença.

Com a escalada de casos em diversos estados brasileiros, a pasta inaugurou, na sexta (29), um Centro de Operações de Emergência (COE) com objetivo de acompanhar o desenvolvimento da doença. De acordo com a pasta, há casos confirmados em 16 unidades da Federação.

Datafolha: Lula tem 51% contra 20% de Bolsonaro entre jovens nas capitais

Uma pesquisa divulgada nesta quarta-feira (27) pelo instituto Datafolha mostra que ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem preferência no eleitorado adolescente e jovem das 12 maiores capitais do país, com 51% de intenção de votos.

Em seguida, vem o atual presidente e também candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL), com 20%. Depois, está Ciro Gomes, candidato do PDT, com 12%. Branco/nulo/nenhum somaram 8%. Outros 3% não sabem.

O Datafolha fez perguntas sobre eleição e política a pessoas de 16 a 29 anos nos dias 20 e 21 de julho. Segundo os dados, foram ouvidos 935 eleitores desta faixa etária em São Paulo, Rio, Belo Horizonte, Salvador, Fortaleza, Recife, Porto Alegre, Curitiba, Goiânia, Brasília, Manaus e Belém. A margem de erro é de três pontos para mais ou para menos.

Segundo o jornal “Folha de S.Paulo”, a pesquisa foi feita à parte do levantamento periódico sobre a corrida presidencial, que está sendo realizado nesta semana em todo o país e será divulgado na tarde da quinta-feira (28).

As cidades onde a pesquisa foi feita também são as maiores em população, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE). Essas 12 cidades reúnem 19% da população brasileira (de todas as faixas etárias).

Veja o resultado das respostas:

 Luiz Inácio Lula da Silva (PT): 51%
 Jair Bolsonaro(PL): 20%
 Ciro Gomes (PDT): 12%
 André Janones (Avante): 2%
 Simone Tebet (MDB): 1%
 Pablo Marçal (PROS): 1%
 Vera Lúcia (PSTU): 1%
 Leonardo Péricles (UP): 1%
 Sofia Manzano (PCB): 1%
 Eymael (DC): 0
 Luciano Bivar (União Brasil): 0
 Gal. Santos Cruz (Podemos): 0
 Felipe d’Ávila (Novo): 0
 Em branco/nulo/nenhum: 8%
 Não sabe: 3%

Roma defende descentralização dos serviços públicos de saúde

O candidato a governador, ex-ministro da Cidadania e deputado federal, João Roma (PL), entende que o problema da atenção à saúde na Bahia vai muito além dos problemas da chamada “fila da morte” do Sistema de Regulação. “A regulação é apenas um sistema para tentar direcionar as pessoas, mas o que está faltando na Bahia é justamente a assistência médica. A população não tem conseguido acesso ao serviço”, explicou Roma, em entrevista à Rádio Sauípe FM, de Mata de São João, na noite de terça-feira (26).

Para Roma, o cidadão consegue a consulta, mas, se precisa de uma ultrassonografia, por exemplo, leva até seis meses para conseguir o exame. “Então, isso é a falência da assistência à saúde pública. O governador fica fazendo espetáculo, fazendo mutirão de cirurgia quando poderia realizar cirurgias de forma descentralizada em todo o estado a um custo muito menor”, comentou o ex-ministro da Cidadania. Ele reforçou a necessidade de dar suporte aos médicos para realizar essa descentralização.

“Muitos médicos gostariam de ir para o interior onde têm seus laços familiares, mas não têm o menor suporte do governo pra fazer isso. Por acaso um juiz ou um promotor iriam para o interior se não tivesse suporte do estado?”, questionou o candidato a governador do PL.

Essa falta de descentralização efetiva dos serviços acaba obrigando os pacientes a se deslocaram para Salvador em busca de melhor atendimento. “Hoje, quem precisa fazer um tratamento de câncer, por exemplo, em qualquer um dos 417 municípios da Bahia, obrigatoriamente tem que ir para Salvador”, exemplificou.

João Roma disse que não faltam recursos, mas um boa gestão da verba proveniente dos impostos pagos pelos contribuintes baianos. O deputado federal reforça que, se eleito governador, diminuirá os impostos. “Quando diminui as alíquotas, o estado arrecada mais, pois aumenta a produtividade, a competitividade. Mas é preciso gastar bem estes recursos e não mais pendurando o estado no pescoço de quem produz”, disse João Roma.

‘Situação no Brasil é preocupante’, afirma OMS sobre varíola dos macacos

A líder técnica para varíola dos macacos da OMS (Organização Mundial da Saúde), Rosamund Lewis, disse em uma coletiva de imprensa nesta terça-feira (26) que “a situação do Brasil [para a doença] é preocupante”.
 

“É muito preocupante para países como o Brasil […] reportando um número significativo de casos”, afirmou. Até o momento, o país conta com 813 casos confirmados da doença, segundo o Ministério da Saúde. O saldo representa um incremento de 33% em comparação com a última sexta (22), quando havia 607 diagnósticos confirmados em todo o país.
 

A maior parte dos casos se concentram no estado de São Paulo. A Secretaria de Estado da Saúde informou nesta segunda (25) que o estado já registrou 590 diagnósticos da doença. Comparando com a última sexta, houve o aumento de 26% nos casos da doença.
 

A líder técnica da OMS também chamou atenção para problemas de testagem que podem afetar o país. “O que é […] importante é o acesso aos testes.”
 

A organização declarou neste sábado (23) que a doença é considerada como emergência pública de preocupação global.
 

“Nós acreditamos ser o momento deste anúncio, considerando que, dia após dia, mais países e pessoas têm sido afetados pela doença. Precisamos de coordenação e solidariedade para controlar esse surto”, disse Tedros Adhanom, diretor-geral da OMS.
 

A varíola dos macacos é causada pelo monkeypox, um vírus do gênero orthopoxvirus. Outro patógeno que também é desse gênero é o que acarreta a varíola comum, doença erradicada em 1980.
 

Os principais sintomas da doença são febre, mal-estar e dores no corpo. Então, o quadro evolui para o surgimento de lesões na pele, sendo o contato com essas feridas a principal forma de transmissão do vírus.
 

No entanto, pesquisas já reportam que alguns pacientes desenvolvem essas lesões nas regiões genitais, anais ou orais. A hipótese é que isso aconteça porque a disseminação da doença está ocorrendo principalmente por contato sexual e na comunidade de homens que fazem sexo com outros homens. A OMS, por exemplo, já indicou que cerca de 90% dos diagnósticos se concentram nessa população.
 

Um receio é que este cenário cause estigma a esses homens. “Estigma e discriminação podem ser mais perigosos que qualquer vírus”, afirmou Adhanom.
 

A vacinação de populações chaves e pessoas que tiveram contato com pacientes é uma forma eficaz de evitar a transmissão, mas a expectativa é de que a vacina demore para chegar ao Brasil.

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