Nordeste tem segunda pior recuperação econômica, diz BC; Norte e Centro-Oeste se destacam

A região Nordeste teve a segunda pior taxa de recuperação econômica no segundo trimestre do ano, na avaliação do Banco Central (BC), divulgada nesta quinta-feira (26) no Boletim Regional, publicação trimestral que apresenta as condições da economia por regiões e por alguns estados do país. As regiões Norte e Centro-Oeste apresentaram recuperação econômica mais intensa.

Os indicadores econômicos do Nordeste registraram evolução positiva no segundo trimestre, com aumento de 0,5% no IBCR. “A dinâmica favorável do mercado de trabalho formal, o retorno de programas de manutenção da renda e o avanço da mobilidade contribuíram para a melhora do desempenho da atividade econômica nordestina”, explicou o o Banco Central, de acordo com a Agência Brasil. 

“Regionalmente, observaram-se discrepâncias nas trajetórias de curto prazo, refletindo particularidades das estruturas econômicas locais e recuperação mais intensa no Norte e no Centro-Oeste”, diz a publicação.

De acordo com o BC, o conjunto dos indicadores da atividade econômica no país aponta sinais de continuidade da recuperação da economia, com a retomada do consumo das famílias, tanto de serviços como das vendas do comércio, após a flexibilização das medidas de restrição da pandemia e aumento da mobilidade desde o início de abril. Por outro lado, o setor industrial registrou retração da produção, repercutindo, em parte, a falta de insumos em determinados segmentos.

Nesse sentido, o comportamento da atividade econômica na Região Norte, ao longo de 2021, tem sido similar ao ocorrido no ano passado. Segundo o BC, como a região foi a primeira a sentir os impactos mais severos da pandemia, também foi a primeira na retomada. “A recuperação das vendas do comércio e do volume de serviços fica mais evidente à medida em que os casos de covid-19 diminuem”, diz o boletim.

Além disso, o patamar elevado das cotações das commodities minerais e agrícolas favorece o desempenho da região. O Índice de Atividade Econômica Regional (IBCR) do Norte cresceu 2,4% no segundo trimestre do ano, influenciado pelo bom desempenho no Amazonas, que teve crescimento de 6,3%.

No caso do Centro-Oeste, o crescimento da atividade econômica no segundo trimestre foi impulsionado por comércio, construção civil e alguns serviços, associado à conjuntura favorável ao agronegócio e ao aumento das exportações. “As cotações elevadas dos principais produtos agropecuários proporcionam boa rentabilidade e geram demanda em outras atividades, como serviços de transporte, comércio e construção”, diz o BC.

O IBCR da região registrou expansão de 1,9%, recuperando-se da contração de 0,3% no primeiro trimestre do ano. Segundo a autarquia, no curto prazo, os piores resultados esperados para a segunda safra de milho devem repercutir no terceiro trimestre.

‘A gasolina tá barata, o gás de cozinha tá barato’, diz Bolsonaro a apoiadores

O presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), pediu compreensão, em conversa com apoiadores no fim da tarde desta terça-feira (24) em Brasília, acerca dos preços dos combustíveis e do gás de cozinha no Brasil. De acordo com ele, os produtos estão “baratos”.

“A gasolina tá barata, o gás de cozinha tá barato. O pessoal tem que entender a composição do preço. Acabam me culpando por tudo o que acontece no Brasil”, reclamou Bolsonaro.

Ao decorrer de 2021, a gasolina subiu 51%, segundo a CNN Brasil. Conforme economistas, o aumento tem sido puxado pelo crescimento do preço internacional do petróleo e pelo dólar alto, alimentado ainda pela política da Petrobras de repassar os custos para o mercado brasileiro.

Governo vê piora relevante no setor elétrico e reforça medidas para garantir suprimento de energia

O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) avaliou nesta terça-feira (24) que houve “relevante piora” nas condições do setor elétrico e decidiu propor novas medidas para garantir o suprimento de energia no país.
 

Entre elas, estão a flexibilização das restrições operativas na bacia do rio São Francisco e a redução de cotas mínimas em outras bacias, para uso dos estoques energéticos que vinham sendo poupados.
 

“A exemplo do verificado nos últimos meses, predomina a degradação dos cenários observados e prospecções futuras, com relevante piora, fazendo-se imprescindível a adoção de todas as medidas em andamento e propostas, destacadamente a alocação dos recursos energéticos adicionais e flexibilizações de restrições hidráulicas”, disse o comitê.
 

A flexibilização de restrições do São Francisco, diz, tem o objetivo de garantir recursos energéticos adicionais para assegurar as condições de suprimento minimizando a degradação dos reservatórios das hidrelétricas das regiões Sul e Sudeste.
 

“Ademais, foram também discutidos aspectos relacionados a flexibilizações operativas hoje estabelecidas relacionadas a níveis mínimos de armazenamento de usinas hidrelétricas e o CMSE indicou a necessidade de uso dos estoques hídricos armazenados”, diz o comitê, em nota.
 

O texto, porém, não identifica quais seriam as hidrelétricas que terão os estoques consumidos. A pouca transparência em relação às medidas de enfrentamento à crise é alvo de críticas do mercado, que prega maior clareza sobre a real situação do setor elétrico.
 

As propostas serão avaliadas pela Creg (Câmara de Regras Excepcionais para Gestão Hidroenergética), grupo liderado pelo MME (Ministério de Minas e Energia) para enfrentar a crise, que se reunirá nesta quarta (25).
 

Na reunião desta terça, o MME apresentou a proposta de Programa de Incentivo à Redução Voluntária do consumo de energia elétrica para clientes ligados a distribuidoras, que também será avaliada pela Creg.
 

O engajamento de todos os consumidores é outro alvo de cobrança de especialistas, que veem as medidas anunciadas até agora como insuficientes para garantir o suprimento até o fim do ano e com alto potencial de pressão sobre a conta de luz.
 

Nesta terça, o Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) propôs um sistema de bonificação a clientes que economizarem energia por meio de descontos na bandeira tarifária, a taxa extra cobrada sobre a conta de luz para custear as térmicas.

Cresce nº de remédios com estoque zerado na Bahia por atraso do Ministério da Saúde

Aumentou para 22 o número de medicamentos com estoque zerado ou em iminência de falta para pacientes da Bahia por falta de distribuição do Ministério da Saúde. Há um mês, pacientes baianos com HIV/Aids, meningite e anemia falciforme estavam com seus respectivos tratamentos ameaçados e alguns já prejudicados por falta de estoque de alguns medicamentos no estado. Na época eram 18 os fármacos nesta situação (entenda melhor aqui).

Nesta terça-feira (24), de acordo com a Secretaria da Saúde da Bahia (Sesab), a falta de medicamentos atinge pacientes com câncer, HIV/Aids, diabetes, anemia falciforme, acromegalia, Alzheimer, amiloidose, artrite reumatoide, espondilite, crohn, psoríase, epilepsia, escleroses, esfingolipidoses, esquizofrenia, fibrose cística, mucopolissacaridose do tipo II, Parkinson e trombose venosa.

A pasta estadual destaca que a maioria dos medicamentos não possui substituto, nem solução de abastecimento imediata, caso o Ministério da Saúde não regularize o fornecimento.

A Sesab também sinalizou que 14 medicamentos estão com fornecimento irregular, com estoque inferior a 60 dias. São fármacos para tratamento de artrite reumatoide, espondilite, crohn, psoríase, doença renal, esclerose múltipla, esquizofrenia, fibrose cística, mucopolissacaridose do tipo VI, psoríase.

Anvisa rejeita uso de CoronaVac em crianças e adolescentes por falta de estudos

O uso da CoronaVac, vacina contra Covid-19 produzida pelo Instituto Butantan em parceria com a chinesa SinoVac, em crianças e adolescentes de 3 a 17 anos no Brasil foi negado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária nesta quarta-feira, 18. O Instituto Butantan havia feito o pedido há duas semanas.

Até então, o único imunizante contra a Covid-19 que pode ser usado neste público é a Pfizer. A CoronaVac foi liberada apenas para uso em pessoas maiores de 18 anos. Segundo a diretoria da Anvisa, ainda é necessário analisar outros estudos sobre a eficácia e segurança da CoronaVac neste público. O uso emergencial do imunizante em adultos foi mantido.

Para decidir o uso da CoronaVac em crianças e adolescentes, a Anvisa usou documentos de estudos de feitos fora do país. No Brasil foram realizados testes clínicos do imunizante somente em adultos.

XP/Ipespe: Lula amplia vantagem sobre Bolsonaro e venceria qualquer candidato no 2º turno

Uma pesquisa realizada pela XP/Ipespe, divulgada nesta terça-feira, 17, indica o crescimento contínuo das intenções de voto no ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT) para as eleições presidenciais de 2022. De acordo com o levantamento, no primeiro cenário, o líder petista marcou 40% das intenções de voto no 1º turno, enquanto Jair Bolsonaro obteve 24%.

Trata-se da quinta pesquisa em que Lula manifesta a tendência de alta – em março, ele registrava 25%. Já Bolsonaro, dentro da margem de erro, oscilou dois pontos para baixo. Em março, o mandatário marcou 26% das intenções. Na sequência aparecem Ciro Gomes, do PDT (10%), Sergio Moro (9%), Luiz Henrique Mandetta, do DEM (4%), e Eduardo Leite, do PSDB (4%).

No principal cenário de segundo turno, Lula amplia a vantagem sobre Bolsonaro. O ex-presidente registra 51%, ante 32% do atual presidente. Na rodada anterior, a vantagem era de 49% a 35%.

Lula venceria ainda qualquer outro adversário no segundo turno: contra Moro, ganharia por 49% a 34%; contra Ciro, por 49% a 31%; e contra Eduardo Leite, por 51% a 27%.

Ciro Gomes também derrotaria Bolsonaro no 2º turno (44% a 32%). Sergio Moro (36% a 30%), João Doria (37% a 35%), Mandetta (38% a 34%) e Eduardo Leite (35% a 33%) aparecem numericamente à frente de Bolsonaro, mas em empate técnico, com base na margem de erro.

A pesquisa XP/Ipespe entrevistou mil pessoas em todo o país entre os dias 11 a 14 de agosto e tem margem de erro de 3,2 pontos percentuais para mais ou para menos.

Trabalhadores nascidos em novembro podem sacar auxílio emergencial

Trabalhadores informais e inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) nascidos em novembro estão autorizados a sacar, a partir desta terça-feira (17), a quarta parcela do auxílio emergencial 2021. O dinheiro foi depositado nas contas poupança digitais da Caixa Econômica Federal em 29 de julho.

Os recursos também podem ser transferidos para uma conta-corrente, sem custos para o usuário.

Até agora, o dinheiro apenas podia ser movimentado por meio do aplicativo Caixa Tem, que permite o pagamento de contas domésticas (água, luz, telefone e gás), de boletos, compras em lojas virtuais ou compras com o código QR (versão avançada do código de barras) em maquininhas de estabelecimentos parceiros.

Em caso de dúvidas, a central telefônica 111 da Caixa funciona de segunda a domingo, das 7h às 22h. Além disso, o beneficiário pode consultar o site auxilio.caixa.gov.br.

O saque originalmente estava previsto para ocorrer em 8 de setembro, mas foi antecipado em três semanas por decisão da Caixa. Segundo o banco, a adaptação dos sistemas tecnológicos e dos beneficiários ao sistema de pagamento do auxílio emergencial permitiu o adiantamento do calendário.

Covid: pela 1ª vez desde outubro, Brasil não tem nenhum Estado em nível crítico de ocupação de leitos

Em meio à queda no número de casos, hospitalizações e mortes no Brasil por covid, cinco Estados brasileiros ainda permanecem na chamada zona de alerta intermediário (60%-80%) em relação às taxas de ocupação de leitos UTI (Unidades de Terapia Intensiva), segundo um novo boletim da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

São eles: Roraima, Rondônia, Goiás, Mato Grosso e Rio de Janeiro — este último o único a apresentar aumento real, de 61% para 67%. Na visão de especialistas, a variante Delta poderia estar por trás dessa alta.

Mas uma boa notícia: pela primeira vez desde outubro de 2020, nenhum se encontra na zona mais crítica do indicador (>80%).

De acordo com o documento, de 11 de agosto, Roraima e Rondônia também apresentaram aumento, retornando à zona de alerta intermediário após estarem fora da zona de alerta, “mas a elevação do indicador se deveu à redução de leitos e não ao aumento de leitos ocupados — Rondônia, de 230 para 166 leitos, e Roraima, de 74 para 50 leitos”, diz a Fiocruz.

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Bolsonaro sanciona lei que regulamenta transformação de clubes de futebol em empresas

O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro (sem partido), sancionou a lei que regulamenta a transformação de clubes de futebol masculino e feminino em empresas. O texto foi aprovado pelo Senado em junho e no mês seguinte passou pela Câmara.

A nova lei cria a figura da Sociedade Anônima do Futebol (SAF). Com isso, os clubes de futebol poderão emitir títulos de dívida e lançar ações na bolsa de valores. Ela restrita apenas às agremiações da modalidade e não abraça os demais esportes como vôlei, basquete. Além disso, entidade, federações e a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) também estão impedidas de se tornarem SAF.

Pelo texto sancionado, alterações no nome, escudo, hino, cores, local da sede só deverão se efetuadas com a concordância do clube, que originou a SAF. Enquanto os direitos de participação nas competições, contratos de trabalho e uso de imagem também são transferidos na migração. Caso o estádio e centro de treinamento não forem transferidos, será necessário firmar um contrato para o uso desses equipamentos. Em relação às dívidas, os clubes ganharam o prazo de seis anos, prorrogáveis por mais quatro, para quitar os débitos nas esferas cível e trabalhista.

Pesquisa reforça tendência de polarização entre Lula e Bolsonaro em 2022

O novo levantamento da Paraná Pesquisas divulgado nesta quinta-feira, 29, aponta para um cenário fortemente polarizado nas eleições de 2022, em uma disputa acirrada entre o ex-presidente Lula e o atual, Jair Bolsonaro. No segundo turno, conforme a pesquisa, Lula venceria Bolsonaro por 43,4% dos votos contra 38,2%. Como novidade, surge na pesquisa o apresentador José Luiz Datena como terceiro colocado, na frente de nomes considerados como apostas para a “terceira via”, como Ciro Gomes (PDT), João Doria (PSDB) e Luiz Henrique Mandetta (DEM).

Em todos os sete cenários compostos pelo instituto, Lula aparece na liderança, mas na maior parte deles a briga é apertada. Um deles mostra o petista com 33,7% das intenções de voto e Bolsonaro com 32,7%. Recém-filiado ao PSL, Datena aparece logo atrás com 7%, praticamente empatado com o pedetista Ciro Gomes, que tem 6,85%. Mais atrás vem Doria, com 3,95%, o ex-ministro da Saúde, Mandetta, com 1,8%, e a senadora Simone Tebet, com 0,7%. Pretendido pelo PSD, Rodrigo Pacheco, presidente do Senado, tem 0,6% das intenções de voto.

Somente com Lula e Datena na disputa, ex-presidente venceria com mais folga: 43,1% a 31,5%. O apresentador também perderia para Bolsonaro, mas com uma margem abaixo de 3 pontos percentuais – 38,4% votariam em Bolsonaro enquanto 35,5% em Datena. Foram ouvidos 2.010 eleitores brasileiros de 26 estados e o Distrito Federal entre os dias 24 e 28 de julho de 2021. A margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos.

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