O ex-prefeito Tércio Nunes (PP) e o ex-prefeito Adriano de Araújo (PSOL) confirmaram a chapa para concorrer às eleições municipais deste ano, o anúncio aconteceu em Serrinha, em entrevista exclusiva na rádio Regional AM, na tarde desta quarta-feira, 08 de maio.
Os dois políticos sempre foram de lados diferentes nas disputadas eleitorais municipais, mas, desta vez, firmaram uma parceria que começa oficialmente a partir de agosto. Tércio é pré-candidato a prefeito e Adriano é pré-candidato a vice.
Adriano de Araújo foi prefeito de Teofilândia de 2013 a 2016, vencendo Tércio Nunes nas eleições de 2012, porém, desistiu da reeleição e lançou como candidata a prefeita Meury Moura (atual vice-prefeita) em 2016, que acabou sendo derrotada por Tércio. Nunes foi prefeito por dois mandatos (2009 a 2012 e 2017 a 2020) e nunca conseguiu a reeleição.
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Cantora cega grava por 30 horas e leva voz e acessibilidade para urnas eletrônicas
Por Luany Galdeano | Folhapress
A atriz e cantora Sara Bentes, 43, sempre sonhou em dar a voz a uma ferramenta de leitura de tela, recurso que, por ser cega, ela usa desde a adolescência. A partir deste ano, Sara será a nova voz da urna eletrônica e poderá ser ouvida pelos 216 mil eleitores com deficiência visual cadastrados para votar, segundo dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
As urnas passarão a usar o software Letícia, batizado em homenagem ao segundo nome de Sara. Ela gravou por 30 horas para viabilizar o sistema de leitura de tela, que foi desenvolvido por programadores cegos.
“Minha expectativa é que mais eleitores com deficiência visual se sintam seguros para votar, com autonomia e motivados por utilizar a urna com muito mais precisão”, diz.
Sara gravou narrações de frases curtas e aleatórias, tiradas de jornais e livros, para gerar um banco de dados de sua voz. Com base nele, uma inteligência artificial identificou o padrão de fala da artista, desde a entonação até os momentos de pausa e de pontuação, criando a voz sintetizada.
O software faz parte do projeto de acessibilidade RHVoice e está disponível gratuitamente na internet. A equipe da seção de voto informatizado do TSE fez a integração do recurso à urna.
A mudança para uma voz menos robótica e mais compreensível foi uma demanda da Organização Nacional de Cegos do Brasil (ONCB).
As máquinas usadas nas duas últimas eleições, em 2020 e 2022, já contavam com um sintetizador de voz. No entanto, a falta de entonação adequada dificultava o entendimento de algumas palavras, como o nome dos candidatos, por exemplo.
“O quanto de erro pode ter causado essa voz que não era muito inteligível?”, questiona Sara. “A coisa robótica não tem nada de expressão. É um som grotesco, então vira um ruído e te distrai do conteúdo.”
Ainda que não fosse o ideal, segundo Sara, o software daquelas eleições foi um avanço se comparado ao que era usado até 2018, com áudios pré-gravados. Naquela época, a leitura de tela, além de ter uma voz de baixa qualidade, não informava o nome do candidato que estava sendo votado, reduzindo a autonomia do eleitor cego ou com baixa visão.
Trabalhos com voz são a principal atividade profissional de Sara Bentes. Ela diz que descobriu a aptidão para a arte na adolescência, quando começou cantando no coral da escola. Desde então, fez teatro, ganhou competições internacionais de canto e atuou em diferentes projetos com a voz.
Um deles é o espetáculo “Show no Escuro”, em que o público escuta uma performance musical em total escuridão. Outro, também recente, foi a dublagem da série da Netflix Toda Luz que Não Podemos Ver, que tinha como protagonista uma personagem cega.
Para ela, levar a própria voz à urna é uma maneira de promover a representatividade. “Tudo o que a gente busca é protagonismo. A voz de uma pessoa cega vai estar dando autonomia para várias outras pessoas cegas.”
Eleições 2024: Mais de 60 mil jovens de 16 a 18 anos já solicitaram a primeira via do título de eleitor na Bahia
Jovens baianos, de 16 a 18 anos, já somam 61.024 alistamentos registrados até o momento pelo Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA) este ano. Este grupo, que votará pela primeira vez nas Eleições Municipais de 2024, é o foco da Semana do Jovem Eleitor, uma ação digital promovida pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que ocorre de 18 a 22 de março.
Dos jovens eleitores da Bahia que solicitaram a primeira via do título neste ano, 44.776 pertencem ao grupo em que o voto não é obrigatório (16 e 17 anos). Enquanto isso, pouco mais de 16 mil na faixa etária dos 18 anos, em que a participação nas eleições é obrigatória, se alistaram junto à Justiça Eleitoral baiana.
Justiça Eleitoral lança mobilização por alistamento de jovem eleitor
A Justiça Eleitoral lançou nesta segunda-feira (18) a Semana do Jovem Eleitoral 2024, voltada a incentivar o alistamento eleitoral de jovens entre 15 e 17 anos, que não são obrigados, mas já podem votar nas eleições municipais de outubro.
A campanha mira também naqueles que são obrigados a votar pela primeira vez, pois completam 18 anos antes das eleições, marcadas para 6 de outubro (primeiro turno) e 27 de outubro (segundo turno).
Segundo a Justiça Eleitoral, entre janeiro e fevereiro deste ano, mais de 417 mil jovens entre 15 e 17 anos solicitaram a primeira via do título de eleitor. O adolescente de 15 anos já pode se alistar caso complete 16 anos, idade mínima para votar, até o dia do primeiro turno.
Durante a semana de mobilização do TSE, costumasse concentrar grande parte do alistamento eleitoral dos jovens. Antes das eleições de 2022, por exemplo, foram 100 mil registros feitos para jovens nos cinco dias de campanha, quando costuma haver a adesão de celebridades, figuras públicas e instituições.
Eleitores têm 4 meses para regularizar título e votar em outubro
Os cidadãos que pretendem votar nas eleições municipais de outubro têm menos de 4 meses para tirar o 1º título de eleitor ou regularizar o documento. A partir de 8 de maio, o cadastro eleitoral será fechado e nenhuma alteração poderá ser feita nos registros eleitorais. O cumprimento do prazo vale para jovens a partir de 16 anos que pretendem votar pela 1ª vez e para o eleitor que está em situação irregular por ter deixado de votar e justificar ausência por 3 eleições consecutivas.
Para regularizar a situação, o eleitor deve entrar no site do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e acessar as opções disponíveis. Para checar a situação da inscrição eleitoral, basta preencher o número do CPF. Para tirar a 1ª via do título de eleitor, os interessados podem clicar na opção título eleitoral e seguir os passos sugeridos pelo atendimento eletrônico.
No 1º turno, que será realizado em 6 de outubro, os eleitores irão às urnas para escolher prefeitos, vice-prefeitos e vereadores. O 2º turno está previsto para 27 do mesmo mês em municípios com mais 200 mil eleitores em que nenhum candidato a prefeito obteve votos suficientes para vencer a disputa na 1ª rodada.
Auditoria do TCU diz que possibilidade de fraude nas eleições de 2022 é próxima de 0%
O Tribunal de Contas da União (TCU) completou a quarta e a quinta etapas da auditoria que conduziu sobre as Eleições Gerais de 2022 e confirmou a segurança do sistema eleitoral mais uma vez, concluindo que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) está de acordo com “as melhores práticas internacionais” e que a probabilidade de fraude é próxima de 0%.
No processo, o TCU verificou 9 milhões de informações de 4.577 boletins de urna, que correspondem ao mesmo número de seções eleitorais, entregues fisicamente pelo TSE após o primeiro turno das eleições.
A análise também contou com 1.163 boletins de urnas recolhidos no dia das votações, nos dois turnos. O material foi coletado por 54 auditores de controle externo do TCU, em todos os Estados brasileiros e no Distrito Federal, e conferidos por 15 auditores na sede do Tribunal, em Brasília, durante os dias das votações.
A comparação foi feita entre os boletins de urna em papel, que são impressos e assinados após o término da votação, e os dados utilizados pelo TSE para totalização dos votos. Em ambas as análises, nenhuma divergência foi encontrada.
A auditoria encontrou 100% de correspondência entre as informações das urnas eletrônicas e os dados que o TSE divulgou como resultado do primeiro turno das eleições gerais de 2022, concluindo que a probabilidade de fraude é de praticamente 0%.
“Considerando que nenhum boletim de urna com divergência foi identificado na amostra auditada, infere-se que a probabilidade de erro ou fraude na totalização de votos capazes de alterar o resultado da eleição para presidente da República no primeiro turno se aproxima de 0%, quando analisada a situação do candidato com mais votos”, afirma o relatório assinado pelo ministro Jhonatan de Jesus.
Para os demais candidatos à Presidência, a probabilidade de que tenha havido erro ou fraude capaz de alterar o resultado em desfavor a algum deles é ainda mais insignificante, conclui no relatório.
Presidente do Senado quer pautar fim da reeleição no Executivo no começo de 2024
A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que propõe o fim da reeleição para cargos do Executivo no país deve ser pautada no início do ano que vem, afirmou o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), durante entrevista em Dubai, nos Emirados Árabes, onde acontece a 28ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP28). O senador disse ainda que esta é uma promessa de campanha que o fez exercer o cargo de chefe da Casa Legislativa.
Com uma possível mudança, o mandato seria um ano maior do que o atual, chegando a cinco anos. Atualmente, só é possível se reeleger uma vez em cargos dos Executivos Federal, Estadual, Distrital e Municipal, ao contrário dos cargos do Legislativo, em que não há limite para reeleição.
Da primeira eleição presidencial em que um candidato disputou a reeleição, em 1998, até os dias atuais, Jair Bolsonaro (PL) foi o único que não conseguiu um segundo mandato consecutivo, em 2022. Fernando Henrique Cardoso, na época no PSDB, em 1998; Lula (PT), em 2006; e Dilma Rousseff, na época no PT, em 2014, eram chefes do Executivo Federal quando venceram os pleitos.
Na Bahia, o único governador que não conseguiu a reeleição foi Paulo Souto (União Brasil), na época no antigo PFL, que perdeu o pleito para Jaques Wagner (PT), em 2006. Foram reeleitos o próprio Wagner, em 2010, e Rui Costa (PT), em 2018.
Já nas eleições municipais de Serrinha, apenas dois candidatos à reeleição venceram os pleitos em toda a história: Osni Cardoso (PT), em 2012, e o atual gestor Adriano Lima (PP), em 2020.
OAB cita integridade das urnas e diz ao TSE que não identificou irregularidades na eleição
Na véspera da entrega do relatório do Ministério da Defesa sobre as urnas eletrônicas, a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) afirmou não ter constatado “qualquer fato que aponte suspeita” de irregularidades no processo eleitoral, concluído no último dia 30.
“Evidenciou-se, ao contrário, a postura transparente da Justiça Eleitoral na preservação da lisura e da segurança no processo”, disse um relatório da OAB entregue nesta terça-feira (8) ao presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministro Alexandre de Moraes.
Comissões vinculadas a cada seccional da Ordem nos estados e no Distrito Federal, segundo a entidade, monitoraram, junto aos tribunais regionais eleitorais, as diferentes etapas do pleito, nos dois turnos. A totalização dos votos no TSE foi acompanhada pela OAB nacional.
“Atestamos a confiabilidade e a integridade das urnas eletrônicas”, afirmou a entidade no relatório encaminhado a Moraes. “Este Conselho Federal da OAB reafirma, seguramente, que o Brasil presenciou eleições limpas, transparentes e seguras.”
Integrantes da corte, porém, temem que o relatório do Ministério da Defesa, cuja entrega ao tribunal é esperada nesta quarta (9), estimule os atos golpistas espalhados pelo país.
Isso porque a expectativa é a de que o documento da pasta subordinada a Jair Bolsonaro (PL) não seja assertivo quanto à confiabilidade do sistema eletrônico de votação.
Nesta terça, por exemplo, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, evitou reconhecer o resultado da disputa que deu a vitória ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Em sua primeira entrevista coletiva desde que ocorreu o mensalão, escândalo que o levou à cadeia, o dirigente partidário condicionou o reconhecimento da derrota de Bolsonaro ao relatório que o Ministério da Defesa apresentará sobre as urnas.
“Vamos ter que esperar o relatório amanhã [quarta]. Temos diversos questionamentos que fizemos ao TSE [Tribunal Superior Eleitoral], vamos esperar essas respostas”, disse.
Quem não votou no segundo turno tem até 9 de janeiro para justificar
O eleitor que não compareceu às urnas no último domingo (30), no segundo turno das eleições gerais, tem 60 dias para justificar a ausência e assim não ficar em situação irregular junto à Justiça Eleitoral.
Quem não vota e não justifica fica sem poder emitir o certificado de quitação eleitoral e pode ficar impedido de emitir documentos de identidade ou passaporte, entre outras limitações. Isso ocorre porque o voto é obrigatório no Brasil, para quem tem entre 18 e 70 anos, segundo a Agência Brasil.
Para ficar quite com a Justiça Eleitoral é preciso ter votado em todas as eleições passadas ou justificado as ausências. O eleitor também não pode ter deixado de atender aos chamados para trabalhar como mesário. Caso esteja irregular, é necessário regularizar a situação por meio do pagamento de multas, por exemplo.
Cada turno de votação é contabilizado como uma eleição independente pela Justiça Eleitoral. No caso do primeiro turno das eleições deste ano, quem não votou tem até 1º de dezembro para justificar a ausência. Existem três formas de justificar a ausência às urnas: pelo aplicativo e-Título; pelo Sistema Justifica, nos portais da Justiça Eleitoral; ou preenchendo um formulário de justificativa eleitoral.
Cada justificativa é válida somente para o turno ao qual a pessoa não tenha comparecido por estar fora de seu domicílio eleitoral. Assim, caso tenha deixado de votar no primeiro e no segundo turno da eleição, terá de justificar a ausência em cada um.
Além de preencher dados e dar o motivo para ter faltado à votação, é aconselhável anexar documentos que comprovem a justificativa, que em todo caso deve ser analisada por um juiz eleitoral, que pode aceitá-la ou não.
Queimadas: Idosa de 68 anos vota deitada em cama hospitalar
Uma idosa de 68 anos fez questão de votar, mesmo deitada em uma cama hospitalar, no colégio municipal da cidade de Queimadas, no território do Sisal.
Apesar da limitação física e dos problemas de saúde, Nilzete Alves da Silva, que já foi vereadora da cidade, exerceu o direito do voto na manhã de domingo (30) com o apoio do filho, de mesários e fiscais da Justiça Eleitoral.
“Foi muito bom, porque quando a gente é patriota e cidadão, nós temos que ter o valor e deixar o exemplo para nossa família, nossos filhos. O voto é um direito humano”, disse a ex-vereadora.
O momento foi registrado por pessoas que estavam na escola.